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Vôlei de praia está órfão de um trabalho sólido na base
O Ceará é considerado um polo do vôlei de praia pelas condições de sol e areia à vontade, além de ser o berço da primeira dupla campeã mundial da modalidade do País, Franco/Roberto Lopes; medalhistas olímpicos Shelda e Márcio Araújo, campeã do Circuito Mundial Taiana, e onde surgiu para o mundo a parceria Juliana/Larissa.
Mas essa visibilidade conquistada com muito suor não vem sendo acompanhada de um trabalho forte na base, para dar seguimento às conquistas.
Ontem, num papo com Ronald Rocha, presidente da Federação de Voleibol do Estado do Ceará (Fevece) e treinador da dupla Márcio Araújo e Saymon, o dirigente revelou: “Estou muito preocupado, porque a herança que ficou da federação antiga (FCV) foi muito pobre, voleibol muito desorganizado. Não deram importância à base, que em qualquer esporte, sem a base não existe uma hegemonia longa, a continuidade de resultados e títulos”.
E prosseguiu o dirigente: “E agora, nós estamos sofrendo esse problema da base, de não termos atletas para o futuro. Tenho conversado com o atual secretário do Esporte do Estado e vamos usar o Centro Olímpico, que será inaugurado no fim de junho, para realizarmos uma reforma geral no voleibol, e no vôlei de praia também, porque é isso que estamos precisando”.
Ronald Rocha salientou ainda que “não existe jogador de vôlei de praia formado só na praia. Todos começaram no vôlei indoor (de quadra). Daí alguns voltam à faculdade, outros se tornam profissionais do vôlei e outros aderem ao vôlei de praia”, completou.
Para o dirigente, “sem um vôlei de quadra forte, não haverá um vôlei de praia sólido”.
Redenção
Na visão do presidente da Fevece, o Centro Olímpico do Nordeste será a redenção do vôlei.
“A federação, hoje, está voltada para a fomentação do voleibol no Interior. Na nossa avaliação, as opções para o jovem de classe média e alta em Fortaleza são inúmeras, o que aumenta o desinteresse pelo esporte”.
Daí, o dirigente argumenta. “Então, nós estamos querendo atacar a periferia e o Interior. E para isso, necessitamos de recursos, precisamos ter onde hospedar o garoto do Interior que vem treinar aqui, alimentá-lo, colocar num colégio, transporte para levá-lo para escola. E o Centro de Treinamento vai servir exatamente para isso”. O técnico do medalhista olímpico Márcio Araújo ressaltou: “a minha maior esperança, e do esporte como um todo no Ceará, é o Centro Olímpico”.
Duplas na base
Apesar dos pesares, Ronald Rocha, disse que o Ceará está representado nos campeonatos de base de vôlei de praia do País.
“Nós temos duplas cearenses, sim, ficamos ali pelo terceiro lugar no ranking. Mas estar em primeiro ou terceiro não quer dizer nada. Uma dupla da base vai ali, ganha um campeonato, mas isso mascara muito a realidade do vôlei.
Na nossa visão, precisamos de renovação. Não é porque disputamos torneios Sub 19, Sub 21, Sub 23, que temos uma base sólida. Nós não temos. Precisamos começar um trabalho do zero”.
Trocar a quadra pelas areias não é o único caminho
Dono de um bronze do Mundial 2003, com parceiro Benjamin; ouro no Mundial 2005, com Fábio Luiz; e prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, também com Fábio Luiz, o cearense Márcio Araújo argumenta que essa mentalidade de o atleta de vôlei de praia ter que vir do vôlei de quadra, uma visão da base do esporte, está mudando.
“Há alguns anos essa mentalidade está se modificando, já há atletas saindo diretamente da praia. Há escolinhas onde a gente busca isso, iniciar jogadores na praia, sem adaptação, e podemos colher muitos frutos com essa mudança, porque o mais importante é esse atleta ter condições técnicas, físicas e principalmente altura para jogar o vôlei de praia”, analisou.
Márcio, que já comanda uma escolinha, acrescenta: “Esse projeto de escolinhas que trabalham com crianças do Sub 13 e Sub 15 começa a deixar um legado. E acho importante a gente poder trabalhar e passar essa experiência para a molecada”.
Márcio ressaltou que “tem que ter a base, onde você perpetua a linha do esporte. Eu sou uma descendência da geração do Franco e Roberto, assim como Hevaldo, Lipe, Rodrigo. Não podemos deixar de trabalhar a renovação, até porque as únicas medalhas olímpicas que temos no esporte do Ceará foram conquistadas pelo vôlei de praia”.
Falta de apoio
Vencedora recentemente do circuito nacional de vôlei de praia, a cearense Naiana forma dupla com a manauara Andrezza. Ela afirmou que a renovação acontece, mas poderia ser maior se tivesse mais incentivo. “Está acontecendo uma renovação, mas o que falta são os apoios. Nós tem um patrocínio de confiança. Porém, alguns atletas que estão no início não tem dinheiro para viajar e disputar os torneios”, disse.
A jogadora apontou que, faltam mais profissionais para trabalhar com as jovens na praia. “Temos técnicos pioneiros aqui, mas precisamos de mais professores para contribuir e enriquecer a nossa base”, enfatizou.
Pensando no futuro do vôlei, Naiana irá fundar uma ONG que ajudará crianças carentes de Fortaleza. “Estamos com um projeto social e pretendemos ajudar crianças da cidade”, finalizou.
Moacir Félix
Repórter
Jogada – Diário do Nordeste – 13/03/2015
4 jovens mulheres jogam vôlei de praia nuas
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Números de ontem do TV TOTAL
Rede Bandeirantes está negociando a transmissão de torneios de vôlei de praia
Praia também
O vôlei de praia, com as suas diversas competições, também está incluído no pacote que a Band está negociando com a Globo e que deve se desenrolar nos próximos dias.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
Números de anteontem do TV TOTAL
Números de anteontem do TV TOTAL
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