A cantora
Valesca Popozuda, militante da causa LGBT, escreveu um texto para o jornal “Extra” no qual detona a postura de
Levy Fidelix durante o debate que aconteceu domingo (28), na Record. A artista diz que os comentários do candidato à Presidência a chocaram e que não imaginava que uma pessoa fosse capaz de soltar tanta maldade e ódio. Ela ainda diz que “
daria graças a Deus por ter um filho gay e não ser um ser humano como esse senhor Levy Fidelix“.Ao ser questionado por Luciana Genro sobre suas propostas para a população LGBT, Levy Fidelyx defendeu “tratamento psicológico” aos gays e declarou que não quer votos deles. “Prefiro não ter esses votos, mas ser pai, avô que instrua seu neto. Não vou estimular a união homoafetiva. Se está na lei, que fique como está”. O candidato ainda disse que “
dois iguais não fazem filhos” e que “
aparelho excretor não reproduz“.
Confira o texto de Valesca Popozuda na íntegra:
“As declarações do senhor Levy Fidelix me chocaram. Jamais imaginaria que uma pessoa fosse capaz de soltar tanta maldade e ódio. Os políticos precisam cuidar é da saúde, educação e segurança. O que esse senhor disse “somos a maioria, vamos combater a minoria” foi declarar guerra. Já imaginou se o mundo pensasse assim? Se então fossemos pra rua atacar qualquer tipo de minoria! Acabaríamos com a humanidade.
E “dois iguais não se reproduzem”? Meu caro, muitas vezes, os heteros jogam seus filhos no lixo, abandonam e até mesmo matam por falta de amor. Tenho certeza que “dois iguais” seriam uma excelente família, com muito carinho e amor. Tenho pena de quem convive com esse homem e não desejo, jamais, que ele tenha um filho ou neto gay. Porque ninguém merece ter esse homem como parente na vida. Uma vez, me perguntaram: “Valesca, e se seu filho fosse gay?”. Eu, hoje, digo que daria graças a Deus por ele ser gay e não ser um ser humano como esse senhor Levy Fidelix. Aí, sim, seria um desgosto pra qualquer mãe ter um filho como esse homem.
Senhores políticos, vamos parar de misturar religião e assumir o problema da homofobia. Vamos agir mais e parar de fazer apoios apenas para ganhar votos. Quero ver ação e não apenas promessas. Os gays precisam de uma lei e, não, de encenação”
Diário do Nordeste – Zoeira – 01/10/2014