Mercado de trabalho na TV paga observa crescimento superior a 300%

As informações, às vezes, são um pouco enviesadas, mas é necessário destacar o crescimento da produção audiovisual no Brasil, superior a mais de 300%, a partir da criação da lei da TV Paga em 2012.

O que se verifica é que ela trouxe muito mais acertos, em contrapartida aos poucos erros cometido e justificados pelo seu noviciado.

Em mercados da Europa, como Espanha e França, por exemplo, a exigência de um mínimo de conteúdo próprio já existe há mais de 20 anos.

Na nossa vizinha Argentina, o mercado de televisão, já de muito tempo, passou a ser muito mais ativo fora do que dentro das próprias emissoras.

Aqui, ainda como grande obstáculo, se constata é que a velocidade no campo da realização é muito superior a da Ancine, na apreciação dos processos. Esta é uma dificuldade ou um gargalo a ser superado.

No entanto, do ponto de vista de possibilidade de trabalho, nunca existiu um momento tão interessante e favorável.

“Estamos, é verdade, muito longe do ideal e daquilo que podemos atingir, mas o avanço observado em tão pouco tempo é dos mais significativos”, diz Rogério Gallo, executivo de TV.

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Questão de sobrevivência: TV paga precisa se reinventar

No Brasil e lá fora, pouco é feito para atrair o público para TV paga

No Brasil e lá fora, pouco é feito para atrair o público para TV paga

A TV paga, aqui e em outros tantos lugares, tem contra ela a enorme desproporcionalidade entre o que existe de bom e o que há de ruim ou muito ruim na sua tamanha quantidade de ofertas.

A disparidade entre o que se apresenta com algum conteúdo e aquilo que só existe para cumprir tabela chegou num ponto tão desproporcional, que só tem levado as pessoas, cada vez em maior número, a se fixar nos velhos endereços de sempre.

Se, de um lado, devemos destacar os investimentos feitos em quase todos os canais de notícias, esporte, infantis, de um ou outro no entretenimento, verificamos que os demais se sustentam do mesmo de sempre. Nada é feito para atrair a atenção de ninguém.

Não por acaso a preferência pela televisão aberta, mesmo com todos os problemas de algumas emissoras, a cada dia acaba sendo maior como comprovam as recentes pesquisas.

A TV paga, aqui e lá fora, mais do que tudo, precisa se reinventar. Começar de novo.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Descartável, TV paga já aparece na lista de cortes dos brasileiros

Destaques da TV paga em 2016; golpe vem da crise econômica

Destaques da TV paga em 2016; golpe vem da crise econômica

As principais operadoras, a exemplo de outros tantos setores, já estão acusando o golpe da crise em curso, que tem levado a maioria das pessoas, até de maneira obrigatória, a reavaliar as suas despesas.

Em momentos como os de agora, como recomenda o bom juízo, tudo que não é ou não veio a se tornar essencial perde o lugar para o absolutamente indispensável na vida de cada cidadão.

De um lado, com um peso bem considerável nesta hora e fator que amplia a base dessa quase superficialidade, as pesquisas atestam que os canais convencionais continuam com a grande fatia de audiência nos serviços do cabo.

Do outro, também com igual influência, a serventia quase nenhuma de diversas emissoras pagas, que nunca apostaram ou se deram ao trabalho de investir em programações de melhor qualidade. Dia mais, dia menos, essa conta ia chegar.

Mesmo se caracterizando como algo profundamente injusto para os poucos que trabalham direito, chegou a hora de todas pagarem por isso.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Novas plataformas indicam para futuro complicado na TV paga

Netflix pode ameaçar a TV paga no Brasil

Netflix pode ameaçar a TV paga no Brasil

Na semana passada aqui se falou da entrada do Google, via YouTube, na briga dos direitos esportivos, levantando questões que até agora carecem de maiores e melhores esclarecimentos.

Mas ainda assim, há a necessidade de se colocar outras situações, também importantes e bastante oportunas, entre elas algumas muito particulares do nosso país. A barreira tecnológica, hoje, é uma delas, mas que tende a ser diferente no futuro com o 4G e 5G. Só neste ano existem estimativas de vendas entre 50 e 60 milhões de smartphones. Em plena crise!

Também é necessário levar em conta que em muitos países, principalmente da Europa, onde a penetração da TV paga é maior do que 60%, os direitos esportivos já migraram para ela. E quando este patamar for atingido no Brasil, com serviços de banda larga mais eficientes e melhor qualidade de preço, as TVs pagas é que mais serão ameaçadas por plataformas como Youtube, AppleTV, Netflix etc…

Já se deve considerar que a compra de direitos, esportivos e outros, se acentuará bastante após isso.

Por outro lado

Não podemos deixar de lado, de forma nenhuma, a questão fiscal, originada pelos serviços que essas plataformas realizam. Este já é um problema de fato.

E não só no Brasil. Tais empresas, como Google e companhia bela, quando questionadas informam que estão atentas a este ponto, mas ninguém sabe o que isto significa de verdade.

De qualquer forma

A realidade hoje é outra e ninguém deve ignorar que várias novidades inevitavelmente ainda irão surgir nos próximos tempos.

O que se pretende é que tudo aconteça de uma forma justa, sem deslealdades ou transgressões. O que não se deve jamais admitir é que esses avanços não atendam as leis estabelecidas.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

“Gato” preocupante: 4,5 milhões de lares roubam serviço de TV paga no país

O malfeito é, entre tantos e enormes problemas, o maior na vida de todos os brasileiros. Nas várias crises que de vez em quando aparecem, como é o caso da atualmente em cartaz, sempre existe a preocupação em se levantar as mesmas e velhas questões que atormentam este país antes mesmo de Pedro Álvares Cabral botar os pés por aqui.

Quando, um dia, Pelé disse que o brasileiro não sabia votar, o mundo caiu na cabeça dele. Hoje, se constata, que até agora não aprendemos, caso contrário não estaríamos tão mal representados como sempre estivemos. Há um preço para toda escolha ruim. Quem consegue rapidamente se lembrar em qual vereador, deputado estadual ou federal e mesmo senador votou nas últimas eleições?

E aí se reclama de impostos cada vez mais altos, saúde e educação deficientes, transporte ruim, segurança que não existe e tantas outras carências em setores essenciais.

Mas alguém já parou para perguntar a si mesmo se está fazendo a sua parte? Evidente que o problema é muito amplo, mas só naquilo que nos diz respeito, como admitir que 4,5 milhões de lares brasileiros “gatunam” o serviço de TV paga? Este é um dado oficial. E, conforme levantamentos, é um universo que atinge as mais diferentes classes de pessoas, até mesmo aquelas que têm condições de contratar os trabalhos de uma operadora.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

TV paga será forçada a aumentar o tamanho do seu alto falante

 

Hoje, para todos os efeitos, há uma linha divisória entre a TV Aberta e a TV Paga, como se elas fossem dois meios absolutamente distintos. Virou moda para uns, chique para outros, espalhar em rodinhas ou mesas de bar que deixou de assistir aos canais convencionais. Bobeira.

Preconceitos idiotas à parte, as pesquisas revelam que a maioria das pessoas que assinam qualquer cabo continua oferecendo a Globo, SBT, Record e companhia bela as maiores audiências. E este é um detalhe que deve chamar mais atenção dos canais pagos.

Hoje são quase 20 milhões de domicílios atendidos pela TV por assinatura, que observou crescimento de 8,7% só no ano passado, distribuído em um universo formado por diferentes classes de pessoas. Algo que com o decorrer do tempo levará, de maneira obrigatória ou até questão de sobrevivência, as emissoras fechadas também se dirigir aos mais distintos tipos de público.

Se isso vai levar dois, cinco ou dez anos, é difícil prever, como qualquer outra coisa neste país, mas que este dia chegará, não existe dúvida nenhuma.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

SporTV lidera Ibope da TV paga com cerimônia de abertura do Pan

SporTV lidera Ibope da TV paga com cerimônia de abertura do Pan

 

Exibidora exclusiva do Jogos Pan-Americanos de Toronto na TV paga, o SporTV conseguiu uma excelente audiência com a transmissão da cerimônia de abertura da competição.

Segundo dados obtidos com exclusividade peloNaTelinha, durante todo o período de transmissão da festa na última sexta-feira (10), entre 21h e 23h55, o SporTV marcou 0,73 ponto de média, vencendo não só seus concorrentes esportivos, como Fox Sports e ESPN Brasil, mas também fechando em primeiro lugar geral entre todos os canais, batendo inclusive os líderes Discovery Kids e Cartoon Network.

A cerimônia de abertura do Pan-Americano foi transmitida ao vivo também pela Record News e em compacto pela Record no fim da noite. Vale ressaltar que esta é a volta do SporTV às transmissões dos Jogos, já que em 2011 a Record, que é detentora dos direitos exclusivos desde a última edição, em Guadalajara, no México, optou por não sub-licenciar na época.

O Jogos Pan-Americanos são a principal aposta do SporTV para manter o canal em alta depois de um mês excelente graças a Copa América de Futebol.

 

NaTelinha

Flávio Ricco comenta a quantidade de realities shows na TV a Cabo

Seriado Trato Feito ocupa 90% da grade do History Channel

 

Mesmice

A febre dos realities também invadiu a TV paga. É como um mercado, que tem de tudo um pouco, com disputa entre confeiteiros, bandas, cantores, ricas fúteis, competições de sobrevivência e outras que não levam a lugar nenhum.

Uma onda avassaladora. History e Discovery, que sempre se caracterizam por bons documentários, também entraram nessa.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

TV paga ainda é um grande campo a ser explorado

 

Se por um lado é bem importante essa abertura proporcionada por canais como GNT e Multishow principalmente, ao atender a expectativa do público em geral e do mercado artístico em particular, também se faz necessário chamar atenção para um mínimo de qualidade naquilo que é realizado.

O cumprir tabela ou fazer por fazer, como que palavras de ordem em alguns casos, acabam existindo apenas para preencher espaços. Não acrescentam rigorosamente nada na ordem das coisas.
É preciso que exista a disposição de realizar e realizar bem, o que será melhor para todos. A TV paga ainda é um grande campo a ser explorado, podendo para isso se utilizar da excelente mão de obra que existe no mercado.
O sistema pago, devido ao estrangulamento das TVs convencionais e mesmo o grande aperto que algumas atravessam, acaba se transformando numa alternativa de trabalho das mais interessantes para profissionais de diferentes atividades. E só será produzindo, como estão fazendo GNT e Multishow, que a maioria dos canais pagos sairá deste estado de completa letargia.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Telespectadores pedem Gazeta na TV paga; canal lança campanha e explica

Telespectadores pedem Gazeta na TV paga; canal lança campanha e explica

 

Canal paulista conhecido em todo o Brasil, a TV Gazeta quer entrar nas operadoras de televisão por assinatura, para expandir sua audiência e ser vista em todo o país.

Nesta semana, leitores do NaTelinha enviaram alguns e-mails questionando o motivo do canal não estar presente nas principais operadoras de TV por assinatura do Brasil, já que ela produz conteúdo nacional considerado de qualidade.

Atualmente, a Gazeta só está presente na Vivo TV. Ciente dos inúmeros pedidos que recebe, a emissora foi à luta: na última terça (28), lançou uma campanha em seu Twitter oficial, que já conta com o apoio dos profissionais contratados. Através da hashtag #EuQueroATVGazeta, o canal pede que os consumidores peçam e exijam que operadoras como Net e Sky carreguem o sinal. A Gazeta argumenta que não cobraria nada por este espaço.

Em comunicado enviado após um contato feito pelo NaTelinha, a Gazeta explicou dois pontos importantes: por que não é um canal obrigatório segundo a Lei de Conteúdo Nacional, criada pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), que obrigou operadoras a carregarem emissoras como Ideal TV, CNT e Rede Brasil nos line-ups das mesmas; e qual a condição técnica do canal hoje.

A resposta foi direta: “A TV Gazeta de São Paulo não faz parte da cotas de canais obrigatórios para carregamento nacional porque sua área de cobertura – através de emissoras e retransmissoras – não atinge o montante definido em lei para tal configuração, o chamado ‘Must Carry’. O interesse do público pela programação é uma importante variável para que as operadoras incluam as emissoras no seu line-up. Foi desse modo que a TV Gazeta foi carregada pela VIVO HDTV. Para que o nosso telespectador e fãs da TV Gazeta tenham conhecimento dessa informação, iniciamos a campanha #‎EuQueroTVGazeta. A ideia é que o sinal da TV Gazeta seja liberado sem custos para as operadoras e seus assinantes. Para participar, basta que o telespectador procure sua operadora e solicite a TV Gazeta em seu pacote de canais. A emissora conta com infraestrutura técnica para disponibilizar seu sinal digital para todas as TVs por assinatura”.

Conteúdo próprio

Se a questão aqui não fosse apenas a área de cobertura, e sim a produção de conteúdo, sem dúvidas a Gazeta merecia um lugar nas operadoras ou ser considerado obrigatório pela Ancine.

Segundo a programação disponível nos sites da emissora, a Gazeta produz hoje, de segunda a sexta, cerca de 14 horas de conteúdo próprio, tendo programas como “Todo Seu”, “Mulheres”, “Revista da Cidade”, “Gazeta Esportiva”, “A Máquina”, “Ouça!”, além do jornalismo, que tem como representantes o “Gazeta News” e o “Jornal da Gazeta”, em duas edições: às 19h e às 22h.

Nos fins de semana, o canal exibe o tradicional “Mesa Redonda: Futebol Debate”, comandado por Flávio Prado. Nomes importantes são contratados da casa, como Ronnie Von, Cátia Fonseca, Rodolpho Gamberini, Goulart de Andrade e Rodrigo Rodrigues.

Já canais considerados obrigatórios como CNT, Ideal TV e RBI (ex-MixTV, que virou um canal pago no ano passado), têm pouco a oferecer ao espectador. Cada uma destas emissoras vendeu 22 horas de sua grade horária para igrejas evangélicas exibirem telecultos e pregações. A primeira arrendou para a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo; a segunda foi alugada pela Igreja Mundial do Poder de Deus, do Apóstolo Valdemiro Santiago; enquanto a terceira ficou com a Igreja Plenitude.

Vale ressaltar que, quando viraram obrigatórios, em 2013, os três canais produziam bastante. A Ideal TV é a antiga MTV Brasil, que pertencia ao Grupo Abril, mas se encerrou em setembro de 2013, com a marca devolvida para a Viacom, que lançou o canal na TV paga. A concessão foi comprada pelo Grupo Spring, mas a venda pode ser cancelada pelo Ministério Público, conforme noticiou o NaTelinha anteriormente.

A CNT produzia programas em maior quantidade, como o “Notícias & Mais”, de Leão Lobo. Porém, atrações foram extintas, profissionais foram demitidos e a programação arrendada, por conta das dificuldades financeiras que o canal atravessa.

Já a RBI era a MixTV, que até o ano passado era um canal aberto de música e concorrente direto da antiga MTV Brasil. Depois de ser considerado obrigatório, a Mix decidiu ficar apenas restrito à TV paga. Surgiu então a RBI, que no início exibia apenas videoclipes musicais, mas que em um mês de existência virou um canal caça-níquel, com a venda de sua programação para a Igreja Plenitude.

 

 

NaTelinha