Comentarista acusa diretor do SBT de ser ‘sócio’ do presidente do PT

O jornalista José Nêumanne Pinto, que acusa a direção de jornalismo do SBT de ter relações com o PT

Demitido pelo SBT no último dia 7, o jornalista José Nêumanne Pinto enviou a amigos uma carta em que acusa o diretor de jornalismo da emissora, Marcelo Parada, de ter “notórias ligações societárias com Rui Falcão”, presidente nacional do PT. Nêumanne também insinua que sua demissão está relacionada a um esforço pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, de quem é crítico.

Parada nega com veemência. “Nunca tive nenhuma relação societária com Rui Falcão. Nunca. Não sei de onde o Nêumanne tirou essa história. Desafio qualquer um a provar qualquer relação societária minha com Rui Falcão. Nunca fui sócio e nunca prestei serviços para Rui Falcão”, diz Parada.

Na carta, Nêumanne também faz referências a Ricardo Melo, que deixou o SBT no dia 3, após defender uma funcionária que estava com problemas de saúde. Melo era chefe de redação na emissora.

O jornalista afirma que seus comentários de política “nem sempre” eram levados ao ar no SBT. Cita: “[Ricardo Melo] vetou um comentário meu crítico contra Dilma Rousseff porque ouviu a palavra ‘merda’ quando eu havia dito ‘meta’”. Procurado, Melo não quis se pronunciar.

Nêumanne relata também que seus comentários desapareceram do SBT Brasil, o principal telejornal da emissora, no final de 2013. Ele reclama ainda da forma deselegante que teria sido tratado ao ser desligado da emissora.

Além de Nêumanne, o SBT demitiu na sexta (7) os comentaristas Denise Campos de Toledo e Carlos Chagas. A saída dos três já estava acertada desde outubro, e Silvio Santos estaria de acordo.

Leia a seguir a carta de Nêumanne, na íntegra:

Na sexta-feira passada, dia 7 de fevereiro, após gravar os comentários para os três jornais do SBT, fui comunicado pelo diretor de jornalismo, Marcelo Parada, que o “comitê de programação do SBT” havia decidido extinguir comentários na emissora.

Nunca, em momento nenhum, desde que assumiu o lugar, Parada, que conheci no começo da carreira dele na Jovem Pan, onde até hoje sou comentarista, e seu lugar tenente, Ricardo Melo, me abordaram a respeito de qualquer aspecto de forma, conteúdo, tom ou estilo que dissesse respeito a minha participação nos três telejornais da casa.

Parada mantinha (e não tem por que deixar de manter) uma relação cordial comigo, mas sempre superficial e esporádica, de vez que nossos horários não combinavam. Dificilmente o encontrava em seu gabinete de segunda a sexta entre as 4 e 6 da tarde no horário de minhas gravações.

Ricardo Melo, cujo comportamento brusco é lamentado entre outros colegas, ao contrário, sempre estava em sua mesa e costumávamos trocar farpas bem-humoradas sobre nossas diferenças ideológicas. Melo é assumidamente trostkista e na juventude também tive simpatia pelo fundador da IV Internacional. E, mesmo tido pelos companheiros dele como membro do Partido da Imprensa Golpista (PIG), dei-lhe de presente de Natal o romance policial O homem que Amava os Cachorros, do cubano Leonardo Padura, sobre um dos meus temas prediletos, quase obsessivos, o assassinato de Lev Trotski.

Melo nunca demonstrou atenção especial pelo Jornal do SBT, que era ancorado por Carlos Nascimento, nem pelo Jornal do SBT Manhã, comandado por Hermano Henning. Concentrava-se no SBT Brasil, apresentado por Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto.

Quando a dupla assumiu, o tempo de meu comentário foi reduzido de 40 para 30 segundos, mas Silvio Santos resolveu dar mais dez minutos ao jornal do horário nobre para garantir a edição dos três comentaristas da Pan que ele havia contratado: Carlos Chagas e Denise Campos de Toledo, além de mim. Passei a fazer comentários de um minuto de duração, que nem sempre eram levados ao ar, apesar de gravados diariamente.

Melo sempre assumiu a responsabilidade pelas decisões de supressão (não seria o caso de usar a palavra censura). Uma vez, por exemplo, ele vetou um comentário meu crítico contra Dilma Rousseff porque ouviu a palavra “merda” quando eu havia dito “meta”.

Depois da crise provocada pelo jornal policial tirado da grade por falta de audiência, nunca mais os comentários que eu gravava para o SBT Brasil foram ao ar, apesar de religiosamente gravados, inclusive na sexta 7, quando fui sumariamente demitido sem nenhum aviso prévio nem tentativa de evitar que meu trabalho prejudicasse a dinâmica do noticiário, como vi alegado nas notas publicadas pela imprensa.

Da sala de Parada fui direto ao RH, onde fui comunicado que receberia os sete dias trabalhados no mês de fevereiro. Não questionarei essa deselegância na Justiça, pois meus acertos foram feitos de boca com Silvio Santos, que está de férias na Flórida. Apenas registro em nome da verdade dos fatos.

Li também nas redes sociais que meus comentários não estavam sendo mais aproveitados no carro-chefe da programação jornalística da casa. De fato. Cheguei a consultar Melo sobre isso. E ele me respondeu: “É um acordo que tenho com Silvio Santos. Ele lhe paga, você grava e ele me paga para decidir se seu comentário vai ao ar”. Agradeci a sinceridade, porque dessa forma ele me liberou da obrigação diária de ver o jornal. “Mas a única coisa que lhe interessa no jornal é seu comentário?”, ele perguntou, com sarcasmo. Respondi sinceramente: “Certamente. Nada mais no jornal me interessa”.

Não discordo radicalmente de Melo e Parada em relação ao excesso de comentaristas no SBT Brasil. Cheguei a comentar isso com Silvio Santos quando este me pediu para gravar comentários para este telejornal à época em que meu compromisso se limitava aos outros dois. Mas o patrão discordou veementemente e passei a gravar, como ele havia me pedido, até porque àquela época o tal “comitê de programação do STB” era composto por apenas quatro pessoas: Senor, Abravanel, Silvio e seu Santos. Pelo visto, algo deve ter mudado.

De qualquer maneira, o papel de locomotiva jornalística não cabe bem ao SBT Brasil, a não ser se se considerar apenas o horário da exibição. Pois seus índices de audiência não são propriamente espetaculares. E nunca em nenhum dia os Jornal do SBT e Jornal do SBT manhã deixou de levar ao ar um comentário meu.

Espero que a informação tenha sido mal interpretada por quem a deu. Não acredito que a cúpula do jornalismo do SBT fosse deselegante como foi comigo com colegas como Carlos Nascimento e Hermano Henning. Melo não faz mais parte dela porque seu estilo franco e desabusado o levou a se exceder numa discussão com um funcionário do RH e isso provocou sua demissão na segunda-feira, 3 de fevereiro. Duvido que ele tenha exacerbado tal estilo fazendo alguma referência desairosa a dois produtos que também estavam sob sua chefia. O mesmo vale para Marcelo Parada. Não acredito que ele tenha explicitado tal discriminação contra colegas de profissão cujos currículos não merecem dele tal desrespeito. Também não acredito que suas notórias ligações societárias com Rui Falcão possam ter interferido na decisão de demitir quem ele sempre chamou de “amigo”. Seria uma imprudência. Fica, de qualquer maneira, a consequência a lamentar mais institucional do que pessoal: o ano eleitoral começa com a demissão de um crítico contumaz de Dilma Rousseff, favoritíssima à reeleição, mas ainda assim temerosa de que ela não ocorra.

Gravações de Amor à Vida terminarão neste mês

O elenco de “Amor à Vida” só retornará aos estúdios na segunda-feira (6). A folga do Ano Novo, ao contrário do que aconteceu no Natal, foi um pouco maior. Se nada acontecer daqui para frente, os trabalhos, em sua maioria, serão encerrados no dia 20. Apenas as cenas finais e decisivas ficarão para depois disso.

 

Flávio Ricco com colaboração de  José Carlos Nery

James Akel comenta lição de Itamar Franco para o PT do Satanás

 

Quando Itamar Franco era presidente houve uma denúncia sobre seu mais fiel assessor que era Henrique Hargreaves.

Itamar afastou Hargreaves até resolver o assunto e depois de comprovada inocência Hargreaves reassumiu o cargo.

Assim deveria fazer o prefeito Haddad depois das notícias que saíram hoje sobre uma suposta relação de seu assessor direto Antônio Donato com um fiscal preso, citado em um telefonema entre o fiscal preso e sua companheira.

Donato tem que ser afastado até resolver o assunto, coisa rápida porque as declarações do próprio fiscal podem tirar Donato desta situação.

No telefonema citado a companheira do fiscal fala de Donato mas o fiscal nega.

Afasta-se o assessor, registra-se a isenção de culpa na Promotoria através de declaração do fiscal e Dontao reassume o cargo inocente.

Escrito por jamesakel@uol.com.br às 09h22 no dia 04/11/2013

Mudanças na Record Rio seriam retaliação a Wagner Montes, diz colunista

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Divulgação/TV Record

Na última terça-feira (08), a Record Rio anunciou algumas mudanças na apresentação de seus jornalísticos locais.

Desde quarta (09), o apresentador e deputado estadual Wagner Montes apresenta o “Balanço Geral Manhã”, enquanto Luiz Bacci foi migrado para o “Cidade Alerta Rio” e Rogério Forcolen para o “Balanço Geral Rio”, na hora do almoço.

Tais mudanças estranharam muita gente, já que Wagner Montes é a estrela maior da emissora. Porém, segundo a colunista Patrícia Kogut, do jornal “O Globo”, a troca teria uma explicação política.

Wagner não teria mudado para o PRB (Partido Republicano Brasileiro), braço político da Igreja Universal do Reino de Deus, como muitos bispos gostariam, preferindo ficar no PDT (Partido Democrático Trabalhista).

Com isso, membros da igreja teriam ficado revoltados e decidiram “punir” o apresentador, que agora fica no ar das 6h30 às 7h30. Wagner Montes teve votação recorde nas eleições de 2010, com cerca de 150 mil votos em todo o estado do Rio.

Mesmo assim, a mudança fez bem para a Record: o “Balanço Geral Manhã” marcou, na última quarta, 7 pontos de média com 10 de pico, ficando em primeiro lugar no Ibope, contra 6 da Globo e 2 do SBT.

NaTelinha

Band vai pedir mais dinheiro ao Valdemônio Sandiabo

Valdemiro Santiago

Realizar mudanças na sua grade de programação é uma decisão que a direção da Bandeirantes já tomou. Fala-se em 2 ou 3 meses para isso, mas dependendo do tamanho da coisa pode ficar para o começo do ano que vem.

Diminuir a duração do programa religioso nas madrugadas está entre as decisões mais importantes. E isto irá acontecer através de uma solicitação do aumento de preço pela cessão do horário, hoje vendido para a igreja do Valdemiro Santiago. Há o desejo de reduzir as atuais três horas para duas.

Isto é o que está desenhado, passando a programação da emissora a entrar no ar às 6 da manhã, com uma série ou desenhos animados esquentando o horário até o jornal das 7. Importante salientar que no meio de tudo existe um componente importante chamado dinheiro. O quadro pode mudar, para mais ou para menos, na medida do que o Valdemiro resolver oferecer.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

É melhor separar o que é de Deus e o que é de Satanás …

 

As coisas entre a Igreja Universal e a Record nem sempre são tão separadas assim.
Além de utilizar viaturas e equipamentos da emissora, os responsáveis por esses programas religiosos se identificam como profissionais do “Grupo Record”.  Ainda tem muita confusão acontecendo por causa disso.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery