No Acre, ex-presidiário é morto na varanda de casa com tiro na cabeça

Homem foi chamado pelo apelido e ao abrir o portão foi alvejado, diz mulher.
Suspeito estava a pé e fugiu correndo após o crime, segundo a família.

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Ex-presidiário foi morto com tiro na cabeça em bairro de Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal)

Ex-presidiário foi morto com tiro na cabeça em
bairro de Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal)

O ex-presidiário Franeci Silva do Nascimento, de 41 anos, foi morto com um tiro na cabeça, na noite desta quinta-feira (30), na varanda de casa, localizada no  bairro Comara, em Rio Branco.

Segundo a mulher da vítima, Leiguiany Conceição da Costa, de 31 anos, um homem chegou a pé, chamou Nascimento pelo apelido de “Cowboy” e ao sair de casa para saber do que se tratava, o homem efetuou um disparo contra ele.

A mulher acredita que o crime tenha sido um acerto de contas, já que seu marido havia sido preso há cerca de um ano por tráfico de drogas.

“Meu pai já tinha dado uns conselhos para ele sair dessa vida, e ele dizia que estava tranquilo. Ele não era usuário de drogas, mas foi preso por tráfico depois de uma denúncia. Ficou preso por 19 dias, porque a polícia não encontrou nada. Era uma pessoa que todo mundo gostava, não era de brigar nem de andar em festa”, diz.

Nascimento estava em casa com os sogros e um filho de quatro anos. A mulher da vítima diz que estava na casa de uma vizinha e assim que ouviu o disparo de arma de fogo, correu para casa. “Parecia barulho de uma bomba. Meu pai e minha mãe estavam na sala com nosso filho, e quando escutaram, seguraram o menino para ele não ver nada e meu pai foi até a varanda”, diz.

O corpo de Nascimento foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos e em seguida, foi encaminhado para ser velado em uma igreja evangélica no bairro Triângulo, em Rio Branco.

 

G1.COM.BR

Família faz rifa para tratamento de criança com câncer em Rio Branco

Leonardo Pontes tem 1 ano e luta contra neuroblastoma no abdômen.
Menino deve viajar em outubro deste ano para Curitiba (PR).

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A criança deve ser submetida a uma nova cirurgia em outubro deste ano e precisa de ajuda para os custos  (Foto: Daniele Maia/Arquivo pessoal)
A criança deve ser submetida a uma nova cirurgia em outubro deste ano e precisa de ajuda para os custos (Foto: Daniele Maia/Arquivo pessoal)

A família do pequeno Leonardo Pontes, de 1 ano, diagnosticado com câncer do tipo neuroblastoma no abdômen, está vendendo uma rifa de uma cesta de cosméticos para ajudar a custear o tratamento em Curitiba (PR). Segundo a mãe, a assistente administrativa Daniele Maia, de 26 anos, a criança deve ser submetida a uma nova cirurgia em outubro deste ano e precisa de ajuda para os custos da viagem.

Daniele conta que o filho recebeu o diagnóstico em março deste ano e precisou ser transferido para a capital paranaense às pressas.

“Tivemos que voltar para Rio Branco por conta das condições financeiras e por causa do trabalho. O tumor dele parou de diminuir e vai ter que fazer uma segunda cirurgia”, diz.

A mãe fala que identificou uma protuberância na barriga do filho enquanto brincava com ele, por isso, decidiu procurar um médico. “Muita gente falou que seria hérnia, mas eu quis saber. Ele ia fazer a cirurgia em Rio Branco mesmo, mas não tinha o transporte de UTI que ele precisava. Então, o plano de saúde decidiu nos mandar para fora”, explica.

Segundo Daniele, a família ainda não fez os cálculos para saber exatamente quanto vai gastar durante a viagem. No entanto, o valor arrecadado deve colaborar no custeio de passagens, hospedagem, transporte e alimentação. Além desse sorteio, outras rifas devem ser feitas até a data da viagem.

Os interessados em comprar um bilhete podem entrar em contato com nos telefones (68) 99948-6243 ou 99930-1832. O sorteio está previsto para ocorrer no dia 6 de julho.

O pequeno Leonardo, de 1 ano, luta contra um câncer desde março deste ano  (Foto:  Daniele Maia/Arquivo pessoal )
O pequeno Leonardo, de 1 ano, luta contra um câncer desde março deste ano
(Foto: Daniele Maia/Arquivo pessoal )
G1.COM.BR

No Acre, quilo do feijão chega a quase R$ 10 e inspira memes na web

Segundo Dieese, feijão carioquinha sofreu reajuste de 3,22%.
Consumidores falam em substituir alimento ou reduzir consumo.

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Acreanos compartilharam memes sobre alta no preço do feijão (Foto: Reprodução/Facebook)

Acreanos compartilharam memes sobre alta no preço do feijão (Foto: Reprodução/Facebook)

O quilo do feijão está tão caro que o transporte do produto deve passar a ser feito por carros fortes. Essa é a ideia por trás de um dos memes compartilhados por acreanos nas redes sociais após o aumento no preço do alimento. No Acre, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o feijão sofreu reajuste de 3,22% no mês de maio e pode chegar a quase R$ 10 em alguns supermercados.

A jornalista Ana Cristina Silveira conta que soube do aumento após receber os primeiros memes pelo WhatsApp. “Óbvio que [fiquei] espantada”.Com a situação, ela diz que pretende reduzir o consumo do produto.

Já a aposentada Cleuma Craveiro resolveu substituir o feijão tradicional pelo preto. “Estou pegando mais por causa disso do preço, procurando o que é mais em conta pra levar pra casa”, explica.

Em meme, internautas dizem que feijão deve ser transportado por carros-fortes após reajuste (Foto: Reprodução/Facebook)
Em meme, internautas dizem que feijão deve ser transportado por carros-fortes após reajuste
(Foto: Reprodução/Facebook)

Segundo o técnico do Dieese, Wesley de Brito, o aumento no preço do feijão é nacional. “Houve problemas de grandes chuvas na região Centro-Sul, que fez com que safras inteiras fossem perdidas, então o feijão que nos estamos consumindo, na verdade são os estoques que eles tinham, e dessa forma esses estoques vão de certa forma acabar, estão acabando então é de se esperar que o feijão vai ficar mais caro e o arroz também”, salienta.

Em um dos memes, os internautas criam um pôster falso anunciando feijão como o primeiro prêmio do título de capitalização AcreCap Legal. Em outro, o feijão passa a substituir a aliança de noivado.

Internauta do Acre propõe substituir aliança de noivado por um grão de feijão (Foto: Reprodução/Facebook)
Internauta do Acre propõe substituir aliança de noivado por um grão de feijão
(Foto: Reprodução/Facebook)

Cesta básica aumentou
Segundo o Dieese, o preço da cesta básica alimentícia aumentou 7,83% entre janeiro e maio deste ano em Rio Branco. Apesar disso, o órgão diz a capital acreana registrou uma redução de 2,49% em maio em relação a abril. O valor da cesta rio-branquense foi considerado o menor do país para o mês pesquisado.

Para adquirir os itens, o trabalhador local comprometeu em média 41,42% do salário mínimo líquido. Além do feijão outros itens sofreram reajuste, como a carne bovina de primeira (0,23%), o pão francês (1,69%) e o açúcar (0,77%).

Já entre o que que sofreram redução, o tomate e a banana são os destaques, com diminuição de 14,14% e 5,01%, respectivamente. Também ficaram mais baratos ao bolso do consumidor: leite integral (0,56%), arroz agulhinha (0,64%), farinha (0,32%), café (0,90%), óleo de soja (0,72%) e a manteiga (0,16%).

Colaborou Leandro Manhães, da Rede Amazônica Acre

 

G1.COM.BR

Município no Acre deve pagar R$ 100 mil a criança atropelada em rodovia

Menino sofreu lesões cerebrais e está em cadeira de rodas.
Prefeitura de Senador Guiomard ainda pode recorrer da decisão.

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A Justiça do Acre condenou a Prefeitura de Senador Guiomard, interior do Acre, ao pagamento de R$ 100 mil a uma criança que ficou com danos cerebrais e físicos após ser atropelada na rodovia AC-40.

O menino, que tinha então seis anos, teria, segundo a decisão, sido atropelada após ser deixada “desacompanhada” e “fora do ponto” por um ônibus escolar do município.

A sentença do juiz Afonso Braña foi publicada no Diário da Justiça e ainda cabe recurso. O G1tentou entrar em contato com a prefeitura e com a família da vítima, mas não obteve sucesso até a publicação desta matéria.

Nos autos do processo a administração municipal alegou que “o acidente aconteceu por culpa exclusiva dos pais da vítima, que não estariam no ponto de descida para recepcioná-lo no momento em que este desceu do ônibus”.

Segundo o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), a mãe esperava pela a criança todos os dias no outro lado da rodovia. Entretanto, em 17 de julho de 2013, data do acidente,um irmão mais velho estava como responsável por buscar a criança. O jovem não chegou a tempo e por isso a criança teria atravessado a rodovia sozinha.

O atropelamento deixou a criança com fratura na perna direita e trauma cranioencefálico com lesão axonal difusa, ou seja, um trauma grave causado pelo impacto violento do cérebro contra as paredes do crânio. A vítima ficou 15 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco.

Por conta disso, o menino, que tem atualmente nove anos, passou a se locomover apenas com ajuda de cadeira de rodas, além de ter dificuldades de coordenação motora e fala. Segundo o TJ-AC, o menino passou a necessitar da ajuda da mãe “para realizar todas as tarefas de higiene e demais atos básicos de sobrevivência”.

No entendimento do juiz, o motorista agiu com “falta de cautela” ao deixar o aluno fora do ponto de ônibus às margens da rodovia AC-40 “sem qualquer assistência adulta”.

Pensão e despesas médicas
A sentença define também que administração do município pague em caráter vitalício, a partir de 14 de agosto de 2020, uma pensão alimentícia para a criança no valor de R$ 586,66. Segundo o documento, a vítima deve completar 14 anos nesta data e poderá passar a “contribuir para a manutenção do lar paterno e de suas próprias despesas”.

O município deve manter ainda até os 14 anos da vítima, um auxílio também no valor de R$ 586,66, para custear despesas médicas como compra de remédios e fisioterapia.

 

G1.COM.BR

Por causa de assaltos, donos de postos fecham à noite em Rio Branco

Segundo sindicato, dois postos já fecham e outros cogitam seguir medida.
Sindicato diz que empresários estão assustados com violência.

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Posto de combustíveis em Rio Branco foi alvo de assaltos duas vezes em 13h  (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
Um dos postos foi assaltado pelos menos 2 vezes
em menos de 13h (Foto: Iryá Rodrigues/G1)

Assustados com o número de assaltos ocorridos em postos de combustíveis de Rio Branco alguns empresários optaram por fechar as portas durante a noite.

Um levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Acre (Sindepac) aponta que entre janeiro e maio deste ano pelo menos 14, de 38 postos pesquisados, sofreram assaltos.

Segundo o sindicato, ao menos dois, dos 32 associados, já teriam passado a fechar as portas durante a noite.Proprietário do Auto Posto Castanheira, na Estrada da Floresta, em Rio Branco, Lincoln Lima é um deles.

“Agora funcionamos no máximo até meia noite, fechamos e abrimos só durante o dia. É um descaso com a gente. Já liguei várias vezes e solicitei mais rondas no local, mas a polícia não está dando assistência”, reclama o proprietário.

A decisão de Lima ocorreu após o terceiro assalto em menos de um mês. “Ontem [quarta-feira, 1] chegou um grupo armado dentro de um táxi, rendeu a frentista e levou o dinheiro que ela tinha na mão. Coloquei a equipe da noite para trabalhar durante o dia, mas eles estão com medo”, lamenta.

Os outros dois assaltos no posto ocorreram em um intervalo de menos de 13 horas. O primeiro vez no início da tarde e o segundo durante a madrugada.

Rondas reforçadas
O diretor de operaçõe da Polícia Militar do Acre, coronel Marcos Kinpara, disse que o policiamento será reforçado na região. Sobre os constantes assaltos aos postos, o coronel afirma que a polícia tem estudado estratégias para diminuir esse tipo de ocorrência.

“Estamos montando uma grande operação da segurança e temos as outras operações que ajudam no combate. A polícia está fazendo a parte dela. Em média prendemos 10 pessoas em fragrante por dia, mas infelizmente às vezes encontramos o cidadão na rua no outro dia”, salienta.

Ideia é não fechar, diz presidente
O presidente do sindicato, Delano Lima, diz temer que o número crescente de assaltos possa provocar o fechamento de postos.

“Os empresários estão preocupados. Os postos são os estabelecimentos que mais têm sofrido com essa onda de assalto. Estamos orientando que coloquem mais câmeras, não guardar dinheiro na pista e vamos ver se a Secretaria de Segurança pode ajudar colocando mais rondas nos postos. A ideia é não fechar”, finaliza o presidente.
 

G1.COM.BR

Acusados de matar agricultor pegam juntos mais de 40 anos de prisão

Agricultor foi achado morto em julho de 2015 após sair para pescaria.
‘Aliviados’, diz filha da vítima sobre condenação.

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Os acusados de matar o agricultor José Lima dos Santos em julho do ano passado foram condenados pelo júri durante o julgamento nesta quinta-feira (2). Marcos Silva recebeu pena de 20 anos de prisão e Clecione Cavalcante, que confessou o crime, foi sentenciado a 19 anos e seis meses. Ambos devem cumprir pena em regime inicialmente fechado.

Após a decisão, anunciada pela juíza Ana Paula Lima, a família do agricultor se reuniu na casa da mãe do agricultor para comemorar.

“Estamos muito felizes, nossa preocupação era que um deles, que negou o crime, fosse inocentado. Estamos tristes, porque meu pai não vai mais voltar, mas aliviados porque eles vão estar presos”, disse ao G1 a filha do agricultor, Silvia Santos, de 34 anos.

Homens são julgador por homicídio de agricultor  (Foto: Quésia Melo/G1)

Suspeitos foram condenados pelo júri nesta
quinta-feira (2) (Foto: Quésia Melo/G1)

Entenda o caso
O corpo de Santos foi encontrado no dia 29 de julho de 2015, três dias após ter desaparecidodepois de ir pescar com os suspeitos. Na época, o delegado informou que a vítima apresentava perfurações, que poderiam ter sido ocasionadas por faca.

Marcos Silva e Clecione Cavalcante foram presos em 28 de agosto de 2015 e ouvidos pelo delegado da 2º Regional, que investiga o caso. Na época, a família acompanhou a prisão da dupla.

Durante o julgamento, nesta quinta-feira (2), foram ouvidos depoimentos de nove testemunhas, entre acusação e defesa. Com cartazes e camisetas com a foto de José Lima, a família também acompanhou o julgamento no Fórum Criminal de Rio Branco.

Irmão e filha da vítima acompanharam o julgamento com cartazes relembrando momentos do agricultor  (Foto: Quésia Melo/ G1)
Filha da vítima diz que família está aliviada após sentença (Foto: Quésia Melo/ G1)
G1.COM.BR

Moradores protestam por iluminação e segurança em bairro de Rio Branco

Moradores do bairro Irineu Serra protestaram na tarde desta quarta (1º).
Prefeitura diz que faz levantamento de custo para levar iluminação ao local.

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Moradores reivindicam iluminação e mais segurança no local (Foto: Aline Nascimento/G1)Moradores reivindicam iluminação e mais segurança no local
(Foto: Aline Nascimento/G1)

Um grupo de moradores do Bairro Irineu Serra realizou um protesto no início da noite desta quarta-feira (1º) contra a falta de iluminação e segurança no local. Os manifestantes reclamam ainda de um terreno baldio localizado às margens da estrada que seria utilizado como depósito de lixo e abrigo para usuários de drogas.

Segundo eles, a área seria do governo do Acre. Procurado pelo G1, o executivo estadual afirma que vai verificar junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE) se a área é pública ou de domínio privado.

Sobre a iluminação no local, a prefeitura disse que já tem conhecimento do problema e que a parte que está sem iluminação seria uma área de alta tensão e que não possui residências ao redor. O órgão afirmou que está fazendo levantamento de custo do material para instalar os equipamentos.

A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp), disse que está marcada para quinta-feira (2) uma reunião com o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), responsável pela segurança na região, com representantes da comunidade. A Sesp ressaltou que o comandante do batalhão, major Edener Rocha, solicitou que as guarnições reforcem a fiscalização ostensiva no bairro.

“Esse terreno abandonado facilita para os assaltos e até fuga dos suspeitos. Eu mesmo já fui assaltado ano passado. Também tem muitos acidentes no local, no mais recente um dos envolvidos precisou amputar uma das pernas”, reclama o autônomo Widisney Oliveira, de 36 anos.

Oliveira diz ainda que a jornalista vítima de um sequestro relâmpago na noite de terça-feira (31) teria sido abandonada no terreno baldio. “As pessoas vêm para cá a noite usar drogas, ter relações sexuais. Aqui é ponto de muita coisa ruim”, lamenta o autônomo.

Moradora há 30 anos da região, a dona de casa Maria Lenir, de 44 anos, diz compartilhar da preocupação do vizinho. Maria confessa que vive com medo de ter a casa invadida e os pertences roubados.

“Ninguém sai de casa, todo mundo tem medo. Eu tenho medo também, não sei o que pode acontecer nessa parte que não tem luz, é uma escuridão. Teve morador que foi assaltado e depois se mudou daqui”, conta a dona de casa.

Crimes
Em março deste ano moradores do bairro Irineu Serra encontraram o corpo de Marcelo Augusto Fraga de Sales, de 20 anos. O cadáver apresentava quatro perfurações de arma de fogo, sendo uma no peito, duas no ombro direito e uma na caixa craniana.

A Sesp informou na época ao G1, que o jovem tinha passagem por roubo e tráfico de drogas no município de Plácido de Castro, a 95 quilômetros de Rio Branco.

Já no mês de maio um homem de 34 anos também foi encontrado na área morto com vários golpes de faca e um tiro. A família disse à reportagem que Cleison Moura da Silva teria sido atraído por uma mulher até o local do crime.

 

G1.COM.BR

Mulher chamada de ‘sapatão’ ganha direito à indenização no Acre

Moradora teria dito que vítima não podia assumir cargo por ser ‘sapatão’.
Vítima era candidata em eleições para Conselho Tutelar de Manoel Urbano.

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Uma mulher, moradora do município de Manoel Urbano, distante 215 quilômetros de Rio Branco, deve receber uma indenização de R$ 3 mil após ser vítima de comentários homofóbicos. A advogada da vítima, Edilene da Silva Ad’vincola, conta que a agressora ia de casa em casa denegrindo a imagem da vítima e usando termos como “sapatão”. A vítima era candidata a uma vaga no Conselho Tutelar do município.

“Por ser um município pequeno, todo mundo acha que sabe da vida de todo mundo, essa senhora se aproveitou que ela [vítima] havia se candidatado para concorrer ao cargo de conselheira e disse que ela não servia para a função por causa da orientação sexual dela. Ela dizia mesmo que a vítima era ‘sapatão’ e que só ‘pessoas com família’, ou seja, um homem e uma mulher, na visão dela, deveriam ocupar o cargo”, conta.

Segundo o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) a ré teria dito que a vítima “não teria capacidade ou moral para exercer o cargo por causa de orientação sexual”. A sentença foi publicada noDiário da Justiça.

Ao G1, a autora das ofensas, a professora Marta Melo, disse que já esteve em audiência com a vítima e negou que tenha tido algum tipo de comportamento preconceituoso em relação à orientação sexual da mulher.

“Respeito qualquer tipo de comportamento das pessoas, meu posicionamento foi em relação à maturidade dela e não sobre a orientação sexual. Falei sobre ela não ser casada, não ter filhos e, por isso, não ter experiência para lidar com adolescentes e crianças. Fiquei até surpresa disso ir parar na Justiça, pois nós nos dávamos bem”, esclareceu.

A reportagem também entrou em contato com a vítima, que não quis se identificar. A mulher diz que sofreu por causa da repercussão do caso e que tenta levar a vida da maneira mais discreta possível, justamente para evitar comentários preconceituosos. Ela finalizou dizendo que não quer mais comentar o processo.

Já a advogada de defesa afirma que a professora Marta usava o espaço que possuía em um programa de rádio para “atacar” a imagem da vítima. Ela destaca ainda que havia um pedido uma indenização no valor de R$ 8,8 mil, mas o juiz estipulou apenas R$ 3 mil após analisar a condição financeira da ré.

“A campanha contra a candidatura dela foi tão grande que não foi eleita. Não podemos mais tolerar esse tipo de agressão psicológica. Principalmente quando as pessoas almejam ocupar um cargo e aparece alguém dizendo que elas não podem porque não possuem família. Que tipo de conceito familiar elas têm?”, questiona.

Ré tem recurso negado
Após a sentença, a acusada entrou com uma apelação na Justiça, mas a 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis negou o pedido e manteve a condenação emitida pelo Juízo de 1º Grau inalterada. Segundo o TJ-AC, a apelante deve pagar a indenização por ter cometido o crime de ofensa à honra e imagem ao “proferir comentários discriminatórios sobre a orientação sexual da apelada”.

Em sua defesa, a professora afirmou mais uma vez acreditar “que a reclamante não possuía condições suficientes para a atribuição do cargo de conselheira tutelar”, porém, alegou que em nenhum momento “falou sobre a sexualidade da vítima com o intuito de denegrir a imagem dela”.

De acordo com o TJ-AC, o juiz de direito Alesson Braz, relator do recurso, rejeitou os argumentos da professora alegando que os depoimentos das testemunhas registrados nos autos do processo “foram uníssonos em destacar a conduta preconceituosa da parte reclamada para com a autora”.

Na decisão, o juiz destacou ainda “que o dano foi causado por manifestação notadamente discriminatória, atingindo indevidamente a orientação sexual da autora”, o que causou “evidente constrangimento, com violação aos atributos da personalidade”.

 

G1.COM.BR

Justiça determina que Saúde forneça medicação à mulher com lúpus no Acre

Manicure afirmou no processo que doses do remédio custam R$ 656,98.
Sesacre informou que já foi notificada e aguarda recebimento de medicação.

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Manicure alega não ter como pagar o tratamento e conseguiu que o Estado forneça o medicamento  (Foto: Arquivo pessoal)
Manicure alega não ter como pagar o tratamento e conseguiu que o Estado forneça o medicamento (Foto: Arquivo pessoal)

Portadora de lúpus, a manicure D’eyme da Silva Costa, de 31 anos, conseguiu assegurar na Justiça o direito de receber do Estado o medicamento Benlysta 120mg, usado no tratamento da doença. No processo, D’eyme alegou que, embora o remédio esteja fora da lista dos fármacos fornecidos pelo Sistema único de Saúde (SUS), não teria condições de arcar com os custos, já que uma dose do medicamento custa R$ 656,98 e o tratamento sairia por algo em torno de R$ 22,9 mil.

A decisão assinada pela juíza Isabelle Sacramento foi publicada no Diário da Justiça. O Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco deferiu à manicure o benefício de uma  medida de urgência para que ela obtivesse o medicamento. Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que já foi notificada e aguarda apenas que o fornecedor entregue a medicação.

“Eu já havia entrado com quatro ações antes e o Estado não havia me repassado a medicação. Durante dois meses eu fiquei hospitalizada, andando de cadeira de rodas porque não tinha o remédio para fazer o tratamento. Se a Saúde não entregasse a medicação, deveria entregar o dinheiro para que eu comprasse”, reclama.

Segundo o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), o Estado deve fornecer o medicamento durante três meses. D’eyme afirma que o  tratamento consiste na aplicação de 21 ampolas no primeiro mês, sete no mês seguinte e outras sete no terceiro, completando um ciclo.

Conforme o TJ-AC, o Estado teria contestado o pedido dela alegando que o medicamento “não está contemplado nas políticas públicas de saúde”. Porém, a manicure explica que há mais de um ano faz uso de altas doses de corticóide, mas não obteve resultado esperado. Por isso, a médica responsável definiu que ela mudasse o tratamento.

“O Estado disse que o SUS não fornecia e também que não tinha dinheiro, pois a medicação é cara. É muito triste, pois conheço outras pessoas na mesma situação e que entraram com processo até mesmo antes de mim, mas não receberam os remédios”, lamenta.

Vitória maior é recuperação
De acordo com o TJ-AC, ao dar a tutela de urgência à manicure a juíza entendeu que “o direito invocado é devido” pois existe a possibilidade de dano irreparável. Além disso, destacou que a demora no fornecimento poderia comprometer ainda mais o quadro clínico da requerente.

Em sua petição inicial a manicure informou que possui lúpus eritematoso sistêmico, uma doença autoimune que compromete vários órgãos do corpo. Além disso, ela foi diagnosticada com outras patologias, como artrite simétrica de mãos, punhos, joelhos, com rigidez matinal, queda de cabelo, pelurite e FAN positivo.

“Os laudos que anexei no processo e até mesmo a minha estrutura física comprovam que eu preciso do medicamento urgente. Em todos os laudos a médica enfatizava a urgência do tratamento. A vitória maior é conseguir terminar o meu tratamento e me recuperar”, finaliza D’eyme.

 

G1.COM.BR

Dupla assalta sorveteria e foge com celulares, relógios e bolsas no Acre

Assalto ocorreu na noite de sábado (28) no bairro Bosque, em Rio Branco.
Ao menos 8 clientes estavam no local; dupla também levou R$ 40 do caixa.

Uma sorveteria localizada na Rua Alvorada, bairro Bosque, em Rio Branco, foi assaltada por dois homens neste sábado (28). Segundo uma testemunha, que não quis não ser identificada, ao menos oito pessoas estavam no local quando os suspeitos chegaram de moto e anunciaram o assalto, enquanto um deles trancava a porta. O crime ocorreu por volta de 21h30.

Os clientes tiveram objetos pessoais como celulares, bolsas, relógios e cordões de ouro levados pelos suspeitos. Um deles, que estava armado, permaneceu usando capacete durante toda a ação. Do caixa da sorveteria os suspeitos teriam levado R$ 40. A abordagem, segundo a testemunha, teria durado no máximo 10 minutos.

Ainda segundo a ela, a dupla teria tentado chegar ao depósito da sorveteria, mas no momento da ação um cliente estacionou e percebendo que era um assalto fugiu do local. Com medo que a polícia fosse acionada, os homens fugiram.

Violência no Bosque
Há aproximadamente dois meses, uma mulher foi baleada durante um assalto em uma escola de idiomas quase em frente à sorveteria. Foi o segundo em menos de uma semana ocorrido no bairro Bosque. já que no dia 29 de março, câmeras de segurança haviam flagrado quando três suspeitos chegaram a pé em um bar e restaurante localizado também na Rua Alvorada. O trio rendeu os clientes que estavam sentados na calçada e levaram objetos pessoais.

No dia 1º de março deste ano, também no Bosque, o servidor público Humberto Silva de Carvalho, de 47 anos, conhecido como Betinho, levou um tiro na cabeça ao tentar defender a mãe de um assalto. O assalto ocorreu na Rua Narciso José Lima. Carvalho sobreviveu e o suspeito do crime foi preso pela polícia dias depois.

Outro caso de violência na região, ocorreu em 7 de janeiro. Um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) trocou tiros com uma dupla após sofrer uma tentativa de assalto. O sargento foi atingido de raspão, mas conseguiu balear um dos suspeitos. Os dois suspeitos fugiram.

 

G1.COM.BR