Chove em 29 municípios do Ceará na manhã desta quinta-feira

Fortaleza registrou precipitação em um posto de observação.
Previsão da Funceme é de eventos de chuva em todas as regiões.

Bandeira do estado do Ceará

No Ceará, foi registrada chuva em 29 municípios até as 7h desta quinta-feira (17), de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).  As maiores foram emPalmácia, com 31,8 milímetros, seguido de Paraipaba (18 mm) e São Gonçalo do Amarante(16,6 mm). Fortaleza também amanheceu com chuva – o posto de precipitação do Pici marcou 7,2 mm.

As precipitações aconteceram nos municípios de Tianguá, Viçosa do Ceará, São Benedito, Ipu, Guaraciaba do Norte, Cariré, Frecheirinha, Icapuí, Jaguaribe, Maracanaú, Fortaleza, Pacajus,Maranguape, Horizonte, Paraipaba, São Gonçalo Do Amarante, Itapajé, Senador Sá,Martinópole, Meruoca, Palmácia, Redenção e Quixeramobim. No fim da manhã, a Funceme acrescentou seis cidades à relação: Alto Santo, Cascavel, Paracuru, Acaraú, Camocim, Sobral.

Em Viçosa do Ceará , na Serra da Ibiapaba, a chuva foi percebida nos três postos do município: Manhoso (14 mm), Lambedouro (13 mm) e Viçosa do Ceará (12,4 mm) ficaram entre as dez maiores precipitações do estado.

Previsão do tempo
Ao longo desta quinta-feira, a Funceme prevê eventos de chuva em todas as regiões do estado. Conforme imagem de satélite das 8h30, há nuvens sobre todo o Ceará. Essa nebulosidade se deve à atuação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN – sistema de circulação horária a aproximadamente 12 km de altura) que atua na região Nordeste do Brasil, sistema típico de pré-estação chuvosa.

Para sexta-feira (18), a previsão é de eventos de chuva em todas as regiões cearenses no decorrer do dia. Já para o sábado (19), ao longo do dia, a previsão é de nebulosidade variável, com possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões.

 

G1.COM.BR

Presos oito suspeitos por sequestros de gerentes de bancos em Goiás

Vítimas tinham que facilitar roubos enquanto parentes eram mantidos reféns.
Grupo é suspeito por ações em 4 cidades, mas só obtiveram êxito em uma.

Bandeira de Goiás

Seis suspeitos foram apresentados na Deic, em Goiânia, nesta segunda-feira (14), em Goiás (Foto: Fernanda Borges/G1)
Seis dos oito presos foram apresentados na sede da Deic, em Goiânia (Foto: Fernanda Borges/G1)

A Polícia Civil prendeu oito homens, com idades entre 19 e 38 anos, suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em crimes de extorsão mediante sequestro, em Goiás. Segundo as investigações, eles sequestravam gerentes de bancos e mantinham seus familiares reféns até que as vítimas facilitassem roubos às agências bancárias. Os crimes foram cometidos em pelo menos quatro cidades.

A primeira ação ocorreu em 31 de julho deste ano, quando o gerente de um banco foi sequestrado em Rubiataba, na região central do estado. A família dele foi mantida em cárcere privado até a concretização do plano. Na ocasião, segundo a polícia, os criminosos conseguiram atingir o objetivo e roubaram uma quantia de dinheiro não especificada da agência. Em seguida, liberaram as vítimas e fugiram.

Segundo o delegado Alex Vasconcelos, titular do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), a modalidade do crime é conhecida como “sapatinho”.

“Esse grupo agia de forma organizada, indo até a cidade dias antes do crime para estudar a rotina do gerente e de seus familiares. Aí, na noite anterior, eles abordavam as vítimas e as levavam para um cativeiro, normalmente às margens de rodovias. Aí obrigavam o gerente a abrir o cofre da agência e a colocar o dinheiro em sacolas, de forma discreta, para que o sistema de segurança não flagrasse a ação, e entregasse esses pacotes para um dos criminosos, que ficava dentro do banco se passando por um cliente”, explicou.

Depois de Rubiataba, foram cometidas ações semelhantes em Palmeiras de Goiás, a 98 km de Goiânia, no último dia 10 de agosto; em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, no dia 3 de setembro; e em Uruaçu, no norte do estado, no último dia 10 de novembro. Em nenhuma delas eles conseguiram levar dinheiro dos bancos, pois houve intervenção da polícia.

“Após o caso de Rubiataba, passamos a monitorar esse grupo e logo depois prendemos dois integrantes da quadrilha, que são Marlon Alves da Silva, que está detido em Pernambuco, e Eduardo Nonato da Silva, em Valparaíso de Goiás, este último apontado como o líder do bando. A partir daí, obtivemos informações sobre os demais suspeitos e conseguimos interceptar os outros sequestros, libertando as vítimas antes que eles conseguissem roubar os bancos”, relatou Vasconcelos.

Com o andamento das investigações, também foram presos Marcos Alberto Santana, Washington Maia, Tiago Rosa dos Santos, Wesley Honório Ferreira, Johnattan Rodrigues de Oliveira e Wagner Barbosa Rodrigues.

Com eles, foram apreendidas três armas de fogo: um revólver calibre 38, uma pistola de uso restrito das forças policiais calibre .40 e uma espingarda calibre 22, além de munições. Também foram recolhidos três veículos, sendo um GM Corsa, usado em todos os sequestros, um VW Gol e uma Nissan Frontier.

Armas apreendidas com suspeitos de sequestrar gerentes de bancos, em Goiás (Foto: Fernanda Borges/G1)
Armas apreendidas com suspeitos de sequestrar gerentes de bancos, em Goiás
(Foto: Fernanda Borges/G1)

Os presos serão indiciados pelos crimes de extorsão mediante sequestro, associação criminosa qualificada e porte ilegal de armas de fogo de uso permitido e restrito, com penas somadas que variam entre 30 e 120 anos de prisão.

Seis dos oito presos foram apresentados na manhã desta segunda-feira (13), na Deic, e serão levados para o Núcleo de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Os outros dois seguem detidos em Valparaíso de Goiás e em Caruaru (PE).

Base luxuosa
De acordo com o delegado, os integrantes da quadrilha se conheceram na cidade de Redenção, no Pará, onde decidiram se associar para cometer os crimes em Goiás. Para isso, tinham quatro imóveis, entre eles uma chácara luxuosa, que serviam como base em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

“Eles se conheceram em Redenção e, a partir daí, passaram a se organizar para cometer os crimes em cidades goianas. Apesar do líder ser o Eduardo, era o Washington quem tinha o maior prestígio entre os criminosos, pois obtinha de muitos recursos financeiros para viabilizar as ações criminosas”, explicou Vasconcelos.

O delegado ressaltou que os presos já tinham passagens anteriores por crimes como associação criminosa, extorsão mediante sequestro, roubo, furto, uso de documento falso, tráfico de drogas e desobediência.

Segundo ele, nos primeiros sequestros, os suspeitos agiam da maneira mais discreta possível, mas na última, em Uruaçu, chegaram a agredir o gerente do banco. “Apesar disso, eles não obtiveram êxito na ação”, destacou o investigador.

Carros apreendidos com quadrilha que sequestracva gerentes de bancos, em Goiás (Foto: Fernanda Borges/G1)
Polícia apreendeu Gol, Frontier e Corsa com integrantes da quadrilha, em Goiás
(Foto: Fernanda Borges/G1)
G1.COM.BR

Ceará é o estado que mais receberá profissionais pelo Mais Médicos

Segundo o Ministério da Saúde, 91 médicos irão a 43 cidades do Ceará.
Em todo o Brasil, 1ª rodada do Mais Médicos seleciona 938 profissionais.

 

O Ceará é o estado brasileiro que mais vai receber profissionais da 1ª rodada do Mais Médicos. Segundo o Ministério da Saúde, o Ceará receberá 91 médicos, que serão distribuídos em 43 cidades. Fortaleza receberá o maior número, 21. (Confira abaixo as cidades contempladas e o número de médicos que cada uma vai receber.) Bahia receberá 85 médicos; Maranhão, 70; e Pernambuco, 55.

“Essa quantidade de 91, para a demanda que os municípios colocaram, ainda é insuficiente, esperamos que eles possam indicar outros profissionais para virem ao Ceará. Mas já é um começo, nós também interiorizamos médicos do estado”, avalia o secretário da Saúde do Ceará, Arruda Bastos.

Ainda de acordo com Ministério da Saúde, a lista de cidades prioritárias é feita com base na carência de profissionais de cada município. Fortaleza receberá o maior no Ceará devido ao grande número de transferência de pacientes do interior para a capital.

Em todo o Brasil, apenas 938 profissionais brasileiros selecionados para o primeiro ciclo de contratações do Mais Médicos confirmaram interesse em trabalhar em municípios que aderiram ao programa. Isso representa 6% dos 15.460 médicos requisitados pelos municípios inscritos.

Segundo o ministério, os brasileiros selecionados optaram por apenas 404 dos 3.511 municípios do interior do país e de periferias de grandes centros urbanos que demandaram médicos do programa federal. Os 938 selecionados representam apenas 5,6% dos 16.530 brasileiros inicialmente inscritos. Outros 1.920  inscritos, estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, só agora poderão ser chamados.

Baixa adesão
Diante da baixa adesão, o Ministério da Saúde decidiu permitir que os profissionais brasileiros que já escolheram um município para trabalhar, mas não haviam homologado a presença ou não foram alocados, possam escolher novos locais para atuar durante o contrato de três anos. Eles terão até a próxima quinta (8) para fazer uma nova escolha.

Simultaneamente a esse prazo, o governo irá selecionar os profissionais do exterior que se inscreveram para o Mais Médicos. Os 1.920 candidatos com registro profissional no exterior também terão até quinta para escolher municípios, habilitando-se às vagas dispensadas por brasileiros. A relação dos estrangeiros que serão contratados será publicada em 13 de agosto.
O ministro Alexandre Padilha informou que os médicos já selecionados começarão a trabalhar a partir do dia 1º de setembro.

Quase metade dos médicos brasileiros que haviam chegado à penúltima etapa do processo seletivo não confirmaram o interesse de participar do Mais Médicos. Na última quinta (1º), o ministério havia selecionado 1.753 profissionais com diploma no Brasil para trabalhar no programa. Para assegurar as vagas, eles tinham apenas de confirmar até sábado (3) se aceitavam a opção apontada pelo governo. Porém, 815 médicos não completaram essa fase.

Padilha disse que o governo irá usar todas as estratégias à disposição para preencher as 15.460 vagas do programa. Segundo Padilha, a partir do dia 15 de agosto, data de abertura da segunda rodada de contratações, o ministério irá investir em uma campanha para esclarecer dúvidas de profissionais brasileiros em relação ao programa e reforçar a divulgação da iniciativa fora do país.

Info Mais Médicos V4 6.8 (Foto: Editoria de Arte/G1)

ABAIARA 1
ANTONINA DO NORTE 2
APUIARÉS 1
ARACOIABA 1
AURORA 1
BARBALHA 2
BARREIRA 1
BEBERIBE 1
CANINDÉ 4
CARNAUBAL 2
CASCAVEL 6
CAUCAIA 1
CHOROZINHO 1
CROATÁ 1
FORTALEZA 21
GENERAL SAMPAIO 1
HORIZONTE 1
JARDIM 4
JUAZEIRO DO NORTE 5
MARACANAU 3
MARANGUAPE 1
MASSAPÊ 2
MAURITI 4
MONSENHOR TABOSA 1
ORÓS 1
PACAJUS 1
PACATUBA 3
PARAMOTI 1
PEDRA BRANCA 1
PENAFORTE 1
PENTECOSTE 1
PINDORETAMA 1
PORTEIRAS 1
POTENGI 1
QUIXELÔ 1
QUIXERAMOBIM 2
REDENÇÃO 1
SANTANA DO CARIRI 1
SÃO GONÇALO DO AMARANTE 1
TRAIRI 2
TURURU 1
UMIRIM 1
VIÇOSA DO CEARÁ 1

 

G1

Final não combina com o que “Lado a Lado” mostrou em seis meses

De longe a melhor novela que a Globo exibiu nos últimos meses, “Lado a Lado” terminou com a punição ou redenção de todos os vilões. A decisão dos autores faz sentido se você pensar no horário da trama, a faixa das 18h, mas não deixa de ser um desvio na rota traçada com coerência ao longo de seis meses.

Um atrás do outro, todos se deram mal: a baronesa Constância (Patrícia Pillar) e seu filho Albertinho (Rafael Cardoso), o senador Bonifácio (Cassio Gabus Mendes) e seu filho bastardo Fernando (Caio Blat), a cantora lírica Catarina (Alessandra Negrini), bem como os moradores da favela Berenice (Sheron Menezes) e Caniço (Marcelo Melo Jr.),

Por meio de quatro vilões, em especial, Claudia Lage e João Ximenes Braga, autores de “Lado a Lado”, mostraram algumas das mazelas que atormentavam o Brasil em 1910.

Constância personificou a elite arrogante, incapaz de aceitar o fim da escravatura. Bonifácio representava o político e empresário de origem social humilde que, uma vez rico e poderoso, passava por cima da lei para alcançar o seu projeto de poder. Berenice e Caniço não viram outra forma de superar a miséria do que servir aos propósitos maldosos de Constância e Bonifácio.

“Lado a Lado” mostrou, ao longo de 154 capítulos, o confronto entre uma certa visão de progresso, baseada em valores liberais, e outra fundada em termos conservadores. Muita gente viu nos conflitos exibidos pela novela reflexos de situações atuais, que o país ainda vive: preconceito racial, corrupção, caos urbano, conflitos morais etc.

O fato de todos os vilões terminarem mal pode dar a impressão de que o que eles personificavam ficou para trás – o que está longe de acontecer, como se sabe.

Várias novelas foram mais ousadas – e realistas – no tratamento final dado a seus vilões. Para lembrar apenas de duas: Marco Aurélio (Reginaldo Farias), o vilão de “Vale Tudo”, de Gilberto Braga, deu uma “banana” para o público antes de fugir do Brasil num jatinho. Bia Falcão (Fernanda Montenegro) termina seus dias de maldade bebendo champanhe em Paris, em “Belissima”, de Silvio de Abreu.

Um detalhe, porém, ficou como sugestão dos autores de “Lado a Lado” ao público. Depois da cena de final, ambientada na favela, onde os heróis Isabel (Camila Pitanga) e Zé Maria (Lazaro Ramos) se casam, a câmera se afasta lentamente, revelando a imagem do Rio atual. Em primeiro plano, o espectador vê uma favela gigantesca e, ao fundo, o centro da cidade. Fica a dica.

Leia mais: Escrevi há duas semanas, na “Folha”, um texto, chamado A regra do jogo,  no qual discuto a dificuldade que “Lado a Lado” enfrentou para encontrar seu público. A novela teve uma das mais baixas médias de audiência do horário. Também recomendo o texto de Nilson Xavier, Faltou coesão a “Lado a Lado”, no qual ele apresenta uma visão diferente da minha, mas com bons argumentos. Vale a pena, ainda, ler a entrevista com Patrícia Pillar, feita pelo repórter James Cimino, na qual ela compara a vilã da novela “à atual elite que tem horror da classe média“. Informações sobre a audiência do capítulo final, que será reprisado neste sábado, podem ser lidas aqui.

 

Maurício Stycer