Angela Leal é a protagonista de “Dona Xepa”: novela eleva audiência de “Balacobaco” e “Máscaras” – Divulgação/Record

Angela Leal é a protagonista de “Dona Xepa”: novela eleva audiência de “Balacobaco” e “Máscaras” – Divulgação/Record
Juliana Silveira e Bruno Ferrari em “Balacobaco” (Foto: Divulgação/TV Record)
Se a intenção da Record com “Balacobaco” era afastar o fantasma de “Máscaras”, pode-se dizer que a meta foi atingida. “Máscaras” ficou no passado e é um projeto que a Record não faz questão de lembrar. Mas isso não quer dizer que “Balacobaco” teve vida fácil.
A novela causou estranhamento quando estreou. Era uma proposta completamente diferente da de sua antecessora. Colorida, espalhafatosa, num tom farsesco, metida a engraçada, com trilha popularíssima e personagens caricatos. Ficou claro que a inspiração da autora, Gisele Joras, foram dois sucessos recentes da Globo: a também colorida e alegre “Cheias de Charme” com a pegada “nova classe C” de “Avenida Brasil”. Pode-se dizer que foi uma aposta corajosa jogar às 22h30 uma novela com forte apelo de comédia e características comuns às novelas do horário das sete da Globo.
Alguns ajustes na trama foram feitos logo no início, mas, passados sete meses da estreia, percebe-se que a sua proposta permaneceu fiel até o fim, o que é bastante louvável. Outro ponto positivo foi a Record ter mantido “Balacobaco” em seu horário original desde o começo – diferente de “Máscaras”, que correu ao caminho dos ventos da audiência e das prioridades da grade da emissora, o que muito a prejudicou.
Infelizmente, a Record ainda não conseguiu recuperar os áureos dois dígitos na audiência que suas novelas tinham antes de “Máscaras”. “Vidas em Jogo” fechou com uma média final de 12 pontos no Ibope da Grande São Paulo. “Máscaras” derrubou para a metade (6 pontos), e “Balacobaco” fecha com 7 pontos. Pelo visto, “Dona Xepa” terá bastante trabalho pela frente.
Não foi a melhor novela de Gisele Joras. Prefiro “Amor e Intrigas”, de 2008. Mas o vilão Norberto foi o melhor papel de Bruno Ferrari na TV – um jovem ator que já havia chamado a atenção em trabalhos anteriores e que cresce a passos largos a cada papel.
Nilson Xavier – UOL
Esses novos tempos são mesmo cheios de surpresas. Algumas, até curiosas. Um jovem casal de atores da Record – ele no ar e ela de férias – resolveu radicalizar nos dizeres das suas alianças – parte interna, claro. Na dele, em vez do nome dela, está escrito vaquinha. E na dela, cachorro.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Neryb
Amadinhos, quede meu cheiro? Allah Allah (meu Deus)! Chegamos ao fim de um ano de altos e baixos para a TV Brasileira. Depois das maravilhosas “Fina Estampa”, “Avenida Brasil”, “Cheias de Charme” e “Vidas em Jogo”, nos deparamos com “Guerra dos Sexos”, “Lado a Lado” e “Máscaras”. Essas últimas decepcionaram em todos os sentidos. Enfim, termino o ano de 2012 frustrado.
Dedicarei esse tópico aos “Melhores do Ano”, incluindo o “mico”. A escolha deste último quesito foi a mais complicada. São várias as opções. Mas fiquei na dúvida entre “Máscaras” e “Encontro com Fátima Bernardes”. Poderia escolher a novela, mas optei pelo programa de variedades da Globo. A jornalista Fátima Bernardes ao anunciar a sua saída do “Jornal Nacional” disse que comandaria um programa dos “sonhos” e que nunca havia sido produzido nada semelhante na TV. Longe disto. Não apresentou nada de novo. O “Encontro” nasceu com um formato engessado e desgastado. Com o programa, a Globo não perdeu audiência e nem o prestígio da publicidade, mas, certamente, deixou de respirar novos ares. Poderia ter escolhido a fracassada e decepcionante “Máscaras”, mas não. Fracasso por fracasso, por se tratar da Globo, o do “Encontro” é maior.
Por fim, no quesito melhor atriz, acabei optando por Adriana Esteves. Uma pena ter que indicar só um nome, já que Claudia Abreu e Débora Falabella também brilharam.
Vamos ao que interessa:
Melhor Novela: Cheias de Charme
Melhor Ator: Murilo Benício (não brilhou, mas foi o melhor entre as opções)
Melhor Atriz: Adriana Esteves, a Carminha de “Avenida Brasil”
Melhor Ator Coadjuvante: Marcello Novaes, o Max de “Avenida Brasil”
Melhor Atriz Coadjuvante: Laura Cardoso, a Doroteia de “Gabriela”
Melhor Revelação Masculina: José Loreto, o Darkson de “Avenida Brasil”
Melhor Revelação Feminina: Titina Medeiros, a divertida Socorro de “Cheias de Charme”
Melhor ator/atriz Mirim: Mel Maia, a Rita de “Avenida Brasil”
Melhor Apresentador(a): Silvio Santos, o melhor de todos
Melhor Programa de Auditório: Programa Silvio Santos
Melhor Reality Show: The Voice Brasil
Melhor Seriado: Tapas & Beijos
Melhor Telejornal: Jornal da Record
Melhor Programa de Entretenimento: “Agora é Tarde”, da Band
Melhor Programa Esportivo: Globo Esporte
Melhor Par Romântico de Novelas: Edgar (Thiago Fragoso) e Laura (Marjorie Estiano), da novela “Lado a Lado”
Melhor cena de novela: Nina (Débora Falabella) sendo enterrada viva em “Avenida Brasil”. Uma cena memorável!!!
O Mico do Ano: Encontro com Fátima Bernardes
Nos próximos dias, entre 22/12 e 02/01, a atualização no site será reduzida. É o período de recessos. Peço a compreensão de todos. Um feliz natal e um próspero ano novo. E que o ano de 2013 nos brinde com ótimas novelas, estamos precisando.
Confira o que foi destaque na telinha ao longo de 2012
Divulgação
Tendo como resultado o baixo desempenho de suas novelas, que afetaram o horário nobre como um todo, e das sucessivas mudanças em sua grade de programação, a Record perdeu força ao longo do ano de 2012.
Considerando a média acumulada de dezembro, pode-se constatar que a maior parte dos programas fixos da emissora encerrarão o ano com índices inferiores aos obtidos no começo. Apesar disso, alguns deles apresentaram recuperação nos últimos meses se comparado ao que já chegou a ser marcado.
O “Fala Brasil”, por exemplo, teve 6,8 pontos de média no mês de janeiro ante 6,5 da Globo. Já em dezembro, houve inversão entre as duas emissoras. O canal carioca recuperou a liderança e foi a 7,4 pontos contra 5,8 da Record. Apenas nos meses de julho e agosto os índices foram inferiores (com 5,6 pontos em ambos). A média anual deve se consolidar com 6,3 pontos.
Já o “Hoje em Dia”, carro-chefe das manhãs e um dos maiores faturamentos do canal, também foi afetado pela crise na Record. Foram 5,2 pontos em janeiro contra 4,3 em dezembro. A média anual deverá fechar na casa dos 4,7 pontos. Índices inferiores ao deste mês só foram marcados em outubro, com 3,9 pontos.
No ramo dos programas de auditório, as quedas são ainda mais visíveis. O “Tudo é Possível”, por exemplo, começou o ano com média de 7,2 pontos e fechará no mês de dezembro com apenas 4,3. A queda é superior a 40%. Apesar disso, a média anual ainda deve se consolidar nos 6 pontos devido aos bons resultados nos primeiros meses do ano. Vale lembrar que o programa foi cancelado e não será mais exibido em 2013.
O “Programa do Gugu” também caiu e perdeu força. A atração de Gugu Liberato começou o ano com 10,1 pontos e em dezembro tem média acumulada de apenas 6,2 pontos. A queda foi de quase 40%. Além disso, Gugu acompanhou o fortalecimento de sua antiga casa no mesmo período. O SBT, que começou o ano com 7 pontos na disputa contra seu programa, lhe ultrapassou em novembro (com 8,5 a 7,9) e em dezembro (com 7,3 a 6,2). Ainda assim, na média anual Gugu deve-se firmar na vice com 8,9 pontos ante 7,8 do SBT.
O segmento de filmes da Record também inspira cuidados. A “Super Tela”, por exemplo, começou o ano com 10,1 pontos e perdeu audiência por seis meses consecutivos. Em julho, o índice chegou a apenas 4,5 pontos. Houve uma reação e em dezembro o Ibope deve fechar em 5,4 pontos, com média anual de 6,7.
Outra recuperação perceptível foi o “Jornal da Record”. Bastante prejudicado com a chegada de “Carrossel” e com a rejeição à “Rebelde”, o noticiário, que começou o ano com 7,4 pontos, deve terminá-lo com 6,4 e com média anual de 6,6. Ainda assim, o “Jornal da Record” já chegou a ter 5,3 pontos em junho. A melhor audiência foi alcançada em novembro, quando obteve 7,7 pontos de média.
Por fim, o “Domingo Espetacular” segue como um dos menos afetados. A revista eletrônica alcançou 11,7 pontos de média em janeiro, chegou a 13,7 em março, amargou um dígito durante alguns meses, mas voltou a pontuar acima dos dois dígitos em novembro, com 11,7 pontos. Já em dezembro, a média acumulada é de 11,3 pontos. Apesar disso, neste índice ainda não foi computada a média da edição de ontem, quando amargou 6 pontos.
Esses índices são consolidados e são baseados na preferência de um grupo de telespectadores da Grande São Paulo.
O elogio só passa a ser válido, quando a crítica também é. O último trabalho do Lauro, “Máscaras”, foi duramente criticado aqui, mas a cordialidade que sempre existiu de parte a parte nunca esteve em risco. Algo pouco comum. Há quem prefira o conchavo, tenta mostrar amizade, mas é traíra, fala por trás etc. E, quanto a este tipo, existe nome e sobrenome.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery