
Antes mesmo que a primeira picareta iniciasse o trabalho de demolição do velho Maracanã (sim, porque foi isto que aconteceu, mantendo-se apenas a casca externa), já se sabia que o novo estádio, nos moldes exigidos pela Fifa, precisaria sofrer modificações para se adaptar às cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem.
A polêmica que se avizinha agora, era pedra mais do que cantada. Por que não se buscou, na época, uma solução que atendesse aos dois eventos? Provavelmente porque duas obras sempre rendem mais dinheiro,comissões, eventuais propinas etc… Infelizmente, esse é o Brasil dos dias de hoje.
Negociatas com a verba pública à parte, se o Maraca precisar ser interditado de novo, estará se cometendo mais um crime contra o futebol do Rio de Janeiro, que já está no “volume morto” do poço faz tempo.
De quebra, as Olimpíadas devem paralisar também os estádios do Palmeiras e do Corinthians. E depois ninguém sabe o que nos fez tomar de 7 a 1…
Em tempo: por que não colocam o futebol dos Jogos (que sempre foi na maior parte do tempo, fora da cidade-sede) em Manaus, Brasília, Cuiabá e que tais — elefantes brancos que já estão aí às moscas?
Renato Maurício Prado – O GLOBO – 10/03/2015
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