A partir da próxima semana, Cláudia Raia dará início aos ensaios do musical “Raia 30 Anos”, comemorativo aos seus 30 anos de carreira.
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Jefferson Cardoso divulga a sinopse da novela Meu Pedacinho De Chão
Novela de Benedito Ruy Barbosa, com direção geral de Luiz Fernando Carvalho.
A novela narra a história da professora Juliana (Bruna Linzmeyer) que chega à cidadezinha para ensinar as crianças e se depara com um povo humilde, mas acuado com os desmandos do coronel Epaminondas (Osmar Prado), um homem arrogante que resolve tudo no grito e nas armas, e que dita às regras na região. A professora é cortejada por Fernando (Johnny Massaro), filho do coronel, um playboy mau caráter que voltou da capital onde torrou toda a grana que o pai lhe mandava para os estudos. Ao mesmo tempo, Juliana conhece o amor altruísta do peão Zelão (Irandhir Santos), sempre disposto a protegê-la do assédio de Fernando.
Em meio à guerra que se forma no vilarejo, as crianças Pituca, Serelepe e Tuim vivem suas aventuras num mundo à parte, longe das preocupações e interesses dos adultos. A menina Pítuca (Geytsa Garcia) é Liliane, filha mais nova do coronel Epaminondas. E os meninos Serelepe e Tuim, são agregados na fazenda, e por isso o coronel não vê com bons olhos a amizade pura entre sua filha e os dois garotos.
“Meu Pedacinho do Chão” deve ser uma das novelas mais curtas produzida às 18h. A previsão é de 120 capítulos.
Elenco:
Bruna Linzmeyer (Juliana), Johnny Massaro (Fernando); Antonio Fagundes (Giácomo); Juliana Paes (Madame Epa); Rodrigo Lombardi (Pedro Galvão); Bruno Fagundes (Renato); Irandhir Santos (Zelão); Osmar Prado (Coronel Epaminondas); Paula Barbosa (Gina); Inês Peixoto (Dona Tereza); Dani Ornellas (Amância); Tomas Sampaio (Serelepe); Emiliano Queiroz (Padre Santo); Kaue Ribeiro de Souza (Tuim); Teuda Bara (Mãe Benta); Flavio Bauraqui (Rodapé); Raul Barreto (Izidoro); Ricardo Blat (Prefeito); Evandro Melo (Secretário do Prefeito);
Cintia Dicker (Milita); Alice Coelho (Lurdes); Geytsa Garcia (Pituca); Gabriel Sater (Viramundo); Alex Brasil (Jonas); Fernando Sampaio (Marimbondo)
Estreia: 7 de abril, substituindo Joia Rara.
Jefferson Cardoso – O PLANETA TV
“Amores Roubados” não escapou do velho estereótipo do coronelismo
Ísis Valverde (Antônia) e Cauã Reymond (Leandro) (Foto: Divulgação/TV Globo)
Em meu texto sobre a estreia da minissérie “Amores Roubados” (AQUI), citei uma certa falta de agilidade naquele primeiro capítulo. A estreia me pareceu mais preocupada em apresentar os personagens do que a trama em si. Impressão completamente dissipada a partir do segundo capítulo, quando a minissérie já mostrou a que veio.
E trama foi o que melhor “Amores Roubados” ofereceu – roteiro assinado por George Moura, adaptado do folhetim “A Emparedada da Rua Nova”, do pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913). Uma história de tirar o fôlego, do tipo que deixava o gostinho de quero mais ao final de cada capítulo. A primeira sequência – a da fuga de Leandro (Cauã Reymond) ferido – sugeria o desfecho da história. Mas não, Leandro não morria ao final, mas no meio da trama, para deixar em aberto até o fim se ele estaria mesmo morto ou vivo. “Amores Roubados” não era nada previsível. E foi assim, de surpresa em surpresa, que a minissérie conquistou telespectadores, cativando uma audiência que surpreendeu a própria TV Globo: uma média final em torno dos 28 pontos no Ibope da Grande São Paulo, a maior desde 2010 – e que teria sido maior ainda não tivesse a Globo preterido os quatros últimos capítulos a favor do BBB14.
O apelo erótico de cenas calientes e a curiosidade gerada acerca do suposto romance entre os jovens atores protagonistas (Cauã Reymond e Ísis Valverde) podem ter sido poderosos chamarizes. Mas os méritos de “Amores Roubados” vão além. Afora o ótimo roteiro, tinha a direção (geral de José Luiz Villamarim), a trilha sonora, as tomadas de cena sempre criativas, valorizadas pela fotografia calculada deWalter Carvalho, ao revelar cenários deslumbrantes que representavam a fictícia Sertão e a região de vinícolas no Nordeste brasileiro.
O elenco merece um parágrafo à parte. O sotaque dos atores do horário nobre global em nada comprometeu o bom andamento. A estes, somaram-se excelentes atores regionais, aumentando assim a identificação do público com a história. Atores conhecidos em representações memoráveis (Patrícia Pillar, Murilo Benício, Osmar Prado, Dira Paes, Cassia Kis Magro, Cauã Reymond, Ísis Valverde), e os não tão conhecidos, mas não menos ótimos, Irandhir Santos (João) e Jesuíta Barbosa(Fortunato). E, ainda, o restante do elenco, cada qual uma personificação marcante, apesar de papeis menores – como César Farrario (Bigode de Arame), Germano Hauit (o pai de Isabel), Thierry Tremouroux (o francês), Cláudio Jaborandy (o inspetor) e Walter Breda (o delegado). Elenco bem escalado, direção de atores certeira e um bom roteiro resultam um trabalho de qualidade.
O telespectador mais atento e mais exigente não deixou passar pequenos furos de roteiro. Cito dois do capítulo de quinta-feira (16/01): o sinal de celular poderoso de Fortunato, que, no meio do nada, conseguiu uma ligação com Antônia, para marcar um encontro. E Antônia, ao ir a esse encontro, por uma estrada deserta, não se deu conta de que estava sendo seguida. A meu ver, pequenos detalhes que ajudam no roteiro sem comprometer a obra como um todo ou subestimar a inteligência do público.
“Amores Roubados” revelou ao Brasil a riqueza do sertão nordestino, que também é moderno e industrializado. Mas, ao mesmo tempo, não escapou do velho estereótipo do coronelismo tacanho e machista, em que a honra dos poderosos se lava com sangue e em que tudo se resolve com opressão ou bala e com o auxílio de capangas e capachos.
Biscoito fino da dramaturgia da Globo, essa história de paixão, sexo, traição e vingança merece o Emmy, não?
Nilson Xavier – UOL