Confira as atrações do Especial de Roberto Carlos para 2015

 

Envenenado

Por desejo da Globo e empenho do próprio cantor, o especial de Roberto Carlos virá com algumas novidades em relação às edições anteriores.

A banda Abbey Road, que irá tocar com Roberto no seu especial de fim de ano, terá grandes nomes da música internacional que virão ao país especialmente para o programa.

E tem mais…

Entre as confirmações, músicos que trabalham com Shakira, como Albert Menendez (teclado), Grecco Buratto (guitarra) e Richard Bravo (percussão).

A banda, a mesma que gravou com Roberto em Londres, será responsável pela segunda parte do show, que neste ano terá direção musical de Torcuato Mariano e Guto Graça Mello. Direção-geral é de LP Simonetti e Mario Meirelles.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Globo 50 anos: O crescimento da emissora nos anos 90, 2000 e 2010

A Rede Globo, maior emissora de televisão do Brasil, da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, comemora no próximo dia 26 seu aniversário de 50 anos.

Líder de audiência incontestável, em todos os horários, faixas, praças e nos principais indicadores de interesse do mercado comercial, a emissora foi fundada por Roberto Marinho – falecido em 2003 -, e faz parte do cotidiano de mais de 150 milhões de brasileiros todos dos dias através de suas novelas, jornalísticos, atrações esportivas ou de entretenimento.

Para comemorar esta marca, o NaTelinha prepara uma série de reportagens que irão retomar os principais momentos da Globo ao longo destes 50 anos. No decorrer do mês de abril, cada semana terá uma abordagem: crescimento como um todo, novelas, jornais, esportes e entretenimento.

Ontem, você viu como surgiu a emissora e seu crescimento até a década de 80. Agora, você verá como foram os anos 90, 2000 e 2010. Confira:

Anos 90

Os anos 90 começaram de forma bastante tumultuada para a Globo. Além de ainda estar presente a lembrança do debate eleitoral de 1989, afinal Collor – o acusado de favorecimento – havia vencido o pleito, o avanço da concorrência em faixas consideradas prioritárias tornou o início da década amargo. Manchete e SBT foram as responsáveis por tais baques.

A Manchete começou a exibir nos anos 90 a novela “Pantanal”, de autoria de Benedito Ruy Barbosa, seu ex-contratado, com direção de Jayme Monjardim, que também havia mudado de emissora. Repleta de ex-globais no elenco, como Claudio Marzo, Angela Leal, Marcos Palmeira, José de Abreu, entre outros, o folhetim tinha uma proposta diferente da qual a Globo vinha apostando.

“Pantanal” rapidamente se tornou um sucesso, chegando a alcançar a liderança em diversos momentos. A Globo recorreu a estratégias como o esticamento da novela das oito como forma de atenuar a derrota. A liderança de “Pantanal” teve efeitos ainda mais brutais não só por conta de sua produção ter sido tocada por nomes que eram contratados da Globo anos atrás, mas sim pelo fato de a sinopse ter sido apresentada e rejeitada pelo canal. Benedito e Jayme, na mudança de emissora, levaram a ideia para a Manchete.

Apesar do susto, a Manchete jamais veio a produzir outra novela como “Pantanal”. Houve produções de sucesso, como “Xica da Silva” ou até mesmo “Mandacaru”, mas nenhuma com o mesmo porte e superlativos. Ainda na primeira metade dos anos 90 a Globo conseguiu trazer de volta Benedito e Jayme – mais do que nunca com status de estrelas.

Em 1991, “Pantanal” já havia chegado ao fim, mas logo no mês de maio o SBT começou a incomodar a Globo no horário nobre. Em vez de novelas milionárias, com externas e belas paisagens – como a trama da Manchete -, ou gravações na Europa, como a própria Globo fazia com seus folhetins, a emissora de Silvio Santos passou a exibir “Carrossel”, um enlatado produzido pela mexicana Televisa, cujos padrões de qualidade sempre foram questionados, dublado, com elenco desconhecido e gravações quase que concentradas em estúdio.

“Carrossel” começou a tirar pontos de “O Dono do Mundo”, novela das oito da Globo e que contava com os melhores integrantes de seu time de dramaturgia. O folhetim era assinado por Gilberto Braga, com direção de Dennis Carvalho, e atores renomados como Malu Mader, Antonio Fagundes, Glória Pires e Fernanda Montenegro em seu casting. Curiosamente, Gilberto, Dennis, Glória e Fernanda Montenegro mais uma vez disputam com “Carrossel”: “Babilônia”, atual novela das nove da Globo, vai ao ar no mesmo horário que a reprise do remake feito pelo SBT em 2012. No entanto, os parâmetros são outros e apesar do problema de audiência ter se repetido, não há comparação com o contexto dos anos 90.

Em 1995, a Globo teve um grande marco em sua história. Neste ano foi inaugurado o Projac – o Projeto Jacarepaguá, ou a Central Globo de Produção – CGP. O complexo de estúdios é um dos maiores e mais modernos do mundo e foi erguido na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São mais de 1,5 milhão de metros quadrados de área, a qual inclui também mata preservada, e mais de 400 mil metros quadrados de área construída. São dez estúdios operantes, os quais são gravadas as novelas, séries e minisséries, além de um espaço à parte onde o “Mais Você” é produzido.

O Projac foi inaugurado para suprir a necessidade da Globo de espaço. Os estúdios do Jardim Botânico não conseguiam mais atender à crescente demanda de produção. Durante alguns anos, a emissora recorreu ao aluguel de estúdios.

Ao longo dos anos 90, a Globo continuou se especializando em coberturas esportivas, como Copa e Olimpíadas. O entretenimento ganhava ainda mais força com a chegada de Fausto Silva, que em 1989 trocou a Band pela Globo. A segunda metade da década foi marcada por uma situação mais confortável: a Manchete, perdida em dívidas, deixava de se posicionar como uma ameaça. O canal foi extinto em 1999 mas desde muito antes deixou de incomodar. A Record e o SBT incomodaram o horário nobre com “Ratinho” e “Márcia” – a chamada era dos telebarracos. De fato não era agradável para a Globo ter a liderança da faixa entre 20h e 22h vulnerável, porém ambos produtos tinham baixa aderência comercial e eram vistos como passageiros – como de fato foram. A repetição de um sucesso como “Pantanal” criado pela dramaturgia da Record ou do SBT teria sido muito mais perigosa para a Globo.

Na mesma década, o canal carioca fez uma das maiores movimentações de toda sua história ao levar Ana Maria Braga, então na Record, Serginho Groisman, Angélica e Jô Soares, do SBT, e Luciano Huck, da Band, em um intervalo inferior a de quatro anos. Os cinco desfalques foram bastante amargos para as respectivas emissoras e mostraram que a Globo, mesmo de uma liderança inabalável, estava de olho em seus concorrentes e no seu próprio projeto de TV para os anos seguintes.

Curiosamente, a maior parte destes contratos foi feita em bases salariais inferiores aos que tais artistas recebiam em suas respectivas casas. A possibilidade de estar na Globo, da vitrine que o canal contava e da possibilidade de fama – e dos frutos financeiros que ela poderia causar – motivou a mudança de emissora ainda que por menos dinheiro.

Também no fim dos anos 90, mais precisamente em 1999, a Globo criou a Globo Internacional, levando seu conteúdo para o mundo. Ainda que suas novelas e séries fossem exportadas, a Globo Internacional tinha como objetivo levar produção totalmente nacional aos brasileiros que viviam fora do país. Tal comunidade já não era pequena naquela época. A lacuna foi percebida pelo canal, que tem milhares de assinantes por todo o mundo.

Anos 2000

A chegada de Ana Maria, Serginho, Angélica, Jô e Huck repaginou a Globo. Eles se uniram a artistas como Xuxa e Faustão, há anos na casa e conhecidos nacionalmente. No entanto, salvo Serginho, que passou a comandar o “Altas Horas” nas madrugadas de sábado, e Jô, no “Programa do Jô” nos fins de noite, o começo dos anos 2000 não foi fácil.

Ana Maria Braga estreou na Globo em outubro de 1999 com o “Mais Você”, uma versão mais refinada, curta e com o suporte da Globo do “Note e Anote”, que comandou durante alguns anos na Record. Ana Maria demorou para se encontrar e para deslanchar. Após o efeito estreia, as derrotas para “Chaves”, no SBT, foram frequentes. Ela então mudou para o fim das manhãs, onde também passou a perder para o “Bom Dia & Cia” e “Eliana”, à época na Record. Ana Maria só veio a se estabilizar quando passou por mais uma mudança e veio a ocupar a faixa das 8h. Ainda assim, a apresentadora foi ameaçada diversas vezes pelo “Fala Brasil”, da Record.

Angélica, desde 96 na Globo, também teve problemas de audiência. O “Angel Mix”, mesmo com seus investimentos, perdia com frequência para os desenhos do SBT. Em 2000, a Globo deu a cartada final para Angélica com “Bambuluá”: um infantil com cidade cenográfica, história similar a de uma novela e protagonizada por crianças. A produção ficou no ar por pouco mais de um ano e não resolveu o problema de liderança do canal.

Luciano Huck, à frente do “Caldeirão do Huck” desde o começo de 2000, foi outro que demorou para emplacar. Sua estreia ocorreu na mesma época em que Raul Gil estava em seu auge na Record. O “Programa Raul Gil” tinha uma liderança inquestionável. No entanto, com o passar do tempo, a Globo retomou a liderança aos sábados e Raul, de um primeiro lugar absoluto, passou a se contentar com a vice-liderança até deixar a Record, em 2005.

Xuxa e Faustão, mesmo já estando na Globo, também não estavam em suas melhores performances. O “Xuxa Park”, voltado para as crianças, saiu do ar em 2001 após um incêndio no Projac. O “Planeta Xuxa”, para os adultos, começou a perder fôlego na virada do ano 2000 diante do crescimento de Gugu Liberato com o “Domingo Legal”. O auditório do SBT também incomodou durante várias semanas o “Domingão do Faustão”, tirando-o da liderança e assumindo o primeiro lugar. A situação era tão crítica que em uma ação inédita a Globo chegou a juntar os logotipos de Xuxa e Faustão em uma edição ao vivo em que ambos estavam no ar.

A Globo tirou o “Planeta Xuxa” do ar em 2002. Faustão continuou no embate e gradativamente voltou à liderança após mudanças profundas. Houve um tempo, inclusive, que o jornalismo da Globo teve forte influência na atração de Fausto Silva. Tal situação, no entanto, não se manteve por muito tempo. O apresentador passou a apostar no que a Globo tinha de melhor: sua infra-estrutura e o elenco de suas novelas, líderes de audiência e que faziam parte do cotidiano do brasileiro.

Como se não bastasse a demora para emplacar os novos contratados e a vice-liderança nas tardes de domingo por diversas ocasiões, a Globo se viu com um problema ainda maior: a “Casa dos Artistas”. Silvio Santos juntou celebridades em uma mansão, ao lado da sua, no luxuoso bairro do Morumbi, em São Paulo, em um formato muito similar ao do “Big Brother Brasil” – adquirido pela Globo. Além de desbancar o “Fantástico”, o confinamento por tabela também incomodou a novela das nove “O Clone”.

A Globo moveu um processo contra o SBT, que chegou a tirar o reality do ar durante alguns dias – ainda que sua produção tivesse sido mantida. A primeira das quatro edições da “Casa dos Artistas” foi vencida por Bárbara Paz, hoje atriz da Globo. O reality foi um grande fenômeno tanto de audiência quanto comercial e de repercussão. Empolgado, o SBT lançou a segunda temporada menos de dois meses após o término da primeira – e a terceira veio num período ainda menor. Os índices de audiência caíram e mesmo com o formato tendo descansado por um período maior – entre a terceira e a quarta temporada – a “Casa” deixou de incomodar.

Na dramaturgia, os anos 2000 foram marcados por grandes sucessos, como “Celebridade”, “Senhora do Destino”, “Mulheres Apaixonadas” e “Belíssima”. Correndo por fora da faixa das 21h, outros fenômenos se fizeram, como “Alma Gêmea” na faixa das 18h e “Da Cor do Pecado” às 19h.

Em 2005, a Globo se viu com mais um problema: o crescimento da Record. Após o sucesso do remake de “A Escrava Isaura”, lançado em 2004, a emissora de Edir Macedo inaugurou um núcleo de novelas no Rio de Janeiro. Vários profissionais foram tirados da emissora carioca a peso de ouro. Liderando o time, veio o diretor Alexandre Avancini – filho do renomado e já falecido Walter Avancini. A Record, de fato, não havia conseguido tirar nenhum nome de primeiro time da Globo, mas apostou nos que tinham sede de crescer.

Tiago Santiago, então colaborador de novelas por praticamente duas décadas, trocou de canal e teve a possibilidade de ser autor titular. Marcílio Moraes e Lauro César Muniz, ex-Globo, também mudaram de canal, embora já não tivessem mais o mesmo prestígio dos anos 80 e 90. Atores como Marcelo Serrado, Lavínia Vlasak, Paloma Duarte e Gabriel Braga Nunes foram as estrelas desta nova era.

A Globo foi obrigada a rever suas estratégias. Uma novela inovadora como “Bang Bang”, com ares de faroeste americano, perdia pontos para a urbana, carioca e clichê “Prova de Amor”. “Vidas Opostas”, pioneira em promover a favela de coadjuvante para protagonista, incomodou a faixa de shows e até mesmo a inovadora “Os Mutantes” chegou a atrapalhar “A Favorita”, fato que acendeu o sinal amarelo, afinal o incômodo às 19h ou às 22h – quando não havia novela na Globo – era menos perigoso que um incômodo às 21h, diante de seu principal produto.

Ainda nos anos 2000, a Globo perdeu vários jornalistas para a Record – além de Ana Paula Padrão para o SBT -. Campeonatos esportivos também passaram a ser inflacionados ou até mesmo perdidos para a concorrente. A Globo, por exemplo, não pôde exibir as Olimpíadas de 2012, afinal os direitos haviam sido adquiridos com exclusividade pela Record.

Em meio a esta rivalidade, o ano de 2007 foi marcado pelo lançamento da TV digital no Brasil. O país passou a contar com um padrão próprio e a Globo começou a apostar em novelas em alta definição, dando maior qualidade de imagem ao telespectador e apostando na nova tecnologia para alavancar suas vendas no exterior. “Duas Caras”, de Aguinaldo Silva, foi a primeira novela do canal exibida neste padrão e a segunda da história do Brasil – a primeira foi “Dance Dance Dance”, da Band, por uma diferença de aproximadamente 40 minutos.

Apesar do avanço da concorrente, a Globo se manteve na liderança isolada. Nenhum dos problemas que enfrentava com a Record era inédito. A Manchete já havia desafiado a Globo na dramaturgia, nos esportes e no jornalismo. O fim dos anos 2000 mostraram uma Record enfraquecida: as novelas já não tinham o mesmo apelo.

Vale lembrar que no fim dos anos 2000 a Globo conquistou o Emmy de melhor novela com “Caminho das Índias”, de Glória Perez. A trama, junto com “Da Cor do Pecado”, foi um dos maiores sucessos de exportação na história da emissora.

Anos 2010

A segunda década dos anos 2000 vem sendo uma das mais desafiadoras da história da Globo. Ainda que continue tendo concorrentes, as quais em diversos momentos desafiam sua liderança, a emissora passa a lidar com um rival desconhecido: as novas mídias.

Com o aumento da renda e das concorrentes, a TV por assinatura deixou de ser um artigo de luxo e passou a se tornar acessível às classes mais baixas. A internet vem se consolidando cada vez mais e graças a plataformas como o YouTube horários sagrados como o da novela ou do jornal deixam de ser – afinal tudo pode ser visto on-demand: a hora que o telespectador quiser e na plataforma que quiser.

A Globo passou a investir cada vez mais no conceito de segunda tela. A interação com os telespectadores começou a ter uma agilidade jamais antes vista. A programação agora pode ser comentada por todo o país através das redes sociais. Ao mesmo tempo que a grade perdesse sentido, era necessário investir para que o consumidor, ao migrar da TV para a internet, continuasse consumindo da produtos da própria Globo e não de plataformas como o Google, detentor do YouTube, por exemplo.

A mudança do Brasil, como um todo, também passou a ser alvo de estudos internos e produtos foram criados pensando no novo telespectador. Dois dos maiores sucessos desta década são frutos dessa nova perspectiva. “Cheias de Charme” inovou ao abordar o universo das empregadas domésticas, que antes se limitavam a papéis de figuração, e também permitiu que o telespectador transitasse tanto pela TV quanto pela internet, através da exibição de clipes ou de outras novidades.

Já “Avenida Brasil” inverteu a ordem das novelas: o subúrbio passou a ser o principal cenário enquanto a Zona Sul do Rio de Janeiro foi reduzida a um dos núcleos. O resultado foi uma novela de altíssimos índices de audiência e repercussão,  com faturamento de mais de US$ 1 bilhão e ostentando o título de trama mais exportada da história da Globo.

Ainda na dramaturgia, os últimos cinco anos foram marcados por várias mudanças. Autores consagrados passaram a dividir – ou até mesmo a ceder espaço – para os mais novos. Antonio Calmon, Carlos Lombardi e Manoel Carlos, por exemplo, já não detêm do mesmo poder de antes. Calmon não emplaca uma novela há seis anos – a última foi “Três Irmãs”. Carlos Lombardi deixou a Globo em 2012 após ter “Pé na Jaca”, de 2007, como sua última novela – e migrou para a Record. Já Manoel Carlos, com idade avançada, não empolgou com “Em Família”.

Nesta mesma proporção, autores novatos como Elizabeth Jhin, Licia Manzo, Filipe Miguez, Izabel de Oliveira, João Ximens Braga, Daniel Ortiz, Claudia Lage, Rosana Svartman, Paulo Halm e Maurício Gyboski ganham espaço e produções solo.

Um dos maiores marcos da Globo desta primeira metade da década foi a Copa do Mundo de 2014. Embora todas as Copas sejam extremamente importantes para o canal, o fato desta ter ocorrido no Brasil exigiu uma operação ainda maior e mais investimentos, principalmente fora do eixo Rio-São Paulo. O evento esportivo se une ao amadurecimento da TV em alta definição, hoje presente nas maiores cidades do Brasil, e do avanço das plataformas digitais como principais acontecimentos dos últimos cinco anos.

NaTelinha

Globo 50 anos: O crescimento da emissora ao longo das décadas

A Rede Globo, maior emissora de televisão do Brasil, da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, comemora no próximo dia 26 seu aniversário de 50 anos.

Líder de audiência incontestável, em todos os horários, faixas, praças e nos principais indicadores de interesse do mercado comercial, a emissora foi fundada por Roberto Marinho – falecido em 2003 -, e faz parte do cotidiano de mais de 150 milhões de brasileiros todos dos dias através de suas novelas, jornalísticos, atrações esportivas ou de entretenimento.

Para comemorar esta marca, o NaTelinha prepara uma série de reportagens que irão retomar os principais momentos da Globo ao longo destes 50 anos. No decorrer do mês de abril, cada semana terá uma abordagem: crescimento como um todo, novelas, jornais, esportes e entretenimento.

Anos 60

Ainda que fundada em 1965, a Globo tem uma pré-história de pelo menos mais 15 anos. Foi no início dos anos 50 em que a Rádio Globo, também fundada por Roberto Marinho e com suas transmissões iniciadas em 1944, ingressou com um pedido de concessão para TV. Tal liberação só veio a ocorrer no fim dos anos 50, para inauguração em 1965.

A Globo não foi pioneira na TV no Brasil. Em 1965, por exemplo, a TV Excelsior já estava em operação, ainda que em tempos não muito confortáveis. A TV Tupi, existente desde 1950; a TV Cultura, de 1960; e a TV Record, de 1953, já estavam no mercado. Shows, jornais, humorísticos e novelas, por exemplo, não eram novidades, ainda que a forma pela qual a Globo trabalhasse tais pilares tenha sido um diferencial para levá-la à liderança de audiência.

Sediada no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro do Jardim Botânico, a Globo abriu sua grade com o infantil “Uni Duni Tê”. Logo no mesmo dia em que foi inaugurada, a emissora também estreou sua primeira novela – “Ilusões Perdidas”. O texto foi assinado por Enia Petri. Estavam no elenco nomes que até hoje são contratados do canal, como Reginaldo Faria e Osmar Prado. Leila Diniz, Norma Blum e Emiliano Queiroz eram outros dos atores de destaque. O jornalismo, por sua vez, era representado pelo “Tele Globo”, que anos mais tarde cederia espaço ao “Jornal Nacional”.

Um dos primeiros marcos da Globo como emissora de TV se deu em janeiro de 1966, quando uma chuva castigou o Rio de Janeiro, deixando mais de 100 mortos e cerca de 20 mil desabrigados. O canal realizou uma cobertura ao vivo, mobilizando repórteres e colaboradores, além de ter trabalhado para arrecadar donativos.

Os últimos anos da década de 60 foram marcados pela chegada a São Paulo, por meio da compra da TV Paulista, e Belo Horizonte, além do “Jornal Nacional” – o primeiro informativo exibido em rede nacional. Na época, a veiculação ocorria às 19h45 – 45 minutos antes dos dias atuais. Cid Moreira, até hoje contratado da Globo, e Hilton Gomes foram os primeiros âncoras.

Outro fato marcante nos anos 60 da Globo foi a suposta participação da empresa norte-americana Time Life nas ações da emissora, o que é considerado ilegal pela Constituição Brasileira. Na nossa legislação, é vedada a participação de capital estrangeiro na gestão ou na propriedade de empresas de comunicação daqui.

Dois meses após a inauguração da Globo, Carlos Lacerda denunciou o canal pelas supostas ligações com o grupo estrangeiro. Houve inclusive campanhas, as quais partiram também de grupos de comunicação concorrentes. Um processo foi instaurado no mesmo ano para que o caso fosse investigado. Uma CPI chegou a ser solicitada e Roberto Marinho, na condição de presidente das Organizações Globo, teve que depor.

Na época, Marinho relatou que sempre respeitou a legislação e explicou que a Globo possuía dois tipos de contratos com a Time-Life: um de assistência técnica e uma conta de participação.

Foi explicado que, devido à falta de know-how e inexperiência que a Globo tinha em seus primórdios, a NBC e a Time-Life procuraram o canal para uma espécie de consultoria. A Time-Life foi a empresa escolhida e os dois contratos foram firmados: o de assistência técnica e o segundo de participação, o qual foi justificado como um contrato de join-venture – uma associação de empresas não definitiva, mas sem conceder direitos de direção ou propriedade. O contrato de participação, no entanto, nunca chegou a entrar em vigor segundo Marinho. O único acordo que, de fato, se praticou foi o de assistência técnica.

Em 1967, por fim, ficou esclarecido que não havia sociedade alguma entre a Globo e a Time-Life. A emissora carioca finalmente foi legalizada. Ainda assim, Roberto Marinho decidiu por extinguir o contrato de assistência técnica e ressarciu a Time-Life pelos valores desembolsados. Tal rompimento exigiu de Marinho uma série de empréstimos em bancos nacionais e a penhora de todos os seus bens pessoais.

Anos 70

No ano de 1974, o “Jornal Nacional” começou a ser transmitido em cores. Ainda no mesmo ano, Roberto Carlos ganhou seu primeiro especial de fim de ano – tradição a qual se mantém até os dias atuais. Os anos 70, como um todo, foram marcados por avanços tecnológicos que permitiram que a Globo pudesse exibir sua programação simultaneamente para todo o país. Novos jornalísticos, como o “Hoje”, “Fantástico” e “Globo Repórter”, foram criados. Os três seguem no ar até hoje, atravessando gerações e com uma sólida identificação com o telespectador brasileiro.

Também foi nos anos 70 em que a Globo começou a desenhar seu padrão de qualidade e sua grade de programação como um modelo único e que se manteria no ar por décadas e décadas. O famoso “sanduíche” marcado por novela seguida de jornal, outra novela, mais um jornal e por fim outra novela – sendo esta última a das “oito” -, foi implantado naquela época e se mantém atualmente. Por mais que as novelas e que os próprios jornais tenham mudado e que seus horários também tenham sofrido alterações, as quais foram alinhadas com as mudanças de comportamento do telespectador brasileiro, o tal desenho de programação jamais foi alterado.

A profissionalização da Globo foi ainda mais marcante nas novelas. No fim dos anos 60, por exemplo, Janete Clair (foto/acima) estreou “Sangue e Areia”, com direção de Daniel Filho – que também até hoje é ligado ao canal, ainda que tenha optado por ter sua própria produtora e não seja mais tão atuante como foi nesta época. Janete despontou como uma das principais autoras de novelas do Brasil.

Os anos 70 foram responsáveis por revelar ou projetar a carreira de vários outros nomes, como os autores Walther Negrão, Lauro César Muniz, Benedito Ruy Barbosa e Gilberto Braga – hoje autor de “Babilônia” -, diretores como Herval Rossano, Walter Avancini, Dennis Carvalho, Reynaldo Boury, Gonzaga Blota, e atores como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Juca de Oliveira, Nívea Maria, Ary Fontoura, Francisco Cuoco, Elizabeth Savalla, Tony Ramos, Lima Duarte e Milton Gonçalves  – todos ainda na Globo.

O famoso logotipo da emissora, com uma esfera menor dentro de um retângulo, que por sua vez está inserido em outra esfera, também é um legado dos anos 70. Tal identidade foi criada em 1975 e foi modificada dezenas de vezes de lá para cá, mas nunca deixando de representar tal conceito.

Por fim, um fator pouco lembrado mas que faz parte da memória da Globo – e em específico entre os anos 60 e 70 -, foi a presença de Silvio Santos na grade. Silvio trabalhava para a TV Paulista, porém com a aquisição feita pela Globo, migrou para o canal que viria a ser seu concorrente anos depois. O sistema de pagamentos era como uma locação de horário, algo que é comum até hoje.

Silvio sorteava prêmios, móveis, eletrodomésticos e fazia sucesso com uma atração dominical. No entanto, com a implantação do famoso padrão de qualidade, o animador perdeu força e sua presença na grade deixou de ser bem vista. Ele inclusive chegou a trabalhar diretamente para Roberto Marinho, mas anos mais tarde deixou a emissora e fundou o SBT.

Anos 80

Os anos 80 foram marcados pela consolidação da Globo como líder de audiência. A maioria de suas concorrentes dos anos 60 haviam desaparecido ou perdido força, como a Excelsior, Tupi e a própria Record. A chegada do SBT e o fortalecimento da Manchete, por outro lado, não permitiram que o canal se acomodasse por completo.

O SBT, inaugurado em 1981, não se apresentava como um concorrente direto, afinal Silvio Santos não tinha o desejo de ingressar no mercado em que a Globo havia se fortalecido – como novelas, esportes e jornalismo. Silvio, por outro lado, atuou forte na importação de formatos e conteúdos do exterior – prática a qual se mantém até hoje. O SBT, por diversas vezes, desbancou a Globo com produtos os quais ela jamais exibiria por conta de seu padrão de qualidade.

A flexibilidade da programação do SBT permitia que Silvio ousasse e surpreendesse, ainda que seu foco fosse em programas de auditório e nos famosos enlatados.

A Manchete, por outro lado, foi inaugurada em 1983 e, ainda que nunca tivesse se posicionado como uma ameaça real à Globo, foi a que mais incomodou. Foram nos anos 80 que diretores como Jayme Monjardim, Herval Rossano, e autores como Manoel Carlos, Glória Perez e Benedito Ruy Barbosa trocaram de canal e ingressaram na concorrente, que planejava implantar um núcleo de dramaturgia à altura da emissora da família Marinho.

Apesar das ameaças, a Globo tinha a seu favor uma rede de filiadas e afiliadas sólida e crescente. Seu time artístico também estava fortalecido. Apesar das baixas, o canal ainda tinha na dramaturgia autores como Aguinaldo Silva, Gilberto Braga, Janete Clair, Dias Gomes e diretores como Walter Avancini, Dennis Carvalho e Roberto Talma. Em paralelo a isso, uma nova safra de nomes na dramaturgia começava a surgir, como o diretor Ricardo Waddington, que com apenas 25 anos começou a dirigir novelas e hoje é um dos mais influentes e importante diretores da dramaturgia.

A Globo também passou a se profissionalizar na cobertura de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 1982 e de 1986, e nas Olimpíadas de 80, 84 e 88.

Também foi nos anos 80 que a Globo, devido ao seu porte, começou a sofrer por conta do que havia se tornado. A associação feita pela sociedade ao canal ser ligado à Ditadura, por exemplo, ficou extremamente evidente nas Diretas Já.

Manifestações ocorriam por todo o Brasil pedindo pelo voto direto, porém a cobertura da Globo não estava à altura da proporção que a causa exigia. Havia cobertura nos jornais locais, mas Roberto Marinho vetou que jornais de rede abordassem a ida do povo às ruas.

A Globo se defendeu alegando que na época era muito forte a pressão de ministros e generais. O governo militar exigia que a emissora ignorasse as manifestações sob pena de cancelamento da concessão.

Outro fato que, de certa forma, também abalou a credibilidade da Globo foi o debate entre Collor e Lula na primeira eleição presidencial de voto direto após 29 anos. A emissora foi acusada de favorecer Collor e uma ação chegou a ser movida no TSE, o Tribunal Superior Eleitoral. A revolta havia sido tamanha que atores da Globo chegaram a se unir a demais manifestantes em um protesto realizado na frente da sede da TV. Desde lá, a Globo mudou a forma de produção e exibição de debates eleitorais, eliminando qualquer possibilidade de edição no reaproveitamento do conteúdo nos noticiários.

A história da emissora nos anos 90, 2000 e 2010 você confere nesta quarta-feira (08) aqui no NaTelinha. Fique ligado!

 

 NaTelinha

Dez jornalistas pra você ficar de olho na TV em 2015

O jornalismo televisivo está em constante renovação. Muitos nomes surgem, mas se destacar entre vários é uma tarefa bastante difícil para os novos profissionais.

Alguns já estão chamando a atenção e devem ter em 2015 o seu ano de afirmação. Para isso, oNaTelinha preparou uma lista com 10 jornalistas para você ficar de olho na TV em 2015.

O monitoramento foi feito pela equipe do site durante meses, com análises de centenas de matérias e cerca de 200 nomes analisados. No fim, chegou-se a dez jornalistas que prometem neste ano.

A lista não está em alguma ordem de posição. A ideia é mostrar suas qualidades e por que foram escolhidos.

Os critérios foram o quanto os textos são apurados, a força das passagens feitas, a capacidade de improviso e qualidade das entradas ao vivo. Além disso, apenas jornalistas com 30 anos ou menos foram selecionados, uma vez que a intenção é destacar novos profissionais de talento, que merecem visibilidade. Eles são diferenciados.

São oito repórteres de jornalismo geral e dois do esportivo. Confira a lista completa:


Nome: Jaqueline Frizon

Idade: 28 anos
Emissora: Band Interior (exibida para o interior de São Paulo)
Pontos fortes: Texto, versatilidade e conhecimento internacional

Jaqueline Frizon está na Band Interior desde agosto do ano passado, mas já trabalhou por cerca de dois anos na RedeTV!, onde fez as mais diversas reportagens, indo de entretenimento ao jornalismo geral. Na Band, já teve matérias emplacadas em jornais como o “Brasil Urgente”. Seu texto é bastante apurado e versátil, servindo não só para matérias gerais, como também para informes esportivos.

Jaqueline também tem uma experiência muito interessante fora do país. Viajante, já foi para vários lugares e chegou a morar por algum tempo na China, onde exercitou o seu mandarim – a jornalista também fala inglês, dentre outras línguas -. Jaqueline é a que deve ter o futuro mais brilhante, pelo seu preparo e talento textual. Não deve demorar para a cabeça de rede chamá-la para São Paulo.


Nome: Paloma Poeta
Idade: 22 anos
Emissora: Band Rio Grande do Sul
Pontos fortes: capacidade de improviso e versalidade

Paloma Poeta está na Band RS como repórter desde o início de 2014. Pelo sobrenome e pela foto, você já deve ter reparado: Paloma é irmã de Patrícia Poeta, apresentadora e jornalista da Globo. Porém, ela não está nesta lista apenas por ser irmã, longe disso. Paloma tem uma capacidade de improviso muito boa, o que é comprovado em suas entradas ao vivo em jornais locais. A versatilidade dela, transitando bem entre o entretenimento e o jornalismo, é algo a se destacar.

A Band já pensa em levá-la para a cabeça de rede, pelo que apurou o NaTelinha. O seu destaque é tamanho ultimamente, que em praticamente todos os dias ela tem matérias no “Jornal da Band”, principal jornal do canal. Paloma deve ir para a rede muito em breve, antes do fim deste ano, inclusive. Seu trabalho deve ter este reconhecimento.


Nome: Suzi Martins

Idade: 29 anos
Emissora: Record Bahia
Pontos fortes: Carisma e texto

Mesmo com pouca idade, Suzi Martins já tem até uma rodagem no mercado. Já passou por RedeTV!, TV Oeste/Globo e TV Panorama. Mas foi na TV Sergipe, afiliada da Globo no estado, que chamou a atenção durante a Copa do Mundo. A moça foi responsável por cobrir a Grécia para a rede e logo chamou a atenção da Record Bahia, que a contratou no fim do ano passado. Suzi já faz várias entradas para programas como “Fala Brasil” e “Hoje em Dia”, e chama a atenção pelo seu imenso carisma.

Em suas reportagens, o seu texto, bem direto e apurado, também é elogiado por telespectadores. Com uma grande chance em rede nacional, Suzi não deve demorar para ganhar ainda mais espaço. Tem talento e potencial de sobra para crescer ainda mais no mercado.


Nome: Nathália Pereira
Idade: 23 anos
Emissora: SBT Rio de Janeiro
Pontos fortes: Produção e potencial de crescimento

Com apenas 23 anos e ainda cursando a faculdade – está no 7º período de jornalismo no Centro Universitário Augusto Motta -, Nathália Pereira é praticamente uma realidade. Estagiária no SBT Rio de Janeiro, atualmente ela faz reportagens, produz o “SBT Esporte Rio”, que a partir da próxima segunda (02), vira um programa próprio na grade do SBT Rio, além de cuidar das redes sociais da emissora.

Pelo monitoramento do NaTelinha, Nathália é a melhor estagiária de jornalismo no Brasil hoje. As suas qualidades são a produção de pautas e o seu enorme potencial de crescimento, até por ainda não ter concluído o curso.

Porém, Nathália já é considerada uma realidade, conforme disse a apresentadora Isabele Benito, do jornal “SBT Rio”, para a nossa reportagem: “A Nathália representa a nova geração de jornalistas, principalmente aquele jornalista que sabe com essa coisa monstruosa que é a rede social. Além de focada, concentrada, honesta e de caráter, ela se destaca por ter a sensibilidade da informação, que hoje, as novas mídias necessitam tanto. Ela sabe como lidar com essa máquina. Por isso que eu acho que ela nem é uma promessa, ela já é uma grande jornalista”.


Nome: Márcia Dantas
Idade: 27 anos
Emissora: Record Pará
Pontos fortes: Versatilidade e qualidade no ao vivo

Márcia Dantas, provavelmente, é a que atualmente tem mais espaço em rede nacional desta lista. Apresentadora do “Pará Record”, ela faz matérias para a rede e volta e meia é chamada pela direção de jornalismo para coberturas em São Paulo. No fim do ano passado, por exemplo, Márcia ficou cerca de dois meses e meio auxiliando na reportagem do “Balanço Geral SP – Manhã”, apresentado por Fabíola Gadelha.

As chances dadas pela Record não são à toa. Márcia é versátil, faz tanto o mais popular quanto o mais sério, de bancada, como prova no “Pará Record”. Suas entradas ao vivo são marcadas pela qualidade de postura e dicção perfeitas, tanto é que é sempre solicitada por isso. Para pessoas ouvidas pelo NaTelinha, é questão de tempo para Márcia ser chamada para trabalhar na equipe de São Paulo da Record.


Nome: Rafael Machado
Idade: 24 anos
Emissora:  Record Rio Grande do Sul
Pontos fortes: Improvisação e carisma

Como se sabe, o apelido do apresentador da Band, Luiz Bacci, é “menino de ouro”. Porém, no Rio Grande do Sul não é bem assim. Por lá, esse é o apelido de Rafael Machado, jornalista da Record RS. Com apenas 24 anos, Rafael se destaca pela capacidade de improviso e de conseguir transitar tanto pelo jornalismo mais popular quanto pelo entretenimento, já tendo realizado reportagens neste tipo.

Além disso, é inegável: Rafael é dono de um carisma natural. Justamente por essa simpatia e competência, o jovem já substituiu os apresentadores titulares do “Balanço Geral RS” e, nos últimos dias, do “Balanço Geral SP”. Atualmente, Rafael passa uma temporada em São Paulo, onde tem feito reportagens e entradas ao vivo para o “Cidade Alerta”. Pessoas ouvidas pelo NaTelinha não tem duvidas: a temporada pode ser longa. Para não mais voltar até.


Nome: Thiago Vieira
Idade: 30 anos
Emissora: TV Serra Dourada/SBT Goiás
Pontos fortes: Texto e desenvoltura

Thiago Vieira é o mais velho desta lista. Com 30 anos, o jornalista tem começado a se destacar na TV Serra Dourada, afiliada do SBT em Goiás, com várias matérias emplacadas em rede nacional. Nesta semana, por exemplo, o repórter apareceu algumas vezes no “Notícias da Manhã”, apresentado por Neila Medeiros na rede. Os motivos são bastante evidentes: Thiago tem um texto apurado, correto, coeso e diferenciado. Além disso, sua desenvoltura perante as câmeras impressiona.

O repórter faz matérias das mais variadas: cidades, entretenimento, política, dentre outras áreas, com uma qualidade que se destaca. Sem dúvida, Thiago deve crescer em espaço neste ano, que deve ser o de afirmação de sua carreira.


Nome: Danilo Mecenas
Idade: 27 anos
Emissora: TV Sergipe/Rede Globo
Pontos fortes: Línguas e texto apurado

Danilo Mecenas, com certeza, é o mais promissor dos homens desta lista. Mesmo jovem, o seu currículo é forte: já trabalha há cerca de quatro anos na TV Sergipe, afiliada da Globo no menor estado do Brasil. Fala três línguas fluentemente: inglês, espanhol e russo. Também participou da seleção de repórteres para o programa “Profissão Repórter” e foi um dos finalistas, sendo bastante elogiado pela Globo, que também o acha um talento para se investir no futuro.

Não é pra menos toda esta confiança: Danilo é dono de um texto apurado, senso de olhar diferenciado, com uma qualidade ao fazer ao vivo como poucos no Brasil. Também segundo pessoas ouvidas pela reportagem, é questão de tempo para Danilo aparecer com mais evidência em rede nacional. Ele tem preparo, já tem currículo e talento sobrando.

ESPORTIVOS


Nome: Mariana Fontes

Idade: 27 anos
Emissora: Esporte Interativo
Pontos fortes: Naturalidade e improvisação

Mariana Fontes é daquelas jornalistas esportivas que só aparecem de tempos em tempos. No Esporte Interativo desde 2011, onde começou como estagiária produzindo matérias para o núcleo olímpico do canal. Aos poucos, fez testes de vídeo e ganhou chances no programa “Febre de Bola”. Mas seu grande “upgrade” veio em 2013, quando se tornou titular do “Caderno de Esportes”, na época apresentado por ela e André Henning – André saiu e hoje a vaga é de Jorge Iggor.

Mariana tem ganhado mais e mais destaque no Esporte Interativo, devido à sua naturalidade. A proximidade que passa para o telespectador é algo que impressiona. Mariana não demonstra estar lendo o teleprompter, algo que é bem difícil na televisão. Além disso, ela é uma jornalista com uma das maiores capacidades de improvisação do país hoje, conseguindo passar total segurança quando apresenta alguma atração, seja ela jornal esportivo ou um programa de esportes. 2015, pelo visto, é o seu ano de afirmação.


Nome: José Renato Ambrósio
Idade: 28 anos
Emissora: ESPN Brasil
Pontos fortes: texto diferenciado e matérias especiais

José Renato Ambrósio já é praticamente uma realidade dentro dos canais ESPN. Na emissora esportiva da Disney desde 2008, começou como estagiário, virou produtor e agora é repórter – e um dos melhores – do canal, cobrindo tanto futebol nacional e internacional, como outras modalidades como futebol americano, onde fez uma elogiada reportagem sobre a história do esporte no Brasil, no início deste mês.

Alias, matérias especiais são o forte de Zé Renato, como é chamado pelo seus colegas. Não são poucos os registros de relatos diferenciados e especiais fortes feitos por ele. Tudo isso alinhado à um texto diferenciado, que ao mesmo tempo que tem uma linguagem direta e clara ao telespectador, consegue também ser poético e ressaltar a mensagem que quer passar.

2015 deverá ser o ano de consolidação de sua carreira, já que no ano passado, por exemplo, o repórter cobriu a final da UEFA Champions League in loco.

 

NaTelinha

Angelina Muniz será protagonista de especial da Record; saiba mais

Angelina Muniz será protagonista de especial da Record; saiba mais

Aos poucos, a Record vai definindo o elenco de seus outros dois especiais de fim de ano que estão com pré-produções um pouco atrasadas.

Segundo o jornalista Fernando Oliveira, a direção de teledramaturgia definiu que Angelina Munizserá protagonista do especial “Marlucy e Marcelly”.

No programa, Angelina dará vida a uma vendedora de picolé do Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro. Na história escrita por Carla Piske e produzida em parceria com a Gullane Filmes, a personagem sairá em busca da filha desaparecida.

Além disso, em seu elenco, também estarão Cacau Mello, Camilo Bevilacqua, Dedina Bernardelli, Laís Said, Paulo Nigro e William Vita. O especial é um dos quatro que a Record deverá colocar no ar em dezembro.

O primeiro é o telefilme “O Amor Custa Caro”, que tem em seu elenco nomes como Luiza Curvo, Nicola Siri, Lu Grimaldi, Guilherme Duarte e Pedro Cassiano, com texto de André Ristum. O segundo é “Manual Prático da Melhor Idade”, com Ítala Nandi, Íris Bruzzi, Stela Freitas, Claudete Pereira, Juliana Didone e Guilherme Winter no elenco, e texto de Renê Belmonte, que foi colaborador da versão brasileira de “Rebelde”.

O terceiro é uma produção escrita por Marcílio Moraes, atualmente no ar com “Plano Alto”, que será baseado no conto homônimo de José Cândido de Carvalho, “Porque Lulu Bergantim Não Atravessou o Rubicon?”.

NaTelinha

“Império”: Um amor proibido deixado para trás na busca pelo poder

A persistência de um homem obstinado pelo poder que transformará sua vida no palco de um grande império.

A partir desta segunda-feira (21), a novela “Império”, de Aguinaldo Silva, apresentará ao público a trajetória de José Alfredo (Chay Suede/Alexandre Nero), um homem de origem humilde, que através de seu esforço tornou-se proprietário da rede de joalherias Império.

O personagem é casado com a aristocrata Maria Marta Mendonça e Albuquerque (Adriana Birolli/Lília Cabral), com quem possui três filhos. É em torno dessa família que a novela se desenvolve, levando o público a vários questionamentos, como: Até onde as pessoas são capazes de ir pelo dinheiro? Como um acaso pode revirar uma vida? Como viver sabendo que seus maiores inimigos vivem dentro de sua própria casa?


Ficha técnica

Escrita por Aguinaldo Silva
Direção de Núcleo de Rogério Gomes
Direção Geral de Pedro Vasconcelos e André Felipe Binder
Estreia: 21/07
Horário: 21h10
Antecessora: “Em Família”, de Manoel Carlos

Elenco

Alexandre Nero – José Alfredo de Medeiros
Lília Cabral – Maria Marta Medeiros de Mendonça e Albuquerque

Adriana Birolli – Maria Marta Medeiros de Mendonça e Albuquerque (jovem)
Adriano Alves – Victor
Ailton Graça – Xana Summer
Alejandro Claveaux – Josué (jovem)
Ana Carolina Dias – Carmen Godinho
Andreia Horta – Maria Clara
Caio Blat – José Pedro
Chay Suede – José Alfredo de Medeiros (jovem)
Cris Viana – Juliane Matos
Dani Barros – Lorraine
Daniel Rocha de Azevedo – João Lucas
Drica Moraes – Cora
Ed Oliveira – Bigode
Elizângela – Jurema
Erom Cordeiro – Fernando
Flávio Galvão – Reginaldo
Jackson Antunes – Manoel
Joaquim Lopes – Enrico Bolgari
Jonas Torres – Ismael
José Mayer – Cláudio Bolgari
Josie Pessoa – Eduarda (Du)
Julia Gaby – Stephany
Júlia Fajardo – Helena Abrantes
Juliana Boller – Bianca Bolgari
Júlio Machado – Jairo
Karen Junqueira – Fernanda
Kiria Malheiros – Bruna
Klebber Toledo – Leonardo de Sousa
Leandra Leal – Cristina
Letícia Birkheuer – Érika
Lidi Lisboa – Kelly Marina
Lucci Ferreira – Antônio
Malu Galli – Eliane
Maria Ribeiro – Danielle
Marina Ruy Barbosa – Maria Ísis
Marjorie Estiano – Cora (jovem)
Nanda Costa – Tuane
Nicollas Paixão – Júnior
Othon Bastos – Silviano
Paulo Betti – Téo Pereira
Paulo Rocha – Orville Neto
Paulo Vilhena – Domingos Salvador
Rafael Cardoso – Vicente Ferreira da Silva
Rafael Losso – Elivaldo
Ravel Andrade – Otoniel
Regina Duarte – Maria Joaquina
Reginaldo Faria – Sebastião Feliciano
Roberto Birindelli – Josué
Roberto Bomfim – Seu Antoninho
Roberto Pirillo – Dr. Merival Porto
Rômulo Neto – Roberto
Suzy Rego – Beatriz Bolgari
Tato Gabus Mendes – Severo
Thiago Martins – Evaldo
Vanessa Giácomo – Eliane (jovem)
Viviane Araújo – Naná
Zezé Polessa – Magnólia

Amor proibido

Em pleno Monte Roraima, José Alfredo abre o jogo para sua filha predileta, Maria Clara (Andreia Horta), dizendo que aquele local transformou sua vida. Há muitos anos atrás, após passar por uma decepção amorosa, José Alfredo resolveu mudar o foco de sua vida, deixando o passado de lado e mirando apenas o futuro. A trama começa quando ele, ainda jovem, resolve deixar Pernambuco para morar no Rio. Desempregado, chega à capital fluminense e se hospeda na casa do irmão Evaldo (Thiago Martins).

Lá, ele viveria um amor proibido, já que se apaixonou pela esposa de seu único irmão, Eliane (Vanessa Giácomo/Malu Galli). Diante da situação, eles resolvem armar um plano e fugir. Com remorso, os dois escrevem um bilhete para Evaldo, pedindo perdão e contando a verdade sobre o desaparecimento deles. No dia da fuga, Eliane passa mal e Cora (Marjorie Estiano/Drica Moraes) resolve ajudá-la.

O que Eliane não imagina é que a irmã já sabia que ela estava grávida. Mais experiente, Cora consegue convencê-la a não fugir, dizendo que, o mais provável pelo tempo, é que o filho dela seja de Evaldo e não de José Alfredo.

Cada um pro seu lado    

Desesperada, Eliane pede para que a irmã procure José Alfredo, explique tudo o que aconteceu e impeça que ele entregue o bilhete revelador ao irmão. Cora promete para a irmã que irá procurá-lo, mas não cumpre com a palavra. Primeiro, ela se certifica de que a carta foi entregue, para só depois se encontrar com José Alfredo.

No encontro, Cora diz que Eliane desistiu de fugir com ele e distorce toda a história, deixando o rapaz inconformado. Quando José Alfredo fala que tentará convencê-la a fugir, Cora conta que Eliane espera um filho de Evaldo. Arrasado, José Alfredo resolve sumir do mapa, sem deixar rastros, para não atrapalhar a vida da amada com seu irmão.

Novos rumos

Sem saber o que fazer, José Alfredo vai para a rodoviária do Rio de Janeiro em meio a lágrimas. Lá, ele se depara com Sebastião Feliciano (Reginaldo Faria). Sem conhecê-lo, conta toda sua desilusão amorosa e diz que não tem para onde ir. Comovido, Sebastião faz uma proposta ao rapaz, convidando-o a viajar com ele a serviço.

Sebastião trabalha para uma empresa portuguesa, mora na Suíça e negocia pedras preciosas brasileiras. Sua função no Brasil é buscar pedras nos garimpos e depois transportá-las ilegalmente para a Europa. Sem grandes esperanças na vida, José Alfredo topa a proposta de trabalho e viaja com Sebastião para o Monte Roraima.

Lá, os dois se deparam com um enorme garimpo. Sebastião pede para que o rapaz fique atento a todos que os cercam, inclusive durante a noite, já que em garimpos há muito inimigos. Em certa ocasião, José Alfredo acaba pegando no sono e a dupla é surpreendida durante a madrugada, quando um homem mata Sebastião e pretende assassiná-lo. Apavorado, José pega a arma dada pelo amigo e dá dois tiros no agressor, que morre a sua frente.

Mais uma vez sozinho, José Alfredo tem como meta ir para Genebra, na Suíça. Antes de morrer, Sebastião passou para ele todas as informações sobre como transportar as pedras preciosas e levá-las para a tal empresária portuguesa.

Amor por interesse

Na Suíça, diante da empresária compradora de joias, Maria Joaquina Braga (Regina Duarte), José Alfredo conta tudo o que passou no Brasil. No país europeu, sua vida se cruza com a de Maria Marta (Adriana Birolli/Lilia Cabral), uma aristocrata falida e com vários ex-maridos.

O primeiro encontro entre os dois ocorre em um banco suíço, quando José Alfredo foi depositar seu primeiro pagamento pela entrega dos diamantes. A aristocrata chega à agência toda pomposa, sem dar a mínima importância às pessoas a sua volta. Porém, ao descobrir que foi passada para trás por um de seus ex-maridos e que está sem dinheiro, ela se desespera e passa a ver em José Alfredo uma possibilidade de reverter a situação.

Os dois iniciam um relacionamento e poucos meses depois Maria Marta descobre que está grávida. O brasileiro a pede em casamento, já que a união seria interessante para ambas as partes. Enquanto a aristocrata empresta o importante sobrenome para o rapaz, ele a promete uma família com muitos herdeiros. Promessa que se cumpre em pouco tempo, pois logo nos primeiros anos de casamento, Maria Marta dá a luz aos seus três filhos: José Pedro (Caio Blat), Maria Clara (Andreia Horta) e João Lucas (Daniel Rocha), irmãos que, com o tempo, farão de tudo para ficar com toda a herança da família.

Sede de poder

Passados os anos, José Alfredo resolve voltar ao Monte Roraima ao lado da filha Maria Clara, a herdeira predileta. Para não desagradar aos demais membros de sua família, ele mantém a viagem com a filha sob sigilo.

O preferido de Maria Marta para assumir o império da família é José Pedro, um ex-mauricinho que agora vive submisso à esposa Danielle (Maria Ribeiro), uma mulher fútil e consumista. O casal tem uma filha adotiva chamada Bruna (Kiria Malheiros). A filha do meio e queridinha de José Alfredo, Maria Clara, é uma renomada designer de joias. Já o caçula João Lucas é um garoto rebelde, cujo único objetivo é conquistar o trono do pai.

Bem-sucedido no ramo das joias, José Alfredo mantém um relacionamento extraconjugal com Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa), uma jovem bela e frágil. Menina pobre, ela se apaixona verdadeiramente pelo empresário. Quando seus pais, Magnólia (Zezé Polessa) e Severo (Tato Gabus Mendes), descobrem o romance da filha, tentam se aproveitar da situação e passam a viver da mesada que Maria Ísis recebe de seu amante.

Herdeira desconhecida

O que José Alfredo não sabe é que ele possui outra herdeira. É Cristina (Leandra Leal), que o empresário acredita ser filha do irmão Evaldo com seu grande amor do passado, Eliane. Após a partida do rapaz para o Monte Roraima no passado, Eliane manteve-se casada com Evaldo e teve mais um filho, Elivaldo (Rafael Losso). Com a morte prematura do esposo, Eliane teve uma vida solitária e lutou para criar os dois filhos com poucos recursos. Para isso, construiu uma barraca de camelô no centro do Rio.

Vendo o esforço da mãe, Cristina adquiriu grande admiração por ela e fez de tudo para manter a família unida. Seu irmão Elivaldo possui um filho fruto de um relacionamento adolescente com Tuane (Nanda Costa), uma jovem irresponsável que entregou o bebê para o pai assim que ele nasceu e depois desapareceu. Muitos anos depois, Tuane reaparece casada com um homem rico e bem mais velho que ela, Reginaldo (Flávio Galvão). E, para desespero de Elivaldo, Cristina e Eliane, ela anuncia que quer seu filho de volta a qualquer custo.

Revelação para imprensa

A família de Eliane também é composta pela irmã Cora (Marjorie Estiano/Drica Moraes), que engana a todos fazendo a imagem de irmã cuidadosa. Durante anos, Cora pesquisou tudo sobre a vida de José Alfredo e montou um álbum com reportagens sobre a vida do empresário, sem que ninguém desconfiasse.

Será através do álbum que Cristina descobrirá o real passado de sua mãe e passará a desconfiar de que seu pai, na verdade, é José Alfredo. Será sua tia Cora que contará o caso proibido vivido por sua mãe com o empresário. Apesar de não demonstrar interesse em tornar-se herdeira da rede de joalherias Império, o destino fará com que Cristina mude de opinião. Em plena festa de lançamento de mais uma coleção da joalheria, Cristina contará para a imprensa que ela pode ser filha bastarda do proprietário da badalada rede.

Por trás de um casamento sólido

Os lançamentos da rede “Império” são de responsabilidade do cerimonialista Cláudio Bolgari (José Mayer), profissional de referência entre os ricos do Rio de Janeiro. Figura ilustre nas festas da alta sociedade carioca, Cláudio é casado com a ex-Miss Brasil Beatriz (Suzy Rêgo), com quem tem dois filhos: Enrico (Joaquim Lopes) e Bianca (Juliana Boller).

O que a sociedade carioca não desconfia é que por trás da aparência de uma família feliz, Cláudio esconde um grande segredo, o qual divide apenas com a esposa Beatriz. Nem seus filhos desconfiam da vida paralela que o cerimonialista mantém. E a situação de Cláudio ficará ainda mais complicada devido às maldades praticadas pelo colunista de celebridades Téo Pereira (Paulo Betti), que nunca perdoou o fato de o cerimonialista nunca ter assumido a homossexualidade. Como o colunista é homossexual e leva uma vida solitária e infeliz, ele fará de tudo pra expor Cláudio e sua família na mídia e destruí-lo.

Enrico é o filho mais velho do casal e dono de um famoso restaurante. Após estudar gastronomia na Suíça, resolveu abrir o estabelecimento. Desde então, o local é frequentado pela parcela mais rica da população carioca. É lá que ele conhece Maria Clara, a filha preferida de José Alfredo. Quem também se envolve com a família proprietária da rede Império é Bianca, uma menina estudiosa e aplicada. Por trás de seu rosto angelical, a garota esconde uma ardente paixão por João Lucas, o caçula de José Alfredo.

O autor

O pernambucano Aguinaldo Silva começou sua vida profissional no jornal O Globo. Nas décadas de 60 e 70, ele foi editor das seções de polícia e cidade do jornal carioca. Em 1979, recebeu convite para escrever o seriado “Plantão de Polícia”, que marcou a estreia do autor na telinha.

Em 1982, Silva escreveu sua primeira minissérie para a TV Globo: “Lampião e Maria Bonita”. Seria o primeiro de vários trabalhos como “Bandidos da Falange” (1983), “Padre Cícero” (1984) e “Riacho Doce” (1990).

A partir de 1984, Aguinaldo Silva passou a escrever folhetins para o principal horário de novelas da Globo. Entre suas principais tramas estão “Partido Alto” (1984), “Tieta” (1989), “Pedra sobre Pedra” (1992), “Fera Ferida” (1993), “A Indomada” (1997), “Senhora do Destino” (2004) e “Fina Estampa” (2011).

Anote na agenda

“Império” estreia nesta segunda (21), às 21h10, na TV Globo.

 

NaTelinha

“O Rebu”: Um morto dentro da piscina e todos os convidados sob suspeita

Uma festança oferecida por uma grande empresária em sua mansão. No local, se encontram homens envolvidos em altos negócios e mulheres importantes da sociedade. Em meio à festa, um crime choca a todos: um corpo aparece boiando na piscina. Quem é a vítima? Foi acidente, assassinato ou suicídio? Algum participante da festa tem ligação com o suposto crime?

Essas perguntas são o ponto de partida da nova versão da novela “O Rebu”, obra exibida originalmente em 1974 e escrita pelo novelista Bráulio Pedroso. A releitura, que estreia nesta segunda (14), contará com texto de George Moura e Sergio Goldenberg e direção de José Luiz Villamarim.

Ficha técnica

Inspirada na obra original de Bráulio Pedrosa, transmitida em 1974 pela TV Globo
Escrita por George Moura e Sergio Goldenberg
Colaboração de Charles Peixoto, Flávio Araújo, Lucas Paraízo e Mariana Mesquita
Direção geral e de núcleo de José Luiz Villamarim
Estreia: 14/07
Faixa: 23h
Antecessora: “Saramandaia” de Ricardo Linhares

Elenco

Daniel de Oliveira – Bruno Ferraz
Patrícia Pillar – Ângela Mahler
Sophie Charlotte – Duda
Tony Ramos – Carlos Braga Vidal

Anna Cotrim – Lourdes
Antônio Fábio – Nilo
Bel Kowarick – Lídia
Bianca Müller – Mirna
Camila Morgado – Maria Angélica
Cassia Kis Magro – Gilda Rezende
César Ferrario – Adão
Claudio Jaborandy – Severino
Dira Paes – Rosa Nolasco
Elea Mercúrio – Ludmila
Eucir de Souza – Brandão
HossenMinussi – Alfredo Matos
Jean Pierre Noher – Chef PierraBonnet
Jesuíta Barbosa – Alain
José de Abreu – Bernardo Rezende
Júlio Andrade – Oswaldo
Laura Neiva – Betina
Luciana Brittes – Ana Paula
Marcelo Torreão – Antenor
Marcos Palmeira – Delegado Nuno Pedroso
Maria Flor – Camila
Mariana Lima – Roberta Camargo
Michel Noher – AntonioGonzales
Miguel Arraes – Michel Rezende
Nando Brandão – H.D.
Nicola Lama – Stefano Giorgio
Nikolas Antunes – Fininho
Olívia Torres – Valentina Rezende
Pablo Sanábio – Kika
Rodrigo Rangel – Canetti
Val Perré – Zé Maria
Vera Holtz – Vic Garcez
Vinícius de Oliveira – Edu

Tudo em 24 horas

“O Rebu” é uma trama contemporânea, ambientada no Rio de Janeiro, e que se passa em apenas 24 horas. A novela é narrada em três diferentes tempos, simultaneamente. Um deles é a festa, onde os romances e jogos de interesse acontecem ao redor do dinheiro e do poder. Já o ‘dia seguinte’ apresenta a investigação policial. O terceiro tempo é o momento de flashback, que apresenta os possíveis motivos que podem levar os personagens da novela a estarem envolvidos com o óbito durante a festa.

Centro das atenções

A bem-sucedida empreiteira Angela Mahler (Patrícia Pillar) decide promover em sua mansão uma grande festa com amigos e colegas de grandes negócios. No centro das atenções estão a empresária e seu colega de profissão, Carlos Braga (Tony Ramos). A festa transcorre tranquila até a chegada do ambicioso profissional de tecnologia da informação, Bruno Ferraz (Daniel Oliveira), namorado de Duda (Sophie Charlotte), garota criada desde criança pela empreiteira. O rapaz tem acesso a importantes dados das empresas de Angela e Braga e aproveita disso para influenciar a vida de ambos.

Poderosa mulher

Angela é sinônimo de poder e dinheiro. Proprietária da Mahler Engenharia, a executiva assumiu definitivamente os negócios da família após a morte de seu marido e dos filhos gêmeos em um acidente de helicóptero. Fragilizada, Angela comanda várias mudanças em seus negócios, sempre com apoio da advogada Gilda (Cássia Kis Magro) e da protegida Duda (Sophie Charlotte).

Duda é filha da governanta da casa, que também faleceu no acidente de helicóptero. A menina, que sempre foi bem tratada pela família Mahler, acabou tornando-se ainda mais próxima de Angela com a tragédia. A garota atua nos trabalhos sociais da Mahler Engenharia e acompanha a empresária nas reuniões. Devido ao desempenho de Duda, Angela vislumbra que a jovem torne-se sua sucessora. A relação das duas só fica estremecida quando o assunto é o namorado de Duda, Bruno, que nunca contou com aprovação da matriarca dos Mahler.

Inimigos próximos

O ex-marido de Angela, Bernardo Rezende (José de Abreu), torna-se um de seus maiores rivais. Ao perder o cargo de diretor jurídico na empresa para Gilda, Bernardo resolve se aliar a Carlos Braga, dono da Braga Engenharia, com quem Angela possui uma relação duvidosa. Apesar de serem sócios, os dois escondem graves divergências profissionais e pessoais.

A reputação de Braga e da esposa Lídia (Bel Kowarick) é considerada por todos como incontestável. O empresário era muito amigo do marido de Angela. Porém, sua conduta profissional nunca agradou a empresária. Desde que assumiu a empresa da família, Angela optou por se afastar dos métodos adotados por Braga e resolve elaborar um dossiê sobre as fraudes cometidas por ele. Quem a ajuda na preparação do conteúdo é Bruno Ferraz.

Informação em troca de dinheiro

Bruno é um homem ambicioso e sempre soube que informação é sinônimo de poder e de dinheiro. Quando ele recebe uma proposta milionária de Angela para elaborar um dossiê contra o chefe Carlos Braga, ele larga o emprego na Braga Engenharia. No entanto, além da atitude de Bruno, algumas notícias vazam na imprensa, levando Braga a ficar desconfiado. A partir disso, o empresário se organiza para confirmar suas suspeitas contra Angela e para manter intacta sua reputação.

A relação de Angela e Bruno corria bem até que o rapaz se envolveu com sua ‘filha do coração’ Duda. O romance dos dois não agrada Angela, que acredita que o profissional de TI não é a companhia ideal para sua protegida. A reprovação da empresária leva Bruno a enxergar Angela como um obstáculo em sua vida. Para tirar proveito e descobrir informações secretas da empreiteira, o rapaz se envolve com Gilda, braço-direito de Angela. O que ele não esperava é que a advogada dos Mahler iria se deixar envolver por este relacionamento. O affair de Bruno com Gilda torna-se uma importante arma para Angela tentar acabar com o namoro do rapaz com Duda.

O dia da festa

Mesmo com a relação estremecida, Angela e Carlos Braga possuem projetos conjuntos. O principal deles é o lançamento de uma nova plataforma de petróleo do pré-sal, que será erguida num consórcio entre a Mahler e a Braga Engenharia. O evento, na casa de Angela, é organizado pela famosa promoter Roberta Camargo (Mariana Lima). O piloto espanhol de Fórmula 1, Antonio Gonzalez (Michel Noher) foi o convidado de honra da festa, já que o esportista foi contratado para ser o garoto-propaganda do projeto. No entanto, a real intenção de Angela era aproximar Antonio de Duda e afastar de vez Bruno da garota. Tanto que ele não havia sido convidado para a festa. Porém, Bruno acabou sendo chamado de última hora, após afirmar para Angela que entregaria para ela o material revelador contra Braga durante o evento.

Confira galeria de fotos da festa de lançamento de “O Rebu”

 

Na festa, estão Braga, que espera destruir todas as provas que podem acabar com sua reputação, Bernardo, ex-marido de Angela, e sua amante Mirna (Bianca Muller), o penetra Alain (Jesuíta Barbosa), que entra na mansão com segundas intenções, a fogosa Maria Angélica (Camila Morgado), filha da viúva Vic Garcez (Vera Holtz), que passa a festa atrás do namorado Kiko (Pablo Sanábio), um mau-caráter que tenta convencer Vic a se tornar sócia dele na compra de uma concessionária de carros.

Fingindo pensar apenas no dinheiro da viúva, Kiko planeja aproveitar a festa para fugir com sua amante, Camila (Maria Flor), casada com o fracassado jornalista Oswaldo (Julio Andrade), que sofre de transtorno bipolar. Na festa, Oswaldo acaba se envolvendo em uma grave confusão com Bruno. Em meio a essas situações de traições e paixões, a festa termina com um assustador acontecimento: um corpo é encontrado na piscina, chocando a todos na festa. A partir de então, começa um rebuliço na vida de todos os ali presentes.

Investigação

O policial ético e comprometido Nuno Pedroso (Marcos Palmeira) é designado para comandar a investigação. Em pleno domingo, uma ligação interrompe seu final de semana com a família. Ele segue para a Serra do Sossego com a assistente Rosa Nolasco (Dira Paes). Além dos dois, integram a equipe os policiais Alfredo Matos (Hossen Minussi) e Canetti (Rodrigo Rangel).

 

A missão da equipe é descobrir o que realmente aconteceu durante a badalada festa. Antes de chegar ao local, Rosa, que é especialista em internet, faz pesquisa nas redes sociais para saber mais detalhes sobre quem é Angela Mahler. Na mansão, o primeiro pedido de Pedroso é que nenhum convidado se retire do local, para que a investigação não seja comprometida. A partir de então, a equipe de policiais começa a apuração dos fatos, contando com a ajuda de informações publicadas pelos próprios convidados nas redes sociais durante a festa, para desvendar quem morreu, como aconteceu, se foi um assassinato e qual a explicação para a morte.

Os autores

“O Rebu” será a primeira novela da dupla George Moura e Sergio Goldenberg. Moura tem em seu currículo seis indicações ao prêmio Emmy, por ter assinado roteiros do programa “Por Toda Minha Vida”.

O escritor é formado em jornalismo e possui mestrado em artes cênicas. Em 1996, foi assistente de direção na novela “O Rei do Gado”. Desde então, assinou o roteiro de diversas séries da TV Globo, como “Carga Pesada”, “Cidade dos Homens”, “Amores Roubados” e “O Canto da Sereia”. Também foi responsável pelo roteiro dos longas “Getúlio” e “Linha de Passe”.

Já Sergio Goldenberg é formado em cinema e iniciou sua carreira como colaborador do cineasta Eduardo Coutinho, falecido neste ano. Em parceria com Rosane Lima, dirigiu o longa “Bendito Fruto” em 2005.

Na TV Globo desde 1995, colaborou com textos de novelas e seriados. Seus trabalhos mais recentes foram como colaborador dos seriados “O Canto da Sereia”, “Amores Roubados” e “O Caçador”. A releitura de “O Rebu” será o primeiro trabalho de Goldenberg como autor.

Anote na agenda

O remake de “O Rebu” estreia nesta segunda (14), logo após “Em Família”, na Globo.

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“Além do Horizonte”: Três aventureiros em busca de familiares desaparecidos

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Fotos: Divulgação/TV Globo

Seguir um rumo na vida. Há pessoas que são capazes de abrir mão de tudo para seguir um novo estilo de vida. Outras que acreditam que, além do horizonte, o mundo pode ser revelador. Para outras, é necessário percorrer um árduo caminho para encontrar paz, sossego e felicidade.

“Além do Horizonte”, nova novela das 19h que estreia na próxima segunda (4), mostrará a vida de três jovens que resolvem seguir novos rumos com o objetivo de reencontrarem pessoas desaparecidas de suas vidas. Nesse percurso, eles acabam se autodescobrindo e desvendando um novo mundo.

Ficha técnica

Novela de Marcos Bernstein e Carlos Gregório
Escrita com Victor Atherino e Giovana Moraes
Colaboração de Carla Faour, Melanie Dimantas, Ricardo Hofstetter e Sérgio Marques
Direção de Núcleo de Ricardo Waddington
Direção Geral de Gustavo Fernandez
Estreia: 04/11
Horário: 19h30
Antecessora: “Sangue Bom”, de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari

Elenco

Juliana Paiva – Lili
Thiago Rodrigues – William
Vinicius Tardio – Rafa

Alexandre Borges – Thomaz
Alexandre Nero – Armando
Analu Prestes – Vó Tita
Antônio Calmon – Luís Carlos (LC)
Begê Muniz – Matias
Caco Ciocler – André
Carolina Ferraz – Tereza
Cassio Gabus Mendes – Líder Jorge
Christiana Ubach – Paulinha
Cláudia Jimenez – Zélia
Cristine Peron – Olívia
Daniel Ribeiro – Edu Dente de Ouro
Day Mesquita – Fernanda
Diego Homci – João José
Eliseu Paranhos – Romildo
Fernanda Vianna – Berenice
Flávia Alessandra – Heloísa
Guilherme Fontes – Flávio
Igor Angelkorte – Marcelo
Isaac Bardavid – Klaus
Jacqueline Sato – Jéssica
João Camargo – Osvaldo
JP Rufino – Nilson
Karen Coelho – Sandra
Laila Zaid – Priscila
Lucas Salles – Guto
Lucas Simões – Gui
Luciana Paes – Ana Selma
Luma Ferreira – Belinha
Marcella Valente – Júlia
Marcello Novaes – Kleber
Maria Luísa Mendonça – Inês
Mariana Rios – Celina
Mariana Xavier – Ana Rita
Nathália Alvim – Dani
Otávio Martins – Cacá
Rodrigo Simas – Marlon
Rômulo Estrela – Álvaro
Sheron Menezzes – Keila
Thiago Homci – José João
Yanna Lavigne – Ana Fátima

Os mistérios dos Barcelos

Luís Carlos Barcelos (Antônio Calloni) levava uma vida tranquila financeiramente. Ele assumiu os negócios de seus pais e fez com que eles crescessem ainda mais. No entanto, LC, como é conhecido, nunca foi feliz. Em depressão, sentiu-se fracassado e resolveu abandonar tudo, inclusive a esposa Heloísa (Flávia Alessandra) e a filha Alice, a Lili (Juliana Paiva), quando ela tinha apenas 12 anos.

Criada sem a presença do pai, Lili cresceu mimada pela mãe. A garota, que não tem muita noção de mundo, resolveu ficar noiva do advogado Marcelo (Igor Angelkorte), após anos de namoro. No entanto, o casamento não a faz sentir completa. Principalmente, quando a garota descobre algumas informações sobre o desaparecimento do pai. O abandono sempre despertou em Lili sentimento de rejeição. Porém, uma carta irá transformar a certeza da morte dele em dúvida. Ao ler o texto deixado pelo pai, ela resolve procurá-lo para descobrir o real motivo que o levou a sumir do mapa.

Heloísa, uma mulher bonita e rica, também teve sua vida abalada pelo sumiço do esposo. Suas atenções são voltadas para a filha e para o programa de culinária que apresenta na TV por assinatura. A vida de Heloísa só não foi mais difícil, pois o amigo Thomaz (Alexandre Borges) sempre a apoiou no gerenciamento dos negócios. Os dois foram namorados na juventude e essa paixão ainda parece viva entre eles, para desespero de Inês (Maria Luísa Mendonça), esposa de Thomaz, que nunca escondeu o rancor e o ciúme que sente de sua rival.

Revelações

A grande amiga de Lili na trama é sua prima Priscila (Laila Zaid). No entanto, o que a garota não sabe é que ela nutre há muito tempo um amor platônico por seu noivo. Porém, como a relação com a prima fala mais alto, Priscila resolve enganar seu coração ao namorar Álvaro (Rômulo Estrela). Priscila é a principal aliada de Lili na busca do paradeiro do pai desaparecido. Como se fosse um jogo, as duas descobrem pistas e acabam chegando a William (Thiago Rodrigues).

Com a aproximação do casamento, cada vez menos Lili passa a ter interesse em Marcelo. Principalmente, após ler a carta deixada pelo pai. A partir de então, ela passa a pressionar a mãe para obter respostas do passado, para ter a certeza de que LC ainda está vivo. E acaba descobrindo que seu pai mantinha um relacionamento extraconjugal.

A amante é Tereza (Carolina Ferraz), tia de William e Marlon (Rodrigo Simas). Ela também desapareceu há anos sem deixar pistas. Após os pais de William e Marlon morrerem, coube à Tereza e à irmã Sandra (Karen Coelho) cuidarem dos sobrinhos. Tereza nunca soube lidar com isso, pois sempre quis ter liberdade e, misteriosamente, resolveu sumir em busca de seu destino. Para piorar a situação, William precisa conviver com mais um duro golpe. Após alguns anos, o irmão caçula Marlon resolve seguir os passos da tia e desaparece. É neste momento que as vidas de Lili e William se cruzam. Enquanto William ainda está atordoado com o sumiço do irmão, Lili vai até a casa dele, por acreditar ter encontrado o endereço onde o pai LC está morando com a amante.

Um novo amor

A princípio, Lili e William não se dão bem, pois um é completamente diferente do outro. Enquanto a garota é patricinha, o rapaz não é gentil e muito menos vaidoso. Apesar de estudioso, William não conseguiu concluir o curso de História e se mantém escrevendo trabalhos e monografias para alunos preguiçosos. Porém, com o tempo e as coincidências da vida que os aproximam cada vez mais, o sentimento de ódio inicial começa a se transformar em paixão. Apesar de resistirem, os dois se engajam na causa de reencontrar os desaparecidos LC, Tereza e Marlon.

Abandonado pelo grande amor

A vida de Rafa (Vinícius Tardio) caminhava bem ao lado de Paulinha (Christiana Ubach). O amor dele era tão grande que o rapaz chegou a abandonar a faculdade para viver a vida intensamente ao lado dela. No entanto, Paulinha encontrava-se em uma crise existencial e resolveu querer mais da vida. E, do nada, deixou Rafa para trás.

Arrasado e desnorteado, Rafa vira motivo de preocupação para o pai Flávio (Guilherme Fontes) e para a irmã Júlia (Marcella Valente). A relação do rapaz com Paulinha não era bem vista pela família. Mesmo com os conselhos do pai, ninguém conseguiu deter o rapaz de sair à procura da amada. Uma das pistas que a jovem deixou é que ela frequentava um lugar misterioso chamado “Grupo”. Embora ela tenha o convidado para participar desse mundo, ele nunca tinha se interessado. No entanto, com o sumiço de Paulinha, ele resolve seguir cada passo da amada, em busca de reencontrá-la.

O destino coloca Lili e Rafa no mesmo caminho. A afinidade leva os dois a constatarem que juntos poderão chegar onde pretendem. O rapaz convida Lili para participar das reuniões do “Grupo”. E, para surpresa da jovem, ela encontra o amado William por lá.

Misterioso “Grupo”

Algumas pistas, por meio de livros, cartas e símbolos, levaram os jovens Lili, William e Rafa a participarem das reuniões do “Grupo”. Lá, eles passam a conhecer uma maneira concreta de alcançarem a felicidade. No entanto, não é fácil ingressar no “Grupo”, pois a seleção é rigorosa e cada membro precisa assumir uma função bem definida.

Cabe ao líder Jorge (Cassio Gabus Mendes) receber os escolhidos. Com seu jeito tranquilo e seguro, ele instrui todos os participantes na jornada até a “Comunidade”, que é o grande objetivo daqueles que participam do “Grupo”. Cada um precisa romper barreiras e ultrapassar seus próprios limites para alcançarem algo mais. O “Grupo” também conta com apoio de Armando (Alexandre Nero), que esconde um grande segredo de todos.

Repleto de certezas, mas com dúvidas e vontades, Lili, William e Rafa resolvem partir em busca de novos rumos, prontos para desvendarem os mistérios que cercam suas vidas. Eles deixam tudo para trás para buscar um novo mundo, além do horizonte.

Mais mistérios

Quem terá mais trabalho pela frente é o capacitado delegado André (Caco Ciocler). Além de já ter investigado o desaparecimento de LC, agora ele tem uma nova missão pela frente: descobrir o paradeiro dos jovens Lili, Rafa e William e desvendar se o sumiço dos três tem alguma relação com a partida de LC, caso do qual foi afastado das investigações no passado.

Enquanto isso, as famílias dos três jovens estão desesperadas e procuram o delegado André. A irmã de Rafa, Júlia, que está arrasada com o desaparecimento do irmão, vê no delegado uma oportunidade de ser feliz. Ela, uma mulher tão independente, nunca conseguiu levar um relacionamento adiante, porém acredita que com André a situação poderá mudar.

O delegado foi casado com Olívia (Cristine Peron) e mantém uma boa relação com a ex-esposa. Tão boa, que eles ainda moram na mesma casa com a companhia dos filhos Gui (Lucas Simões) e Dani (Nathália Alvim). Porém, o novo relacionamento de André irá abalar a estrutura de sua família.

A pequena Tapiré


Tapiré é uma cidade ribeirinha, escondida no meio da selva e a última região habitada antes da “Comunidade”. É um lugarejo de pessoas humildes que acreditam em lendas. Quem manda na cidade é Kléber (Marcello Novaes), o comerciante mais rico do local. Ele é casado com Keila (Sheron Menezzes), prima de Celina (Mariana Rios), uma professora que não se conforma com as tradições locais e com a riqueza do casal, cuja origem sempre lhe pareceu misteriosa. Celina despertará a raiva de Kléber, já que a jovem passa a investigar todos os passos do comerciante.

As irmãs Ana Fátima (Yanna Lavigne), Ana Rita (Mariana Xavier) e Ana Selma (Luciana Paes) despertam a atenção dos moradores do lugarejo com suas personalidades. Elas foram criadas pela avó Tita (Analu Prestes). As três despertam alvoroço, encantamento e confusão seja pelo jeito espevitado de Selma, pelas armações de Rita ou pela beleza de Fátima.

Já os gêmeos João José (Diego Homci) e José João (Thiago Homci) também chamam atenção na cidade. O primeiro trabalha na peixaria e o segundo no bar. Porém, quase ninguém consegue diferenciá-los. Os dois rapazes disputam a mesma garota. Eles fazem de tudo para conquistar o coração da bela Ana Fátima.

Os autores

“Além do Horizonte” é escrita por uma dupla novata de autores em telenovelas: Marcos Bernstein e Carlos Gregório.

Bernstein já esteve à frente de várias produções cinematográficas como “O Outro Lado da Rua” e “Meu Pé de Laranja Lima”. Também foi responsável pelos roteiros de “Terra Estrangeira”, “Chico Xavier”, “Faroeste Caboclo” e “Somos Tão Jovens”. No longa “Central do Brasil”, integrou a equipe de roteiristas. Na TV, foi autor do seriado “A Cura”, em parceria com João Emanuel Carneiro, foi parceiro de Lícia Manzo na novela “A Vida da Gente” e redigiu um episódio do seriado “As Brasileiras”.

Já Carlos Gregório é formado pelo Conservatório Nacional de Teatro. Estreou no cinema atuando no filme “Os Inconfidentes”, de 1971. Na TV, ingressou na novela “Saramandaia” em 1976. Integra a equipe de roteiristas da Globo desde 1995 e colaborou com o texto dos programas “A Vida Como Ela É”, “A Justiceira” e “Linha Direta”. Também integrou a equipe de colaboradores da novela “A Vida da Gente”. No cinema, foi responsável pelos textos dos premiados curtas “Amar” (1997) e “Loop” (2002). Gregório também é autor do roteiro do filme “Se Eu Fosse Você”.

Anote na agenda

“Além do Horizonte” estreia nesta segunda (04), às 19h30, na TV Globo.

 

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“Pecado Mortal”: A briga entre bicheiros e traficantes no Rio dos anos 70

Onde o sobrenome torna-se muito importante no mundo do crime

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O Rio de Janeiro dos anos 70. Esse é o pano de fundo da primeira novela de Carlos Lombardi na TV Record. O folhetim mostrará como o consumo de drogas se alastrou pela sociedade, alterando a estrutura do poder do crime. Se antes quem mandava no pedaço eram os famosos chefões do jogo do bicho, a partir daquele momento, os traficantes passavam a dividir o status de reis do crime.

Paralelamente a isso, itens como as calças bocas de sino, os bigodes e cavanhaques, as roupas coloridas e os cabelos black power ditavam a moda. E a sociedade carioca passou a viver a época do sexo fácil, com transas de uma noite só e a virgindade tornando-se cada vez menos um tabu. Tudo isso poucos anos antes da descoberta da AIDS, que acabaria com a alegria de muitos.

Nesse cenário, pessoas continuavam se casando, tendo filhos, adquirindo dívidas e constituindo famílias. E algumas dessas famílias viraram sinônimo de riqueza e poder. O sobrenome passou a tornar-se muito importante, principalmente dentro do mundo do crime.

Ficha técnica

Escrita por Carlos Lombardi
Direção geral de Alexandre Avancini
Estreia: 25/09
Horário: 22h30
Antecessora: “Dona Xepa”, de Gustavo Reiz

Elenco

Luiz Guilherme e Henrique Guimarães – Michele Vêneto
Jussara Freire e Maytê Piragibe – Donana (Ana Vêneto)
Betty Lago e Marcela Barrozo – Stella Nolasco

Aline Borges – Joana da Costa
André Luiz Miranda – Djalma
André Ramiro – Jeferson Carneiro (Mineral)
Andréa Avancini – Fernanda
Bernardo Velasco – Romeu
Bianca Byington – Ilana Vergueiro
Carla Cabral – Laura Escobar
Carlos Bonow – Marcelo Firenze (Starsky)
Cláudio Gabriel – Júnior
Cláudio Heinrich – Paulo Noronha
Daniel Del Sarto – Adriano D’Ângelo (Anjo)
Daniela Galli – Catarina Ashcar
Denise Del Vecchio – Doutora Das Dores
Eduardo Lago – José Vergueiro
Fabio Villa Verde – Jurandir Carvalho
Felipe Cardoso – Otávio Vêneto
Fernando Pavão – Carlão
Gabriela Moreyra – Antônia
Gero Pestalozzi – Bernard Avelar
Gracindo Jr. – Cebolão
Guilherme Winter – Veludo
Gustavo Machado – Danilo Ashcar
Heitor Martinez – Tadeu Wernek (Van Gogh)
Henrique Guimarães – Juliano Vêneto
Iran Malfitano – Pedro Noronha
Juliana Didone – Leila Vergueiro e Maria Clara Vergueiro
Laíze Câmara – Lili
Livia Rossy – Bruna
Lua Blanco – Silvia de Almeida
Luciana Braga – Rosa
Luis Augusto Formal – Guilherme Escobar
Luiz Felipe Mello – Rodolfo
Marcos Pitombo – Ramiro Rodrigues
Mariah Rocha – Helena
Mário Gomes e Gustavo Leão – Getúlio Amado
Mel Lisboa – Marcinha Figueiredo
Miguel Nader – José Maria (Caravaggio)
Nanda Ziegler – Xuxu
Paloma Duarte – Dorotéia
Pietra Goa – Rafaela
Rafael Sardão – Baldochi
Renato Livera – Reginaldo Soares (Monet)
Ricardo Duque – Laerte
Ricardo Petraglia – Omar
Ricardo Vandré – Horário Carvalho (Vegetal)
Roberta Santiago – Urana Torres
Simone Spoladore – Patrícia Salgado
Sônia Lima – Norma Shirley de Almeida
Tarciana Saad – Teresa
Tatyane Goulart – Lívia Vêneto
Vitor Hugo – Vinícius Vieira (delegado Picasso)

Triângulo amoroso

A família Vêneto começa a se estabelecer no Brasil, a partir da vinda de Michele Vêneto (Henrique Guimarães e Luiz Guilherme), que veio para o Brasil fugindo de problemas com a polícia na Europa. Nessa época, o subúrbio carioca era dominado pelos bicheiros. Apaixonado pelas mulatas cariocas, Michele acabou tornando-se chefe de segurança do bicheiro Cebolão (Gracindo Jr.). Ele herdou o posto com a ajuda de sua esposa Donana (Maytê Piragibe/Jussara Freire), uma mulher que para alcançar suas metas é capaz de passar por cima de tudo.

A relação do casal parece ser a melhor possível, no entanto, começa a mudar quando Donana perde o filho que espera. Para piorar, ela descobre que Michele tem uma amante, Stella (Marcela Barrozo e Betty Lago), que também está grávida dele. O que Michele não faz ideia é de que, na verdade, o bebê será seu segundo filho com a amante. Temendo a violência dos bicheiros, Stella fez de tudo para esconder o filho de dois anos, Otávio (Felipe Cardoso).

Com medo de ver o casamento ruir, Donana esconde do marido que perdeu a criança e ameaça a rival. Ela convence Stella de que a única forma de seu filho sobreviver é de que o bebê seja criado por ela e seu marido. Paralelamente a isso, em 1941, após a morte do bicheiro Cebolão, Michele torna-se o grande nome do Morro do Pinguim. Assustada e temendo a própria vida, Stella entrega o recém-nascido Marco Antônio, juntamente com Otávio, para a rival criar.

Com o objetivo de enganar o marido e Stella, Donana vai para o interior, fingindo que teria o bebê na casa de parentes. Quanto retorna à capital, consegue convencê-la de que Marco Antônio é o filho legítimo dela com Michele e que Otávio era um menino abandonado no morro, que ela resolveu pegar para criar. Para evitar que sua mentira fosse revelada, ela pede a seu irmão Getúlio (Gustavo Leão e Mário Gomes), que dê um fim na vida de Stella.

Os filhos

O segredo de Donana seria mantido até 1977, quando ela e Michele completaram 38 anos de casados. Ao invés de dois, eles passaram a ter quatro filhos: Otávio, que acredita ser adotivo, Marco Antônio, além dos legítimos do casal, Juliano (Henrique Guimarães) e Lívia (Tatyane Goulart). Todos moram na mesma casa, com exceção de Marco Antônio, que fugiu por não concordar com a vida de crimes da família.

Já Otávio faz de tudo para ser o maior aliado do pai no mundo da contravenção. No entanto, vive infeliz ao lado da esposa Catarina (Daniela Galli), sobrinha do grande rival de Michele, o bicheiro Omar Ashcar (Ricardo Petraglia). Na verdade, Otávio está interessado pela nova moradora do morro, Laura (Carla Cabral). Com tantos problemas, Otávio não suporta a pressão e acaba agredindo a esposa Catarina, acirrando ainda mais os ânimos entre os Vêneto e Ashcar.

Duas famílias com problemas

Não são apenas os Vêneto que enfrentam problemas. Na família rival, Danilo Ashcar (Gustavo Machado) precisa arrumar uma solução. A mulher de seu tio Omar, Lili (Laíze Câmara), uma passista que deu o golpe na família, quer tirar tudo que Danilo conquistou durante a vida.

A maior preocupação das duas famílias é o equilíbrio de forças entre elas. No entanto, os Vêneto sofrerão um golpe difícil de ser superado por Michele e Donana. Stella, que para muitos estava morta, reaparece em cena. Ao contrário do passado, agora ela é uma mulher forte, rica e que fará de tudo para recuperar seus filhos de volta.

A volta de Stella

Durante o período em que foi dada como morta, Stella estudou e tornou-se uma modelo bem sucedida. Além disso, ficou viúva de um dono de cartório, que deixou uma herança satisfatória. Stella volta para o Rio com uma meta: fazer com que seus filhos descubram a verdade e construa algum tipo de relação com ela. Porém, para isso precisará enfrentar Donana.

A esposa de Michele tenta matá-la pela segunda vez, mas acaba desistindo do plano e cria uma armadilha para a rival. Ela tenta convencê-la de que Marco Antônio está morto. Quando Stella obriga Donana a apresentá-la para seu filho mais velho, Otávio a rejeita. Arrasada, Stella se desespera e teme nunca conquistar o amor de seus filhos.

A guerra esquenta

A disputa entre as famílias Vêneto e Ashcar nunca foi tão quente como nos anos 70. Se no passado a disputa entre Michele e Omar era silenciosa e velada, os herdeiros Otávio e Danilo não pensam do mesmo jeito, afinal, além do jogo do bicho, o tráfico de drogas também passa a ser alvo de disputa.

Para defenderem seus impérios do pó, os dois rivais passam a manipular políticos, comprar testemunhas e policiais e a defender seus territórios com armamento pesado. No jogo do bicho, Michele era o maior nome do Rio de Janeiro. Já no mundo das drogas, a família Ashcar não quer ficar para trás. Para isso, tenta abocanhar alguns territórios dos rivais.

Enquanto o poder dos Ashcar cresce, Michele foca em apenas um objetivo: ir atrás de Ricardo Rocha, a quem jurou de morte. O inimigo número 1 de Michele o delatou à justiça, fornecendo provas que levou a Promotoria Pública do Rio a abrir um grande processo contra sua família. Fragilizado nos negócios, Michele fica cada vez mais sensível aos ataques da família Ashcar e passa a acreditar que encontrar Ricardo Rocha é a maneira mais eficaz de estancar o problema com a justiça.

No meio do furacão

Em meio aos problemas judiciais da família Vêneto, está Patrícia (Simone Spoladore), uma jovem promotora de justiça, responsável por analisar o caso. Ela também está montando um grande processo contra os Ashcar. A moça divide a dura rotina de trabalho com o dia a dia em casa. Ela é casada com Carlão (Fernando Pavão).

Enquanto Patrícia é respeitada em sua profissão e leva uma vida formal, Carlão é hippie e mantém sozinho uma escola para crianças, onde atua como professor, pedreiro, mecânico e até motorista. Cabeludo e com uma aparência um pouco diferente do normal, o rapaz sofre com o preconceito. Porém, supera as dificuldades e torna-se a figura mais popular das praias de Ipanema e Leblon.

Tarado do Jardim de Infância?

A vida do casal parecia perfeita, até que Carlão é acusado de abusar de um aluno em sua escolinha. A partir de então, sua vida se transforma e ele torna-se um grande vilão, passando a ser conhecido no Rio de Janeiro como o Tarado do Jardim de Infância.

Na verdade, Carlão foi vítima de uma armação, que só foi descoberta pelo casal certo tempo depois. As fotos usadas como prova contra ele foram feitas no dia em que o estabelecimento de ensino foi assaltado. Enquanto ele corria atrás dos criminosos, alguém entrou na escola e forjou as fotos comprometedoras.

Para complicar ainda mais a vida do rapaz, ele guarda um segredo: sua identidade é falsa. Ele mudou de vida para esconder seu passado, inclusive da própria esposa. O que poucos sabem é que, anos atrás, ele se envolveu com Dorotéia Ashcar (Paloma Duarte), irmã de Danilo e a mais fria e calculista da família. Com o tempo, cada vez fica mais claro que a vilã Dorotéia tem ligação com tudo que está ocorrendo na vida de Carlão.

A partir daí, perguntas intrigarão os telespectadores. Será que Dorotéia está se vingando do rapaz por causa de uma paixão não correspondida? Será que os Ashcar o escolheram para prejudicar a esposa dele, Patrícia, que resolveu investigar os negócios ilícitos da família? Ou, quem sabe ainda, ele é Ricardo Rocha, o homem que está sendo caçado por Michele e que sabe todos os podres dos Vêneto?

E o que já está complicado, pode ainda piorar. O responsável por investigar o suposto abuso de crianças é o corrupto detetive Picasso (Vitor Hugo).

Acima da lei

Picasso é líder de uma equipe de detetives conhecida como “Artistas da Polícia”. Com ele, trabalham Van Gogh (Heitor Martinez), Monet (Renato Livera) e Caravaggio (Miguel Nader). Famoso e bastante requisitado pelas emissoras de TV, Picasso leva a fama de melhor policial do Rio de Janeiro. O que ele esconde de todos é que ele transita entre a legalidade e a ilegalidade. Porém, após algumas mancadas, a corregedora Das Dores (Denise Del Vecchio) passa a ficar de olho no trabalho dos rapazes.

A conduta de Picasso na investigação do caso do “Tarado do Jardim de Infância” deixa suspeitas. Afinal, aparece uma estranha ligação entre ele e o perigoso Veludo (Guilherme Winter), um empregado da família Ashcar. Além deles, seus colegas de investigação também possuem posturas impróprias, que irão ser descobertas ao longo da trama.

Já a corregedora Das Dores, além de precisar monitorar as ações dos investigadores da polícia, enfrenta problemas na família. Seus sobrinhos golpistas, Pedro (Iran Malfitano) e Paulo (Cláudio Heinrich), chegam de Minas Gerais para aplicar golpes na Cidade Maravilhosa. Em pouco tempo, a dupla vira dona de um dos locais mais agitados do Rio de Janeiro, a discoteca Stars Like Dust. É lá que as vidas de vários personagens da novela se cruzarão.

O autor

“Pecado Mortal” marca a estreia do experiente novelista Carlos Lombardi na Rede Record. O autor marcou época na Globo na faixa das 19h nos anos 80 e 90. Lombardi é formado em Rádio e TV pela USP. Ingressou na televisão escrevendo, ao lado de Edy Lima e Ney Marcondes, a novela “Como Salvar Meu Casamento” para a TV Tupi em 1979.

Após rápidas passagens pela Band e TV Cultura, estreou na Globo como colaborador de Silvio de Abreu em “Jogo da Vida” no ano de 1981. Posteriormente, colaborou nos textos das novelas “Elas por Elas” e “Guerra dos Sexos”. Sua primeira trama como autor principal foi “Vereda Tropical”. Desde então, emplacou vários sucessos na faixa das 19h, como “Bebê a Bordo”, “Quatro por Quatro” e “Uga Uga”.

Porém, os bons números não se repetiram em suas últimas tramas na faixa. “Kubanacan” e “Pé na Jaca” não fizeram o mesmo sucesso de suas antecessoras e acabaram levando Lombardi a perder espaço na Globo. Nos últimos anos, escreveu apenas alguns capítulos de “Caminho das Índias” e colaborou com o texto do seriado “A Vida Alheia”. Com isso, o novelista cedeu ao convite da Record e assinou com a emissora em setembro de 2012. “Pecado Mortal” será a primeira novela do autor em uma faixa mais nobre da TV.

Anote na agenda

“Pecado Mortal” estreia nesta quarta (25), às 22h30.

 

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Especial “Joia Rara”: Uma pérola que une o Himalaia ao Brasil

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Em um mundo caótico e conturbado, onde compaixão e solidariedade são deixadas de lado, surge um novo ser capaz de ensinar a humanidade a amar.

Sua função é harmonizar forças opostas, transformando guerra em paz. A nova novela das 18h da Globo, “Joia Rara”, mostrará aos telespectadores a importância do amor.

Nos anos 30, no Himalaia, morre um líder espiritual budista. Enquanto isso, no Brasil, nasce um bebê fruto de uma paixão improvável. O que ninguém desconfia é que os dois acontecimentos estão diretamente relacionados. Seria o recém-nascido a reencarnação do mestre?

Ficha técnica

Escrita por Thelma Guedes, Duca Rachid e Thereza Falcão
Colaboração de Manuela Dias, Ângela Carneiro, Newton Cannito, Camila Guedes e Luciane Reis
Direção de Núcleo de Ricardo Waddington
Direção Geral de Amora Mautner
Estreia: 16/09
Horário: 18h20
Antecessora: “Flor do Caribe”, de Walther Negrão

Elenco

Bruno Gagliasso – Franz Hauser
Bianca Bin – Amélia Fonseca
Mel Maia – Pérola

Adélio Lima – Josias
Adriano Alves – Norbu
Adriano Bolshi – Rigpa
Aminha Lima – Zilda
Ana Cecília Costa – Gaia
Ana Lúcia Torre – Frau Gertrude
Ângelo Antônio – Tempa
Anthero Montenegro – Benito
Bia Guedes – Julieta
Cacau Protásio – Lindinha
Caio Blat – Sonan
Carmo Dalla Vecchia – Manfred Ducke
Carolina Dieckmann – Iolanda Lopez
Cláudia Missura – Conceição
Claudia Ohana – Laura Passos
Cristiane Amorim – Zefa
Domingos Montagner – Raimundo Fonseca (Mundo)
Fábio Yoshihara – Jampa
Fabiula Nascimento – Matilde Meyer
Giovanna Ewbank – Cristina
Glicério Rosário – Etelvino
Guta Ruiz – Elisa
Ícaro Silva – Artur
João Fernandes – Peteleco
Jorge Maya – Cícero
José de Abreu – Ernest Hauser
Juliana Lohmann – Belmira
Karine Carvalho – Rosa
Land Vieira – Isaías
Leandro Lima – Davi Monteiro
Leopoldo Pacheco – Valter Passos
Letícia Spiller – Lola Gardel
Luana Martau – Creontina
Luiz Gustavo – Apolônio
Luiza Valdetaro – Hilda Hauser
Marcelo Medici – Joel
Marcos Caruso – Arlindo Pacheco Leão
Marcos Damigo – Dr. Rubens
Maria Gal – Margarida
Mariana Ximenes – Aurora Lincoln
Michel Gomes – Curió
Miguel Rômulo – Décio Passos
Nathalia Dill – Silvia Zampari
Nelson Xavier – Ananda Rinpoche
Nicette Bruno – Santinha
Norma Blum – Mama Francesca
Paula Burlamaqui – Volpina
Pedro Neschling – Arlindinho
Rafael Cardoso – Viktor Hauser
Reginaldo Faria – Venceslau Lopez
Renato Góis – Nuno
Ricardo Pereira – Fabricio
Rosi Campos – Miquelina Pacheco Leão
Sacha Bali – Eurico
Silvia Salgado – Pillar
Simone Gutierrez – Serena Fox
Tania Khalil – Dália
Thiago Lacerda – Toni
Tiago Abravanel – Odilon Mascarenhas
Xande Valois – Tavinho

Avalanche no topo

A trama de “Joia Rara” começa em 1934, na cordilheira do Himalaia, quando o ricaço brasileiro Franz Hauser (Bruno Gagliasso) tenta tornar-se o primeiro homem a alcançar o ponto mais alto do planeta. E o objetivo dele será cumprido. Na companhia dos amigos Manfred (Carmo Dalla Vecchia) e Eurico (Sacha Bali), Franz alcança sua meta. Porém, os três serão surpreendidos por uma terrível avalanche, que fará com o que eles se percam um do outro.

Franz será salvo por monges budistas, que encontram o rapaz e o levam para o mosteiro Padma Ling. Tratado à base de medicina natural, Franz levará alguns dias para recuperar a consciência e conhecer o líder espiritual do mosteiro, Ananda Rinpoche (Nelson Xavier). Apesar de culturas, convicções e características completamente diferentes, os dois criam um vínculo profundo, que será ainda mais ampliado com o passar do tempo.

Já recuperado, chega a hora de Franz voltar ao país natal. Durante a despedida, ele mostra-se triste, por acreditar que nunca mais poderá reencontrar o amigo. Já Ananda profecia ao rapaz: “Se você não voltar aos Himalaias, quem sabe os Himalaias não vão até você?”. Improvável profecia que um dia iria tornar-se realidade.

Retorno ao Brasil

O suíço Ernest Hauser (José de Abreu) é proprietário de uma joalheria e de uma fundição de prata. O empresário é um homem conservador, frio, arrogante e preconceituoso. Nunca escondeu de ninguém que gostaria que o primogênito Franz assumisse os negócios da família. Dono de uma mansão em Copacabana, Ernest é rodeado pelos filhos Hilda (Luiza Valdetaro) e Viktor (Rafael Cardoso). Viúvo, ele ordenou à governanta da casa, Frau Gertrude (Ana Lúcia Torre), organizar tudo com mão de ferro. Além deles, também vive na mansão o filho da governanta, Manfred (Carmo Dalla Vecchia), criado como um agregado da família.

Desde a notícia sobre a avalanche que atingiu seu filho, o empresário vive triste e resignado pela casa. No entanto, a chegada de um telegrama informando que Franz está vivo é um sopro de esperança para Ernest. No porto, pai e filho se reencontram emocionados. A alegria de Franz aumenta quando ele descobre que o amigo Manfred também sobreviveu ao acidente no Himalaia. Porém, nem todos ficarão felizes com o retorno do rapaz.

Vidas opostas

A expressão “Os opostos se atraem” cabe perfeitamente ao principal casal de “Joia Rara”. Franz e Amélia (Bianca Bin) levam vidas completamente diferentes. Ele é um rapaz rico, mimado e materialista. Já ela, uma garota pobre, determinada e imigrante nordestina. A Fundição Hauser, empresa da família, será o local para o primeiro encontro entre o filho do dono e a operária.

Os dois se conhecem por acaso, quando Amélia procura Ernest para reclamar do tratamento dado a um dos funcionários da empresa. Ao ouvir seu nome, Franz se recordará que a jovem era a paixão do amigo Eurico (Sacha Bali), segredo revelado por Eurico quando os dois estavam no Himalaia. Emocionado com a recordação e impressionado com a beleza de Amélia, Franz logo se apaixona por ela. Mas não será fácil para os dois ficarem juntos.

Amélia é irmã de Mundo (Domingos Montagner), o principal rival de Ernest. Ele também trabalha na fundição, é o líder dos operários e o principal crítico dos desmandos do patrão. Para piorar o relacionamento entre as duas famílias, Ernest é apaixonado por Iolanda (Carolina Dieckmann), namorada de Mundo.

Sem medir as consequências, Franz resolve abrir mão da herança para ficar com Amélia. Ele muda-se para o cortiço da amada e casa-se com ela. Da união, nasce a pequena Pérola (Mel Maia). No entanto, a vida do casal vira de cabeça para baixo. Amélia é vítima de armação e é presa. Atrás das grades, ela vê-se obrigada a abandonar o marido e a filha. Pérola acaba sendo criada pela família do pai. O que ninguém sabe é que a menina possui um dom especial. Após dez anos, Amélia ganha a liberdade e a trama de “Joia Rara” muda completamente de rumo.

Inimigos desconhecidos

A família Hauser nem desconfia, mas tem dois grandes inimigos. Um deles vive dentro da própria casa. É o agregado Manfred (Carmo Dalla Vecchia). Filho bastardo de Ernest com Gertrud, o rapaz é tomado de inveja e rancor. Nunca aceitou ser tratado como “filho da empregada”. Sem desconfiar do segredo que seu pai esconde, Franz sempre o tratou como irmão. Mas o que ele não sabe é que Manfred, na verdade, quer tomar sua vida, sua inteligência, sua mulher e seu lugar na fábrica e no coração de Ernest. Para isso, Manfred se sujeita a mentiras para ferir, tramar e roubar.

Durante a ida ao Himalaia, Manfred tramou a morte de Franz. Ele havia sabotado o equipamento do rapaz, para que ele despencasse da montanha. No entanto, seu plano foi frustrado pela avalanche e pelos monges que salvaram a vida do primogênito de Ernest. Com o retorno de Franz para casa, Manfred começou a traçar outro plano para destruir o meio-irmão.

O vilão encontra uma cúmplice. Será Silvia (Nathalia Dill), uma jovem que aparece na joalheira da família em busca de um emprego como designer de joias. Com um bom portfólio, a garota é contratada por Ernest e Franz. Com o tempo, Manfred resolve investigar o passado de Silvia e descobre que a principal meta da garota é se vingar dos Hauser. Seu pai morreu na miséria, após ser preso injustamente por causa de Ernest. A partir da descoberta de Manfred, os dois tornam-se parceiros e armam diferentes trapaças para desestabilizar a família e, principalmente, acabar com o relacionamento de Franz e Amélia.

Enquanto isso na Lapa…

Em um cortiço do boêmio bairro carioca da Lapa, mora a maioria dos operários da fundição. Mesmo sem grana, a alegria toma conta dos moradores do local, através de almoços, comemorações e festas.

Lá residem Amélia e o irmão Mundo, juntamente com o padrinho Apolônio (Luiz Gustavo). Além deles, também moram na Lapa, Iolanda (Carolina Dieckmann) e seu pai Venceslau (Reginaldo Faria), assim como Toni (Thiago Lacerda) e a esposa Gaia (Ana Cecília Costa).

No bairro, ainda há o Cabaré Pacheco Leão, comandado pelo casal Arlindo (Marcos Caruso) e Miquelina (Rosi Campos). O lugar é o principal ponto de encontro para os amantes de música e dança. A principal estrela do estabelecimento é a vedete Lola Gardel (Letícia Spiller). No entanto, ela acaba perdendo espaço para Aurora Lincoln (Mariana Ximenes), que chega de Paris na companhia do parceiro Joel (Marcelo Médici).

As vedetes moram na pensão de Dona Conceição (Cláudia Missura), uma senhora engraçada e bastante mesquinha.

A reencarnação de Ananda

No ano de 1945, o monge Sonan (Caio Blat) consegue realizar sua principal meta. Ir ao Brasil atrás da pessoa na qual acredita que o líder Ananda (Nelson Xavier) reencarnou. Segundo o budismo, um líder tem o poder de escolher onde e em quem pretende reencarnar. Seguindo a própria intuição e as pequenas dicas deixadas por Ananda, Sonan tem a certeza de que a pessoa escolhida foi uma criança residente no Rio de Janeiro.

Na companhia dos monges Tempa (Ângelo Antônio) e Jampa (Fabio Yoshihara), Sonan desembarca no Rio. Na cidade maravilhosa, o trio quase morre afogado em Copacabana, são assaltados, confundidos com pedintes e até presos. Posteriormente, os monges acabam sendo acolhidos na pensão de Dona Conceição e pelos moradores do cortiço da Lapa. Após uma procura incessante, Sonan, Tempa e Jampa descobrem que Pérola (Mel Maia) é a reencarnação de Ananda. Alguns sinais levaram o trio a ter essa certeza, como o fato de a menina reconhecer todos os objetos pessoais do líder e fazer vários desenhos do mosteiro em que ele viveu. Além disso, a garota nasceu no mesmo ano em que o líder Ananda faleceu.

Separados, Franz e Amélia reagem de maneira diferente à notícia revelada pelos monges. Franz, mesmo com a enorme consideração pelos monges, continua cético em relação à reencarnação. Já Amélia fica em dúvida no início, mas acaba acreditando na versão, devido às várias evidências. A pequena Pérola é a mais animada com a descoberta. Ela quer conhecer o Mosteiro de Padma Ling e começar seus estudos para tornar-se líder budista. Além disso, a garota acredita que a cordilheira do Himalaia é o local perfeito para que seus pais reatem o casamento.

As autoras

Thelma Guedes e Duca Rachid partem para a quarta novela da parceria. A primeira foi a adaptação de “O Profeta”, de Ivani Ribeiro, exibida em 2006 e reapresentada recentemente no “Vale a Pena Ver de Novo”. Além dessa, elas escreveram “Cama de Gato” e “Cordel Encantado”.

Thelma ingressou na Oficina de Roteiristas da TV Globo em 1997. Desde então, passou a escrever para vários programas, como “Angel Mix” e “Sítio do Picapau Amarelo”. Ingressou em novelas como colaboradora de Walcyr Carrasco em “Esperança” – Walcyr, que assumiu a história de Benedito Ruy Barbosa. Posteriormente, colaborou em outras novelas, como “Chocolate com Pimenta”, “Alma Gêmea” e “Vida Madalena”.

Já Duca é formada em jornalismo e estreou como roteirista em um programa infantil em Portugal. No Brasil, foi colaboradora de Walter Dürst nas novelas “Tocaia Grande” e “Os Ossos do Barão”. Na Globo, apoiou Walcyr Carrasco no texto das novelas “O Cravo e a Rosa” e “A Padroeira”.

Anote na agenda

“Joia Rara” estreia nesta segunda (16), às 18h20, na TV Globo.

 

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