Ao contrário do que andaram espalhando nos bastidores, Aguinaldo Silva continua de férias na Globo e à espera do Emmy.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
Ao contrário do que andaram espalhando nos bastidores, Aguinaldo Silva continua de férias na Globo e à espera do Emmy.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
Existe uma semelhança entre a vencedora do Emmy de 2013 na categoria melhor novela, Lado a Lado, e Joia Rara, produção que levou a estatueta ontem (24), na 42ª edição do prêmio, um dos mais importantes no mercado televisivo mundial. Além de os dois folhetins terem sido exibidos às 18h na mesma emissora, a Globo, tanto Lado a Lado quanto Joia Rara sofreram com a indiferença do público e os relativamente baixos índices de audiência, na casa dos 18 pontos na Grande São Paulo.
As duas novelas enfrentaram, ainda, o horário de verão, período em que os televisores, habitualmente, tornam-se segunda opção de lazer, principalmente na faixa em que foram exibidas. Nada disso, porém, comprometeu o trabalho final e as impediu da conquista do Emmy.
De Thelma Guedes e Duca Rachid, Joia Rara certamente não foi a melhor novela da dupla, posto este ocupado por Cordel Encantado (2011), que levou a fábula dos contos de fadas para o folhetim televisivo, misturando, ainda, com elementos nordestinos. Nem de longe, Joia Rara teve o frescor de novidade de Cordel, mas teve, sim, um acabamento estético maior e melhor, fruto do amadurecimento da direção de Amora Mautner, responsável pelos dois produtos. É preciso registrar que a fotografia soturna às seis da tarde causou estranhamento no início, mas tal problema foi suavizado ao longo da novela.
A própria Duca Rachid afirmou, na entrega do Emmy, que talvez Joia Rara tenha sido o trabalho mais difícil que realizou. Nem tanto pela reconstrução da época, mas mais pela pressão diária à qual a novela foi submetida. Joia Rara sofreu, também, de dois males: um didatismo exagerado na explicação da filosofia budista, na tentativa de se comunicar com todos os públicos, e uma barriga enorme no quarto final da trama, quando o vilão Manfred (Carmo Dalla Vecchia) parecia fazer um jogo de gato e rato com o mocinho Franz (Bruno Gagliasso), e a história não seguia adiante.
Obviamente, Joia Rara teve pontos positivos, principalmente por conta de sua ambientação nos anos 1940, o que permitiu às autoras explorarem um rico período histórico e cultural do Brasil, como a eclosão dos movimentos sindicais e o início do teatro de revista _tudo, claro, inserido em um contexto diretamente ligado à trajetória dos personagens.
O núcleo do cabaré foi um dos atrativos da história e atrizes “coadjuvantes” tiveram status de protagonistas, como foi o caso de Mariana Ximenes (Aurora) e Letícia Spiller (Lola). Aqui, mais uma vez, o rigor da produção falou mais alto: cenários luxuosos e figurinos que despertaram a cobiça das telespectadoras, fato raro para uma trama de época.
O Emmy é a consagração da novela depois das turbulências de quando foi apresentada e também da Globo como produtora de ficção televisiva no Brasil. É importante salientar, porém, que os concorrentes ao prêmio são inscritos pelas próprias emissoras e a Globo é uma das patrocinadoras do evento. De um modo geral, o Emmy vale mais para a produção impecável de Joia Rara do que pela história em si.
“Joia Rara”, da Globo, no Emmy, terá como concorrente de melhor novela “Belmonte”…
… Produção da televisão portuguesa, com a direção do nosso Attílio Riccó e participação de Graziela Schmitt…
… Aliás, Attílio que está no Brasil em conversas bem avançadas para voltar a trabalhar por aqui.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
Divulgação
Novela produzida pelas produtoras independentes Panorâmica, Chatrone e RioFilme, e exibida pelo canal infantil Gloob, “Gaby Estrella” foi indicada para Emmy Kids.
A premiação é equivalente ao Emmy, o Oscar da Televisão, e premia as melhores atrações infantis de todo mundo.
“Gaby” foi indicada na categoria “melhor série infantil”, e concorrerá com produções australianas e espanholas. O vencedor será conhecido em uma cerimônia no dia 20 de fevereiro de 2015, em Nova York.
No ano passado, “Pedro e Bianca”, uma coprodução entre a Coração da Selva e a Fundação Padre Anchieta, exibida pela TV Cultura, ganhou o prêmio, que foi bastante celebrado pelo seu produtor executivo, Cao Hamburguer, o criador de “Castelo Rá-Tim-Bum”.
As produtoras associadas de “Gaby Estrella” já confirmaram presença em Nova York.
A novela, atualmente, está em sua segunda temporada, e tem boa repercussão nas redes sociais, onde sua protagonista tem mais de 100 mil seguidores no Twitter.
Atualmente, o Gloob está entre os 40 canais mais vistos da TV paga brasileira.
Outros títulos também do catálogo da Globo chamaram atenção na mesma feira, como a ganhadora do Emmy, “Lado a Lado”, “Flor do Caribe”, “Serra Pelada” e os filmes “Até que a Sorte nos Separe” 1 e 2.
Programadores de diversos países já apresentaram interesse no licenciamento desses produtos.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
Considerado o Oscar da televisão mundial, o Emmy divulgou a lista dos indicados no prêmio Emmy Internacional, que é dado para emissoras de todo o mundo.
Entre os indicados brasileiros está, como já era esperado, a novela “Avenida Brasil”, fenômeno no país e a trama mais exportada para o mercado exterior no último ano.
A história de João Emanuel Carneiro foi indicada na categoria de melhor novela e irá disputar com outro folhetim brasileiro, “Lado a Lado”, de Claudia Lage e João Ximenes Braga. A Globo já venceu essa categoria em 2012, com “O Astro”, e em 2010, com “Caminho das Índias”.
Além desses, a Globo está representada no prêmio com “Como Aproveitar o Fim do Mundo”, de Alexandre Machado e Fernanda Young, como melhor comédia; “O Brado Retumbante”, seriado protagonizado por Domingos Montagner, como melhor drama; e com a atriz Fernanda Montenegro, pelo telefilme “Doce de Mãe”, como melhor atriz.
Quem também concorre ao “Emmy Internacional” é o ator Marcos Palmeira, na categoria melhor ator, mas não por um trabalho global, e sim por protagonizar a série “Mandrake”, da HBO.
Os vencedores do Emmy sairão no próximo dia 25 de outubro.
A Discovery recebeu oito indicações ao prêmio Emmy com produções de seus diferentes canais…
… Exibida no Brasil, a série “Pesca Mortal” lidera o quadro e concorre em oito categorias…
… Os vencedores serão anunciados no dia 22 de setembro, durante cerimônia em Los Angeles.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
A premiação do Emmy teve um peso bem importante na Globo.
O seriado “A Mulher Invisível”, por exemplo, hoje é um dos mais procurados por emissoras da América Latina.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery
“Dessa vez eu acreditei em mim, mas não acreditaram. Ou seja, não fui convidada para ir. E olha que eu pedi”, afirmou.
Em seu Twitter oficial Luana Piovani ficou revoltada por não ter sido convidada para participar do Emmy Internacional.
Protagonista da série “Mulher Invisível”, que venceu na última segunda-feira (19) o prêmio na categoria melhor programa de comédia, Luana se queixou, nesta terça-feira (20) na rede social: “eu ganhei dois prêmios importantes nessa minha vida. Um da Academia Brasileira de Cinema que, por não acreditar em mim, não fui à cerimônia. Ganhei. O outro foi esse Emmy”.
Ainda no desabafo ela afirmou que ’não acreditaram nela’: “Dessa vez eu acreditei em mim, mas não acreditaram. Ou seja, não fui convidada para ir. E olha que eu pedi, disse que tinha casa, vestido e inglês, que iria arrasar no ’red carpet’. Babau. Ninguém me convidou. Ganhamos… é isso! Parabéns a todos do meu amado (seriado) Mulher Invisível”.
Luana Piovani não escondeu sua mágoa: “Orgulhosa e saudosa da Amanda. Magoei que não me levaram. Eu pedi… bom, vou fazer minha colorida novela que ganho mais. Deixa estar.”
Atualmente a atriz interpreta a Vânia na novela das sete, “Guerra dos Sexos”.