Rede Globo reduz “Em Família” e “O Rebu” para vender novelas no exterior

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Uma das maiores exportadoras de novelas do mundo, a Globo promoveu algumas edições de seus produtos para o exterior.

Segundo informações da coluna Outro Canal, a novela “Em Família”, de Manoel Carlos, foi enxugada e está sendo oferecida para o mercado externo com apenas 75 capítulos, quase a metade dos 143 originais.

Por lá, a trama ganhou o nome de “Helena’s Shadow” (A Sombra de Helena).

Já “O Rebu”, novela das 23h exibida no ano passado com 36 capítulos pela Globo, ficou com apenas 10 capítulos e está sendo oferecida como minissérie.

Por outro lado, outras produções tiveram menos cortes, como “Império” e “Geração Brasil”.

 

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“Em Família” se encerra com audiência mediana em Portugal

"Em Família" se encerra com audiência mediana em Portugal

Divulgação/TV Globo

O último capítulo de “Em Família”, que foi ao ar na noite desta sexta-feira (21) em Portugal, registrou índices de audiência medianos à SIC.
A novela de Manoel Carlos, exibida entre 18h46 e 19h32, alcançou média de 8 pontos e foi vista por cerca de 760 mil telespectadores. O índice é 1 ponto inferior ao obtido pelo desfecho da antecessora “Sangue Bom”, que teve 9 pontos no dia 2 de maio deste ano.
Assim como no Brasil, “Em Família” não empolgou no Ibope em Portugal. Seus índices de audiência foram muito baixos, embora tenham crescido no decorrer da história. Por lá, a trama chegou a ter menos de 5 pontos de média – desempenho considerado muito abaixo do esperado para o horário, que costumava ter 7 pontos com outras produções brasileiras.
A partir desta segunda (24), o horário será assumido por “Alto Astral”.
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Flávio Ricco comenta o caso do elenco sub-aproveitado de Em Família

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Pode parecer…

Algo meio maluco o pedido de convocar somente aqueles que serão utilizados, mas na Globo nem sempre é o que acontece. Muito ao contrário.
Na recente “Em Família”, apenas como exemplo, existiram casos de pessoas que foram escalados, com contrato correndo, mas que nunca apareceram em nenhuma cena.
No caso em questão…
Alguns atores receberam direitinho os seus salários, em valores e no dia combinados… para ficar em casa.
Não passaram da condição de privilegiados telespectadores. Os seus “personagens” nunca foram chamados. Não entraram em cena nenhuma. Aí, vamos combinar, fica esquisito.
Olha os nomes
Em se tratando de “Em Família”, que não teve um dos elencos mais numerosos das novelas da Globo, pelo menos quatro atores ficaram nessa situação.
Foram eles, Patrícia Naves, Rafael Tombini, Wilson Rabelo e Cláudia Assunção.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Flávio Ricco divulga a audiência da novela Em Família do primeiro ao último episódio

No ibope consolidado, o último capítulo de “Em Família” deu 37 pontos de média e 62% de share em São Paulo, recorde da trama.
Já a média de toda a novela, em São Paulo, foi de 30 pontos, com 50% de share e, no Rio, 32 com 55%.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Raio-X de “Em Família”: os motivos para o fracasso

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Última novela de Manoel Carlos não deixará saudades – Fotos: Divulgação/TV Globo

Em Família” chega ao fim com a audiência mais baixa da história no horário das 21h da Globo: 29 pontos de média geral e 35 no último capítulo, segundo dados prévios do Ibope na Grande SP.

E não foi à toa .

O autor Manoel Carlos, que é conhecido por sempre inserir bons diálogos, conflitos e Bossa Nova nas suas tramas sem a presença de um didatismo pueril ou pieguice, sempre construiu personagens humanos, e acabou se despedindo das telenovelas com um produto que não vai deixar saudades.

Quem se acostumou com histórias de ritmos alucinantes, personagens caricatos e características extremistas dos personagens, certamente é um pouco avesso às obras de Manoel Carlos, que é caracterizado por escrevê-los de uma maneira que ninguém seja mau ou bom na sua plenitude. Aliás, a falta de vilões (ou a de heróis) sempre foi alvo de reclamações de grande parte dos fãs de telenovelas e é uma das razões para se explicar o fracasso colossal que “Em Família” se tornou.

Maneco tinha uma boa sinopse na mão. Uma história atraente, que poderia seduzir o telespectador. Na espinha dorsal, um amor eterno entre primos que não se cumpre graças ao ciúme doentio de Laerte (Guilherme Leicam), que, numa briga com Virgílio (Nando Rodrigues) e num ato de fúria e impensado, acaba por enterrá-lo vivo, o que comprometeu seu casamento com Helena (Bruna Marquezine) e saiu diretamente do altar para a cadeia, acusado de tentativa de homicídio.

Helena (Júlia Lemmertz) e Virgílio (Humberto Martins), então, se casaram. 20 anos depois, Luiza (Bruna Marquezine), filha do casal, se apaixonaria pelo homem da vida de sua mãe, que desgraçou sua família naquela época.

Esse é um ponto de partida bastante interessante, e parte do pressuposto de que o autor conseguiria, com toda sua experiência, conduzir a trama da melhor maneira possível. Coisa que não aconteceu. Mas, vamos por partes.

A começar pela escalação dos atores na terceira e última fase de “Em Família”, que foram inverossímeis. Não é nada crível escalarem Natália do Vale como mãe de Júlia Lemmertz tendo apenas 10 anos de diferença (61 e 51 anos, respectivamente). Enquanto isso, Humberto Martins, esposa de Júlia na trama, tem 53 e Gabriel Braga Nunes, o escolhido para dar continuidade à Laerte, com apenas 42. Idades contrastantes. Incrédulo.

Como Laerte envelheceu tão menos que Virgílio e Helena? A explicação mais plausível seria de que seu personagem envelheceu menos que os outros dois, porque ele supostamente sofreu menos. Ainda assim, não explica tamanho contraste.

Com o desenrolar da novela, a paixão de Luiza e Laerte foi ganhando corpo até chegar ao ponto que não puderam mais esconder o que estava acontecendo. E é aí que o folhetim se perdeu completamente, num show beirando o insuportável com diálogos repetitivos à exaustão protagonizados por Luiza, Virgílio, Helena e Laerte. Os conflitos eram os mesmos, as falas, reclamações, frases feitas… Isso é compreensível numa telenovela com 8 ou 9 meses de exibição (quando ganha aquilo que chamamos de ‘barriga’), mas numa obra com apenas 5 meses e tendo Manoel Carlos como escritor, sinceramente, é algo inaceitável.

Maneco deu uma entrevista recentemente ao jornal O Dia e se demonstrou desinformado sobre algumas questões como: a audiência que “Em Família” pe

lara tinha um marido com uma doença no coração e um filho. Formavam aquelas famílias de comercial de margarina, até que chegou Marina e bagunçou tudo. Muitos pegaram birra e a viam como uma destruidora de lares. Mesmo diante dos comentários negativos, Manoel Carlos fechou os olhos e as duas terminaram juntas.

O ex-marido de Clara, no entanto, se deu bem, aceitando demoradamente (mas aceitando) a condição dela e ficando com Verônica (Helena Ranaldi).

Ausência de humor

Toda boa novela é farta de um núcleo cômico eficiente. “Em Família” teve na Casa de Repouso, entre os moradores da melhor idade uma boa válvula de escape, mas o autor não soube aproveitar e fizeram apenas figuração, com passagens não muito empolgantes. Hora ou outra alguma coisinha, mas nada realmente que possa ser destacado por aquelas bandas.

Shirley (Viviane Pasmanter) era vista também com grande potencial para dar um toque de humor à trama com seu estilo debochado e perverso. Não aconteceu.

Vilões em potencial

Shirley, além de postulante ao núcleo cômico, também era cotada para começar a aprontar todas, o que também não aconteceu. Ficou naquele vai não vai, e acabou não fazendo nada pelo seu grande amor, ao não ser proferir meia dúzia de frases de efeito que nada resultavam.

Branca (Ângela Vieira) talvez tenha sido quem mais se aproximou do título de vilão. Aprontou algumas para seu ex-marido Ricardo (Herson Capri). Quando as coisas estavam começando a ficar empolgantes, ela recuou e desistiu, desapontando todos aqueles que curtem um bom vilão.

Banalização

Confesso que uma história paralela me chamou bastante atenção: a forma com que Alice (Érika Januza) entrou na polícia. Tudo sem a menor burocracia e de forma rápida. Num curto espaço de tempo, já estava tendo experiências em operações policiais de alto risco. O que dizer?

Buraco

O folhetim teve um buraco um tanto quanto curioso. Antes da Copa do Mundo começar, os alunos do Galpão Cultural discutiam sobre a possibilidade de Laerte colocar telões para assistirem aos jogos por lá. Capítulos depois passaram-se meses, Juliana (Vanessa Gerbelli) ficou com barriga e a Copa do Mundo ainda não havia terminado na novela.

O que deu certo?

Dá para se destacar o bom núcleo de Juliana e seus “dois maridos”, Nando (Leonardo Medeiros) e Jairo (Marcelo Mello Jr.). A luta de Juliana para ter a guarda de Bia (Bruna Faria) foi envolvente e roubou a cena. A personagem assumiu o papel de protagonista e foi, sem dúvida, o ponto alto da trama.


Núcleo foi o ponto alto da trama

Falando da menina Bia, não entendi até agora como ela passou nos testes da Globo. Por vezes tive a impressão que ela era muda, tamanha sua apatia. Teve poucas palavras e expressões na novela. Provavelmente uma boneca poderia representar a sua personagem sem problema algum.

Em contrapartida, diante de uma atriz mirim inexpressiva, tivemos como oposto o promissor Vitor Figueiredo, intérprete de Ivan. O garoto tem jeito pra coisa. Extrovertido, desinibido e cativante. Fez as cenas dramáticas no tom certo com alto teor de veracidade.

Alcoolismo

Manoel Carlos sempre coloca em suas tramas problemas da sociedade. Mas, de uma forma inédita (quanta criatividade), ele trouxe o alcoolismo para mais uma de suas obras. Assunto tratado em seus últimos folhetins: “Viver a Vida” (2009), “Páginas da Vida” (2006) e “Mulheres Apaixonadas” (2003).

 

A história de Felipe (Thiago Mendonça) não se desenvolveu e não saiu como o esperado. A quantidade de histórias paralelas fez Maneco se perder nas páginas do roteiro e o alcoolismo ficou sem norte e não rendeu o que se esperava.

Sem classificação

Fico na dúvida se considero o problema de Selma (Ana Beatriz Nogueira), mãe de Laerte, como um drama ou comédia. Com surtos de cleptomaníaca, um possível princípio de Mal de Alzheimer, e falando com gente que já morreu (Itamar, seu falecido marido), não há como diagnosticá-la. Teve bons momentos, mas é mais um dos assuntos que o autor não soube tratar.

Aliás, Ana Beatriz Nogueira tem 46 anos, mais velha que a ex-mulher de seu filho, Helena Ranaldi, com 48. Mas é claro, não temos que nos apegar à idade, já disse Manoel Carlos. Mas fica registrado a título de curiosidade.

Assassinato de Laerte: surpresa e surrealismo 

 

Agora chegou a vez de falar da grande “surpresa” do desfecho de “Em Família”.

O grande “choque” veio com a notícia de que Lívia (Louise D’Tuani) mataria Laerte. Não há alguma explicação verdadeiramente convincente que me faça acreditar neste roteiro. Barbárie.

Lívia beijou Laerte duas vezes, e embora sempre tenha dito o quanto era difícil ficar ao lado do flautista por ser uma paixão não correspondida, nada justifica o devaneio do autor em colocá-la como assassina. Quase todos os outros personagens da novela teriam mais motivos pra matá-lo.

Sem saber o que fazer com a história em mãos, Manoel Carlos optou por um desfecho pouco provável fugindo do entendimento de quem assistiu à novela. Se essa foi sua intenção, deixar o telespectador confuso ou irritado… Conseguiu.

Falta de criatividade

Em suas novelas, Manoel Carlos geralmente opta por fins óbvios com seus personagens, e “Em Família” não fugiu à regra. A maestria que tem normalmente para desenvolver histórias, o mesmo não se pode dizer na hora de terminá-las. É todo mundo casando e tendo filhos felizes para sempre… Poucas surpresas.

Apesar dos pesares, de um folhetim repleto de falhas na sua condução e por muitas vezes repetitivo, nada vai apagar a história de Manoel Carlos na televisão, que foi dono de tramas memoráveis e inesquecíveis.

Contatos do colunista: thiagoforato@natelinha.com.br – Twitter: @Forato_

 

“Em Família”: Verônica e Silvia ficam grávidas; Cadu e Felipe comemoram

Divulgação/ TV Globo

Final feliz para Silvia (Bianca Rinaldi) e Verônica (Helena Ranaldi) na novela “Em Família“.

No último capítulo que vai ao ar na próxima sexta-feira (18), elas vão descobrir que estão grávidas. A ex de Laerte começa a sentir fortes enjoos e resolve fazer o teste de gravidez.

Com o resultado positivo, ela revela para Cadu (Reynaldo Gianecchini). O chef comemora a notícia. Ele fica superfeliz.

Já Silvia acorda enjoada também. Ela conclui sua suspeita e ao contar para Felipe (Thiago Mendonça), o médico comemora e abre o maior sorrisão ao receber a notícia.

“Em Família” vai ao ar logo após o “Jornal Nacional”.

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Elenco de Em Família fará festa em churrascaria carioca na sexta-feira

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No dia seguinte, 18, haverá uma outra reunião, na churrascaria Pampa Grill, Rio, para comemorar o fim dos trabalhos.

Para os que estão diretamente envolvidos na história, esses dois eventos têm um significado especial, porque “Em Família” marca a despedida de Manoel Carlos como autor de novelas.

Depois dessa, ele irá se dedicar apenas a empreitadas de tiro curto, como minisséries, por exemplo.

Elenco de Em Família fará festa na quinta-feira

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De qualquer forma, já está marcado um encontro de todo o pessoal de “Em Família” – autor, elenco, produtores, diretores… – com o alto comando da Globo.

Será na quinta, 17, no Projac, véspera da exibição do último capítulo.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Gravações de Em Família vão terminar na sexta-feira

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As gravações de “Em Família” só serão concluídas na sexta-feira, dia de exibição do seu último capítulo.

Pelo menos essa é a informação passada aos atores do seu elenco. A ordem é ficar à disposição da novela. Não arrumar nenhum outro compromisso para aquele dia.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery