Governo Michel Temer faz projeções econômicas para o Brasil até 2020

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A projeção de crescimento abaixo foi divulgada por Temer, em sua conta no Twitter.

Nesse ritmo, em 2020, o PIB brasileiro terá acumulado uma alta suficiente para nos recolocar no patamar de 2014 – que, diga-se de passagem, foi um ano bem ruinzinho.

O ANTAGONISTA

Na dúvida , garantir o lucro

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A Bolsa caiu 3% hoje, pressionada pela desconfiança dos investidores com o exterior. A principal dúvida é sobre a capacidade dos bancos centrais dos países desenvolvidos de sustentarem, por mais tempo, políticas expansionistas (juros baixos e incentivo ao crédito).

Essa incerteza externa se somou à queda das commodities, que empurraram para baixo a cotação de empresas como a Petrobras.

Por último, com a Bolsa brasileira acumulando 35% de valorização até ontem, muitos investidores acharam que era melhor vender parte dos papeis e garantir algum lucro, antes que alguma má notícia chegue lá de fora.

 

O ANTAGONISTA

Dólar fecha quase estável ante real após Fed indicar possível alta de juros neste ano

Notícia Publicada em 27/07/2016 17:11

Moeda norte-americana subiu apenas 0,02% em relação ao real

Mesmice: dólar estável é sinal de que Fed não surpreendeu investidores  (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Mesmice: dólar estável é sinal de que Fed não surpreendeu investidores
(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

SÃO PAULO – O dólar fechou perto da estabilidade em relação ao real nesta quarta-feira, após o comunicado do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, apenas confirmar as expectativas do mercado de uma possível alta de juros ainda neste ano.

O dólar teve variação positiva de 0,02 por cento, a 3,2710 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a 3,2968 reais na máxima da sessão imediatamente após a divulgação do comunicado do Fed e recuou a 3,2606 reais na mínima durante a tarde.

(Por Bruno Federowski)

O Financista

Para economistas, governo tem de parar de gastar com benesses

Notícia Publicada em 26/07/2016 09:37

Expectativa é que o governo seja mais duro na contenção de gastos e na busca de alternativas para elevar as receitas

Economistas esperam do governo em exercício mais rigor na implementação e na cobrança do ajuste fiscal (Pixabay)
Economistas esperam do governo em exercício mais rigor na implementação e na cobrança do ajuste fiscal (Pixabay)

SÃO PAULO – Diante de indicadores que reforçam a persistente queda na arrecadação e o crônico aumento da dívida pública, os economistas esperam do governo em exercício mais rigor na implementação e na cobrança do ajuste fiscal. Em outras palavras: que seja mais duro na contenção de gastos e na busca de alternativas para elevar as receitas.

Na avaliação do economista Affonso Celso Pastore, da A. C. Pastore e Associados, não basta ter uma equipe econômica competente e um diagnóstico correto sobre para onde ir – e tudo isso, ele ressalta, o governo em exercício tem. “É preciso ser capaz de seguir politicamente adiante na adoção de medidas enérgicas e o problema é que temos vistos sinais que não são nada favoráveis – alguns eu posso entender, outros não”, diz.

Pastore lembra que o governo deu aos Estados uma carência maior na renegociação de suas dívidas, movimento que ele considera “uma ação política inteligente”, na medida em que, ao dar mais carência aos Estados, a União pode cobrar que eles fiquem engajados no corte de gastos.

Já os aumentos para servidores, por sua vez, são incompreensíveis para Pastore: “Eu não consigo entender, não é explicável, por nenhum aspecto, a não ser que haja uma lógica que seja muito superior à minha capacidade de entendimento”.

Pastore afirma que apesar de os analistas de mercado financeiro terem ressaltado nas últimas semanas que o Brasil pode atrair uma nova leva de investimentos, não há nada no curto e médio prazo que referende a retomada do crescimento, pelo contrário: o desemprego ainda pode subir, a renda vai cair mais, o consumo não se recuperou, os bancos continuam pisando no freio e não liberam crédito. “A recessão está no fim, mas não há um indicador mostrando que a retomada do crescimento será rápida, pelo contrário, tende a ser lenta”, diz.

Receitas

O economista Felipe Salto reforça a necessidade de estancar gastos. “O governo precisa parar de gastar com as benesses e agilizar a adoção de medidas que possam melhorar as receitas”, diz Salto.

Entre as alternativas que ele defende estão a securitização das dívidas da União, que, nos seus cálculos, pode arrecadar cerca de R$ 55 bilhões, bem como a revisão de contratos de prestação de serviços do governo federal. Segundo Salto, numa avaliação dos preços nos últimos 10 anos, o valor de contratos firmados com o setor público ficou cerca de 40% acima do de contratos similares assinados entre partes exclusivamente privadas. “Da trabalho rever, mas fizemos a conta e dessa revisão pode sair de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões”, diz ele.

Salto também diz que é preciso encarar os fatos em relação à questão tributária: “É demagogia dizer que não vai elevar impostos: o ajuste também precisa ser feito pelo lado da receita e elevar impostos faz parte no atual cenário, caso contrário, não vamos conseguir deter a trajetória de alta da dívida tão cedo”.

(Por Alexa Salomão)

O Financista

Com aumento de impostos, governo prevê receitas adicionais de R$ 8 bi em 2017

Notícia Publicada em 14/07/2016 11:23

Montante virá de “medidas de receita” ainda a serem definidas no projeto de lei orçamentária

Ministério do Planejamento prevê aumento de R$ 8 bilhões na receita de 2017 com "alteração de alíquotas" (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)
Ministério do Planejamento prevê aumento de R$ 8 bilhões na receita de 2017 com “alteração de alíquotas”
(Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)

BRASÍLIA – O governo trabalha com o cenário de aumento e/ou criação de novos impostos em 2017 para gerar receitas adicionais de 8 bilhões de reais, em mais um esforço para tentar melhorar as contas públicas do pais.

Em ofício à Comissão Mista de Orçamento (CMO), o Ministério do Planejamento informou que esses recursos extras virão com “alteração de alíquotas, ampliação da base de cálculo ou majoração ou criação de tributo ou contribuição”. A CMO vota nesta quinta-feira a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, que contém a projeção de déficit primário de 139 bilhões de reais para o governo central.

O montante de 8 bilhões de reais, segundo o documento, virá de “medidas de receita” somando 9,47 bilhões de reais, que ainda serão definidas no âmbito do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA).

Também entram na conta o aumento do IPI-Fumo, com receitas de 492,4 milhões de reais e a elevação de IPI sobre outros itens –como sorvetes e chocolates–, com mais 132,9 milhões de reais. O cálculo subtrai, por outro lado, 2,082 bilhões de reais nas receitas com o Regime Geral de Previdência Social, em função de desonerações previstas em lei.

O governo do presidente interino Michel Temer vinha relutando em falar abertamente de aumento de impostos em meio à indefinição sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que deverá ter desfecho em agosto.

No início do mês, o Executivo indicou a necessidade de receitas extras de 55,4 bilhões de reais para conseguir limitar o rombo primário do governo central a 139 bilhões de reais em 2017.

Para tanto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descartou “aumentos pontuais de impostos”, mas disse que as medidas seriam decididas até o final de agosto, quando da elaboração da LOA do próximo ano.

No documento enviado à CMO, o Planejamento estimou ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2 por cento no ano que vem proporcionará aumento de receita de 19,8 bilhões de reais.

(Por Marcela Ayres)

O Financista.

Ação da Gol dispara 20% após Comissão do Senado aprovar limite para ICMS sobre combustível

Notícia Publicada em 12/07/2016 14:12

Projeto só precisa da aprovação do plenário agora para ser promulgado

Empuxo máximo: decisão do Senado pode aliviar as contas da Gol, e o mercado gosta (Reuters/Pilar Olivares)
Empuxo máximo: decisão do Senado pode aliviar as contas da Gol, e o mercado gosta
(Reuters/Pilar Olivares)

SÃO PAULO – As ações da companhia aérea Gol disparavam 20 por cento na tarde desta terça-feira após uma comissão no Senado aprovar regra que pode impor um teto para o ICMS que incide sobre combustível para aviação.

Às 13h51, as ações da companhia aérea subiam 19,8 por cento, a 4,16 reais, com forte volume de negócios. O Ibovespa enquanto isso subia 1,24 por cento.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou por 10 votos a 8 o projeto de resolução que limita em 12 por cento a alíquota do ICMS sobre combustível de aviação.

Por ser uma resolução do Senado, o projeto só precisa agora da aprovação do plenário da Casa para ser promulgado. Ou seja, não precisa passar pela Câmara, segundo explicou o relator da proposta, senador Jorge Viana (PT-AC).

Se confirmado, o teto na prática resultaria na redução de alíquotas em Estados como São Paulo, que cobram 25 por cento de ICMS no querosene de aviação.

No primeiro trimestre, a Gol teve despesa de 756,9 milhões de reais com combustível de aviação, de um total de custos e despesas operacionais de 2,27 bilhões de reais. O montante gasto em combustível foi cerca de 4 por cento abaixo do gasto de um ano antes, em meio à redução da oferta pela companhia aérea.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

 

O FINANCISTA

Projeções para inflação têm leve queda; estimativas do dólar recuam mais

Notícia Publicada em 11/07/2016 09:18

Quanto ao PIB, economistas esperam uma contração de 3,30% neste ano

Top 5 -- grupo que mais acerta as projeções no Focus - vê a taxa básica de juros a níveis mais altos (Reuters/Ueslei Marcelino)
Top 5 — grupo que mais acerta as projeções no Focus – vê a taxa básica de juros a níveis mais altos
(Reuters/Ueslei Marcelino)

SÃO PAULO – As projeções para a alta dos preços em 2016 e 2017 pouco se alteraram mesmo após novo alívio na inflação corrente e de novas reduções na perspectiva para o dólar, enquanto o cenário para a política monetária permaneceu inalterado no final de cada ano.

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que a projeção para a alta do IPCA neste ano agora é de 7,26 por cento, 0,01 ponto percentual a menos do que na semana anterior.

Essa é a segunda semana seguida de queda na estimativa, após seis altas seguidas, mas permanece acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais.

Em junho, o IPCA desacelerou a alta a 0,35 por cento e voltou abaixo do patamar de 9 por cento em 12 meses pela primeira vez em um ano.

Em 2017, os especialistas consultados veem o IPCA subindo 5,40 por cento, contra 5,43 por cento no levantamento anterior, dentro da meta para 2017, que é de 4,5 por cento com tolerância de 1,5 ponto.

O Banco Central vem adotando uma postura dura sobre o compromisso de levar a inflação para o centro da meta, e tem reafirmando que não há condições ainda de reduzir a taxa básica de juros.

Para o dólar, o levantamento mostrou redução nas estimativas para 3,40 em 2016 e 3,55 reais em 2017, ante 3,46 e 3,70 reais respectivamente.

A pesquisa Focus, com uma centena de economistas, mostra ainda que a expectativa para a Selic, que atualmente está em 14,25 por cento, é de que finalize 2016 a 13,25 por cento e 2017 a 11 por cento, sem alterações.

Mas o Top 5 –grupo que mais acerta as projeções no Focus– vê a taxa básica de juros a níveis mais altos. Para este ano, a expectativa subiu a 14,00 por cento, de 13,50 por cento, enquanto para 2017 chegou a 11,25 por cento, de 10,50 por cento.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Focus mostra que é esperada uma contração de 3,30 por cento este ano, ante queda de 3,35 por cento vista antes. Em 2017 os especialistas preveem uma recuperação de 1 por cento, mantendo a estimativa.

(Por Camila Moreira)

 

O FINANCISTA

EXCLUSIVO: 90,8% dos brasileiros rejeitam aumento de impostos em ajuste fiscal

Notícia Publicada em 17/06/2016 14:52

Segundo pesquisa feita para O Financista, é melhor o governo ter um plano B para o déficit

Lá vem o pato: Fiesp lidera campanha contra aumento da carga tributária (O Financista/Márcio Juliboni)
Lá vem o pato: Fiesp lidera campanha contra aumento da carga tributária (O Financista/Márcio Juliboni)

SÃO PAULO – Se depender do ânimo dos brasileiros, um eventual aumento da carga tributária para cobrir o rombo nas contas públicas está fora de cogitação. É o que mostra uma enquete do instituto Paraná Pesquisas, elaborada com exclusividade para O Financista. Das 2004 pessoas entrevistadas, 90,8% declararam-se contrárias a um aumento de impostos. Apenas 7,6% o apoiariam; outros 1,6% não souberam ou não responderam.

Até o momento, a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) é a grande candidata a reforçar o caixa da União. Em vigor no Brasil entre 1997 e 2007, a CPMF foi extinta após um forte movimento de oposição, liderado por empresários que criticavam a elevada carga tributária do país. A presidente afastada Dilma Rousseff foi a primeira a considerar seriamente sua recriação, diante da explosão do déficit primário – a ponto de incorporar, em sua proposta orçamentária para 2016, uma previsão de, pelo menos, R$ 10 bilhões gerados pela contribuição.

O presidente em exercício Michel Temer mantém o discurso de que só pedirá à população que pague mais impostos, após cortar tudo o que puder de gastos. Entre as primeiras medidas nessa direção, estão a redução no número de ministério, a dispensa de funcionários comissionados, a aceleração do programa de concessões e o remanejamento de recursos, por meio da tão falada DRU (Desvinculação das Receitas da União).

Operação tapa-buraco

A questão é essencial para os rumos da economia. Temer já conseguiu que o Congresso aprovasse uma nova meta fiscal para 2016: um rombo de R$ 170,5 bilhões. Segundo a equipe econômica, isso dará liberdade para que o governo desengavete todos os esqueletos da gestão Dilma. A conta também desconsidera um eventual aumento de impostos. Mas, se ele vier, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não se dará ao luxo de esnobá-lo – ainda que praticamente o país todo esteja contra.

A pesquisa da Paraná Pesquisas foi realizada entre 11 e 14 de junho, em 162 municípios de 24 Estados. Foram entrevistadas pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

O FINANCISTA