Arquivo da tag: Dilma
Efeito retardado: para Dilma, inflação em queda é obra sua
Economia
27/06/2016 21:06:57
Afastada da presidência desde 12 de maio, mas ativa no Twitter, Dilma Rousseff disse hoje que a inflação está convergindo para a meta por medidas feitas durante o seu governo:
“Se a inflação hoje se projeta para a meta, deve-se ao q [sic] o meu governo fez. Até o min. da Fazenda provisório reconhece a robustez da economia”, disse. Dilma, aparentemente, faz parte do grupo que põe a recessão na conta da queda dos preços. O Financista concorda com Dilma.
O FINANCISTA
Lula e Dilma vão morrer juntos
Fernando Gabeira deu uma entrevista à IstoÉ.
Ótima, como sempre.
A revista perguntou se “Lula, como ministro, estabiliza ou incendeia o País”.
Ele respondeu:
“Eu acho que ele vai agravar a situação. Não vejo nele, no momento, condições de aglutinar a base aliada em torno de um governo que está desmoronando. A entrevista que ele deu ao sair da PF se identificando como uma jararaca, é um dos desastres mais monumentais que já vi. Acho que o talento político de articulação que se atribui a ele talvez não seja tão grande assim. E só se articula quando tem algo nas mãos para oferecer. O governo está em frangalhos, não creio que alguém possa ressucitá-lo. Creio que Lula pode morrer com o governo, acabando por acelerar a queda de Dilma”.
O ANTAGONISTA
Lula e Dilma farão o diabo. Aliás , já fazem…
O jogo está ficando cada vez mais pesado, porque o final de Dilma Rousseff se aproxima.
Ela está desesperada e Lula também.
Ambos não medirão esforços para fazer o diabo.
Aliás, já estão fazendo.
O ANTAGONISTA
Lula comandava esquema de corrupção da Petrobras e Dilma sabia, afirma Delcídio do Amaral
Notícia Publicada em 19/03/2016 10:41
Em entrevista à revista Veja, senador diz que Lula e Dilma tramaram juntos para sabotar investigações
Segundo Delcídio do Amaral, Lula e Dilma vazavam informações sigilosas para os investigados da Operação Lava Jato (Wilson Dias/Agência Brasil)
SÃO PAULO – O senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo, afirmou em entrevista à revista Veja que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandava o esquema de corrupção da Petrobras e que a presidente Dilma Rousseff tinha pleno conhecimento da corrupção na estatal.
“O Lula negociou diretamente com as bancadas as indicações para as diretorias da Petrobras e tinha pleno conhecimento do uso que os partidos faziam das diretorias, principalmente no que diz respeito ao financiamento de campanhas. O Lula comandava o esquema”, disse Delcídio. “A Dilma também sabia de tudo. A diferença é que ela fingia não ter nada a ver com o caso”, acrescentou.
À publicação, Delcídio antecipou a segunda parte de sua delação premiada e revelou que Lula e Dilma tramaram juntos para sabotar as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com ele, ambos vazavam informações sigilosas para os investigados.
O FINANCISTA
Juros futuros caem com perspectiva de que Dilma não termina mandato
Notícia Publicada em 17/03/2016 10:04
Processo de impeachment ganha importância após divulgação de conversa entre a presidente e Lula
Deputados da oposição pedem renúncia de Dilma após divulgação de conversa entre a presidente e Lula
(Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
SÃO PAULO – O movimento dos juros futuros expõe o otimismo dos mercados domésticos diante do agravamento da crise política envolvendo o governo federal. As taxas operam em queda após a Polícia Federal divulgar uma conversa entre Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvaque alimenta suspeitas sobre a real motivação para sua nomeação ao Ministério da Casa Civil.
A gravação dá combustível para manifestações populares e de parlamentares que pedem a saída da presidente em meio ao andamento do processo de impeachment na Câmara.
Na conversa, Dilma afirma que enviou “termo de posse” a Lula para utilização em caso de necessidade, o que abriu margem para a interpretação de que a nomeação foi uma manobra para proteger Lula de eventual pedido de prisão pela PF.
O Planalto condenou a liberação do sigilo autorizada pelo juiz Sérgio Moro e disse que tomará as medidas judiciais cabíveis. Informações levantadas pelo site Uol indicam que o próprio Moro havia mandado suspender a interceptação das ligações antes do horário em que a conversa aconteceu.
Paira a dúvida sobre a legalidade da divulgação das conversas, mas o estrago político já está feito. “Do ponto de vista do governo, a aposta de que Lula no Planalto poderia, aos poucos, reduzir a fervura da crise, provou-se equivocada. Agravou-a substancialmente”, afirma a LCA Consultores.
Além disso, a consultoria avalia que ficará mais difícil Lula convencer nomes importantes – e que poderiam acalmar os mercados – para participar do governo, como o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Com o escândalo da gravação, ganha importância a sessão da Câmara que deve eleger ainda hoje os integrantes da comissão especial para analisar a possibilidade de abertura de processo de impeachment. “Estes episódios reforçam o nosso cenário básico de que a presidente Dilma não terminará o seu mandato, provavelmente pela via do impeachment”, diz a LCA, em nota.
Neste contexto, a taxa de juros negociada na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) com vencimento em janeiro de 2017 tinha queda de 13,77%, no fechamento do último pregão, para 13,73%. O contrato do juro para janeiro de 2018 recuava de 13,77% para 13,59% e a taxa para janeiro de 2019 caía de 14,24% para 13,93%.
O FINANCISTA
Lula e Dilma com medo do PSDB e PMDB
Diário do Nordeste – 11/03/2016
#VemPraRua13Mar – Dilma abraça Lula antes da prisão #VemPraRua – Página 73 de 366
Diário do Nordeste – 07.03.2016
Dilma não vai cair…
…como Collor caiu em 1992: as diferenças entre agora e então são muitas e jogam a favor da petista

Dois meses antes da votação do impeachment, a popularidade de Fernando Collor, tal como a de Dilma Rousseff neste momento, estava no fundo do poço. Um minguado lote de 10% dos eleitores ainda confiava no governo. Nas principais capitais, havia manifestações contra a permanência do presidente, como ocorre contra Dilma. Em Brasília, as duas casas do Congresso estavam sob comando do PMDB, como hoje. O vice-presidente da República estava rompido com o titular do cargo, como parece ser regra nas crises que ameaçam resultar na troca de guarda no palácio. A economia vivia uma profunda recessão, com o PIB despencando, tal como agora. Não se passava um único dia, como não se passa um único dia hoje, sem uma nova denúncia de corrupção nos altos escalões oficiais.
Descritas assim, as condições políticas e econômicas que resultaram no impeachment de Collor em setembro de 1992 parecem em tudo semelhantes às de agora, quando a Câmara analisa o rito do impeachment contra Dilma. É a armadilha das aparências. “Na realidade, há mais diferenças do que semelhanças”, adverte o sociólogo Brasílio Sallum Jr., professor da Universidade de São Paulo e autor do livro O impeachment de Fernando Collor – Sociologia de uma crise. Examinando-se abaixo da epiderme da realidade, o quadro é quase inteiramente diferente – e favorece Dilma. No geral, as coisas estavam piores para Collor do que estão hoje para Dilma. Hoje quer dizer hoje, pois a dinâmica dos acontecimentos adquiriu tal velocidade que, da noite para o dia, tudo pode mudar.
A semelhança mais expressiva talvez seja a convicção do mundo político de que o presidente perdeu a capacidade de levar o país para algum lugar. Diz Sallum: “Com Collor em 1992 e com Dilma agora, as forças políticas perceberam que o presidente perdeu o gás, tornou-se incapaz de conduzir o Estado para um rumo qualquer”. É um dado preocupante para Dilma, pois essa percepção dos políticos é quase sempre prenúncio do fim. É pior ainda quando sua sobrevivência depende, em boa medida, de um partido como o PMDB, dono de uma capacidade ofídica para avaliar a musculatura do poder e, a depender da conveniência, deixá-lo a míngua ou dar-lhe o bote.
As crises econômicas de agora e de 1992 também podem exercer impacto semelhante, mas por razões desiguais. Agora, a crise é menor, mas a sensação de crise é maior. No tempo de Collor, a inflação mensal era obscena, mas como o brasileiro vinha de um período de inflação mais do que obscena, enfrentar índices de 20% ao mês parecia até boa notícia, além do fato de que a correção monetária e a indexação generalizada da economia davam uma certa proteção contra a corrosão da moeda. Agora, encosta nos 11% ao ano, como revelou a prévia do IPC divulgada nesta sexta-feira, mas, principalmente, sinaliza uma piora em relação à estabilidade com a qual os brasileiros já tinham-se habituado. Equilibrando-se os impactos da matemática e da psicologia, a crise econômica pode ser hoje um fator tão decisivo quanto foi em 1992. Mas acabam aqui as semelhanças.
A principal diferença entre 1992 e agora conta a favor de Dilma. Desta vez, a presidente tem um partido político e uma base social e sindical ao seu lado. As bases estão desmobilizadas pela navalha da crise econômica e o partido está desfigurado pelo rombo da corrupção, mas ambos estão vivos. Avariados, mas vivos. Tanto que na quarta-feira conseguiram reunir alguns milhares de manifestantes contra o impeachment em todos os estados, com destaque para os 55 000 que ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, segundo dados do Datafolha. Collor, filiado ao PRN, partido artificial, sem raízes nem história, jamais contou com manifestações de porte a seu favor. Quando, um mês antes da votação do impeachment, Collor convocar a “maioria silenciosa” para cobrir o Brasil de verde e amarelo, o país saiu às ruas de preto, com os caras-pintadas também exibindo no rosto a cor do luto.
No tempo de Collor, havia um conjunto de políticos respeitáveis, à direita e à esquerda. A Câmara era presidida por Ibsen Pinheiro, deputado gaúcho que, depois, cairia em desgraça, mas vivia então o auge de seu prestígio. Nada parecido com Eduardo Cunha, o correntista do banco suíço Julius Bär e sabe-se lá de onde mais. Mesmo o vice-presidente, embora também vivesse às turras com o titular do cargo, obedecia uma certa etiqueta. Itamar Franco assumiu uma neutralidade de magistrado, não articulava contra Collor, não fazia reuniões com industriais e governadores, não escrevia cartinha chorosas. Em comparação, pode-se dizer que Itamar, discreto, aguardava o desfecho da crise para sentar-se à cadeira presidencial. Michel Temer está em campanha aberta pela cadeira, o que atrai os holofotes para uma figura política cuja popularidade não serve de estandarte.
Também havia mais nitidez sobre a turma que saía e a turma que entrava no governo. Agora, há uma confusão que embaça tudo. Na semana passada, a Polícia Federal fez uma operação na casa de três líderes do PMDB. Entre eles, havia aliados do vice Michel Temer. Em tese, o impeachment deveria varrer do governo os personagens que se enlamearam na corrupção da Petrobras, ou mesmo dos que andaram pedalando na lei fiscal. É esse, pelo menos, o desejo manifesto de milhares de pessoas que têm ido às ruas em defesa do impeachment. No entanto, Temer e uma parte dos que lhe acompanham não cumprem nem um, nem outro requisito. Parte está sob investigação na petrolama. E o próprio Temer também deu suas pedaladas fiscais nas interinidades, assunto sobre o qual o Tribunal de Contas vai se debruçar a pedido do Senado.
A última vantagem de Dilma em relação a Collor é o calendário. O impeachment de Collor foi votado no final de setembro de 1992 e, no mês seguinte, havia eleição municipal. Naturalmente, as manifestações populares pelo impeachment ajudaram a dissolver os últimos apoios a Collor, pois partido nenhum, naquela altura, queria arriscar uma lavada nas urnas de outubro. Agora, não. A eleição mais próxima, também municipal, ocorre dentro de nove meses. Ainda que as defecções no PT estejam se multiplicando, ninguém imagina que, até lá, o impeachment ainda não tenha sido resolvido, seja com qual resultado for.
VEJA.COM