O PT quebrou Minas Gerais-Cemig foge de debate sobre aumento abusivo nas contas de energia

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Foto: Willian Dias/ALMG

Deputados da comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e lideranças do setor produtivo criticaram a ausência de representantes da Cemig na audiência pública, promovida nesta quarta-feira (18/4), que discutiu o reajuste médio de 25,87% na conta de energia elétrica dos mineiros. A revisão tarifária está tramitando na Aneel, agência reguladora, e entrará em vigor no dia 28 de maio próximo. O aumento, considerado abusivo pelos consumidores, é o maior proposto nos últimos 10 anos.

O reajuste acontece no mesmo momento em que a Cemig comemora um lucro líquido de R$ 1 bilhão, conforme o balanço financeiro de 2017 da companhia, quase o triplo do lucro obtido no ano anterior, de R$ 335 milhões. A alta poderá, além de pesar no bolso dos consumidores residenciais, poderá ainda inviabilizar negócios e até gerar desemprego.

“Com um percentual de reajuste tão alto, o povo não vai aguentar. Ninguém mais aguenta tanto aumento de impostos, de taxas e tributos desse governo do PT. Não se tem aumento de salário, não se tem emprego, mas o governador Pimentel continua sobrecarregando o cidadão. Isso também tira toda a competitividade da indústria mineira. Vai ter que produzir com um aumento de 35% do custo de energia e vai vender para quem? Quem é que vai dar conta de absorver um aumento desse?”, questionou o deputado Felipe Attiê, presidente da comissão de de Defesa do Consumidor e Contribuinte.

Para o deputado João Leite, a postura da Cemig, que se recusa a enviar um representante para discutir com a população, é o retrato do governo de Fernando Pimentel. “É lamentável. Um governo totalmente distante da população. Mais do que lamentável, é inaceitável que em um momento que a Cemig registra um grande lucro, repassando dividendos para os acionistas, e, na ponta, penaliza o consumidor com esse aumento estrondoso, acima de 20%, em um momento em de crise econômica no país”, afirmou.

Para o diretor-jurídico da Federação das Associações Comerciais de Minas Gerais, Carlos Alberto Moreira, um aumento superior a 20% na conta de energia traz um impacto altíssimo no custo de manutenção de micro e pequenas empresas e, caso elas não consigam repassar o impacto para seu mercado consumidor, inevitavelmente a forma de cortar custos é demitindo funcionários. Segundo ele, um percentual razoável deveria ser baseado no índice de inflação.

“Estamos falando de um insumo que impacta praticamente qualquer produto ou negócio, a consequência lógica é que isso impacte no preço final do consumidor e na disponibilidade de postos de trabalho. Encaminhamos uma proposta para a Cemig para evitar esse aumento imposto à sociedade e mitigar esse efeito maléfico. No nosso entendimento, um percentual razoável seria em torno de 5% a 6% ou mais próximo até da inflação acumulada no período”, afirmou Moreira.

Para a baixa tensão, o aumento será de aproximadamente 34,41% e para a baixa tensão, de 22,73%.

 

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Cemig vai apelar a juristas para tentar reverter venda de usinas

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Quatro hidrelétricas arrematadas em leilão por R$ 12,13 bilhões representam perda de 50% da sua geração para chineses, franceses e italianos

Com o fracasso da mobilização política que tentou manter sob controle da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) as quatro usinas hidrelétricas arrematadas ontem por investidores estrangeiros, resta à concessionária mineira tentar outra investida ainda mais difícil para reverter o prejuízo, por meio de uma frente de juristas.

Deputados da Frente Mineira em Defesa da Cemig, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais anunciaram, ontem mesmo, a intenção de buscar alguma brecha legal que permita o questionamento da venda e posterior cancelamento da licitação feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.

Uma audiência pública para discutir o assunto será marcada para os próximos dias na Assembleia Legislativa. As concessões de quatro usinas que a Cemig perdeu vão render R$ 12,13 bilhões ao governo federal, que não escondeu a decisão de usar o dinheiro para conter o rombo recorde das contas públicas estimado em R$ 159 bilhões neste ano.

O maior negócio no certame de ontem foi a venda por R$ 7,18 bilhões da usina de São Simão para a empresa Pacific Hydro, do grupo chinês SPIC. Sem concorrência, houve ágio de 6,51% sobre o valor pedido de R$ 6,74 bilhões.

Pela usina de Jaguara, com mínimo de R$ 1,92 bilhão, a francesa Engie Brasil ofereceu R$ 2,17 bilhões, um ágio de 13,59%. A mesma empresa arrematou a hidrelétrica de Miranda por R$ 1,38 bilhão. Por sua vez, a italiana Enel Brasil levou a usina de Volta Grande ao preço de R$ 1,42 bilhão, com ágio de 9,84%.

A Aliança, fruto de parceria da Cemig com a mineradora Vale, não ofereceu lances pelas usinas, diferentemente do que foi informado até às vésperas do certame.

Enquanto o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, registrou sua irritação com o resultado do leilão em vídeo e o deputado Fábio Ramalho (PMDB), coordenado da bancada mineira, afirmava que os mineiros vão votar contra o projeto do presidente Michel Temer para regularizar dívidas das empresas, era anunciada pela Frente Mineira em Defesa da Cemig a preocupação também de discutir como a empresa sobreviverá à perda tão grande.

“Houve um acordo político, segundo o qual a Cemig ficaria a Usina de Miranda. Eram usinas primordiais para a Cemig, que é emblemática para os mineiros. Ele (o presidente Michel Temer) tinha esse compromisso e não cumpriu”, disse Fábio Ramalho.

A Cemig alega que 50% da sua capacidade de produção de energia vem dessas quatro usinas. Sem elas, a expectativa é de um impacto financeiro grande na empresa, o que poderá repercutir em perda de empregos e aumento da conta de luz, segundo observou o deputado Rogério Correia (PT), coordenador do grupo que defende a concessionária mineira.

Futuro arriscado

Ontem pela manhã, enquanto as usinas eram leiloadas, cerca de 500 pessoas protestaram em frente a sede da companhia mineira – segundo os organizadores da manifestação – em Belo Horizonte. Houve protesto também em São Paulo.

Com um carro de som, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e acusaram o presidente de “querer vender o Brasil”. A todo momento representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética (Sindieletro) reclamavam de um possível impacto da venda das usinas nas contas pagas pelo consumidor. Esse argumento é também usado pela companhia.

“Quem comprou as usinas vai querer restituir o valor gasto. E a única forma é elevando as tarifas na conta de luz”, reclamou o diretor do Sindieletro Jobert Fernando de Paula. Já o coordenador-geral da entidade, Jefferson Silva, ressaltou que o sindicato vai acompanhar a situação dos trabalhadores das usinas vendidas. “Temos que monitorar qual será a postura da Cemig em relação a esses funcionários, para que eles possam continuar trabalhando e sem a retirada de direitos trabalhistas”, afirmou.

Nos discursos, os representantes dos trabalhadores lembraram que o então governador Itamar Franco, que assumiu o Palácio da Liberdade em 1999, conseguiu reverter o processo de verticalização da Cemig, implantado pelo antecessor Eduardo Azeredo.

Na ocasião, parte da estatal havia sido arrematada pela Southern, a AES, o Banco Opportunity e a Cayman Energy Internacional. Em uma longa e polêmica briga judicial, Itamar conseguiu retornar para as mãos do Estado o controle da empresa.

Entre deputados federais mineiros que conduziram as negociações com o governo federal para que a Cemig mantivesse pelo menos o controle sobre a usina de Miranda, a revolta foi grande. Segundo Fábio Ramalho, a proposta foi encaminhada à Advocacia Geral da União (AGU), mas enfrentou a resistência da equipe econômica e da Aneel.

“Vamos analisar o que é interesse do estado. Se não for, não votaremos”, disse ele, excluindo desse crivo a votação ao pedido de autorização para abertura de processo penal contra o presidente Michel Temer.

 

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Grupos estrangeiros levam as quatro hidrelétricas da Cemig

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Em pregão rápido e sem disputas, usinas foram vendidas por R$ 12,1 bilhões, com ágio de 9,7%

O governo federal arrecadou R$ 12,1 bilhões com o leilão das quatro usinas de energia da Cemig, 9,7% acima do valor mínimo das outorgas de R$ 11 bilhões. A belgo-francesa Engie levou duas hidrelétricas, mas o maior desembolso será feito pela Pacific Hydro, pertencente ao grupo chinês State Power Investment Corp (Spic). O certame ocorreu apesar da disputa judicial impetrada pela empresa mineira, que tentou até o último momento, por meios jurídicos e políticos, manter ao menos uma dessas hidrelétricas.

A Pacific Hydro levou a usina de São Simão por R$ 7,180 bilhões, um ágio de 6,51% sobre a outorga mínima. Essa era a hidrelétrica de maior capacidade entre as que fazem parte do leilão organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os demais participantes não apresentaram proposta, inclusive o consórcio Aliança, formado entre a própria Cemig e a Vale.
A usina de Jaguara teve como vencedor o consórcio Engie Brasil (antiga Tractebel), de capital francês, que deu um lance de R$ 2,171 bilhões, 13,59% acima do valor mínimo. “Acredito que o resultado desse leilão é irreversível. O problema jurídico é do governo federal”, afirmou Gustavo Labanca, diretor de novos negócios da Engie.

A Engie também ficou com a usina de Miranda, pleiteada pela Cemig, que ofereceu R$ 1,360 bilhão pela hidrelétrica. O valor representa um ágio de 22,4% sobre o valor mínimo. A última usina leiloada, Volta Grande, foi arrematada pela italiana Enel pelo valor de R$ 1,41 bilhão, ágio de 9,84%. Os participantes entregaram os envelopes de propostas para os quatro lotes (cada usina era um lote). Caso a diferença entre as propostas ficasse inferior a 5%, o certame iria para o viva-voz, o que não aconteceu em nenhum lote.

Manifestantes da Cemig fizeram um protesto do lado de fora da B3 (ex-BMF&FBovespa) contra o leilão. No saguão onde foi realizado o certame, integrantes da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) levantaram faixas contra as privatizações. Em Belo Horizonte também teve manifestação de sindicatos ligados aos eletricitários.

Entenda. As quatro usinas voltaram para as mãos da União porque a Cemig optou por não aceitar as condições de renovação que passaram a vigorar a partir da medida provisória 579, de 2012. Na ocasião, o governo de Dilma Rousseff estabeleceu que as concessões a vencer nos anos seguintes seriam renovadas por mais 20 anos, mas as tarifas que passariam a vigorar seriam menores. A estatal mineira não acatou os novos termos e chegou a entrar com uma liminar para barrar o certame, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou essa liminar, garantindo o leilão. Na noite de terça-feira (26), o STF também negou pedido para retirar a usina de Miranda do conjunto de lotes.

Empresa irá à Justiça requerer indenização por lucro cessante

O diretor de finanças e relações institucionais da Cemig, Adézio de Almeida Lima, afirmou na quarta-feira (27) ao “Jornal Nacional” que a empresa vai pedir indenização pela venda das usinas. “A ação principal que está no Supremo ainda não foi julgada, mas nós vamos fazer outros recursos pela indenização dos nossos ativos e por lucros cessantes”, disse.
A expressão lucros cessantes se refere a danos materiais sofridos por alguém, em função de culpa, omissão, negligência ou imperícia de outro. Na prática, será o cálculo do valor que a empresa ganharia caso o contrato tivesse sido cumprido, em vez de alterado pela medida de 2012. Adézio Lima disse ainda que a Cemig não apresentou nenhuma proposta porque não tem dinheiro. “Em 2015, a nova gestão recebeu a empresa extremamente endividada”.

 

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Governo de Minas ataca Dilma em recurso sobre Cemig apresentado no STF

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O governo do petista Fernando Pimentel em Minas Gerais fez um duro ataque à política da ex-presidente Dilma Rousseff para o setor de energia na tentativa de barrar no Supremo Tribunal Federal (STF) o leilão das usinas da Cemig pelo governo Michel Temer.

Em recurso apresentado ao Supremo, a Advocacia-Geral do Estado (AGE) de Minas acusa o governo Dilma de ter sido eleitoreiro ao mudar as regras do sistema elétrico brasileiro por meio da Medida Provisória (MP) 579. “Puro engodo”, critica o governo mineiro.

Com essa MP, Dilma buscou reduzir o custo de energia no Brasil, mas acabou provocando uma desorganização do setor com custos para os consumidores e o Tesouro Nacional.

Além de amigo de Dilma, Pimentel foi um dos ministros mais próximos da ex-presidente durante o seu governo. O leilão das usinas está no centro de uma disputa porque a equipe econômica de Temer conta com R$ 11 bilhões para reforçar o caixa este ano com a venda das concessões, mas políticos do Estado pressionam o presidente Temer a aceitar um acordo com a Cemig e garantir empréstimo do BNDES para pagar as concessões.

Na petição, o governo mineiro, que é o acionista controlador da Cemig, pede ao ministro Dias Tofolli, relator do processo no STF, para ser assistente simples da companhia de energia no mandado de segurança para o direito da empresa ter prorrogada a concessão das usinas Jaguara, São Simão e Miranda.

Como assistente, o governo mineiro poderá atuar como auxiliar da companhia na ação, exercendo os mesmos poderes e sujeitando-se aos mesmos ônus processuais.

“Utilizou-se a máscara de reorganizar o sistema elétrico brasileiro, mas seu intuito, na realidade, era simplesmente eleitoreiro. Diminuiu o custo da energia elétrica, no primeiro momento (pré-eleitoral), e posteriormente se mostrou impróprio e ineficaz, tendo a energia aumentado o seu valor bem superior ao que havia reduzido”, argumenta o governo mineiro. “Onde o interesse público relevante se fez presente?”, questiona a AGE para depois acrescentar que, ao contrário, o sistema elétrico “restou piorado”.

No recurso, o governo mineiro destaca que a Cemig tem o direito “cristalino” de manter as concessões. O Estado argumenta que, caso as concessões das três usinas não sejam prorrogadas, a empresa perderá mais de 50% de sua capacidade de geração de energia elétrica, com reflexos sociais e financeiros para a região. “Ao contrário, o sistema elétrico restou piorado. Basta verificarmos os jornais da época para confirmar essa assertiva”.

O Estado de Minas também ataca a política fiscal do governo Michel Temer, porque diz que os R$ 11 bilhões esperados no leilão das usinas só servirão para reduzir o déficit público e que o consumidor acabará pagando a conta de uma energia mais alta.

O governo de Minas Gerais respondeu à reportagem por meio da Advocacia Geral do Estado, que informou que os argumentos “não implicam qualquer avaliação de ordem política ou partidária, mas tão somente ressaltam a necessidade de ser debatido o desajuste institucional que se observa na estrutura do Estado brasileiro, em desacordo com as premissas básicas do federalismo fiscal que se encontra insculpido na nossa Constituição”.

De acordo com a AGE de Minas, o caso da concessão das usinas geridas pela Cemig “é apenas mais um desses exemplos de que tem se valido a União para suprir suas necessidades de caixa, à custa do sacrifício e empobrecimento dos Estados e do desfacelamento do pacto federativo brasileiro constitucionalmente previsto e sistematicamente desrespeitado”.

A assessoria de Dilma Rousseff não respondeu à reportagem até a publicação deste texto. O ministério da Fazenda também não quis comentar.

 

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Ministério Público para setor elétrico foi falsa promessa de Dilma aos brasileiros

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Crédito/Foto: William Dias – ALMG

Medida provisória 579 trouxe prejuízo a consumidores e concessionárias. Tarifas não mantiveram queda e reajustes chegaram a quase 50%

Os deputados de oposição na Assembleia Legislativa de Minas fizeram, na tarde desta quarta-feira (23/08), duras críticas à Medida Provisória 579, editada pelo governo Dilma Rousseff em 2012 e responsável pelo o risco que a Cemig corre de perder três de suas principais hidrelétricas. O líder do bloco Verdade e Coerência, deputado Gustavo Corrêa, explicou que, em nome de uma falsa promessa de redução na conta de luz, o PT desestabilizou o setor elétrico no país e penalizou o consumidor.

“A Cemig vive hoje essa situação por causa da MP 579 da ex-presidente Dilma. Essa medida, que prejudicou a Cemig e tantas outras concessionárias, serviu para o PT iludir os brasileiros, e a redução na conta de energia prometida por ela não passou de balela. As tarifas baixaram num ano, mas voltaram muito mais caras nos anos seguintes. Mais uma das hipocrisias do PT para vencer as eleições”, afirmou Corrêa.

Em 2012, Dilma prometeu em rede nacional o corte médio de 20% na conta de luz. No ano seguinte, foi registrada uma queda no preço da energia que não durou muito tempo. Logo em seguida, especialmente em 2015, o consumidor se deparou com uma conta muito mais elevada, anulando completamente a redução média promovida em 2013. Ao ser reeleita, Dilma promoveu um verdadeiro tarifaço no setor, com reajustes de quase 50%.

Gustavo Corrêa lembra que, quando a Medida Provisória 579 foi editada, os deputados que hoje fazem oposição em Minas alertaram para os prejuízos da medida. Diante dos riscos que a MP traria, o governo de Minas, à época, preferiu aderir parcialmente a medida, deixando as usinas de São Simão, Jaguara e Miranda de fora por ter segurança jurídica quanto à renovação automática de seus contratos. Foi graças a essa decisão que a Cemig alcançou uma alta de 43% em seus lucros no trimestre seguinte à edição da MP.

“O que nos causa estranheza é ouvir deputados do PT em Minas dizerem que situação e oposição estão unidas pela Cemig. Nós sempre estivemos na mesma luta, desde de sempre defendendo a nossa maior estatal, enquanto eles jogavam contra e nunca se posicionaram em favor da empresa. Infelizmente a preocupação do PT só veio agora porque dependem da Cemig, porque não podem perder o cabidão de empregos que ela lhes proporciona. Esse governo não tem outra preocupação que não seja com seus companheiros políticos e a perpetuação do poder”, criticou.

 

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Deputados de oposição fazem manifesto em defesa da Cemig

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CAPACARTA

Os deputados do Bloco Verdade e Coerência publicaram, nesta quinta-feira (03/08), uma carta aberta aos mineiros reafirmando seu posicionamento diante da atual situação da Cemig, que corre o risco de perder três de suas principais usinas: São Simão, Jaguara e Miranda. Os parlamentares lembram que sempre foram contrários à Medida Provisória 579, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2012, que quebrou o setor elétrico no país. Vale ressaltar que à época, o agora governador Fernando Pimentel era Ministro do Desenvolvimento de Dilma.

Naquela época, a Cemig não aderiu à MP para as três usinas pois tinha a segurança jurídica de que os contratos delas teriam sua renovação automática por 20 anos. E foi graças a essa decisão que companhia alcançou uma alta de 43% em seus lucros no trimestre seguinte a edição da Medida Provisória.

O que causa estranheza aos deputados de oposição é que, neste momento, lideranças ligadas a Pimentel queiram minimizar a responsabilidade do Partido dos Trabalhadores nos efeitos da MP em Minas. Agora, mudaram de lado e defendem a renovação automática que já defendíamos desde 2012. Essa é mais uma medida demagoga do PT e do governador Pimentel.

Leia abaixo a íntegra da carta:

Carta aberta de quem sempre defendeu a Cemig e os mineiros

Os deputados que subscrevem este documento sempre estiveram à favor da Cemig e defendem a manutenção das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda. Fazem isso em uma postura coerente em defesa dos interesses dos mineiros. Diferente do PT que trocou de lado, que agora defende a manutenção, mas foi o grande responsável pelo risco que a concessionária corre de perder essas três importantes usinas.

– Sempre nos mantivemos contrários às ações do PT no governo federal que resultaram na quebra do setor elétrico no país, a partir da MP-579/2012, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff, o chamado marco regulatório do setor elétrico. Desde o início, alertamos para os efeitos arrasadores dessa medida irresponsável lançada pelo governo petista.

– Por ter segurança jurídica nos contratos de São Simão, Jaguara e Miranda, que previam a renovação automática por 20 anos, em 2012, Minas não aderiu à MP-579 para essas três usinas.

– Foi justamente em função dessa não adesão que a Cemig obteve um menor efeito da crise do setor elétrico no país, na comparação com as demais concessionárias de energia, o que demonstra o acerto da decisão. Para se ter uma ideia, a Cemig obteve uma alta de 43% nos lucros no trimestre seguinte à emissão da MP que quebrou o setor.

– Enquanto defendíamos a Cemig, o PT em Minas preferia defender sua correligionária e os interesses partidários. Por inúmeras vezes, parlamentares petistas usaram a tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para defender a maléfica MP-579 e chegaram ao absurdo de dizer que a Cemig já lucrava demais.
– Em mais uma medida demagoga do PT, o governo de Fernando Pimentel, no primeiro ano de sua gestão, premiou o então diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, um dos primeiros a negar à Cemig a renovação dos contratos das três usinas, com um posto de conselheiro da própria concessionária, fazendo jus a polpudos jetons.

– Após perder na Justiça o direito à renovação do contrato das três usinas e correndo o risco de perdê-las, o PT precisa mesmo mudar seu posicionamento e se juntar àqueles que sempre defenderam a Cemig e os mineiros. Que faça isso com dignidade, assumindo seus erros e sua responsabilidade sobre a situação atual. A população não é boba e tem memória.

 

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Conta de luz em Minas Gerais poderá ficar mais cara se a CEMIG perder usinas

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) adverte: o consumidor vai pagar mais caro na conta de luz, caso não haja acordo com a União para impedir que as quatro usinas da empresa sejam leiloadas, em setembro.

Em nota, a Cemig acentua que “a manutenção do leilão das Usinas de São Simão, Volta Grande, Miranda e Jaguara no formato atual terá impacto direto no consumidor residencial, que passará a pagar R$ 140 por megawatt-hora para rentabilizar o investidor, o que representa um expressivo aumento na tarifa”, afirmou.

Na última terça-feira, a direção da Cemig esteve com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia, para reafirmar o compromisso em um acordo com a União.

A Companhia não detalhou como seria esse acordo, porém, garantiu que “a proposta da Cemig contempla benefícios objetivos para a União”.

Para entender o problema: desde 2012 a Cemig briga na Justiça para não perder a concessão das quatro usinas. As concessões delas quatro já venceram, porém a Cemig não quis aderir à Medida Provisória (no governo Dilma) que possibilitava a renovação antecipada. Entendeu que as contrapartidas não compensavam. Então, o governo deixou as usinas nas mãos da Cemig até a realização do leilão. A Companhia entende que tinha direito à renovação automática dos contratos. Esse é o imbróglio judicial.

O governo Temer espera arrecadar algo em torno de R$ 10 bilhões no leilão, dos quais R$ 1 bilhão será da Cemig, por benfeitorias realizadas. Ainda não houve acordo. As usinas representam grande parte dos ativos da Companhia.
A energia gerada por elas cai no sistema nacional e é vendida para as distribuidoras. No leilão, vence quem também garante o melhor preço. Os chineses podem entrar na jogada. Ou a própria Cemig pode participar (o que deve ocorrer) e garantir a permanência das quatro.

“A Cemig reafirma sua postura em buscar uma solução negociada com a União, evitando, assim, a quebra do contrato firmado em 1997. Essa ruptura pode ainda desencadear altos valores de indenização à Cemig e inviabilizar o leilão das três usinas marcado para o final de setembro”, finaliza a nota.

 

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Polêmica entre CEMIG e TAESA aumenta

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Desaliança

A Taesa, empresa de transmissão controlada pela Cemig, poderá jogar mais lenha na fogueira que trepida em torno de Pimentel. O descumprimento de compromisso firmado com consórcio mineiro para assunção dos Lotes 4 e 17 de leilão da Aneel poderá ser o estopim que faltava.

Política de cúpula

Falando em Cemig, os aumentos de 20% a 74% concedidos neste mês aos diretores e conselheiros da empresa estão incidindo sobre altos reajustes dados um ano atrás ao mesmo pessoal, cujos salários e jetons já haviam subido até 36% em maio de 2016. A decisão dos acionistas pegou mal entre os empregados da empresa. O Sindieletro botou a boca no trombone.

 

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O PT quebrou Minas Gerais- Veja como a CEMIG está sendo desmontada

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Curiosamente, a direção da Cemig está empenhada em duas operações, de certa maneira, divergentes. Uma delas é vender parte de seus ativos a fim de fazer caixa para saldar compromissos urgentes e reduzir o endividamento, que atualmente é de R$15,2 bilhões. Vai colocar à venda a Gasmig, a Cemig Telecom, 8% que tem na Hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia e parte das linhas de transmissão. ao mesmo tempo, pretende aumentar sua participação na Light com a compra das ações do BTG Pactual e reaver a concessão das hidrelétricas de São Simão, Jaguara e Miranda. Vende de um lado e mantém haveres de outro.

 

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