Ceará tem média de 168 casos de dengue por dia no ano, índice recorde

Em 2015, já são mais de 52 mil casos confirmados da doença.
Ceará tem também maior número de morte por dengue em 2015, diz Sesa.

Bandeira do estado do Ceará

A média de casos por dengue por dia no Ceará em 2015 é a maior desde 1986, quando a doença passou a ser registrada pela Secretaria da Saúde do Estado. Segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (6) pela secretaria, o Ceará teve neste ano 52.261 casos de dengue, uma média de 168 pessoas com a doença a cada dia. Em 2011, ano com incidência recorde de dengue no Ceará, foram 56.818 registros da doença, uma média de 155 casos por dia.

O Ceará teve, também em 2015, 63 óbitos em consequência da doença, o maior número da série histórica; em 2014 foram 53 mortes, segundo a Secretaria da Saúde do Ceará.

Os dados do relatório mostram também que a faixa etária de 20 a 29 anos predomina com 22,8%. O número de cidades com nível epidêmico da doença também subiu, de 65 para 67, desde a semana anterior. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerado epidêmico quando há mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes.

Os município com alta incidência da doença são Alcântaras, Aracoiaba, Aquiraz,Arneiroz, Barbalha, Barro, Barroquinha,Beberibe, Brejo Santo, Boa Viagem, Canindé, Capistrano, Catarina, Caucaia, Crato, Coreaú, Crateús, Eusébio, Frecheirinha, Fortaleza, Hidrolândia, Horizonte, Iguatu, Ipaumirim, Ipu, Itaitinga, Itapiúna, Jaguaribara, Jati, Jardim, Jucás, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Maranguape, Mauriti, Meruoca, Miraíma, Milagres, Mombaça, Mucambo, Nova Russas, Novo Oriente, Ocara, Palmácia, Palhano, Paracuru, Pacoti, Pentecoste, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Poranga, Porteiras, Reriutaba, Russas, São Gonçalo do Amarante, São Luis do Curu, Sobral, Tabuleiro do Norte, Tamboril, Tianguá, Tauá, Trairi, Umari, Umirim, Varjota e Várzea Alegre.

Controle
Para controlar a proliferação do mosquito que transmite a dengue e a febre Chikungunya, a orientação dos especialistas é manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.

Depois da chuva, é recomendado fazer a vistoria no quintal e na casa para eliminar a água acumulada sobre lajes, calhas, tanques, pratinhos de vasos de planta. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d’água, devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do mosquito.

Infográfico Dengue (Foto: Arte/G1)
G1.COM.BR

Quadrilhas assaltam três bancos no Interior

Diário do Nordeste-Polícia -28/09/2013

 

Entre a noite de quinta-feira e a tarde de ontem, ladrões atacam as cidades de Apuiarés, Meruoca e Catarina

Três agências bancárias foram atacadas no Ceará em menos pouco mais de 12 horas. Os assaltos ocorreram entre o fim da noite de quinta-feira última e o começo da tarde de ontem, nas cidades de Apuiarés, Meruoca e Catarina. Até a noite passada, nenhum dos bandidos envolvidos nos crimes havia sido preso.

O primeiro crime aconteceu por volta das 23h45, na cidade de Apuiarés (128Km de Fortaleza), quando uma quadrilha numerosa e armada com fuzis e pistolas invadiu a cidade e explodiu os caixas do Bradesco, conseguindo levar todo o dinheiro que haviam nos equipamentos. Os caixas haviam sido abastecidos por um carro-forte na tarde de quinta-feira.

Repetição

Segundo a Polícia, os criminosos se dividiram na hora da ação e parte do bando foi até a sede do Destacamento da PM, onde passou a atirar para impedir que os policiais de plantão tentasse impedir o ataque ao banco.

Este foi o segundo ataque ao mesmo banco, em Apuiarés. No dia 21 de junho, uma ação semelhante foi registrada naquela cidade. O delegado Romério Moreira de Almeida, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) esteve em Apuiarés e informou que já tem pista do bando

“São pessoas que já foram presas e já estão novamente soltas. Mas já temos pistas e vamos prendê-las novamente”, disse Almeida ainda em Apuiarés.

A Polícia Militar fez um cerco na região, com o apoio dos destacamentos de Pentecoste, General Sampaio e do 4º BPM (Canindé), mas não conseguiu, ainda, localizar os assaltantes.

Segundo caso

Cerca de três horas após o caso em Apuiarés, outro bando, também fortemente armado, invadiu a cidade de Meruoca, na Zona Norte do Estado (277Km de Fortaleza) e praticou ação semelhante, atacando o Destacamento da PM e, ao mesmo tempo, colocando explosivos na agência do Banco do Brasil.

Segundo a PM, os bandidos chegaram à cidade de Meruoca em uma caminhonete Hilux e dois Corollas, além de uma motocicleta. “Eles metralharam a nossa viatura e outra parte colocou os explosivos nos dois bancos, no Bradesco e no Banco do Brasil, mas só houve explosão no Banco do Brasil. Ouvi, pelo menos, umas três explosões”, contou um PM à Reportagem ainda na madrugada de ontem.

Depois de roubar todo o dinheiro dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil, os assaltantes fugiram de Meruoca nos três automóveis e na moto. Um dos carros, porém, foi abandonado e incendiado na estrada que dá acesso ao Distrito de Anil.

Terceiro ataque

Já no começo da tarde de ontem, o ´alvo´ dos criminosos foi a agência do Bradesco da cidade de Catarina, na Região dos Inhamuns (398Km de Fortaleza).

A agência foi invadida por quatro assaltantes que chegaram ali em três motocicletas. Uma viatura chegou ao local e se deparou com os bandidos, que fizeram o gerente e uma mulher de reféns. O bando atirou contra a viatura e um dos policiais ficou ferido pelos estilhaços dos disparos que atingiram o vidro do veículo. O grupo fugiu em direção ao município de Tauá (344 Km de Fortaleza) e abandonou os reféns no caminho.

O Comando Tático Rural (Cotar) e a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) realizavam diligências para encontrar a quadrilha, mas ninguém foi detido.

FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA