Ponte Preta 3 x 1 Fluminense

Ponte vence 3ª seguida e amplia crise do Flu na estreia de Eduardo Baptista

Com atuação avassaladora no 1º tempo em Campinas, Macaca confirma boa fase. Ronaldinho reaparece após seis jogos, mas Tricolor segue sem vencer no returno

Nem mesmo o chamado fator novo, aquela motivação extra que acompanha a chegada de um novo treinador, conseguiu amenizar a melancólica fase do Fluminense. Na estreia de Eduardo Baptista, o Tricolor foi a Campinas e perdeu para a Ponte Preta por 3 a 1, no Moisés Lucarelli. Borges, Fernando Bob e Marlon (contra) marcaram os gols da equipe de Campinas, que chegou à terceira vitória seguida. Gustavo Scarpa descontou.

Embalada, a Ponte Preta chegou à décima colocação, com 37 pontos, e saltou duas posição, passando o próprio Fluminense. O Tricolor carioca, que não vence há oito jogos e soma apenas um ponto no returno, segue estagnado 34 pontos e caiu para 12º. Na próxima rodada, a Ponte Preta visita o Atlético-PR, em Curitiba, enquanto o Fluminense recebe o Goiás, no Maracanã.

Comemoração Ponte Preta X Fluminense (Foto: Fábio Leoni / PontePress)

Ponte teve atuação avassaladora no primeiro tempo (Foto: Fábio Leoni / PontePress)
Apenas um time jogou futebol nos 45 minutos iniciais. Envolvente e arisca, a Macaca dominou o primeiro tempo e não demorou a marcar. Aos seis, Felipe Azevedo enfiou bola açucarada para Borges, que acertou bonito chute cruzado. O gol abateu ainda mais o Fluminense, e a Ponte Preta ampliou após Renato derrubar Diogo Oliveira na área. O ex-tricolor Fernando Bob cobrou e marcou.  No fim da primeira etapa, Diego Oliveira – um dos destaques do jogo – tirou Douglas para dançar e cruzou para Borges. A bola escorou no atacante, bateu em Marlon e entrou. A arbitragem assinalou gol contra o zagueiro tricolor.

Apenas um time jogou futebol nos 45 minutos iniciais. Envolvente e arisca, a Macaca dominou o primeiro tempo e não demorou a marcar. Aos seis, Felipe Azevedo enfiou bola açucarada para Borges, que acertou bonito chute cruzado. O gol abateu ainda mais o Fluminense, e a Ponte Preta ampliou após Renato derrubar Diogo Oliveira na área. O ex-tricolor Fernando Bob cobrou e marcou.  No fim da primeira etapa, Diego Oliveira – um dos destaques do jogo – tirou Douglas para dançar e cruzou para Borges. A bola escorou no atacante, bateu em Marlon e entrou. A arbitragem assinalou gol contra o zagueiro tricolor.

 

Gustavo Scarpa - Ponte Preta x Fluminense (Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC)

Gustavo Scarpa marcou o gol de honra do Fluminense (Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC)

Eduardo Baptista voltou com Marcos Júnior do intervalo, e o torcedor tricolor teve motivo para sorrir no início do segundo tempo. No primeiro minuto, Gustavo Scarpa recebeu de Fred e descontou. Mas a reação parou por aí. Ronaldinho Gaúcho, que não jogava há seis rodadas, desde a partida contra o Atlético-MG, entrou aos 15, mas foi discreto e pouco tocou na bola. Segura da vitória, a Ponte apenas cadenciou o jogo, tocou a bola aos gritos de “olé” e aguardou o apito final.

 

GLOBO ESPORTE.COM

Sport 1 x 1 Ponte Preta

Ponte arranca empate na Ilha, e amplia série ruim do Sport no Brasileirão

Diego Souza abre placar para o Leão, que amarga agora cinco rodadas sem vencer, enquanto Borges assegura ponto para a Macaca, nos minutos finais na Ilha do Retiro

No retorno à Ilha do Retiro depois de 45 dias, o Sport fez um jogo frio e se complicou ao empatar em 1 a 1 contra a Ponte Preta. O Leão abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo com Diego Souza e depois disso parou. A Macaca, por sua vez, usou o segundo tempo para se mandar ao ataque. Com maior domínio, a equipe paulista empatou com Borges empatou aos 38 minutos.

Com o resultado, o Sport se distancia um pouco mais do G-4. O Leão caiu para a 7º colocação, com 31 pontos. Dois a menos que o Fluminense, quarto colocado. A Ponte Preta chegou aos 26 pontos e saiu da 10ª para a 9ª colocação.

Sport e Ponte agora esquecem um pouco o Brasileirão para pensar na Copa Sul-americana. Ainda na fase nacional do torneio, o Leão vai até Salvador para abrir o duelo contra o Bahia. Já a Macaca, recebe a Chapecoense no Moisés Lucarelli. Os dois jogos acontecem na quarta-feira, às 22h. Pela Série A, o Sport joga no sábado contra o Figueirense, e a Ponte no domingo, contra o Grêmio.

Sport x Ponte Preta (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Após abrir o placar na Ilha, Diego Souza foi parado pela marcação da Ponte
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

O jogo

O início de jogo dava a entender que o Sport sufocaria a Ponte Preta. E foi o que aconteceu, mas só até o gol, que veio logo aos 9 minutos. Numa tabela meio desengonçada, Diego Souza recebeu de André e mando para o fundo das redes. O Leão já havia chegado perto do gol outras três vezes antes disso, mas depois do gol resolveu diminuir o ritmo. E isso deu liberdade aos pontepretanos. Liderados por Bady e Borges, a Macaca passou a trocar passes no ataque  e assustar o Sport. No entanto, nenhum lance obrigou o goleiro Danilo Fernandes a fazer uma grande defesa, mas a pressão fez com que os rubro-negros deixassem o gramado afirmando que precisavam mudar o jeito de jogar.

O segundo tempo começou e se arrastou de forma monótona até os 38 minutos. Com a vantagem no placar e sem estar num dia inspirado, o Sport tentou ao máximo trocar passes para gastar o tempo. A Ponte Preta também não fez muito. Até tentou se lançar ao ataque, mas parecia um time desorganizado do meio para a frente, tanto que Danilo Fernandes, mais uma vez, não teve trabalho. A primeira bola que chegou ao gol, entrou. Gilson cruzou e Borges, sozinho, cabeceou para o fundo das redes.

GLOBO ESPORTE.COM

Ponte Preta 2 x 0 Avaí

Ataque da Ponte acorda no segundo tempo e supera o ferrolho do Avaí

Borges se redime de pênalti perdindo na etapa final e abre o caminho para a vitória por 2 a 0. Resultado embala a Macaca e segura Avaí à beira da zona da degola

Borges tinha apenas mais uma chance para se redimir do pênalti desperdiçado no fim do primeiro tempo. Diego Oliveira, seu substituto já estava à beira do gramado ouvindo orientações de Doriva. Foi quando o camisa 9 acertou cabeçada certeira para abrir o caminho para a vitória da Ponte Preta sobre o Avaí, por 2 a 0, ganhar mais alguns minutos em campo e a compreensão da torcida.

A redenção de Borges fez o ataque alvinegro desencantar após oito jogos sem marcar e deu o impulso para Felipe Azevedo completou o placar na noite desta quinta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli, pela penúltima rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.

Borges, atacante da Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli)
Borges comemora gol que abriu caminho para a vitória, com cabeçada certeira
(Foto: Marcos Ribolli)

A segunda vitória consecutiva em casa faz a Macaca respirar ainda mais aliviada em relação à zona de rebaixamento depois de amargar um jejum de sete jogos. Agora com 25 pontos, manteve a décima colocação e ampliou para nove a vantagem para o Goiás, que abre a degola. Já o Avaí segue sem conseguir deslanchar. Em 16, tem 20 pontos – o Goiás tem 16.

 

As equipes fecham o primeiro turno domingo. A Macaca enfrenta o Sport, fora de casa, enquanto o Avaí recebe o Corinthians. Ambos os jogos estão marcados para as 16h.

O jogo

O primeiro tempo seguiu o ritmo da marcação do Avaí. Enquanto os catarinenses ficaram fechados atrás, a Ponte pouco conseguiu fazer, apesar do domínio territorial. Bastou o Avaí descuidar um pouco da postura defensiva para a partida ficar aberta. É bem verdade que ir ao ataque proporcionou aos visitantes o primeiro lance de perigo, em chute de Emerson defendido por Lomba. Mas as principais chances foram da Ponte. Mesmo com dificuldade para criar com a bola rolando, chegou em cabeçada de Renato Chaves que Emerson tirou em cima da linha e depois Josimar mandou o rebote para fora, além do pênalti desperdiçado por Borges.

A Ponte voltou do vestiário disposta a fazer valer o mando de campo. E Borges disposto a se redimir. O atacante chamou o jogo e mostrou o tradicional oportunismo no jogo aéreo em cabecear no canto após cruzamento de Gilson, um dos melhores em campo, para abrir o placar. A partir daí o esquema do Avaí se desmontou, e a Macaca tomou conta da partida. Os espaços apareceram, e Felipe Azevedo tratou de aproveitar com uma pancada de longe. A falta de poder de reação do Avaí deixou a situação ainda mais sob o controle. Fim perfeito para as comemorações do aniversário de 115 ANOS da Macaca.

 

GLOBO ESPORTE.COM

Renato Maurício Prado comenta o que se esperar do Vasco x Flamengo de hoje

Cristóvão Borges e Celso Roth: estilos opostos no clássico entre Flamengo e Vasco deste domingo, em Cuiabá – Fotos de Cezar Loureiro/O Globo e Paulo Fernandes/Vasco

Esse Flamengo x Vasco de hoje bem poderia ser chamado do duelo entre o roto e o esfarrapado. Porque ambos estão na zona do rebaixamento e possuem times pra lá de limitados — indignos de suas gloriosas histórias. Um e outro estão buscando reforços mas, ao menos por enquanto, não conseguem empolgar suas torcidas. Daí ser até razoável levar o clássico para fora do Rio.

Na Arena Pantanal (um dos paquidermes brancos deixados pelo “legado” da Copa), provavelmente, o público será bem maior, pois os torcedores de fora têm poucas possibilidades de ver os seus times de perto — e tanto Flamengo quanto o Vasco possuem boa penetração no Mato Grosso. Se o jogo estará à altura do público, já são outros quinhentos. Com os jogadores que entrarão em campo, o duelo pode até ser muito disputado e emocionante. Mas brilhante em termos técnicos somente se houver um milagre capaz de fazer gente como Guiñazu e Márcio Araújo jogar o fino da bola.

Renato Maurício Prado – O GLOBO – 28 de junho de 2015

© 1996 – 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Vasco 0 x 3 Ponte Preta

3 a 0 e cabia mais: Ponte vence, sobe ao 2º lugar e mantém Vasco no Z-4

Diego Oliveira, Tiago Alves e Borges marcam em grande vitória. Jordi e Gilberto, este ainda perdeu pênalti, são expulsos em noite de vaias e gritos de olé em São Januário

As vaias e os gritos de olé da torcida resumiram a noite desta quarta-feira em São Januário. A Ponte Preta fez os vascaínos ficarem irritados com o próprio time. E foi merecedora do reconhecimento. Com grande atuação, comandada por Renato Cajá, o time paulista mostrou por qual motivo é um dos destaques do Brasileirão. venceu por 3 a 0. E cabia mais: teve bola no travessão, gol perdido sem goleiro… Se manteve no G-4 – é o segundo colocado agora. E o Cruz-Maltino, com Jordi e Gilberto expulsos, se afundou na crise: continua na zona do rebaixamento e como uma das decepções do nacional .

Embora a má e a boa campanha, respectivamente, de Vasco e Ponte Preta tenham se intensificado, a situação na tabela pouco mudou. O Cruz-Mantino continua no Z-4: é o 18º colocado, com três pontos. A Macaca, no G-4, subiu para o segundo lugar ao somar a 11 pontos. A tentativa de recuperação vascaína será, sábado, em Curitiba, às 22h (de Brasília), diante do Atlético-PR, o líder da competição. Mesmo dia, na Vila Belmiro, que, a partir das 18h30 (de Brasília), a Ponte desafia o Santos.

A Ponte Preta marcou dois gols, foi melhor e praticamente venceu o jogo no primeiro tempo. A superioridade começou logo aos 51 segundos: Diguinho perdeu a bola no meio, Biro Biro lançou Renato Cajá, que cruzou fechado. A bola sobrou a Diego Oliveira, que chutou rasteiro, 1 a 0. Teve mais: Diego Oliveira perdeu a chance do segundo, após rebote de Jordi, sem goleiro. Só então o Vasco cresceu. O árbitro Heber Roberto Lopes deu pênalti duvidoso de Pablo em Gilberto. O atacante bateu, Marcelo Lomba defendeu. Rafael Silva, de cabeça, na pequena área, obrigou o goleiro rival a ótima defesa. Jordi derrubou Felipe Azevedo e foi expulso. Cajá bateu a falta no travessão. Mesmo em inferioridade, o time carioca tentou. Christiano acertou a trave. Mas Tiago Alves teve melhor pontaria e, após escanteio, venceu Charles. O segundo tempo foi morno: Vasco sem força, Ponte administrando. De resgistro um golaço: Cajá, em lindo passe, serviu Borges que, de primeira, acertou o ângulo. 3 a 0 e cabia mais. Gilberto ainda seria expulso por reclamação.

Vasco x Ponte Tiago Alves Biro Biro Diego Oliveira (Foto: Agência Estado)
Tiago Alves comemora segundo gol da Ponte Preta sobre o Vasco em São Januário
(Foto: Agência Estado)
GLOBO ESPORTE.COM

Cruzeiro 3 x 0 Flamengo

 3 x 0 

9ª RODADA
SOBERANO, CRUZEIRO SÓ PRECISA DE UM TEMPO PARA VENCER O FLA POR 3 A 0
Time chega aos 19 pontos ganhos com sobras e mostra que é sério candidato ao título brasileiro. Fla terminar a nona rodada na vice-lanterna .
Nunca foi tão fácil. Soberaníssimo do começo ao fim, o Cruzeiro mostrou neste domingo, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, por que é o lider do Brasileirão. Precisou de apenas 45 minutos para assegurar mais três pontos na tabela. Não é difícil explicar os 3 a 0 sobre um apático e desorganizado Flamengo, que terminou a rodada na vice-lanterna. Todos os setores da equipe mineira funcionam. Nos dois primeiros gols, aos 16 e 18 minutos, o time fez jus ao apelido de Raposa que tem o clube: soube aliar a técnica à sabedoria para dar o bote. Duas roubadas de bola do meio de campo na errada saída de jogo da equipe rubro-negra iniciaram as lindas jogadas nos gols de Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro. Borges completou o amplo domínio, seja por uma zaga que não dá brechas, pelos laterais vigorosos e os volantes aguerridos mas que sabem sair jogando. E seja pelo talento. Marlone, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro trocavam passes com facilidade e deixaram o camisa 9 Borges bem à vontade na frente.

Mal mais uma vez, o Flamengo, que ainda não conseguiu vencer sob a batuta do técnico Ney Franco – já são cinco partidas -, deixou a desejar, e vai precisar melhorar e muito nessa paralisação do Campeonato Brasileiro em virtude da Copa. O time soma apenas sete pontos na tabela. Com exceção do goleiro Paulo Victor, com boas defesas que evitaram goleada maior, ninguém se salvou. Os laterais apoiaram mal e foram totalmente dominados, a zaga, lenta com Wallace e Chicão, e os volantes se colocaram mal e não sabem sair jogando. O meio-campo se ressente de jogadores criativos. Mugni até tentou melhorar um pouco o time quando entrou na segunda etapa, mas não tinha com quem tabelar. E, com tudo isso, o ataque sequer teve chances de concluir.

O primeiro tempo terminou com o fiel retrato da tabela do campeonato. O Cruzeiro, líder, organizado, mortal no momento que desejasse, fez o que quis na partida, aproveitando-se ainda de um Flamengo totalmente desorganizado na defesa. Se Nilton e Henrique dominavam totalmente a luta pela posse de bola – a Raposa teve 28 roubadas, contra 13 rubro-negras -, o meio-campo trabalhava. E como. Marlone, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart trocavam de posições. Borges, fixo na frente, deixava a zaga do Fla mais presa. E Wallace não dava conta. Chicão tentava se desdobrar para conter a chegada do toque de bola cruzeirense de pé em pé. Léo Moura, pela direita, não conseguia conter os avanços do veloz Egídio. Samir, pela esquerda, ainda

sem

cacoete de lateral, enfrentou um Mayke cuja velocidade era de espantar.

Henrique e Luiz Antônio Cruzeiro x Flamengo (Foto: Cristiane Mattos/Futura Press)
Henrique leva melhor sobre Luiz Antônio: volante rouba todas no meio (Foto: Cristiane Mattos/Futura Press)

As roubadas de bola nas equivocadas saídas de jogo da defesa do Fla terminaram em dois gols seguidos, aos 16 e 18 minutos, num momento em que o Flamengo até tentava crescer na partida. Mas Alecsandro errou jogada na intermediária, e não deu para segurar a linda linha de passes da Raposa, que terminou com Éverton Ribeiro tocando de cabeça para Ricardo Goulart apenar concluir. Esse foi o primeiro. No segundo gol, o bom volante Henrique, um dos destaques da partida, roubou mais uma bola e entregou de presente para Éverton Ribeiro, o onipresente, bater de canhota para as redes, sem defesa.

Daí em diante, ficou tudo mais fácil. Éverton Ribeiro poderia ter feito mais um, não fosse grande defesa de Paulo Victor, em chute cruzado. O Flamengo não mostrava poder de reação. Tocava a bola de um lado para o outro. Márcio Araújo até procurava melhorar a saída de bola, mas ninguém na frente também se apresentava para receber. E o Cruzeiro apertava, Em nova bonita troca de passes, Ricardo Goulart recebeu do lado esquerdo da área e finalizou. Paulo Victor deu o rebote para Borges completar e fazer o terceiro, bem aos 45 minutos.

Ricardo Goulart Cruzeiro x Flamengo (Foto: Célio Messias/Agência Estado)
Atacante Ricardo Goulart abre o placar para a
Raposa (Foto: Célio Messias/Agência Estado)

No segundo tempo, Ney Franco tentou melhorar a equipe rubro-negra, trocando Alecsandro por Lucas Mugni e Samir por João Paulo. Mas nada. O argentino até melhorou um pouco o toque no meio de campo, mas não tinha com quem jogar. Do lado da Raposa, as jogadas saíam com velocidade. Nos quatro primeiros minutos, houve duas chances claras: a primeira com Nilton e a segunda com Ricardo Goulart, que numa cabeçada à queima-roupa obrigou Paulo Victor a outra boa defesa.

Marcelo Oliveira fez duas trocas, por puro cansaço: Marlone e Borges, bem no jogo, deram vez a Elber e Luan. E um tocou para o outro quase fazer um golaço: Elber centrou para Elber matar no peito e mandar com estilo para Paulo Victor mandar a escanteio. O time já tinha Julio Baptista no lugar de Éverton Ribeiro. O Fla, com Gabriel no lugar de Amaral, nada conseguia. O abismo era grande entre as duas equipes na tabela e no campo.

 

GLOBO ESPORTE .COM

Torcida recebe Cruzeiro com festa em Salvador: ‘O tri vai ser no Barradão’

Borges Cruzeiro Salvador (Foto: Léo Simonini)

Borges dá autógrafo para os torcedores no saguão
do aeroporto (Foto: Léo Simonini)

 

Com chances de conquistar o título brasileiro na quarta-feira, contra o Vitória, no Barradão, o Cruzeiro chegou a Salvador na noite desta terça recebido com festa por aproximadamente 60 pessoas. O saguão do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães lembrou por alguns minutos a arquibancada do Mineirão, com gritos de incentivo aos jogadores e provocação a um atleticano que passou pelo local.

Primeiros a aparecer no saguão, o presidente Gilvan de Pinho Tavares e o técnico Marcelo Oliveira foram tratados como estrelas e pararam para tirar fotos e dar autógrafos aos torcedores. Entre os jogadores, os mais festejados foram o goleiro Fábio e o atacante Borges, filho da terra. No meio da festa cruzeirense, um homem apareceu no saguão com a camisa do Atlético-MG e foi recebido com uma tremenda vaia. Bem-humorado, ele disse o bordão “Aqui é Galo”, mas acabou envolto numa bandeira do Cruzeiro, para delírio da torcida..

A recepção é muito bacana, mas ainda precisamos confirmar o título dentro de campo”
Fábio

Entre pedidos de autógrafos e fotos, os jogadores ouviram a música: “Não é mole, não, o tri vai ser no Barradão”. Animado com a recepção, Fábio afirmou que a equipe vai tentar retribuir dentro de campo, na quarta, o carinho recebido no aeroporto.

– A recepção é muito bacana, mas ainda precisamos confirmar o título dentro de campo.

Cercado pelos conterrâneos, Borges brincou com torcedores e jornalistas, para em seguida analisar o adversário.

– O Vitória vem brigando por uma vaga na Libertadores, mas sabemos também que vivemos um grande momento e vamos em busca do resultado.

Torcida Cruzeiro Salvador (Foto: Léo Simonini)Torcida compareceu em bom número ao aeroporto para saudar os jogadores (Foto: Léo Simonini)

Polêmica com preparador de goleiros

Em meio ao tumulto até que jogadores e integrantes comissão técnica chegassem ao ônibus, duas torcedoras, Tatiana e Ana, relataram um princípio de confusão envolvendo o preparador de goleiros Robertinho. Segundo elas, o sobrinho de uma delas provocou dizendo que o Cruzeiro não teria chances no Barradão. Ainda segundo o relato de ambas, Robertinho teria xingado o torcedor e em seguida tentado descer do ônibus, no que foi contido pelos próprios seguranças cruzeirenses. A assessoria de imprensa do clube negou o incidente.

São dois os que sobram

São dois os que sobram

 

O Cruzeiro ainda não é o campeão brasileiro de 2013. Ainda. Mas o domingo já foi de festa quase completa no Mineirão, com direito a bela vitória – 3 a 0 sobre o Grêmio -, confraternização entre os jogadores no gramado e gritos de “é campeão!” vindos das arquibancadas. `

“A gente está muito próximo do nosso objetivo e o grito de campeão está engasgado, mas ainda falta pouco. Fizemos o nosso papel e estamos de parabéns, porque mostramos nossa força no Mineirão. Fico feliz com essa vitória e com a festa maravilhosa. Vamos soltar o grito de campeão agora e confirmar no próximo jogo”, disse o volante Nilton, referindo-se ao duelo diante do Vitória, na quarta-feira, no Barradão, em que uma vitória dos cruzeirenses basta para assegurar de vez a taça. Na mesma noite, o Atlético Paranaense visita o Criciúma.

Após o apito final no Mineirão, o atacante Dagoberto comandou a festa e, mesmo sem a taça, os jogadores deram até volta olímpica. Willian explicou que os atletas resolveram extravasar porque o título dificilmente vai escapar, mas frisou que isso não se trata de falta de respeito com os adversários. “Vamos comemorar, mas sabendo que tem mais um jogo e temos competência para conquistar e comemorar de vez. O grupo é muito forte e, pelo momento, estamos extravasando de uma forma respeitosa. Sabemos que falta um jogo, mas temos tudo para concretizar o título. Por isso, a festa começou hoje.”

A celebração só não foi total e matematicamente assegurada porque, enquanto a Raposa brilha, aquele que é o único time que, em tese, ainda pode alcançar os mineiros na ponta da tabela também vem voando baixo: dias após ter se classificado para a final da Copa do Brasil, o Atlético Paranaense deu mais uma demonstração de sua força ao interromper uma sequência de dez jogos sem derrota do São Paulo.

E não só interromper, mas com sobras: foi também com um 3 a 0 na Vila Capanema que os rubro-negros chegaram a 58 pontos: 13 a menos do que o Cruzeiro, mas, mais importante, já quatro a mais do que o Grêmio e cinco a mais do que Botafogo – que perdeu para o Internacional por 2 a 1 em Caxias do Sul – e Goiás.

Na gangorra de alguns pontinhos que faz um time um dia estar preocupado com rebaixamento e, no outro, pensando em vaga na Copa Libertadores, a vez de se animar é do Vitória: diante de uma Ponte Preta preocupada também com a semifinal da Copa Sul-Americana diante do São Paulo na semana que vem, os baianos se aproveitaram, jogaram bem em Campinas e marcaram 3 a 0 para chegar a 51 pontos, na sexta colocação.

A vez de o Fluminense sofrer
Foi como se a leva de jogos da tarde do domingo se tratasse de um assunto e os da noite, de outro. Porque uma vez feita a festa do Cruzeiro e ratificado o embalo do Atlético Paranaense, o que entrou em campo a partir das 19h30 foi sobretudo pautado por um assunto: o rebaixamento, ou a luta contra ele.

Três equipes em posição tremendamente crítica entraram em campo – para não falar do já rebaixado Náutico, claro – e cada uma delas saiu com um gosto bem diferente. O Vasco recebeu o Santos, esteve perdendo por 2 a 0 e com Juninho Pernambucano fora de campo. Pelas circunstâncias, então, comemorou seu pontinho do empate em 2 a 2 como se de uma vitória se tratasse. Porque vitória mesmo quem teve foi o Criciúma, com um golzinho suado diante do Náutico.

E derrota, no final das contas, só mesmo do Fluminense. Diante do Corinthians, em Araraquara, o atual campeão levou gol de pênalti de Alexandre Pato no final da partida e apertou a corda contra seu pescoço na luta contra a queda para a Série B em 2014.

A briga mais aguda é logo acima do Náutico (17 pontos) e da Ponte Preta (34). Hoje, estariam rebaixados Criciúma e Fluminense, ambos com 36 pontos. Os vascaínos, com o empate, foram a 37, enquanto o Bahia tem 39 e a Portuguesa, 40.

Resultados da 33ª rodada:
Bahia 0 x 0 Atlético Mineiro
Portuguesa 0 x 0 Coritiba
Flamengo 1 x 1 Goiás
Internacional 2 x 1 Botafogo
Ponte Preta 0 x 3 Vitória
Cruzeiro 3 x 0 Grêmio
Atlético-PR 3 x 0 São Paulo
Vasco 2 x 2 Santos
Corinthians 1 x 0 Fluminense
Náutico 0 x 1 Criciúma

 

FIFA.com

Cruzeiro 3 x 0 Grêmio

 3 x 0 

O domingo parecia ter sido desenhado para o cruzeirense. Céu azul, rostos azuis, cabelos azuis, camisas azuis que fizeram correr mais forte o sangue azul e pulsar mais rápido os corações azuis de milhões de pessoas. Belo Horizonte amanheceu eufórica. Buzinas e fogos de artifício ecoavam. Só se esqueceram de convidar o Atlético-PR para a festa. O Cruzeiro venceu o Grêmio por 3 a 0, porém o Furacão bateu o São Paulo pelo mesmo placar e adiou a oficialização do tricampeonato. Mas não adiou a festa. Deixou a Raposa 99,99…% campeã. Futebol não é matemática, números não têm emoção e não compreendem a energia trocada entre torcedores e jogadores no Mineirão. Eles sabiam que era a única chance de sacramentar o título em casa, já que os próximos três jogos serão longe: Salvador, Uberlândia e Rio de Janeiro.

Por isso, deram de ombros para o resultado de Curitiba e festejaram como se o time já fosse tri, com direito à volta olímpica e taça (uma réplica feita pela torcida, mas, ainda assim, uma taça). Atletas abanando as camisas ao som do povo, numa despedida épica de um campeonato que alguns chamaram de “sem graça”. Só se for para os rivais.

Borges comemora gol do Cruzeiro contra o Grêmio (Foto: Marcos Ribolli)Borges comemora o primeiro gol da vitória cruzeirense sobre o Grêmio (Foto: Marcos Ribolli)

Como se esses jogadores, em quem pouco se apostava no início do campeonato, já estivessem na galeria de heróis ao lado de Tostão, Alex e companhia. Basta à Raposa vencer o Vitória, na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Barradão. Se empatar ou perder, só não levanta a taça se o Atlético-PR derrotar o Criciúma, fora de casa, também na quarta, às 21h.

Se os atletas são obrigados a esperar para gritarem “é campeão” sem nenhum pudor, a torcida fez isso desde a chegada do ônibus do time ao Mineirão, em meio a um mar evidentemente azul. O povo riu à toa, bateu palmas para ex-jogadores como Sorín, Ricardinho e até Dida, que defendeu o rival Grêmio. Mesmo assim, foi ovacionado.

– A torcida merece, está de parabéns. Temos 99% de chances de sermos campeões. É extraordinário. Ganhamos de todas as equipes, respeitando todas as equipes. Vamos fazer de tudo para sermos campeões no próximo jogo – afirmou o atacante Ricardo Goulart, autor do terceiro gol.

Assim como outro goleiro. Fábio parou o Tricolor Gaúcho no segundo tempo. Garantiu a grande vitória, que teve o dedo de Marcelo Oliveira e os talentosos pés de jogadores que se encaixaram num quebra-cabeça quase perfeito.

– Não jogamos mal. Criamos, mas o Fábio esteve muito bem. Tentamos de tudo, mas paramos no Fábio. O pior seria se não tivéssemos criado – disse o técnico gremista, Renato Gaúcho.

O Grêmio, que só disputou 45 minutos em bom nível, vê a vaga na Libertadores cada vez mais ameaçada por Goiás e Vitória. Na quarta, os gaúchos vão enfrentar o Vasco em Porto Alegre.

Dupla campeã

Dagoberto está prestes a ganhar seu quarto título brasileiro. Borges vai para o terceiro, todos ao lado do companheiro. Parece que título atrai título. Jogadores com o carimbo de campeão cravado no corpo e na alma, decisivos. Foram eles os protagonistas do primeiro tempo. Na esquerda, Dagoberto deitou e rolou em cima de Werley e Pará, com direito a uma linda caneta no lateral. Ele ditou o ritmo do envolvente ataque do Cruzeiro, que tinha Borges à espreita, à espera de uma bola. Ou de duas… Na primeira, após chute de Everton Ribeiro, ele furou.

A segunda bola passou pela cabeça do parceiro. De Dagoberto para Borges executar um movimento indescritível. Sabe-se lá se bicicleta, voleio, canelada artística… Tão diferente que o atacante bateu com a cabeça no chão ao mesmo tempo em que Dida observou a bola morrer no fundo de sua rede. Uma loucura azul no Mineirão, um passo enorme para o tri. Seja quando for. A essa altura, o Atlético-PR já vencia o São Paulo por 2 a 0. O placar do estádio não anunciou os gols, mas hoje em dia, com celulares, internet e afins, todos já sabiam.

O Grêmio se defendeu sem vergonha. Parece que até desaprendeu a atacar. Com um meio nada criativo, dependeu de contra-ataques mal armados. Um deles quase chegou aos pés de Pará, mas Fábio saiu de carrinho em seus pés e fez vibrar Marcelo Oliveira. Do outro lado, Renato Gaúcho deu seu show particular quando segurou Egídio, que havia saído de campo tentando alcançar a bola. É como se o professor Portaluppi pedisse clemência: “Joguem com dez, por favor…”. Os dois riram, a torcida vaiou. Kleber, marcado de perto por milhares de pessoas, levou seu quase obrigatório cartão amarelo. E Wilson Luiz Seneme quase recebeu vermelho de Marcelo Oliveira ao ignorar lance em que Éverton Ribeiro pediu pênalti. Foi o último ato do primeiro tempo.

‘Tricampeão, tricampeão…’

Missões da etapa final: Marcelo Oliveira tinha de convencer os jogadores a lutar pela vitória com a mesma gana, mesmo sabendo que dificilmente dariam a volta olímpica. Renato Gaúcho precisava fazer o Grêmio atacar. Os dois tiveram êxito. Só que, para azar do gremista, havia um Fábio no caminho. Kleber chutou, Barcos chutou, Yuri Mamute chutou… E Fábio espalmou, Fábio espalmou, Fábio espalmou! O argentino ainda acertou a trave. Renato esbravejou, pulou, socou o banco de reservas… E viu o Cruzeiro fazer o que seu time não soube.

Com Willian e Luan nos lugares de Dagoberto e Everton Ribeiro, o Cruzeiro ficou renovado na frente. E no placar. Que estrela de Willian! “Respeita o moço”, já pede a letra do Bigode Grosso. Tem que respeitar mesmo. Entrou e fez o gol, na sobra, de pé esquerdo. Em meio a tanta comemoração, é bom se lembrar e agradecer ao Metalist, que mandou o atacante como parte do pagamento por Diego Souza.

Dagoberto Cruzeiro e Grêmio (Foto: Marcos Ribolli)Dagoberto comemora a vitória sobre o gol do Mineirão: clima de título (Foto: Marcos Ribolli)

A vitória do Atlético-PR já era inevitável em Curitiba, e a torcida respondeu nas cadeiras do Mineirão: “tricampeão, tricampeão!”. Ricardo Goulart, único do quarteto titular mantido em campo até o fim, fechou a vitória. Prova cabal do dedo do treinador na grande vitória: um, dois, três a zero. Um, dois, três títulos brasileiros: 1966, 2003 e 2013. É questão de tempo. De pouquíssimo tempo.