Mesmo após se decepcionar com Boogie Oogie , Rede Globo dará nova chance ao autor Rui Vilhena

Nova oportunidade

“Boogie Oogie”, trabalho de estreia do lusitano Rui Vilhena, deixou muito a desejar. Não foi o sucesso que a Globo esperava.

Ainda assim as apostas no nome deste autor continuam fortes no Projac. Agora no final do ano ele teve uma outra sinopse aprovada, em condições de entrar em linha de produção nos próximos anos.

 

Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery

Children with autism caged and abused at school

April 2, 2015 – 10:17PM

Rachel Browne

Social Affairs Reporter

EXCLUSIVE

David Roy with his six-year-old son Fraser, who came home from school bruised.

David Roy with his six-year-old son Fraser, who came home from school bruised. Photo: Marina Neil

Disturbing allegations have emerged about widespread abuse of children with disabilities in the classroom following the suspension of a principal at a school where a cage was built for a 10-year-old boy with autism, to control his behaviour.

Children are regularly shut in isolation rooms, tied to furniture or physically restrained by staff at some schools, according to the country’s leading advocacy group which blames inadequate teacher training.

Children with Disability Australia chief executive Stephanie Gotlib described the practices as “abuse”, saying the organisation was fielding an increasing number of calls from parents distressed at the treatment of their children.

The bruise on Fraser's arm.

The bruise on Fraser’s arm.

“We are hearing about incidents of restrictive practices more frequently, including restraints and seclusion,” Ms Gotlib said.

“It is increasing and it’s a clear reflection of a system which is inadequate in meeting the needs of students with a disability. Teachers are stretched to the max. Some of them don’t have appropriate training. The system is in crisis.”

Martial arts instructors have been used for “behaviour management” in Australian schools and children have been locked in “time out” rooms for extended periods, or physically restrained, according to a submission CDA made to the United Nations’ Committee on the Rights of Persons with Disabilities in March.

Ms Gotlib said the incident involving the Canberra boy for whom the cage was built was far from isolated and she has repeatedly raised the issue with the Australian educational authorities.

University lecturer David Roy was shocked when he noticed bruising on his son Fraser’s arm when he came home from class in the Newcastle region. Fraser, six, is non-verbal and has been diagnosed with autism and severe dyspraxia.

“We were horrified so we took him to the hospital to have it checked out and the staff said they could tell the bruising was caused by a hand,” he said.

Mr Roy said staff failed to notice when Fraser escaped from the unit on two occasions and was found wandering unsupervised in the playground. He became increasingly alarmed by Fraser’s deteriorating behaviour, including panic attacks and nightmares and parroting the word “retard” at home.

“We would say, ‘How are you?’ and he would say, ‘retard’. That’s not a word we use at home so the only place he could have heard it is in class,” he said.

Mr Roy removed his son from the school and complained to the Department of Education, which found there was insufficient evidence to support the allegations.

Fraser is now being homeschooled, an option which Ms Gotlib believes is becoming more common for families who have lost trust in the education system.

“The Department of Education will argue that it’s a safety issue and use that as justification for pinning a child down or isolating them in a room with no windows,” she said.

“It is a form of abuse. Would teachers physically restrain a child without a disability? Would they isolate them? If I locked someone’s child in a cupboard for a couple of hours or tied them to a chair, I would have the police on the doorstep.”

Dr Sally Robinson, a research fellow at Southern Cross University, said the majority of staff working with children with disabilities were well-intentioned but often under-resourced.

“Children and young people with disability experience higher incidences of interpersonal harm at school compared to their peers, and across multiple life domains are abused at approximately three times the rate of children without disability,” she said.

A Department of Education spokesman said it did not keep data on complaints specific to children with disabilities. He said teachers received appropriate training and only used restraints in certain instances.

“Any decision taken by staff to physically restrain a student should be exercised only in those circumstances where there is a real and immediate threat of injury to a person or serious damage to property and there is no other practical way of preventing the likely injury or damage,” he said.

“Teachers are trained in classroom management and strategies to manage behaviour in the classroom.”

He said the investigation into Mr Roy’s initial complaint is complete but the department is looking into some new issues raised by the family.

 

The Canberra Times

Último capítulo de ”Boogie Oogie” bate recorde de audiência

O último capítulo de “Boogie Oogie“, exibido nesta sexta-feira (06) na Globo,  rendeu o recorde de audiência à novela.

Contada em 185 capítulos, no ar desde agosto de 2014, o folhetim de Rui Vilhena terminou com 22 pontos de média no Ibope.

“Meu Pedacinho de Chão”, por exemplo, chegou ao fim com 19, e “Joia Rara”, com 23.

Mas, os números de “Boogie Oogie” são prévios e podem sofrer alterações no consolidado. Cada ponto equivale a 198 mil telespectadors.

Na próxima segunda (9), é a vez de “Sete Vidas” estrear, sob autoria de Lícia Manzo, logo após “Malhação”.

 

NaTelinha

Barrigas, clichês, decepção e surpresas: o raio-X de “Boogie Oogie”

Desde o dia 4 de agosto, o moçambicano Rui Vilhena emplacou sua primeira novela na Globo, tendo já escrito outras em Portugal, até com relativo sucesso.

Sua primeira obra por aqui, “Boogie Oogie” chegou ao fim nesta sexta-feira (06) com 185 capítulos, sendo grande parte deles marcados pelo excesso. Excesso de repetição.

Com uma premissa piegas, a de trocar bebês na maternidade, o autor garantiu história pra contar até o último capítulo, mas com o estica daqui e puxa dali, acabou se perdendo por vezes na condução da história, o que comprometeu seu andamento, já que seu arrasto beirou o patético com tantos capítulos semelhantes.

Destes 185 capítulos, ao menos em 186 pudemos ouvir “troca de bebês” e o “segredo da Carlota”, fato este que quando revelado causou certa decepção já que se criou uma dimensão estratosférica em torno dele. Não que roubar diamantes de uma coleção feita para Carmen Miranda seja algo banal, mas pelas repetições excessivas desse tal segredo a todo instante, esperava-se mais. Crimes mais cruéis ou brutais. Nada disso.

Nada de política

O autor optou por não retratar politicamente o Brasil naquele ano de 1978. Apostou numa história mais água com açúcar, onde o verdadeiro protagonista foi o amor (e o ódio). Uma história de amor (e de ódio, claro). No entanto, os ditos “vilões” Pedro (José Loreto) e Vitória (Bianca Bin) passaram toda a novela correndo atrás de seus amados Sandra (Ísis Valverde) e Rafael (Marco Pigossi), respectivamente.

Aliás, Pedro sequer teve uma cena amorosa com Sandra durante toda a novela. O que houve foram apenas lembranças dos personagens e fotos.

Nada que justificasse tamanha obsessão ao não ser pelas palavras ditas por ele. Ao contrário de Vitória, que chegou a ficar noiva de Rafael, com um pedido de casamento cinematográfico no primeiro capítulo.

Carência cômica

É bem verdade que Vitória teve seus lapsos humorísticos e a menina Cláudia (Giovanna Rispoli) não ficou atrás. Para falar a verdade, a grande válvula de escape da trama nesse sentido, a veia cômica, veio por parte de Cláudia com suas tiradas que deixavam qualquer adulto sem resposta. Peralta e com uma resposta na ponta na língua, Giovanna roubou a cena e representou brilhantemente uma pré-adolescente dos anos 70, tirando até mesmo a vilã Carlota de seu eixo.

Este quesito poderia ser mais bem explorado com o personagem Vicente (Francisco Cuoco), que se sabotou com uma história de amor com Madalena (Betty Faria) sabendo que no fundo não daria em nada. Frases até de efeito foram usadas, mas Cuoco poderia ter rendido muito mais.

Personagens plantas

Foi difícil compreender a razão da existência do personagem Tadeu (Fabrício Boliveira). O rapaz apenas falava bonito, mas servia somente de escada para outros, não tendo utilidade alguma dentro da história. Parecia do elenco de apoio. Tadeu só ganhou força e alguma importância quando passou a se envolver com Inês (Deborah Secco), que também não teve grande relevância dentro de “Boogie Oogie”, sendo apenas a amiga chata de Suzana (Alessandra Negrini) avisando dos perigos de se vingar de Fernando (Marco Ricca) e das consequências que isso poderia trazer.

Andando em círculos

A história, embora clichê e promissora, tinha um ritmo bastante interessante, mas em muitos momentos andou em círculos. Rui Vilhena não sabia o que fazer com o que tinha em mãos e capítulo sim, e outro também, havia uma gritaria na mansão dos Fraga com acusações de segredos, troca de bebês e tráfico de diamantes. Acabou se tornando um martírio acompanhar uma trama que não se desenrolava e não dava pistas de quando as coisas sucederiam.

Trocando em miúdos, um ritmo alucinante contando sempre a mesma coisa.

Tempo perdido

Uma história paralela que insultou a inteligência do telespectador foi a possibilidade de Paulo (Caco Ciocler) ser o pai de Vitória. A menina mudou e ficou mais perdida que surdo em bingo tamanha era as trocas de pais que teve. Ora Fernando, ora Elísio (Daniel Dantas) e Paulo…

Foram até os Estados Unidos fazer um exame que era uma novidade na época, aquele tal do DNA. Quando chegaram, o resultado era de que Paulo seria o pai de Vitória. Que nada. Semanas depois foi descoberto que ele era estéril. Não convenceu. Um grande buraco no meio da trama sem uma explicação verdadeiramente convincente.

Reiterando

Como já disse em outra oportunidade neste espaço, Bianca Bin mostrou sua versatilidade ao interpretar uma dondoca com trejeitos, caras e bocas que lhe são peculiares. Veracidade impressionante e o grande papel foi dela.

Uma pena que seu final tenha sido solitário ao revelar-se que não era uma vilã de fato, e sim alguém que não media esforços para buscar um amor.

A impunidade

No país sem leis e da impunidade que vivemos, este denominado Brasil, parece que isso também está indo de encontro às telenovelas. Não que seja condenável, já que se trata de uma obra de ficção científica teoricamente. Mas é no mínimo estranho e temos que considerar a hipótese e questionar a razão dos maus se darem bem até mesmo na dramaturgia.

Durante boa parte de “Boogie Oogie”, falou-se num tal de “Corvo”, bandido famoso no Rio de Janeiro nas décadas de 1950 e 1960. Ninguém nunca tinha ouvido falar e juravam que ele era uma lenda. Carlota (Giulia Gam) sabia sua identidade. O Corvo na verdade era uma mulher, e pior: delegada. Ela atendia por Ágata (Pepita Rodriguez) durante seus momentos de cidadã e autoridade.

Ágata estava envolvida até o último fio de cabelo com o roubo de diamantes feitos pelo conceituado profissional do ramo de joias, Renan Fischer, que desenvolveu exclusivamente para Carmen Miranda. Grande parte dessas joias ficou com Carlota.

Mas, conforme a história foi avançando e Carlota perdendo o controle dessas pedras preciosas, surgiu outro enigma: quem era o tal atropelador? Todos que tinham em mãos esses diamantes morriam atropelados misteriosamente.

Homero (Osvaldo Mil) era um dos principais suspeitos, já que naquele roubo das joias na boate Vogue, nunca teve sua recompensa dada por Carlota. Homero é aquele típico malandro carioca dos anos 70, falando arrastado com uma camisa cujos primeiros botões eram abertos, tentando passar a perna em quem fosse. Devo ressaltar a boa representação do ator neste papel, que lhe caiu como uma luva, sabendo convencer o telespectador, embora também pudesse ser mais bem aproveitado.

No fim, ele foi pego tentando atropelar Vitória com a alegação de que era para dar um “susto” na moça, que prometeu entregar todas as joias à polícia. Do outro lado da rua, Ágata observou tudo e disse ao comparsa que ela mesma atropelou todos os outros, saindo impune da história. Detalhe: com parte das joias (que na verdade, eram falsas).

Traições e gran-finale

Depois de Fernando ter tido um harém num festival de amantes, Carlota se cansou e resolveu se vingar. Com Beto (Rodrigo Simas) na presidência da Vip Turismo, tudo se tornou mais fácil, mas a entrada da contadora Solange (Priscila Fantin) atrapalhou um pouco seus planos.

Deixando a empresa à beira de um colapso financeiro, Beto, que mais parecia um fantoche, tomou alguma atitude e “traiu” a própria mãe, deixando-o voar para fora do Brasil sem um tostão e Solange, que pensou que teria dado um golpe no patrão e “peguete”, saiu frustrada.

Beto teve um desencargo de consciência e devolveu tudo que surrupiou, enquanto a mãe, Carlota, também não voou. Pelo contrário, foi até o túmulo de seu finado marido, o bandido Ivan, para pegar as verdadeiras joias que escondeu por anos a fio. Debaixo da terra. Estava adivinhando…

Em suma

“Boogie Oogie” foi um festival de clichês, com um texto repetitivo e por vezes pueril, além das “barrigas” ao longo desses 185 capítulos.

Mas, há que se destacar os atores que foram bem escalados, direção afinada e a trilha sonora, que foi um show à parte.

Que venha “Sete Vidas”.
Thiago Forato é jornalista, escreve sobre televisão há dez anos e assina a coluna Enfoque NT há quatro, além de matérias e reportagens especiais no NaTelinha. Converse com ele: thiagoforato@natelinha.com.br  |  Twitter e Instagram: @tforatto

 

Na Telinha

Boogie Oogie 04/03/2015

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Boogie Oogie 03/03/2015

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Fernando se esconde e Homero foge em seu carro. Pedro intimida Sandra. O atropelador faz mais uma vítima. Célia conta para Beatriz que será sócia da Star Trip. Vitória tem uma ideiapara unir Elísio e Beatriz. Madalena avisa a Beto que Fernando voltará para a Vip Turismo. Tadeu e Ana temem o resultado do julgamento de Susana. Elísio e Beatriz ficam presos no elevador. Luisa e Ricardo entregam os recibos da Vip Turismo para um contador.

Boogie Oogie 02/03/2015

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Elísio termina seu romance com Leonor. Elísio, Beatriz, Cláudia, Otávio e Rafael fazem uma surpresa no aniversário de Sandra. Fernando, Madalena, Ricardo, Luisa e Beto comemoram o aniversário de Vitória. Carlota tenta falar com Ágata. Vitória se anima ao ver Rafael chegar à sua festa. Ágata chega à Boogie Oogie. Danielle flagra Carlota discutindo com Ágata e comenta com Vitória e Rafael. Pedro vai atrás de Sandra. Fernando e Homero perseguem a delegada.