Com chuvas abaixo da média, 2016 é um dos anos mais secos no Ceará

Funceme diz que fevereiro foi o mês mais crítico.
Região Jaguaribana foi a macrorregião mais afetada.

As chuvas no Ceará no período da quadra chuvosa (fevereiro a maio) de 2016 ficaram 45,2% abaixo da média. Este ano, com precipitação média observada de 329,3 mm, assim como os anos de 2012 e 2013, está entre os 10 anos mais secos registrados no Ceará desde 1951. O Ceará enfrenta quadras chuvosas abaixo da média histórica pelo quinto ano consecutivo de estiagem.

Segundo a Fundação de Meteorologia e Recursos Hídricos do Ceará (Funceme), com um desvio percentual apresentado em 2016, durante os meses de fevereiro a maio, o Ceará, apresentou um quadro pior do que o ano de 2015, que apresentou diminuição de 30,3% nas chuvas. Nos últimos 10 anos, os períodos de fevereiro a maio menos favorecidos corresponderam a 2012 (-49,7%), 2010 (-49,6%), 2016 (45,1%) e 2013 (-39,3%).

Piores meses de seca
De acordo com a Funceme, fevereiro foi o mês mais crítico, com -55,3% de queda de chuvas, seguido de abril (-47,8%), maio (-46,6%) e março (-36,2%). É importante observar que, segundo a climatologia, março e abril são os meses mais chuvosos, com média de 203,4 mm e 188,0 mm, respectivamente, enquanto, em fevereiro, a média mensal para o estado é de 118,6 mm e, em maio ela alcança somente 90,6 mm.

Durante a quadra chuvosa, segundo a Funceme, a Região Jaguaribana foi a macrorregião mais afetada, com desvio percentual de -54,5%, seguida do Sertão Central e Inhamuns (-52,3%), da Ibiapaba (-45,7%), do Maciço de Baturité(-45,7%) e do Cariri (-42,9%). Menores desvios em relação à média foram observados no Litoral Norte (-38,9%) e no Litoral de Fortaleza(-39,1%). O menor desvio de todos os considerados envolveu a macrorregião do Litoral de Pecém (-25,1%). Todas as macrorregiões do estado se mostraram, portanto, abaixo de suas médias históricas relativas ao quadrimestre fevereiro a maio.

Em relação à precipitação observada e aos desvios percentuais registrados, que a precipitação, ao longo do Ceará, se apresentou predominantemente abaixo da média (com desvios mais negativos do que -20,0%), com poucas e pequenas áreas próximas da média (entre -20,0% e +10,0% de desvios percentuais) e algumas regiões do Litoral de Fortaleza e do Litoral de Pecém superando ligeiramente a média histórica (com desvios entre +10,0% e +20,0%).

Prognóstico climático e estação chuvosa
O quadro observado reflete o primeiro prognóstico, divulgado em janeiro de 2016, que apontou maior probabilidade de que a precipitação acumulada no período de fevereiro a abril estaria na categoria abaixo da normal.

O segundo prognóstico, divulgado em fevereiro, para os meses de março a maio, também indicou, como mais provável a categoria abaixo da média para o trimestre previsto. De fato, os dois trimestres se situaram abaixo da média (fevereiro a abril com desvio de -44,9%, e março a maio com desvio de -42,7%). Todas as macrorregiões se situaram abaixo da normal climatológica, considerando os valores de cada região. O Litoral de Pecém foi a macrorregião que apresentou o menor desvio percentual negativo, e a que exibiu o maior desvio percentual negativo foi a Jaguaribana.

As condições do Oceano Atlântico tropical, com predominância de áreas neutras e mais aquecidas, tanto ao norte quanto ao sul do Equador, e a atuação do fenômeno El Niño, na categoria forte, no oceano Pacífico Equatorial, principalmente entre os meses de fevereiro a abril da quadra chuvosa,foram os principais fatores que influenciaram a condição climática de estiagem observada no Ceará. No mês de maio deste ano, o El Niño se mostrou em processo de dissipação, porém, o Atlântico tropical se apresentou mais aquecido ao norte do Equador e mais resfriado ao sul do Equador. Esses padrões oceânicos contribuíram para afetar o posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema indutor de chuvas na região.

Mancha vermelha em mapa de temperaturas anômalas mostra extensão do El Niño 2015/16 (Foto: NOAA)
Mancha vermelha em mapa de temperaturas anômalas mostra extensão do El Niño 2015/16
(Foto: NOAA)

A pós-estação chuvosa
A estação chuvosa no Ceará se encerra oficialmente em maio. No entanto, ainda tem sido
observada a ocorrência de algumas chuvas ao longo do território cearense. Esses eventos isolados têm sido provocados por sistemas conhecidos como distúrbios ondulatórios de leste, ou ondas de leste, característicos do período da pós-estação chuvosa. Porém, convém observar que as normais climatológicas desse período, para o Estado do Ceará, são baixas: 37,5 mm, 15,4 mm e 4,9 mm, em junho, julho e agosto, respectivamente.

 

G1.COM.BR

Dois bancos são atacados por bandidos neste sábado no Ceará

Os ataques ocorreram nas cidades de Aracoiaba e Choró.
Sindicato dos Bancários registrou 33 ataques contra as agências em 2016.

Bandeira do estado do Ceará

Duas agências bancárias foram atacadas por bandidos na madrugada deste sábado (4) no Ceará. A primeira ação, segundo a Polícia Militar, aconteceu na cidade de Aracoiaba, Maciço de Baturité. A polícia disse que os assaltantes, por volta das 3 horas,  usaram um maçarico para abrir o cofre da agência. A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) foi ao local e verificou que os bandidos conseguiram levar o dinheiro, mas souberam falar com precisão o valor. Ninguém foi preso.

Já na cidade de Choró, Sertão Central do Ceará, um grupo explodiu a agência bancária do município.

De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI), a ação dos bandidos ocorreu às 3h30. Segundo a polícia, na fuga, eles colocaram fogo em um carro em frente à Câmara Municipal.  Eles conseguiram fugir, mas não conseguiram levar nada do banco. Até a tarde deste sábado ninguém foi preso.

Números
Este é o 33º ataque a bancos neste ano no Ceará, entre explosões, assaltos e saidinhas bancárias, conforme dados do Sindicato dos Bancários do Ceará. O caso mais recente havia acontecido na sexta-feira (3), na cidade de Morada Nova.

 

G1.COM.BR

Justiça Eleitoral no Ceará barra 433 pedidos de candidatura no estado

Dos 433 indeferimentos, 40 são de candidatos à prefeitura.
Os dez candidatos à prefeitura de Fortaleza foram deferidos.

Com análise de 95% dos pedidos de registros de candidatos, o Ceará tinha 433 impedimentos de candidatura até a tarde desta segunda-feira (6), segundo dados divulgados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A maior parte dos registros indeferidos são para vagas nas câmaras de vereadores.

Fortaleza lidera o número de candidaturas indeferidas, com 133 pretensos candidatos com barrados pela Justiça Eleitoral do Ceará. Os dez candidatos à prefeitura de Fortaleza já tiveram o pedido analisado e podem se manter na disputa eleitoral, que ocorre em 7 de outubro.

Os indeferimentos são em primeira instância e os pretensos candidatos ainda podem recorrer e regularizar a situação. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, a maior parte dos indeferimentos são de candidatos com contas desaprovadas em gestões anteriores.

Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, é a segunda cidade com o maior número de candidaturas barradas na instância regional. Dos 370 pretensos candidatos a vereador de Caucaia, 40 tiveram pedido de candidatura indeferido.

Juazeiro do Norte, no Sul do estado, teve 217 pedidos de candidaturas aprovados e 12 desaprovadas em primeira instância; e Sobral, na Região Norte, teve 202 pedidos deferidos e outros sete indeferidos. Entre os candidatos a prefeituro, o Ceará soma 40 pretensos candidatos com o pedido de candidatura barrado.

Cidades sem candidatos à prefeitura
As cidade de Cedro, no Centro-Sul do Ceará, e Jaguaretama, na região do Jaguaribe, tem dois candidatos á prefeitura cada, sendo os quatro com candidatura indeferida. Se pelos menos um dos candidatos de cada cidade não regularizar a situação até a data das eleições, os eleitores das cidades ficarão sem opções de voto.

 

G1