O governador Fernando Pimentel usou uma solenidade oficial do Estado em Montes Claros para fazer promoção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na manhã de sábado de manhã foi realizado o ato de entrega de 45 tratores para vários municípios, quando ele alegou que aprendeu a trabalhar com os pobres, por orientação “dele”. Alegou que não poderia citar o nome, pois a lei eleitoral impedia, mas imitou o ex-presidente Lula, com quem esteve no dia anterior. Além disso, citou que aceleraria a solenidade, pois teria que acompanhar o ex-presidente. Outro ato falho foi chamar o ex-deputado Virgílio Guimarães para o palanque oficial, sem que o petista tenha cargo político. Fez questão de cumprimenta-lo, como um deputado que está retornando.
Antes da cerimônia oficial, Pimentel se reuniu separadamente com 18 prefeitos, em estrutura de tenda montada na área externa. O presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), José Reis Nogueira Barros, prefeito de Bonito de Minas, mostrou-lhe que os prefeitos estavam insatisfeitos com as retenções de recursos do Transporte Escolar, Saúde e ainda do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria. Recebeu um apelo para ser criado um refinanciamento das dividas dos municípios no BDMG. Pimentel, em clima de campanha, anunciou que na segunda-feira dia 30 se reuniria com o Governo para ver como ajustar as finanças mineiras e socorrer os prefeitos. Mandou licitar o projeto da BR 479, que liga Bonito de Minas a Brasília Federal e prometeu acionar a bancada federal para inserir emenda destinada a duplicação da BR 251.
Na solenidade aberta, o presidente da Amams, José Reis, mostrou que a seca está castigando o Norte de Minas, mas que o Estado anunciou medidas para aliviar os dramas, inclusive com tecnologias para segurar as águas das chuvas, que além de abastecer a população, permitirá a produção. O deputado Paulo Guedes mostrou que mesmo com a crise financeira, o Governo tem ajudado os municípios, pois além dos 45 tratores, ainda tinha licitado mais de 200 poços artesianos e caixas d’água.
O governador Fernando Pimentel começou seu discurso mostrando sua viagem a Rondônia para pedir maior vigilância nas fronteiras e com isso, neutralizar o tráfico de armas. Explicou que abriu o coração para os prefeitos sobre a crise financeira e que mesmo sem dinheiro, vai ajudar os municípios, “pois com farinha pouca, vamos dividir o pirão”. Foi assim que explicou ter aprendido com Lula, sem citar o nome dele, de que importante era ajudar o pobre. Por isso, acredita no retorno dele. Citou que a seca reduziu demais as chuvas nos últimos 10 anos e isso se evidencia em Montes Claros, que tem de buscar água do rio Pacuí. (GA)
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