Sobre esta tormentosa questão da venda de horários nas emissoras de TV, se a Record tem a igreja disfarçada, o SBT procede da mesma forma com a faixa das manhãs de domingo, além da Disney todo santo dia, com os prejuízos de audiência que são pertinentes. Não tem como. É sempre o preço deste dinheiro.
Aliás, o caso do contrato da Disney é um dos maiores mistérios da televisão, desde que foi assinado. Um assunto que só diz respeito ao dono Silvio Santos. Parece que vai até a metade do ano que vem, mas nem sobre isso existe alguma certeza.
Os estragos, sim, são conhecidos e não são de agora.
O “Domingo Legal”, entre as principais vítimas, nunca mais conseguiu se colocar em condições de de disputa com o concorrente “Domingo Show”, da Record, que esperta, mas indecorosamente – em flagrante desrespeito aos clientes, paga todos os seus breaks comerciais ainda durante a exibição da Disney. Número de ligados lá embaixo.
E, depois segue sem fazer intervalos frente ao fragilizado programa do Portiolli. Briga ingrata. Esta é só mais uma entre as tantas equações – a da entrada do dinheiro fácil, mas caro – que ninguém sabe como resolver.
Guardadas as proporções, sem milagres ou descarregos, a Disney é a igreja que o SBT não tem. ..
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery