Os deputados do Bloco Verdade e Coerência publicaram, nesta quinta-feira (03/08), uma carta aberta aos mineiros reafirmando seu posicionamento diante da atual situação da Cemig, que corre o risco de perder três de suas principais usinas: São Simão, Jaguara e Miranda. Os parlamentares lembram que sempre foram contrários à Medida Provisória 579, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2012, que quebrou o setor elétrico no país. Vale ressaltar que à época, o agora governador Fernando Pimentel era Ministro do Desenvolvimento de Dilma.
Naquela época, a Cemig não aderiu à MP para as três usinas pois tinha a segurança jurídica de que os contratos delas teriam sua renovação automática por 20 anos. E foi graças a essa decisão que companhia alcançou uma alta de 43% em seus lucros no trimestre seguinte a edição da Medida Provisória.
O que causa estranheza aos deputados de oposição é que, neste momento, lideranças ligadas a Pimentel queiram minimizar a responsabilidade do Partido dos Trabalhadores nos efeitos da MP em Minas. Agora, mudaram de lado e defendem a renovação automática que já defendíamos desde 2012. Essa é mais uma medida demagoga do PT e do governador Pimentel.
Leia abaixo a íntegra da carta:
Carta aberta de quem sempre defendeu a Cemig e os mineiros
Os deputados que subscrevem este documento sempre estiveram à favor da Cemig e defendem a manutenção das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda. Fazem isso em uma postura coerente em defesa dos interesses dos mineiros. Diferente do PT que trocou de lado, que agora defende a manutenção, mas foi o grande responsável pelo risco que a concessionária corre de perder essas três importantes usinas.
– Sempre nos mantivemos contrários às ações do PT no governo federal que resultaram na quebra do setor elétrico no país, a partir da MP-579/2012, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff, o chamado marco regulatório do setor elétrico. Desde o início, alertamos para os efeitos arrasadores dessa medida irresponsável lançada pelo governo petista.
– Por ter segurança jurídica nos contratos de São Simão, Jaguara e Miranda, que previam a renovação automática por 20 anos, em 2012, Minas não aderiu à MP-579 para essas três usinas.
– Foi justamente em função dessa não adesão que a Cemig obteve um menor efeito da crise do setor elétrico no país, na comparação com as demais concessionárias de energia, o que demonstra o acerto da decisão. Para se ter uma ideia, a Cemig obteve uma alta de 43% nos lucros no trimestre seguinte à emissão da MP que quebrou o setor.
– Enquanto defendíamos a Cemig, o PT em Minas preferia defender sua correligionária e os interesses partidários. Por inúmeras vezes, parlamentares petistas usaram a tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para defender a maléfica MP-579 e chegaram ao absurdo de dizer que a Cemig já lucrava demais.
– Em mais uma medida demagoga do PT, o governo de Fernando Pimentel, no primeiro ano de sua gestão, premiou o então diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, um dos primeiros a negar à Cemig a renovação dos contratos das três usinas, com um posto de conselheiro da própria concessionária, fazendo jus a polpudos jetons.
– Após perder na Justiça o direito à renovação do contrato das três usinas e correndo o risco de perdê-las, o PT precisa mesmo mudar seu posicionamento e se juntar àqueles que sempre defenderam a Cemig e os mineiros. Que faça isso com dignidade, assumindo seus erros e sua responsabilidade sobre a situação atual. A população não é boba e tem memória.
Site Minas de Verdade