Para qualquer mortal, aqui no Brasil, se habilitar a uma concorrência de emissora de rádio ou televisão, uma penca de documentos é solicitada para comprovar a sua idoneidade. Só exame de próstata e chapa do dedão do pé é que não.
Aí, como passo seguinte, o feliz contemplado, concessão nas mãos, aluga esses canais, quase que por inteiro, para aquele que aparecer com a melhor oferta. Para a subconcessão, ficha suja ou não, só a conta bancária é que importa. Às vezes, nem isso. Basta ter dinheiro.
Rádio à parte, onde a bandalheira é quase completa, no campo da TV, os canais CNT e 21 aparecem como os dois piores exemplos para o acima colocado. Ambos são inteiramente alugados por uma igreja, por acaso a mesma, nas 22 horas do dia.
As duas que sobram são usadas para não caracterizar o ilícito. Uma vergonha. Pior é que nenhum cristão, entre os tantos governos, o que aí está e os que passaram, se dignou ou teve coragem de botar ordem nisso.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery