Até o final da tarde do dia previsto para crédito de 50% da gratificação, os servidores ainda não sabem se poderão contar com o dinheiro
Diferente do prometido, o governo Fernando Pimentel não honrou o pagamento da primeira parcela do 13º nesta quinta-feira (22/12). Os servidores foram às compras, mas tiveram a péssima surpresa de constatar que o dinheiro ainda não foi depositado em suas contas bancárias. Depois de um ano inteiro de pagamentos atrasados e escalonados, a situação que já não era boa ficou ainda pior.
Assim como os salários mensais, o 13º seria pago em até três parcelas, com a última apenas em março. De acordo com a escala divulgada pelo governo, 50% da gratificação natalina seriam pagos hoje, o que não ocorreu até as 17 horas. O governo sequer emitiu comunicado aos servidores sobre o atraso no crédito da primeira parcela.
Para o deputado Gustavo Corrêa, líder do bloco de oposição, essa é mais uma demonstração do completo descaso de Pimentel com os servidores e da incompetência da gestão petista. “Se o governo prometeu pagar a primeira parcela hoje, o dinheiro deveria estar na conta logo pela manhã. É inaceitável como os servidores são tratados com desrespeito. Faltam apenas dois dias e as famílias do funcionalismo não sabem se terão dinheiro para a ceia de Natal”, afirmou.
Para enganar servidores e a população, Pimentel afirmou no início de dezembro que a declaração de calamidade financeira seria necessária para garantir os pagamentos do 13º sem sujeitar essa quitação à cronologia de pagamentos. Segundo ele, como o Estado tem dívidas com fornecedores, precisaria quitar esses débitos para então pagar a gratificação natalina, o que não é verdade. A chamada cronologia de pagamentos é prevista no artigo 5º da Lei de Licitações (Lei 8.666/93), mas se aplica exclusivamente a contratos, não a pagamento de pessoal que tem caráter preferencial.
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