A Voz do Brasil
Não se trata de campanha, porque essa não é uma prática da coluna. No entanto, apenas para ser coerente a verdadeira história e cronologia dos fatos, torna-se necessário voltar ao tema de “A Voz do Brasil”, aqui abordado na edição da segunda-feira (3).
É verdade que Jovem Pan, com Globo e CBN, já de algum tempo tem buscado uma melhor solução para o assunto, mas alertado pelo Marcelo Parada do SBT, hoje diretor de jornalismo, seria injusto o não reconhecimento a dois outros nomes também fundamentais contra a obrigatoriedade de transmitir o programa: João Lara Mesquita, então diretor-geral da Eldorado, e Neneto Camargo, da Alpha e 89FM.
Ambos sempre foram decisivos neste assunto, inclusive por meio de ações judiciais empreendidas no ano de 1994, com a assessoria jurídica do juiz aposentado Regis Fernandes de Oliveira. As emissoras que até hoje têm liberdade de transmitir a “Voz do Brasil” em outro horário, que não o das 7 da noite, estão respaldadas por uma decisão liminar obtida naquela oportunidade.
É uma luta que não deve parar. A “Voz do Brasil” é anacrônica e autoritária, e como bem diz o Parada não respeita o pilar básico de uma democracia: a liberdade de escolha.
Flávio Ricco com colaboração de José Carlos Nery