Dólar fecha março com maior queda mensal em 13 anos

Moeda americana acumulou queda de 10,17% no mês, maior tombo desde abril de 2003; apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff têm guiado a cotação

31/03/2016 às 17:22 – Atualizado em 31/03/2016 às 19:33

Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro
No primeiro trimestre, recuo do dólar foi de 8,91%(Ricardo Moraes/Reuters)

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, abaixo de 3,60 reais, e marcou seu maior recuo mensal em treze anos. A cotação tem sido movida por crescentes apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff e em meio à nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio, fatores que devem continuar ditando a direção do dólar daqui para a frente.

A moeda americana acumulou queda de 10,17% em março, maior tombo desde abril de 2003, quando recuou mais de 13%. No primeiro trimestre, a baixa ficou em 8,91%. Nesta quarta, o dólar recuou 0,68%, a 3,59 reais, após o BC novamente vender uma fatia pequena dos swaps cambiais reversos ofertados em leilão.

“Os próximos dois meses serão fatídicos para o desempenho do dólar, com as votações do impeachment. Além disso, (o movimento do câmbio) depende de como o BC vai reagir. São duas incógnitas muito importantes”, disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. Ele referiu-se às votações do pedido de afastamento da presidente, que podem acontecer nas próximas semanas na comissão do impeachment na Câmara dos Deputados, no plenário da Casa e no Senado.

Muitos operadores apostam que eventual troca de governo poderia ajudar a resgatar a confiança no país, mas alguns ponderam que a instabilidade política tende a trazer volatilidade no curto prazo. Segundo economistas consultados em pesquisa da agência Reuters em meados de março, o dólar pode cair a 3,50 reais se Dilma deixar a Presidência ou, caso contrário, disparar até 4,25 reais.

Nesta sessão, o foco recaiu sobre os esforços do governo para se defender. Em sessão da comissão do impeachment, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu a tese de que o governo não violou a lei orçamentária e que, portanto, não há crime de responsabilidade que justifique o pedido de impedimento da presidente.

O BC reagiu ao alívio recente do dólar voltando a atuar por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem à compra futura de dólares, ferramenta que não utilizava havia três anos. No entanto, a decisão de vender menos de metade da oferta nos leilões das últimas duas sessões aumentou as dúvidas nas mesas de operação e contribuiu para trazer as cotações para baixo.

 

VEJA.COM

Maioria do STF vota pela retirada das investigações sobre Lula de Sergio Moro

Notícia Publicada em 31/03/2016 15:54

Ministros seguem voto do relator, Teori Zavascki, que determinou a remessa ao STF dos processos judiciais que envolvam o ex-presidente

Para ministros, nas conversas interceptadas pelo juiz Sergio Moro, há telefonemas com a presidente Dilma, que tem foro privilegiado por ser presidente e que, por isso, elas deveriam ter sido remetidas ao STF (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Para ministros, nas conversas interceptadas pelo juiz Sergio Moro, há telefonemas com a presidente Dilma, que tem foro privilegiado por ser presidente e que, por isso, elas deveriam ter sido remetidas ao STF
(Antonio Cruz/Agência Brasil)

SÃO PAULO – A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou pelo envio das investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na operação Lava Jato ao STF, acompanhando o relator do processo, Teori Zavascki. Nove votaram a favor do relator e um votou contra. A decisão terá efeitos antes da publicação do acórdão.

Zavascki determinou a remessa ao STF dos processos judiciais que envolvam o ex-presidente em trâmite na 13.ª Vara Federal de Curitiba, de Sergio Moro. Para o ministro, o fato de as conversas interceptadas pelo juiz Moro terem telefonemas com a presidente Dilma Rousseff, que tem foro privilegiado, elas deveriam ter sido remetidas à corte Suprema.

Teori criticou o modo como as ligações foram divulgadas, porém, disse que os efeitos da divulgação são irreversíveis.

Os ministros do STF decidiram que caberá ao Supremo definir que trechos dos autos das investigações relacionadas a Lula devem permanecer no STF e quais devem ser devolvidos a Moro, na primeira instância. O STF irá definir esse desmembramento após uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a questão.

O ministro Edson Fachin complementou o voto de Teori Zavascki dizendo: “Tendo em vista que todos os procedimentos já se encontram sob a análise do STF, cabe a esta Corte verificar e julgar o mérito de sua competência e o andamento dos procedimentos. ”

O ministro Luiz Fux, único a não acompanhar o voto do relator, votou a favor de separar as investigações, para trazer ao STF somente elementos relacionados a autoridades com o chamado foro privilegiado.

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, diz que o caso foi enviado ao STF tendo em vista os inúmeros abusos que vêm sendo cometidos por juízes de primeiro grau.

Celso de Mello pontuou, em seu voto, que a reclamação feita por Dilma Rousseff sobre a ligação teve como objetivo de proteger a competência do STF.

O Supremo ainda vai analisar, sem data definida, a liminar que suspendeu a posse de Lula como ministro.

(Atualizada às 16h48)

 

O FINANCISTA

Veterano vê paralelo com Watergate e recomenda comprar Brasil

Notícia Publicada em 31/03/2016 13:03

Monty Guild Jr. diz que seu maior fundo atualmente mantém 12% de seu patrimônio investido no Brasil

Uma das comparações tem como alvo o esquema de tráfico de influência que forçou a renúncia do presidente Fernando Collor de Mello, duas décadas atrás (Roberto Barroso/ABr)
Uma das comparações tem como alvo o esquema de tráfico de influência que forçou a renúncia do presidente Fernando Collor de Mello, duas décadas atrás (Roberto Barroso/ABr)

NOVA YORK – O escândalo de corrupção que está abalando o Brasil tem levado os observadores a fazer uma série de comparações históricas que, argumentam, dão uma ideia do que vem por aí.

Uma das comparações tem como alvo o esquema de tráfico de influência que forçou a renúncia do presidente Fernando Collor de Mello, duas décadas atrás. Essa é uma das favoritas. Outra é sobre a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002; não se trata de um escândalo, é verdade, mas mergulhou os mercados brasileiros em uma crise similar. E há quem se agarre à investigação de corrupção Mãos Limpas (Mani Pulite), que sacudiu a Itália no início dos anos 1990.

Para um investidor veterano, porém, nenhum desses acontecimentos oferece o ponto de referência correto.

Monty Guild Jr. diz que o verdadeiro precedente — do ponto de vista de um stock picker, pelo menos — está bem para trás na história: o escândalo Watergate, no início dos anos 1970. A firma de investimento estava nascendo na época e a crise, que derrubou o presidente dos EUA, Richard Nixon, foi educativa para ele. O principal aprendizado? Compre ações enquanto elas estão baratas. Após cair em meio à turbulência política, o S&P 500 subiu nos meses seguintes à renúncia de Nixon, em 1974, ganhando 28% ao longo de dois anos, quando a estabilidade política retornou a Washington.

“Nós tentamos comprar quando o sangue está rolando na rua”, disse Guild, que como chefe de investimento administra cerca de US$ 190 milhões em fundos de ações globais. “Isso é muito parecido com o Watergate e depois do Watergate o que aconteceu? Onde há uma crise de confiança, os custos diminuem e há uma enorme oportunidade”.

Apesar dos 40 anos de diferença, parece haver diversas semelhanças entre os episódios. Assim como a investigação sobre a invasão ao hotel Watergate, a investigação brasileira sobre a corrupção na Petrobras aumentou ao longo de dois anos de piora da turbulência econômica, eventualmente implicando a presidente Dilma Rousseff. E assim como as famosas fitas que levaram à renúncia de Nixon, a gravação de uma conversa entre Dilma e seu antecessor acaba de deixá-la um passo mais perto do impeachment. Os críticos dizem que a gravação, obtida por meio de um grampo feito pela polícia, sugere que Dilma nomeou Lula ministro para protegê-lo da investigação.

Guild atualmente prevê que o Ibovespa subirá até 20% nos próximos dois anos, enquanto o real pode se valorizar até 50% em relação ao dólar. (Essa projeção para o câmbio, em particular, é uma opinião bastante minoritária; o consenso entre os analistas é que o real se desvalorize 13% até 2018). Guild começou a montar posições em fevereiro, comprando ações de bancos como BTG Pactual e Bradesco. Seu maior fundo atualmente mantém 12% de seu patrimônio investido no Brasil, empatado com o Canadá entre os países com maiores participações.

Esses investimentos pagaram dividendos rapidamente. A crescente especulação de que Dilma será removida do cargo, abrindo caminho para um governo capaz de restaurar as finanças do Brasil, já provocou uma alta de 29% em dólares neste ano, transformando o Ibovespa no índice acionário de melhor desempenho do mundo.

Durante a recente fase difícil para as ações internacionais, o fundo de referência de Guild se saiu melhor que os demais. No período de 12 meses até janeiro, perdeu 5,2%. O índice acionário global MSCI, referência para fundos como o de Guild, caiu 8,6% no período.

“Todo mundo tolera um certo nível de corrupção, desde que haja algum benefício para a sociedade em geral”, disse Guild. “Mas quando o crescimento nacional para e se transforma em encolhimento do PIB, as pessoas se irritam e ficam mais dispostas a expulsar os políticos”.

Walter “Bucky” Hellwig, vice-presidente sênior da BB&T Wealth Management, compreende a tentação de se comparar o caso brasileiro ao Watergate, mas avalia que o paralelo deve ser feito com ressalvas. O futuro dos preços das exportações de commodities brasileiras vai desempenhar um papel fundamental em determinar se o recente rali de ações é sustentável.

“Eu vejo uma tendência de alta intermediária no Brasil”, disse Hellwig, que ajuda a administrar US$ 17 bi do seu escritório em Birmingham, Alabama.

(Por Ben Bartenstein)

O FINANCISTA

Vivemos a incerteza elevada à enésima potência, diz Alkimar Moura

Notícia Publicada em 31/03/2016 13:26

Economista que participou da formulação do plano real e do BC em 1994 fala a O Financista

“Estamos em uma dominância política.  A economia vem depois da política”, explica Moura (Renzo Fedri)
“Estamos em uma dominância política. A economia vem depois da política”, explica Moura (Renzo Fedri)

SÃO PAULO – Formulador do plano real e diretor de política monetária do Banco Central no primeiro ano do mandato de Fernando Henrique Cardoso (1994), o professor da Fundação Getúlio Vargas Alkimar Moura fala ao programa “O Financista na Bolsa” sobre o processo de transição do governo Fernando Collor para Itamar Franco e os caminhos para se retomar o crescimento econômico no país.

“Estamos em uma dominância política.  A economia vem depois da política”, explica Moura. Para ele, o presidente Itamar Franco foi uma grande surpresa, que conseguiu unir um time de economistas para reorganizar a economia e unir a sociedade em torno da recuperação econômica. Agora, segundo ele, é preciso retornar aos debates sobre o ajuste fiscal para gerar na economia as bases para um novo ciclo de crescimento. Confira a íntegra da entrevista abaixo:

 

O ANTAGONISTA

Página 92 de 366 – Qual é a distância entre Genebra e Guarulhos?

McDonnell Douglas MD-11 aircraft picture

Distância de Genebra a Guarulhos

A distancia é 9363 km ou 5818 milhas ou 5055 milhas náuticas
A distância é a distância do ar teórica (distância ortodrômica). Voar entre aeroportos dos dois locais pode ser uma distância diferente, dependendo da localização dos aeroportos e via real escolhida.

Mapa – caminho mais curto entre Genebra e Guarulhos

Map – Shortest path between Geneva and Guarulhos

Genebra

Guarulhos

O mapa é usando uma projeção que faz a terra e oceanos muito mais amplas perto do sul e pólos norte. O título / curso / rolamento durante um voo varia na maioria dos casos. Roteiro com base na imagem da NASA.

A posição de Genebra
Latitude: 46 ° 12 ‘Norte
Longitude: 6 ° 09 ‘Leste
posição inicial: 227,1 ° Sudoeste
título final: 213,6 ° Sul-sudoeste
A posição de Guarulhos
Latitude: 23 ° 27 ‘Sul
Longitude: 46 ° 32 ‘Oeste
posição inicial: 33,6 ° Norte-Nordeste
título final: 47,1 ° Nordeste

Fonte : timeanddate.com

Espresso da Bolsa: BRF busca consumidor islâmico com escritório na Malásia

Notícia Publicada em 31/03/2016 19:13

Empresa quer aumentar sua presença no Sudeste Asiático e no Oriente Médio

BRF: em busca de novas fronteiras para seus produtos (BRF/Divulgação)
BRF: em busca de novas fronteiras para seus produtos (BRF/Divulgação)

SÃO PAULO – A BRF aumentou a aposta no mercado islâmico, com a abertura de um escritório em Kuala Lumpur, capital da Malásia. Veja as empresas que foram notícia nesta quinta-feira (31):

Expansão – A BRF inaugurou um escritório em Kuala Lumpur, na Malásia, com o objetivo de ampliar sua atuação no sudeste asiático e no oriente médio, por meio do desenvolvimento de novos produtos Halal, aqueles que seguem os preceitos islâmicos. A BRF é a maior exportadora de artigos do gênero no mundo.

Nada feito – O colegiado da CVM rejeitou uma nova proposta de termo de compromisso apresentada por Marco Beltrão Stein, agente autônomo acusado de participar de um esquema envolvendo ações da Mundial em 2013. Sem um acordo, o caso deve ser levado a julgamento pela autarquia.

 

O FINANCISTA

Temer diz que se for presidente não abafará investigações, afirmam empresários

Notícia Publicada em 31/03/2016 15:46

Vice-presidente falou com empresários vinculados ao Iedi em evento na zona Sul de São Paulo

Temer afirmou a empresários que jamais interferiria em processo judicial (Reuters/Ueslei Marcelino)
Temer afirmou a empresários que jamais interferiria em processo judicial (Reuters/Ueslei Marcelino)

SÃO PAULO – O vice-presidente da República, Michel Temer, teria afirmado durante almoço com integrantes do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) que não tentará abafar as investigações da Operação Lava Jato caso assuma a presidência, segundo relatos de empresários que participaram do encontro.

De acordo com Rodrigo da Rocha Loures, presidente do conselho de inovação e competitividade da Fiesp e sócio-fundador da Nutrimental, Temer lamentou os recentes rumores de que haveria uma tentativa de Temer de travar as investigações da Operação Lava Jato pela Polícia Federal se ele assumisse o comando do Planalto.

“Ele falou que estava sendo noticiado que haveria um jogo de abafa caso ele viesse a assumir a Presidência, o PMDB viesse a ficar responsável pelo governo do País e ele afirmou que isso, em absoluto, não vai acontecer porque ele é um constitucionalista, ele respeita as instituições e ele sabe que esse é um processo que ocorre na esfera do poder Judiciário e que ele será o primeiro a respeitar a autonomia desse programa [a Operação Lava Jato]. Isso repercutiu muito bem no meio dos empresário”, declarou Loures.

O membro da Fiesp pontuou ainda que o vice-presidente não fez qualquer menção aos quadros do PMDB que são investigados na Lava Jato, como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, presidentes da Câmara dos Deputados e do Federal, respectivamente.

“Ele só disse que, enquanto vice-presidente e caso venha a ser presidente, ele vai respeitar a autonomia e a dinâmica da Lava Jato. Ele disse também que quando foi constituinte, foi um dos protagonistas dos artigos na Constituição que valorizaram o empoderamento do Ministério Público e as autonomias, então entende que, no regime democrático deve haver equilíbrio dos diversos poderes e que o Executivo deve permitir que o Judiciário funcione”, explicou Loures.

Aos empresários, Temer teria dito que a resistência de Dilma às propostas do PMDB para a economia, no plano “Uma ponte para o futuro” foi determinante para a saída do PMDB do governo federal, explicou Loures.

O vice-presidente evitou falar com a imprensa ao chegar e ao sair ao evento, que reuniu aproximadamente 40 empresários e aconteceu na zona sul de São Paulo nesta quinta-feira (31). A participação do peemedebista no evento não constava em sua agenda oficial. Ele permaneceu no local por cerca de 1 hora e 40 minutos.

Durante o almoço, o peemedebista negou que esteja negociando cargos com partidos antes mesmo de assumir o poder. “Se estivesse fazendo isso revelaria que o sistema não mudaria”, afirmou Temer.

De acordo com Flávio Rocha, presidente da Riachuelo e conselheiro do Iedi, Temer destacou a intenção de levar adiante as reformas previdenciária e trabalhista, a desvinculação de despesas do orçamento federal, a redução do Estado, o aumento da competitividade e a diminuição da burocracia. “A voz geral de todos que falaram foi de total apoio ao Ponte para o futuro, que é a mais perfeita síntese das reformas, é um projeto para o País. Alguns até parabenizaram a coragem do PMDB em assumir um plano de reformas tão ousado, necessário”, disse Rocha.

De acordo com o blog do Moreno, do jornal O Globo, Temer afirmou no encontro que “a Constituição é a cara do PMDB”. O vice-presidente teria afirmado que ninguém mais do que o PMDB tem o dever de zelar pelo seu cumprimento.

(Atualizado às 16h11)

 

O FINANCISTA

Governo eleva em R$ 1 bi limite de crédito junto ao BNDES para obras das Olimpíadas

Notícia Publicada em 31/03/2016 19:41

A mudança se deu após o Estado do Rio de Janeiro solicitar mais recursos para finalizar a obra da linha 4 do metrô

BRASÍLIA – O governo elevou em R$ 1 bilhão o limite para contratação de financiamento por entes públicos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos de infraestrutura associados aos Jogos Olímpicos, atendendo reivindicação do Rio de Janeiro para o projeto da linha 4 do metrô.

Nesta quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou um limite de R$ 4,6 bilhões para esse fim, ante R$ 3,6 bilhões anteriormente.

Segundo a chefe da Assessoria Econômica do Tesouro, Viviane Varga, a mudança se deu após o Estado do Rio de Janeiro solicitar mais recursos para finalizar a obra da linha 4 do metrô, alegando aumento no valor do projeto.

Principal projeto de transporte relacionado aos Jogos Olímpicos de 2016, a construção da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro se tornou motivo de dúvida a menos de seis meses do início do evento devido à falta de recursos, e um plano de contingência foi preparado caso a obra não fique pronta.

Em fevereiro, o governo do Estado do Rio de Janeiro, responsável pela obra, disse que estava aguardando a liberação de financiamento de cerca de R$ 1,4 bilhão do BNDES para concluir o projeto que vai levar o metrô até a Barra da Tijuca, local onde está situado o Parque Olímpico e onde vai ocorrer a maior parte das competições olímpicas.

Documentos mantidos por bancos

Em outro voto, o CMN regulamentou a digitalização de documentos relativos a operações financeiras e transações realizadas no sistema financeiro, após lei de 2013 ter passado a prever que o documento digitalizado tem o mesmo valor legal que o original.

A chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Silvia Marques, explicou que a demora na regulamentação deu-se devido a uma “discussão muito longa” para estabelecimento de quais seriam os critérios mínimos para essa digitalização.

A expectativa é que a medida facilite a gestão documental dos bancos, otimizando processos e eventualmente levando a uma redução de custos.

(Por Marcela Ayres)

 

O FINANCISTA

Anatel suspende revisão de contratos de concessão de telefonia fixa

Notícia Publicada em 31/03/2016 20:42

Relator do caso não concorda com voto-vista apresentado por conselheiro

O processo de revisão dos contratos é feito de cinco em cinco anos e tem como objetivo monitorar a atividade das operadoras e estabelecer novos condicionamentos e metas  (Pixabay)
O processo de revisão dos contratos é feito de cinco em cinco anos e tem como objetivo monitorar a atividade das operadoras e estabelecer novos condicionamentos e metas (Pixabay)

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu, mais uma vez, o processo de revisão dos contratos de telefonia fixa para o período de 2016 a 2020. Relator do caso, o conselheiro Igor Vilas Boas de Freitas não concordou com o voto-vista apresentado pelo conselheiro Rodrigo Zerbone. Diante do impasse, o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Junior decidiu pedir vista.

O presidente da Anatel, João Rezende, admitiu que será necessário publicar nova resolução prorrogando o prazo para a revisão dos contratos. A data-limite era 31 de dezembro de 2015, mas havia sido alterada para 30 de abril. O processo de revisão dos contratos é feito de cinco em cinco anos e tem como objetivo monitorar a atividade das operadoras e estabelecer novos condicionamentos e metas para garantir universalização e melhor qualidade na prestação de serviços pelas empresas.

Quando apresentou seu voto, em 18 de fevereiro, Freitas defendeu o fim de concessões de telefonia fixa sob o argumento de que esse regime não é mais atrativo. Nesse regime, as empresas atuam como concessionárias, têm tarifa estabelecida pela Anatel e possuem obrigações de investimentos a serem cumpridas.

Freitas argumentou que o melhor seria que a telefonia fixa passasse a atuar pelo regime de autorização, com liberdade de preços, a exemplo do que ocorre na telefonia móvel, internet e TV por assinatura. Na avaliação dele, a competição permitiria barateamento de serviços. A concessão só seria mantida nas localidades atendidas apenas por orelhões, sem cobertura de telefonia móvel.

Nesta quinta-feira, 31, o conselheiro Rodrigo Zerbone apresentou voto divergente. Na avaliação dele, a proposta de Freitas não resolve a questão da sustentabilidade econômico-financeira das concessões, ao manter as obrigações de investimento em telefones públicos.

De acordo com a proposta de Zerbone, haveria um período de transição rumo à reorganização e criação de um serviço convergente de telecomunicações, unindo todos os serviços, exceto a TV paga. O objetivo, segundo ele, seria migrar em direção a um regime unicamente privado, baseado na convergência tecnológica.

“Não creio que a divisão artificial de serviços, que não representam o interesse do consumidor e o potencial de tecnologia, possa servir como benefício setorial”, afirmou Zerbone. “Nesse aspecto, a Anatel deve se retrair e deixar que mercado evolua de forma mais autônoma”, acrescentou. Segundo ele, essa proposta proporcionaria mais competição e respeito ao direito dos consumidores.

A mudança para esse novo regime privado não seria obrigatória, mas haveria incentivos para as que desejarem migrar, como a unificação das áreas locais de fixo e móvel, numeração própria para a banda larga, espectro maior para a telefonia celular e extinção dos bens reversíveis.

As concessionárias, porém, continuariam a ter algumas obrigações, como investimentos em banda larga nas escolas. As prioridades de investimento obrigatório seriam a implantação de redes de transporte e de redes de acesso fixo e móvel para municípios pouco competitivos e localidades ainda não atendidas.

A migração do regime público para o privado só se daria após o cumprimento de 50% dessas obrigações. Todo o investimento teria que ser concluído até 2022, três anos antes do fim das concessões, em 2025.

A proposta de Zerbone prevê que, até que esse novo modelo fosse aprovado pela Presidência da República e publicado por meio de decreto, os contratos atuais de concessão de telefonia fixa sejam renovados com poucas alterações. Uma das principais seria a flexibilização das obrigações de investimento em orelhões.

Freitas criticou a proposta de Zerbone por não resolver a questão da revisão dos contratos de telefonia fixa de forma imediata e condicioná-la a novas discussões dentro da Anatel e do governo. O conselheiro disse que não iria acatar as mudanças sugeridas por Zerbone. Por fim, Otávio Luiz Rodrigues Junior decidiu pedir vista.

(Por Anne Warth)

VA

 

O FINANCISTA

Participação do PIB do Brasil na economia mundial cairá para 1,6% em 2017, diz The Economist

Notícia Publicada em 31/03/2016 11:52

Participação do Brasil no PIB mundial encolheu de 4,1% em 2011 para 2,2% em 2015

“Muito do mau desempenho do Brasil tem sido auto-infligido, apesar de que ele vem de um momento de queda dos preços das commodities que não ajudou”, afirma Simon Baptist (Flickr/George Vale)
“Muito do mau desempenho do Brasil tem sido auto-infligido, apesar de que ele vem de um momento de queda dos preços das commodities que não ajudou”, afirma Simon Baptist (Flickr/George Vale)

SÃO PAULO – A participação do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no PIB mundial encolheu de 4,1% em 2011 para 2,2% em 2015, e a participação deve diminuir ainda mais. De acordo projeções do Economist Intelligence Unit da revista britânica The Economist, em 2017, a participação do país na economia mundial cairá para 1,6%.

“Muito do mau desempenho do Brasil tem sido auto-infligido, apesar de que ele vem de um momento de queda dos preços das commodities que não ajudou”, afirma o economista chefe do Economist Intelligence Unit, Simon Baptist.

No último Boletim Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção para o PIB de 2016 foi revisada para baixo pela décima semana consecutiva e passou de queda de 3,60% para retração de 3,66%, segundo os economistas consultados pelo BC (Banco Central). Para o próximo ano, a expectativa para o PIB foi reduzida de crescimento de 0,44% para 0,35%.

“Agora não acho que a presidente Dilma Rousseff pode sobreviver até o fim de seu mandato. Não será fácil para o próximo presidente puxar o Brasil para fora da crise, particularmente porque lutas internas entre os políticos que cercam a saída de Rousseff irão deixar algumas divisões duradouras”, completa o economista.

 

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