‘Incêndios são provocados por pessoas’, diz chefe de parque na Bahia

Este é o segundo grande incêndio registrado no Parque Nacional da Chapada.
César Gonçalves conta que chamas estão avançando por alguns vales.

Bandeira do estado da Bahia

O chefe do Parque Nacional da Chapada, César Gonçalves, disse nesta segunda-feira (16) que as chamas que atingem o parque foram provocadas pela ação do homem. Este é o segundo grande incêndio registrado no Parque Nacional em menos de três meses. Em setembro, o fogo demorou uma semana para ser controlado e destruiu uma área de cerca de nove mil campos de futebol.

“Todos os focos de incêndio que têm aqui na chapada são provocados por pessoas, por alguma razão. A pessoa bota fogo, a gente não tem como avaliar isso [o motivo], mas alguém bota fogo por algum motivo”, disse Gonçalves.

Ainda de acordo com chefe do Parque Nacional, o incêndio está avançando por alguns vales da região da Chapada Diamantina. “O fogo não está controlado, longe disso, ele está avançando para o sul agora, em pelo menos duas frentes, isso [a situação], o fogo que está entre Lençóis e Palmeiras. No Vale do Capão, no Morro Branco, o fogo tem avançado para alguns vales que ficam atrás dessa montanha. Também temos focos de incêndio na região de Mucugê, que está fora do Parque Nacional, mas que tem inspirado cuidado”, disse.

Cerca de 300 focos de incêndio já foram registrados nos últimos quatro dias na Bahia, segundo um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. As regiões mais atingidas são o Oeste e a Chapada Diamantina, neste em sete municípios há focos de Incêndio. São eles: Ibicoara, Ibitiara, Iraquara, Lençóis, Morro do Chapéu, Mucugê e Palmeiras. Até agora, o fogo já destruiu uma área de pelo menos dois mil hectares, o equivalente a dois mil campos de futebol.

Incêndio na Chapada Diamantina (Foto: Divulgação/ Secretaria de Meio Ambiente de Palmeiras)
Incêndio destrói área na Chapada Diamantina
(Foto: Divulgação/ Secretaria de Meio Ambiente de Palmeiras)

A vegetação seca, o vento forte e a dificuldade de acesso prejudicam o trabalho dos brigadistas e alguns focos que já tinham sido controlados voltaram a pegar fogo. No domingo (15), três focos de incêndio foram controlados na Serra da Cotréa, nos arredores de Seabra, mas ainda existem nove focos. Equipes de brigadistas voluntários e os 52 brigadistas profissionais chegam a trabalhar até dez horas por dia. Catorze soldados do Exército brasileiro estão dando apoio logístico de transporte e equipamentos.

São seis aviões – quatro do governo do Estado e dois do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – e dois helicópteros que prestam apoio operacional. Ainda são aguardados dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Eugênio Spengler disse também que o incêndio causou destruição de nascentes dos rios, o que compromete a qualidade da água que chega à população.

Clima
O ICMBio informou que os brigadistas encontraram, nesta segunda-feira, situação mais favorável de combate aos incêndios florestais, com nebulosidade, aumento da umidade relativa do ar e da pressão atmosférica, indicando a proximidade do período das chuvas.

O secretário de Meio Ambiente de Lençóis, Andrés Iglesias, informou que o fogo está indo em direção ao córrego do rio Mandassaia, que abastece o município.  Disse ainda que a comunidade está protegida. Cerca de 40 homens estão na região e há reserva para evacuar caso necessário.

Em Palmeiras, o titular da secretaria de Meio Ambiente, Aruanã de Lucas, disse que são 10 km de linhas de fogo na região e que a população está sofrendo com a fumaça. Informou também que o clima está muito seco.

 

G1.COM.BR

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