A derrota em 2013 para o ASA foi pesada e dolorosa. O empate com o Sport, no ano seguinte, foi frustrante. Então, chegou 2015, e depois da vitória em Salvador, o sentimento era de que “chegou a hora”. E chegou mesmo.
E por incrível que pareça não foi com sofrimento, nem precisou padecer, muito menos rezar para o árbitro acabar a partida. Com um gol em cada tempo, o Ceará foi superior ao Bahia e o triunfo por 2 a 1 só comprovou a competência e qualidade do elenco alvinegro sobre o clube mais vitorioso do Nordeste.
Nesta tão badalada e sonhada conquista, o Ceará precisou se refazer. Teve de demitir o técnico Dado Cavalcanti, trazer (sob desconfiança) o emergente Silas Pereira, superar a perda de um tabu para o maior rival, conseguir equilibrar as finanças e jogar muita bola.
E um grande time começa com um grande goleiro. E que enorme camisa 1 o Ceará tem. Como pega o Luís Carlos. A defesa sólida com Charles e Gilvan, a menos vazada do Torneio, Uillian Correia sobrando em campo, Magno Alves mostrando seu faro de gol, Marinho surgindo como surpresa e Ricardinho como o maestro.
Para completar, Silas calou os críticos, derrubou os mais exaltados e com paciência, inteligência e muita perseverança soube montar um time equilibrado, forte e implacável.
Ser campeão invicto já tira de cara aquele velho clichê de que “foi um título merecido”. Quem mereceu foi a Copa do Nordeste ter o Ceará como o grande campeão de 2015.
Parabéns aos alvinegros. O Nordeste se rendeu.
Blog do Mário Kempes – Diário do Nordeste – 30 de abril de 2015