

Valorização doméstica
Há nítida pressão para que se coloque um fim nas disputas dos campeonatos estaduais. Alegam que esse tipo de competição só existe no Brasil. Alegam que os “estaduais” são deficitários. Alegam que perderam sentido com as naturais mudanças de costume. Alegam que foram engolidos pelas competições mais abrangentes. Alegam isso, alegam aquilo. O negócio é extinguir os campeonatos estaduais. A CBF, de forma silenciosa e traiçoeira, está matando por inanição esse tipo de disputa. Apequenou, reduzindo a quase nada seu tempo de duração. E ainda arremessou por cima, como a cobrir um corpo inerte, a Copa do Nordeste. Esta, sim, com direito a todas as pompas e festas. Pelo visto, os “estaduais” estão com os dias contados. Temo em breve ver o seu funeral.
Etapas
O primeiro passo para o fim dos “Estaduais” aconteceu há muitos anos, com a extinção do Torneio Início em voga até a década de 1960. Era uma disputa e confraternização, com direito a desfile dos times, árbitros, auxiliares. Os clubes jogavam entre si numa única tarde/noite. Cada jogo durava 30 minutos. Se empate, decisão nos pênaltis.
Substituição
O Torneio Início era o que hoje representa a festa de apresentação dos grandes eventos, ou seja, cerimônia de lançamento com trajes a rigor, glamour, belas modelos, salões ornamentados. O Torneio Início, comparativamente, tinha esse sentido. No lugar de aperfeiçoá-lo, resolveram extingui-lo. Agora tentam matar os próprios “estaduais”.
Tom Barros – Jogada – Diário do Nordeste – 05/02/2015
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