Veja os 27 governadores eleitos

13 estados e o DF tiveram 2º turno para governador neste domingo.
Eleitores de todo o país também votaram para presidente.

Brasileiros foram às urnas de 13 estados e do DF neste domingo (26) para eleger seus governadores em segundo turno. Veja a seguir todos os governadores eleitos neste ano, segundo dados de apuração das urnas divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

Mapa governadores eleitos (Foto: Arte/G1)
G1

Camilo Santana, do PT, é eleito governador do Ceará

Com quase 100% de apuração, Camilo tem 53,35% dos votos válidos.
Disputa pelo governo foi bastante acirrada no Ceará.

Festa no comitê do Camilo Santana (Foto: Roberto Leite/GE)
Eleitores fazem festa no comitê de Camilo Santana, no Cocó (Foto: Roberto Leite/GE)
Camilo Santana vota ao lado de Cid Gomes e familiares (Foto: TV Verdes Mares Cariri/Reprodução)
Camilo vota ao lado de Cid Gomes e familiares
(Foto: TV Verdes Mares Cariri/Reprodução)

Camilo Santana, do PT, foi eleito neste domingo (26) governador do Ceará para os próximos quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2014. Com 100% das urnas apuradas por volta das 21 h (horário local), o petista teve 2.417.668 votos, o que corresponde a 53,35% dos votos válidos, contra 46,65% de Eunício Oliveira (PMDB), que obteve 2.113.940 votos totais. (Confira a apuração completa no estado).

“Quero agradecer o carinho e a responsabilidade que vocês me deram de governador o Ceará. Quero agradecer do fundo do meu coração e pedir uma salva de palma para vocês, para cada um de vocês. Vou gastar toda energia da minha vida para não decepcionar os cearenses”, disse Camilo, no 1º discurso como governador eleito, na noite deste domingo (26) no comitê de campanha no bairro Cocó, em Fortaleza. Ele também comentou sobre a vitória de Dilma Rousseff. “Estou mais feliz ainda porque a gente venceu e venceu a presidenta Dilma. Uma salva de palma para a presidenta Dilma. A vitória é de vocês, a vitória é do Ceará. Um forte abraço”, disse o novo governador. Camilo acompanhou a apuração dos votos em casa junto da família e depois seguiu para o comitê.

raio x eleicoes no Ceará  (Foto: Arte/G1)

A vice-governadora será Izolda Cela, que foi secretária de educação em Sobral e, até ir para a disputa como vice, secretária estadual da Educação.

A eleição de Camilo Santana ao governo do Ceará é apoiada pelo governador Cid Gomes (Pros), há oito anos no comando do estado. Eunício Oliveira fazia parte das alianças dos Ferreira Gomes até decidir ser candidato ao governo.

Campanha
No primeiro turno, o candidato do PMDB,Eunício Oliveira, liderou a maioria das pesquisas. Com a proximidade do pleito, Camilo Santana (PT) diminuiu a vantagem de Eunício e terminou em primeiro na apuração dos resultados. No dia 5 de outubro, Camilo teve 2.039.233 de votos, o que corresponde a 47,79% dos votos válidos, e Eunício recebeu 1.979.499 votos, o equivalente a 46,41% dos votos válidos.

Na esfera estadual, o nome de Camilo Santana para disputar o governo do Estado foi anunciado nos últimos dias para o fim da oficialização das coligações. O fato de Eunício Oliveira ter rompido a aliança com o governador Cid Gomes para ser candidato prorrogou a indefinição da coligação que, inicialmente, teria como cabeça de chapa, um candidato do Pros. As primeiras especulações de quem seria o escolhido pelos irmãos Ferreira Gomes para disputar a sucessão do governo não indicavam o nome de Camilo Santana. Mesmo sendo filiado ao PT, o candidato sempre fez parte da pasta executiva do governo Cid Gomes.

No segundo turno, o candidato petista passou a sair na frente numericamente das pesquisas eleitorais, poucos pontos acima de Eunício Oliveira. Como o partido de Eunício faz parte da base aliada do governo federal, assim como no primeiro turno, a presidente Dilma Rousseff não fez campanha para nenhum dos dois principais candidatos ao governo do Ceará.

A rivalidade entre os dois candidatos ficou mais acirrada no segundo turno.  Após o resultado do primeiro turno, Eunício afirmou que houve ”uso da máquina pública” pelo adversário. Camilo Santana retrucou afirmando que os milionários estavam do outro lado. O governador Cid Gomes, um dos principais cabos eleitorais de Camilo, afirmou que a coligação foi perseguida por ‘milícias’ no dia das eleições e que iria investigar a participação de policiais militares que favoreceram crimes eleitorais para o oposição.

Por conta da declaração do governador, o Ministério Público Eleitoral encaminhou ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará um pedido de envio de tropas federais para o segundo turno das eleições. Dois mil e quinhentos homens do Exército atuaram no Ceará neste domingo (26).  De acordo com general Marco Antônio Freire Gomes, os militares serão distribuídos nas 19 zonas eleitorais que compreendem a capital e 10 cidades. Nos debates realizados no segundo turno, os dois candidatos fizeram mais críticas um ao outro. As guerras judiciais para tentar barrar programas eleitorais com acusações e denúncias de corrupção sobre o oponente se intensificaram ainda mais no segundo turno. No último debate entre os dois candidatos antes das eleições, realizado na quinta-feira (23) na TV Verdes Mares, Camilo Santana e Eunício Oliveira diminuíram o tom das críticas e evitaram confrontos diretos.

Camilo Santana é filiado ao PT (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Camilo Santana em imagem de arquivo
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Propostas
Camilo Santana propôs expandir o programa  “Minha Casa, Minha Vida”, fazer o bilhete único intermunicipal, também ampliar o grupamento Raio para o interior, aumentar o número de escolas de tempo integral da rede pública estadual e o ensino profissionalizante no estado.

Biografia
Camilo Santana tem 46 anos, é casado e pai de dois filhos. Nascido no Crato, é engenheiro agrônomo, professor e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Servidor público federal concursado, ocupou a superintendência adjunta do Ibama no Ceará em 2003 e 2004.

No primeiro governo de Cid Gomes, entre 2007 e 2010, foi secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado. Em 2010, foi o deputado estadual mais votado do Ceará, eleito com mais de 131 mil votos. No segundo governo de Cid Gomes, Camilo assumiu a secretaria das Cidades.

 

G1.COM

Tião Viana, do PT, é reeleito governador do Acre

Atual governador foi reconduzido ao cargo em segundo turno.
Ele venceu o adversário Marcio Bittar, do PSDB.

Viana votando no Acre (Foto: Aline Nascimento/ G1)

Tião Viana foi reeleito para o governo do Acre (Foto: Aline Nascimento/ G1)

Tião Viana, do PT, foi reeleito neste domingo (26) governador do Acre no segundo turno. Ele venceu o adversário Marcio Bittar (PSDB) em disputa para governar o estado pelos próximos quatro anos. Nazaré Lambert (PT) será a vice-governadora no próximo mandato. (Confira a apuração completa no estado)

A reeleição foi confirmada com 100% das urnas apuradas. O atual governador recebeu 196.509 votos, o que corresponde a 51,29% dos votos válidos. Já Marcio Bittar (PSDB) teve 186.658 votos, o que corresponde a 48,71%.

Raio-x Acre (Foto: Editoria Arte)

Biografia
Sebastião Afonso Viana Macedo das Neves é natural de Rio Branco, capital do Acre. Filho do ex-vereador, ex-prefeito e ex-deputado Wildy Viana, nasceu em 9 de fevereiro de 1961 e é formado em medicina pela Universidade Federal do Pará. Disputou a primeira eleição em 1994, mas não conseguiu se eleger. Foi eleito senador em 1998 e reeleito em 2006, sempre pelo PT. Em 2010, se elegeu governador do Acre, conquistando a reeleição neste ano.

Campanha
No segundo turno, nas duas pesquisas Ibope, encomendadas pela TV Acre, afiliada da Rede Globo , divulgadas no mês de outubro, Tião Viana esteve a frente do adversário Marcio Bittar nas intenções de voto. Na primeira, datada no dia 17 de outubro, o candidato da coligação Frente Popular tinha 53%, contra 47% de Marcio Bittar.

Na segunda pesquisa Ibope, divulgada no dia 25, Viana representava 55% das intenções de votos entre os acreanos, enquanto Marcio Bittar tinha 45%.

Propostas
Durante a campanha, o petista se propôs a dar continuidade a programas estabelecidos nos primeiros quatro anos de mandato, como a construção de casas e pavimentação, manutenção e urbanização de rodovias, estradas, ramais, bem como o programa Ruas do Povo.

Viana também propôs a manutenção e ampliação de saúde em vigilância, assistência farmacêutica. Também defende a inclusão do ensino integral no estado, investimento na educação bilíngue, formação de docentes e do magistério para indígenas.

O petista diz também que vai reforçar a segurança em escolas públicas e policiamento comunitário. Para a geração de empregos, Viana diz que vai investir na criação de postos de trabalho nos setores industriais, infraestrutura, desenvolvimento urbano e produção rural.

Confira votação dos candidatos com 100% das urnas apuradas:
Tião Viana (PT): 51,29%
Márcio Bittar (PSDB): 48,71%

 

G1.COM

José Melo, do Partido Republicano da Ordem Social, é reeleito governador do Amazonas

Candidato à reeleição teve a maioria dos votos válidos, no segundo turno.
Apuração dos votos no estado começou às 18 horas, horário local.

José Melo faz 'V' de vitória após votação no segundo turno (Foto: Divulgação/Assessoria)

José Melo faz ‘V’ de vitória após votação no segundo turno (Foto: Divulgação/Assessoria)

José Melo, do PROS, foi reeleito neste domingo (26) governador do Amazonas para os próximos quatro anos. Com 93% das urnas apuradas, o candidato teve 55,77% dos votos válidos. (confira a apuração completa no estado).

arte raio-X amazonas (Foto: Arte/G1 AM)

José Melo, de 68 anos, é economista formado pela Universidade Federal do Amazonas. Atual governador do Amazonas, ele foi deputado federal duas vezes, em 1994 e em 1998. Em 2002, elegeu-se deputado estadual. O candidato já atuou como delegado do Ministério da Educação e Cultura, foi secretário de Educação e Cultura e secretário Municipal de Educação. Também esteve à frente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), da Secretaria de Estado de Coordenação do Interior (Seint) e da Sociedade de Navegação Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH). Em 2006, assumiu a Secretaria de Governo do Amazonas (Segov). Em abril de 2014, Melo assumiu o cargo de governador após a desincompatibilização de Omar Aziz, de quem era vice-governador.

Campanha
Durante toda a campanha do 1º turno, José Melo apareceu em segundo lugar nas pesquisas eleitorais divulgadas pela TV Amazonas. Levantamento feito pelo G1mostrou que o atual governador obteve a maioria dos votos válidos em 25 cidades, incluindo Manaus – maior colégio eleitoral do estado -, com 40,39% contra 37,89% do adversário.  O senador e ex-governador, Eduardo Braga, venceu a disputa eleitoral em 37 dos 62 municípios no primeiro turno.

No entanto, o candidato do PROS à reeleição assumiu a liderança no segundo turno. Apesar disso, a última pesquisa divulgada um dia antes da votação, Braga e José Melo apareciam empatados com 50% dos votos válidos, cada.

No segundo turno, o candidato do PROS recebeu apoio do candidato Marcelo Ramos (PSB). Ramos obteve 179.758 votos (10,94%), ficando em terceiro lugar na disputa. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Amazonas também fez aliança com Melo.

Trocas de acusações marcaram a disputa entre os dois candidatos em programas de TVs no segundo turno. Em um dos casos, o candidato adversário de Melo citou o suposto envolvimento da candidatura do governador com facções criminosas. Melo negou afirmando que as gravações foram forjadas.  O suposto uso da estrutura policial do estado em favor da campanha de Melo também foi usado contra ele nas campanhas.

José Melo chegou a se negar a participar de um debate realizado por uma TV local.

Durante sua campanha, José Melo destacou a ideia de construir escolas de tempo integral em todos os municípios do Amazonas, ampliar o número de leitos de hospitais para 900 e construir o banco do povo com apoio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). Ele afirmou ainda que deverá asfaltar estradas vicinais e que pretende reformar a área da Manaus Moderna, no Centro de Manaus.

 

G1.COM

Governador reeleito em GO, Marconi diz que ‘prevaleceu a boa proposta’

Tucano diz que vitória nas urnas foi expressiva e fará Goiás avançar mais.
Perillo afirma que tem como prioridade investimentos em infraestrutura.

Governador reeleito em Goiás Marconi Perillo concede entrevista coletiva, em Goiânia (Foto: Luísa Gomes/G1)
Governador reeleito Marconi Perillo concede entrevista coletiva, em Goiânia (Foto: Luísa Gomes/G1)

O governador reeleito em Goiás Marconi Perillo (PSDB) disse em entrevista neste domingo (26), no Salão Verde do Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, que a vitória nas urnas foi expressiva tanto para sua trajetória, quanto para o futuro do estado. “Prevaleceu o bom senso, prevaleceu a boa proposta, a campanha mais limpa, prevaleceu as melhores teses e o melhor estilo de governar”, afirmou.

Acompanhado da mulher, a primeira-dama Valéria Perillo, das filhas, e do vice-governador Zé Eilton, ele agradeceu a Deus, aos militantes e aos seus eleitores. Ele também cumprimentou seu adversário Iris Rezende (PMDB), que disse ter valorizado a disputa, e aqueles que votaram no peemdebista. “Vou continuar mostrando meu trabalho a todos os eleitores que por algum motivo não votaram em mim”, disse.

Marconi Perillo foi reeleito governador com 57,44% dos votos válidos, ou 1.750.977 votos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele derrotou o candidato Iris Rezende (PMDB), que obteve 42,56% dos votos válidos, ou 1.297.592 votos. Essa foi a terceira vez que os políticos disputaram eleições e em todas o tucano saiu vitorioso.

O governador afirmou que na segunda-feira (27) já começa a trabalhar um novo governo. Ele ressaltou que ainda não tem planos para mudanças na sua equipe, mas irá ouvir especialistas, aliados e representantes de diversos segmentos da sociedade para dar seguimento ao seu trabalho.

Perillo disse que dentre suas prioridades para o próximo mandato estão investimentos em infraestrutura, saúde, segurança pública e educação. “Estamos seguros que vamos fazer Goiás avançar e se modernizar ainda mais”, afirmou o governador.

Ele afirmou ainda que irá se esforçar para trabalhar em conjunto com a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) e desejou que o Governo Federal assuma mais responsabilidades, principalmente no âmbito da segurança pública. Perguntado sobre quais seriam seus próximos passos após o mandato, Perillo disse que que ser “um excelente governador” e não respondeu se os planos envolvem uma possível candidatura à Presidência da República em 2018.

Ao final da entrevista, Marconi dedicou a vitória à memória de seus entes queridos que faleceram recentemente: a mãe, há dois anos, o sobrinho Felipe Lohan, morto em um acidente de trânsito em 6 de junho deste ano, e dos amigos, o ex-jogador de futebol Fernando Lúcio da Costa, o Fernandão, e Antônio de Pádua, conhecido como Bidó. Os dois últimos morreram em um acidente de helicóptero em 7 de junho deste ano.

Trajetória
O governador reeleito nasceu no dia 7 de março de 1963, em Goiânia. Ainda na infância mudou com a família para Palmeiras de Goiás, onde viveu até os 15 anos, quando retornou para a capital. Ele se formou como bacharel em direito e ingressou na carreira política como discípulo do ex-governador Henrique Santillo, de quem foi assessor especial.

Marconi obteve seu primeiro mandato político em 1990, elegendo-se deputado estadual, ainda pelo PMDB. Quatro anos mais tarde, foi eleito para a Câmara Federal. Em 1998, já no PSDB, se elegeu governador e foi reeleito em 2002. Em 2006, conseguiu se eleger senador. Voltou a ser eleito para governador em 2010 e, agora, conseguiu a reeleição.

No primeiro turno, no último dia 5, Marconi conseguiu 45,86% dos votos válidos, ou 1.451.330 votos. Já Iris Rezende obteve 28,40% dos votos válidos, o equivalente a 898.645.

 

G1.COM