Técnico Marcelo Chamusca celebra a surpresa positiva pela quantidade de boas opções em seu elenco
O técnico Marcelo Chamusca está com uma senhora – e boa – dor de cabeça para armar a equipe do Fortaleza, que largou com goleada no hexagonal do Campeonato Cearense. O treinador afirma ter boas opções para todos os setores, podendo se dar ao luxo de mudar as formações iniciais do time e a equipe manter o nível desejado por ele.
Foi assim na estreia da última quarta-feira no hexagonal, na vitória ante o Guarani de Juazeiro por 4 a 0 no PV. Na ocasião, o treinador viu suas escolhas – que já haviam sido bem experimentadas durante a primeira fase – para a partida darem certo.
Chamusca mexeu em três posições, lançando Max Oliveira na zaga, Correia de volante e Romarinho no ataque – já que Eduardo Luiz estava contundido -, Guto suspenso e Waldison poupado. Os três últimos são considerados titulares, mas não têm retorno garantido para o jogo de sábado, contra o Icasa, pela 2ª rodada do hexagonal, no PV.
“Todo técnico quer uma dor de cabeça boa dessa. Tenho muitas opções para montagem do time e gostei dos jogadores que entraram”, apontou. O comandante leonino elogiou o zagueiro Max Oliveira e “rasgou a seda” para Corrêa, que vem atuando como lateral e volante. “Ele (Corrêa) tinha jogado bem de lateral em outros jogos, cruzando bem, dando passe para gols, e de volante, teve muito equilíbrio, com bom passe, o que seria importante nessa estreia, e ele fez a diferença”, descreveu.
Para as posições de frente, Chamusca também não foi econômico nos elogios. “Tenho jogadores rápidos, de movimentação, que vêm entrando, como o Romarinho e o Diego Neves. A dor de cabeça mesmo é não ter quem escalar”, disse, avisando que Waldison poderá voltar ao setor no jogo de sábado, se estiver recuperado de um desconforto muscular que o tirou da última partida.
O técnico até admitiu que é difícil modificar o esquema tático da equipe se quiser jogar com três volantes, sacrificando um meia ou um atacante, por não saber quem sacar do time. “Podemos (jogar com três volantes), as possibilidades são muitas, e já joguei assim no começo do campeonato. Mas minha dor de cabeça maior é quem vou tirar. Tenho o Edinho em um momento muito bom e o Marcelinho, acima da média. Estou satisfeito”.
“Preocupação”
A dupla de zaga também “preocupa” o técnico tricolor. Ele argumenta que, com Max Oliveira atuando bem, poderá utilizar qualquer um da posição. “O Max está aproveitando a chance dele. Com a volta do Eduardo Luiz, temos a possibilidade de jogar com o Edu (Eduardo Luis) e Max. O Adalberto também está se recuperando. É mais uma dor de cabeça extremamente agradável”.
Dentro dessa “chuva” de oportunidades, quem ainda ganhou pontos com o técnico foi o goleiro Luis Henrique. Ele chegou a ser contestado, perdendo a vaga de titular para Ricardo em momentos da primeira fase, mas deu a volta por cima.
O técnico exaltou a boa resposta de goleiro suplente, que jogou os últimos três jogos em função da lesão de Ricardo. “Em processo de recuperação são dois bons goleiros. Aliás, temos quatro opções e iremos definir as opções a cada jogo”.
VLADIMIR MARQUES
Repórter
SAIBA MAIS
INVENCIBILIDADE
Marcelo Chamusca chegou ao 17º jogo invicto. Ele dividi os méritos. “Eu faço a leitura tática, monto a equipe, mas não sou sozinho o responsável pelos resultados. Os jogadores tem grande parcela, maior que a minha. O grupo é muito comprometido com a causa do Fortaleza”
Perfeccionista
O técnico admitiu que busca a perfeição no Fortaleza. Ele sempre fala ao jogador que não basta vencer. “Não quero ganhar por ganhar. Quero que seja com autoridade”
Jogada – Diário do Nordeste – 28/02/2014
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