Na primeira partida do estádio na Copa das Confederações, a Arena apresentou melhoras, mas também teve erros
Quando os refletores da Arena Castelão se apagaram depois da vitória brasileira sobre o México, ontem, chegou ao fim o principal teste que o estádio já passou durante os seis meses de uso. Após sofrer com críticas da imprensa e do público, o Gigante da Boa Vista foi aprovado em quase todos os testes, proporcionando para a torcida uma experiência única e inesquecível.
A revista na Arena foi precária, com os agentes da Fifa ignorando os sinais dos detectores de metais Foto: Kleber A. Gonçalves
O Diário do Nordeste avaliou os mais diversos serviços oferecidos no estádio e os demais planos traçados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), principalmente no que se refere a ida do público ao jogo.
Mesmo com as manifestações, o transporte oferecido nos bolsões de estacionamento supriu a necessidade tanto na ida quanto na volta e, ao entrar no Castelão, a torcida se deparou com outras facilidades, mas também teve que ter paciência.
Acertos e erros
A marcação dos assentos foi rigorosamente respeitada pelos presentes, contudo, a boa notícia contrastou com o serviço oferecido nas lanchonetes. Além de grandes filas e dos preços elevados, antes do início do jogo começou a faltar alguns produtos. Em um ponto próximo ao portão F, já não se encontrava mais cachorro-quente às 15h.
No início do segundo tempo, o turista de Mossoró (RN) Clécyo Ferreira reclamou da falta de bebidas alcoólicas. “Desci para comprar uma cerveja, mas me falaram que não tinha mais”, relatou decepcionado.
Uma velha dor de cabeça dos torcedores foi minimizada. Após a instalação de antenas, a cobertura da telefonia móvel melhorou significativamente, contudo, o espectador sofreu com algumas quedas do sinal.
Fifa falhou
O padrão Fifa não foi visto por quem queria assistir ao duelo entre Brasil e México em alguns momentos. Na ´fan walk´, nem todos os ambulantes tinham recebido mercadoria para comercializar e, ao subir para a esplanada, o torcida se deparou com outra grande falha da organização: faltaram voluntários para orientar o público.
Com um volume de gente maior que o esperado na Av. Paulino Rocha, devido aos desvios por conta das manifestações na Av. Alberto Craveiro, os espectadores, sem informação, se aglomeraram na barreira de segurança próxima à entrada.
O fluxo era menor em outros pontos de revista ao redor do Castelão. Enquanto alguns passaram mais de 30 minutos para passar pela barreira, outros esperaram menos de cinco minutos para serem revistados.
A revista na Arena foi precária, com os agentes da Fifa ignorando os sinais dos detectores de metais e realizando uma rápida checagem manual, como costuma acontecer em jogos do Campeonato Cearense. Também não foram feitas filas para pessoas com mochilas. Muitos fiscais não estavam com bastões que detectam ítens metálicos.
EDUARDO BUCHHOLZ
REPÓRTER
Diário do Nordeste-Jogada-20 de junho de 2013