Ao escrever sobre a estreia de “Dentista Mascarado”, considerei o seriado mais bem estruturado e menos descartável que os últimos três (“Separação?!”, “Macho Man” e “Como Aproveitar o Fim do Mundo”) criados pela dupla Alexandre Machado e Fernanda Young. Pelo visto, o público não concorda comigo.
O primeiro episódio, que marcou também a estreia de Marcelo Adnet na Globo, registrou audiência na casa dos 17 pontos – um índice considerado bom para o horário, às 23h30, de sexta-feira, depois do “Globo Repórter”. Na semana seguinte, o programa repetiu este desempenho, mas subitamente despencou, no terceiro episódio, para 12 pontos – uma perda de 30% do público. Nesta última sexta (26), o quarto episódio voltou a marcar apenas 12.
É um número baixo, para a Globo, e que lembra o mau desempenho de “Casseta & Planeta Vai Fundo” no mesmo dia e horário, há um ano. Depois de passar 2011 longe das telas, o programa voltou reformulado e na estreia registrou 15 pontos. Foi o melhor resultado da atração. A audiência caiu para 12 no final da primeira temporada, em junho, e chegou a 10, no último episódio da segunda temporada, em dezembro.
Já escrevi mais de uma vez que televisão não é ciência. Ainda assim, me parece lógico acreditar que a rejeição do público a um programa de humor deve ser creditada, em primeiro lugar, ao fato de não ser visto como engraçado. Alguém arrisca outra explicação?
Maurício Stycer