MYLLA CHRISTIE (FOTO: ARQUIVO PESSOAL)
Mylla Christie imprimiu uma dose extra de realismo às cenas de Raquel na minissérie bíblica da Record “José do Egito”. A matriarca, mulher de Jacó (Celso Frateschi), sofre por ser estéril. Depois de muito tentar, engravida de José (Ricky Tavares / Ângelo Paes Leme) e morre ao dar à luz seu segundo filho, Benjamin (Gustavo Leão). A cena do parto, que encerra a participação especial de Mylla, será exibida nesta quarta-feira (13).
Assim como a personagem, Mylla penou para engravidar de Arthur, de 1 ano e meio. Conseguiu aos 40 anos, depois de tratar um problema físico.
– Passei conflitos iguais aos da Raquel. Tive uma grande dificuldade para engravidar. Foram três anos tentando. Consegui quando estava prestes a desistir. Passei toda essa minha força da maternidade para Raquel. Foi uma coincidência. Fiquei muito emocionada quando conversei pela primeira vez sobre a personagem com (o diretor, Alexandre) Avancini – conta Mylla. – Uma das cenas mais bonitas é quando ela diz a José: ‘Você é fruto de um milagre. O mesmo Deus que fez uma mulher estéril dar à luz te guiará pela vida’.
Mylla, que estreou na televisão há 23 anos em “Meu bem, meu mal”, saudou as rugas postiças e a postura mais madura que Raquel lhe trouxe.
– Foi preciso criar rugas falsas, fiquei superfeliz com isso. Fiz um trabalho de envelhecimento para aparecer aos 54 anos, trabalhei a voz, a maturidade. Ela ri pouco, tem um ar mais sério. Isso é novo para minha carreira. Tenho cara de menina e só era chamada para fazer papeis mais jovens.
Mylla diz não ser a favor de radicalismo em relação a beleza.
– A mulher fica mais linda madura. Acho menina mais nova sem sal, sem graça. Aceito e gosto da minha maturidade. Estou muito emocionada em fazer um papel que mostre essa fase. Nunca fiz plástica, as medidas de beleza que tomo são de dentro para fora.

