Em Balacobaco, Rafael Calomeni interpreta o galã Vicente. Casado com Celina, Vicente começou a despertar sentimentos por Mirela. O problema é que os dois são comprometidos, tornando um eventual relacionamento entre eles bem complicado. Veja a seguir a entrevista que fizemos com Calomeni. Está bem legal!
Como está sendo interpretar o Vicente?
O Vicente é diferente de tudo o que eu já fiz. Um cara com características únicas. É o personagem mais maduro que eu já fiz. Hoje eu tenho que trabalhar uma relação que antes eu não tinha feito: ser pai de um adolescente. É um cara também muito responsável, o mais velho de uma família com muitos problemas. Não sei ainda qual vai ser a direção que será dada pela Gisele [Gisele Joras, autora da novea], mas eu vejo o Vicente como um cara que vai transitar dentro de todos os problemas que envolvem os seus irmãos e sua vida pessoal, já que agora as pessoas estão vendo o Vicente com um sentimento platônico pela Mirela, e a Celina está sendo envolvida pelo Magno. Estou esperando daí muita confusão!
Fale um pouco desse conflito do Vicente no campo do amor.
A gente tem tido muito cuidado, porque tem uma linha tênue nessa história, já que nesse primeiro momento ele tem uma paixão platônica, pois não conseguiu chegar na Mirela. Ele ainda a respeita como arquiteta de seu escritório e também por ser uma mulher acompanhada. Mas isso tem ficado complicado para ele. Ele é casado, tem uma vida pronta, construída, com filhos lindos, com vida financeira resolvida e uma mulher que ele sempre amou. Então, estou tentando entender um pouco o que é esse olhar para a Mirela; se é uma condição momentânea de alguém que volta para o Brasil e está repensando sobre sua vida ou se é a questão de um cara que realmente está desejando aquela mulher. E está sendo muito bom fazer, porque toda cena que fazemos entre Vicente e Mirela, Vicente e Celina e Celina e Magno, tentamos achar o equilíbrio e passar para quem está vendo que é difícil a questão da traição .
O que você acha que vai acontecer? Qual é a sua torcida?
Não tenho torcida, não. A gente está aos poucos, direção e atores, tentando achar o caminho real e mais certo para esse problema. Lógico que está claro que ele pensa na Mirela com muita força, o que já é um grande conflito para ele. E a Celina já percebeu isso. Mas não sei se ela decidiu se envolver ou se deixou se envolver com Magno por conta disso.
Qual foi a cena mais marcante para você até agora?
Acho que foi a coisa da morte [do Nestor e da Teresa], do salvamento, aquilo tudo. Da família ter presenciado. Ele acaba de chegar ao Brasil e logo no dia que ele consegue ir para a Angra, e ele queria descansar, tem aquele acidente horroroso. Morte de duas pessoas , o sofrimento da Isabel… Para mim, até agora, foi o momento mais difícil e mais marcante, porque eu fico a imaginar: você tem uma família e, na frente da sua casa, tem um atropelamento daqueles e você tem que recolher os corpos… Foi bem difícil fazer .
Como é a sua relação com os atores que fazem seus filhos?
Ah, deu certo, né? Porque tem uma coisa que é importante. Além do laboratório, a coisa de ouvir o outro ator e de perceber como ele desenvolve o seu personagem, tem que ter a empatia entre os atores. Isso aconteceu de frente. A gente brinca, nos bastidores, como família. Todo mundo tem Instagram [rede social para o compartilhamento de fotografias], um vive mandando foto para o outro. A gente marca de se encontrar, a gente vai aos lugares juntos, a gente faz leituras juntos. E ao mesmo tempo a gente viabiliza essa família. A gente está sempre se abraçando, se beijando, a gente torce pela família .