Com apenas dois capítulos para encerrar sua exibição, “Avenida Brasil” chegará ao fim inovando na estrutura de mocinhos e vilões.
Mesmo dos personagens de boas ações até os mais desequilibrados, quase todos cometeram crimes e por isso seriam condenados à prisão caso tivessem os praticado na vida real. Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella) se destacam neste rol por terem protagonizado a maior parte dos delitos.
Carminha:
Entre os principais crimes de Carminha, estava a tentativa de afundar o barco de Max (Marcello Novaes). O ato se enquadra como tentativa de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilita a defesa da vítima. Ela seria condenada por uma pena que varia entre 12 e 30 anos.
O abandono a Nina (Débora Falabella) e Jorginho (Cauã Reymond) na infância também deixaria a vilã mais alguns anos na prisão. O abandono de menor varia de 6 meses a 3 anos, com aumento de 1/3 pelo fato de tê-los deixado no lixão. No caso de Jorginho, a situação é ainda pior pois ela é a mãe dele.
Outros crimes também foram cometidos no decorrer da novela, como quando deixou Nina em uma cova rasa ou quando roubou a herança que a cozinheira havia sacado no banco.
Nina:
Mesmo em busca de vingança, Nina acabou atropelando diversos incisos legais em sua luta contra Carminha.
A ex-empregada seria condenada por vários crimes. Entre eles está o de ter furtado o dinheiro que Tufão (Murilo Benício) havia usado para pagar o resgate do falso sequestro de Carminha, que lhe renderia entre 1 e 4 anos de prisão e multa.
Nina também seria condenada por 1 a 5 anos de prisão por ter convencido Betânia (Bianca Comparato) a se passar por ela e por ter recebido R$ 40 mil de Carminha para deixar o Rio na mesma ocasião. Betânia também seria condenada, pois aceitou as condições propostas pela amiga.
As fotos produzidas por Nina no dia em que Max e Carminha estavam juntos é outro crime. Desta vez, ela seria condenada por violação de domicílio, com pena de 1 a 3 meses ou multa.
Esta análise foi feita pelo advogado criminalista Ary Bergher, a pedido da jornalista Patrícia Kogut.